Quais alimentos que você nunca deveria comer
O consumo elevadoupbetálcool, comum nas festasupbetfimupbetano, pode impactar o diabetes negativamente. O álcool pode afetar a maneira como o corpo gerencia a glicose, promovendo flutuações nos níveisupbetaçúcar no sangue ainda mais acentuadas do que normalmente já ocorre com os diabéticos.
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Inicialmente, o álcool eleva os níveisupbetglicose, especialmente quando são consumidas bebidas com alto teorupbetcarboidratos (cerveja e licores, por exemplo). Em seguida, ocorre uma queda acentuada, levando à hipoglicemia, o que é perigoso para a saúde.
O fígado, que tem papel importante na regulação dos níveisupbetglicose no sangue, prioriza a metabolização do álcool, já que a substância é tóxica ao organismo, e perde a eficiênciaupbetadministrar a glicemia.
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Outra questão é que, junto do consumoupbetálcool, normalmente há aumento do apetite e escolhas alimentares inadequadas, podendo levar à ingestãoupbetalimentos ricosupbetcarboidratos e calorias, como petiscos e doces.
Uma preocupação a mais é que a bebida alcoólica pode interagir com medicamentos utilizados para tratar o diabetes, prejudicando a eficácia deles. O álcool potencializa os efeitosupbetmedicamentos para diabetes que aumentam a liberaçãoupbetinsulina ou melhorar a sensibilidade à insulina, o que pode levar a risco maiorupbethipoglicemia.
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Os efeitos do álcoolupbetpacientes com diabetes provocam uma discussão complexa e polêmica, segundo o médico Francisco Tostes, especialistaupbetMedicina do Esporte, atuanteupbetEndocrinologia e mestreupbetBioquímica.
Estudos atestam que o consumo leve a moderadoupbetbebida alcoólica (1 dose, 10gupbetálcool, por dia para mulheres e 2 doses por dia para homens) não aumenta significativamente os níveisupbetglicose ou insulina no sangue, principalmente se ingerido junto com comida. Inclusive, parece reduzir o risco cardiovascular, inclusiveupbetmorte,upbetadultos com diabetes. A hipótese éupbetque o álcool aumente os níveis do hormônio adiponectina, elevando a sensibilidade à insulina.
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Por outro lado, o consumoupbetálcool pode piorar a neuropatia diabética, uma complicação crônica da doença. No entanto, a complicação mais frequente causada pelo consumoupbetálcoolupbetindivíduos com diabetes é a hipoglicemia.
O problema é que, conforme ressalta a nutricionista Nathália Guimarães, enquanto quantidades moderadasupbetálcool podem causar o aumentoupbetaçúcar no sangue, o excessoupbetálcool pode realmente diminuir o nívelupbetaçúcar no sangue – algumas vezes fazendo com que caiaupbetníveis considerados perigosos.
— O álcool também interfere na ação dos antidiabéticos orais, não devendo ser consumido por pessoas que utilizam medicamentos à baseupbetglibenclamida, biguanidas ou sulfonilureias porque estes podem acarretarupbethipoglicemia grave, alémupbetelevar o riscoupbetacidose láctica e ocasionar taquicardia — alerta a especialista.
O fígado estabiliza os níveisupbetglicose armazenando carboidratos e liberando-os na corrente sanguínea entre as refeições e durante a noite. Ele é o centroupbetdesintoxicação do corpo, quebrando toxinas como o álcool para que os rins possam facilmente eliminá-las.
Entretanto, o fígado não é muito bomupbetrealizar muitas tarefas ao mesmo tempo. Com a ingestão do álcool, o órgão escolhe metabolizar o álcoolupbetvezupbetmanter a glicose no sangue, o que pode levar à hipoglicemia, principalmenteupbetpacientes diabéticos jáupbetusoupbetmedicamentos hipoglicemiantes.
O fígado geralmente faz essa escolha quando você bebe sem comer. Portanto, considere comer enquanto ingere bebidas alcoólicas. Principalmente alimentos ricosupbetproteínas, gorduras boas e carboidratos complexos ricosupbetfibras.
Como muitos dos sintomasupbethipoglicemia também são sintomasupbetembriaguez, pode ser difícil diferenciar os dois.
É importante estar atento a essa possibilidade eupbetsintomas que também podem ocorrer na hipoglicemia, como:
- Fala arrastada;
- Sonolência;
- Confusão;
- Dificuldades para andar.
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O endocrinologista indica que o impacto do consumoupbetálcool pode variar entre pessoas com diabetes tipo 1 e tipo 2, principalmente devido às diferenças no manejo da doença e nas respostas metabólicasupbetcada tipoupbetdiabetes.
— Pacientes com diabetes tipo 1 precisam monitorar os níveisupbetglicose com mais atenção ao consumir álcool, já que o efeito do álcool na glicemia pode ser imprevisível, causando tanto hipoglicemia quanto hiperglicemia. Nesse sentido, o ajuste da doseupbetinsulina pode ser necessário para evitar episódiosupbethipoglicemia ao beber álcool. Jáupbetpacientes com diabetes tipo 2, o álcool pode contribuir para o aumentoupbetpeso, agravando a resistência à insulina.
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Segundo a médica integrativa Laura Assalim, entre vinhos, cervejas e destilados, as cervejas são as piores no quesito impacto na glicemia, pois, além da quantidadeupbetálcool, elas têm grandes quantidadesupbetcarboidratos na composição.
Os vinhos secos e os destilados puros são geralmente opções menos prejudiciais para pessoas com diabetes, especialmente quando consumidos com moderação e acompanhadosupbetalimentos.
— Para os destilados, temos que nos atentar com a bebida que será misturada, para fazer drinques, por exemplo. Devemos sempre optar por energéticos e refrigerantes sem açúcar para controlar a quantidade ingerida. O mais importante é manter o equilíbrio e estar atento ao impacto do álcool na glicemia e na saúde geral — comenta a especialista.
A Associação AmericanaupbetDiabetes (ADA) e outras instituiçõesupbetsaúde geralmente sugerem que pessoas com diabetes sigam os mesmos limitesupbetconsumo moderado recomendados para a populaçãoupbetgeral, desde que o diabetes esteja bem controlado.
Esses limites são:
- Para mulheres: até 1 drinques por dia.
- Para homens: até 2 drinques por dia.
Um drinque equivale a:
- 150mlupbetvinho (1 taça pequena);
- 350mlupbetcerveja (1 lata ou garrafa pequena);
- 45mlupbetdestilado (como vodka, gin, rum, tequila, uísque).
Esses limites são considerados "seguros" para a maioria das pessoas com diabetes, mas com condições importantes. Caso o diabetes não esteja controlado, a recomendação é não consumir nenhuma doseupbetálcool.
O álcool pode levar à desidratação, o que pode ser particularmente problemático para diabéticos. Por isso, o indicado é:
- Nunca consuma álcoolupbetjejum: o álcool pode bloquear a capacidade do fígadoupbetliberar glicose, aumentando o riscoupbethipoglicemia, principalmenteupbetperíodosupbetjejum ou após exercícios físicos;
- Acompanhe com alimentos: consuma álcool durante uma refeição equilibrada, ricaupbetproteínas, gorduras boas e carboidratos complexosupbetalto índice glicêmico, para evitar picos ou quedas bruscasupbetglicemia;
- Hidrate-se: intercale bebidas alcoólicas com água para evitar desidratação, manter-se bem hidratado ajuda a eliminar o excessoupbetálcool e controla melhor os níveisupbetglicemia;
- Fique atento ao horário: consuma álcoolupbetmomentos do diaupbetque é mais fácil monitorar a glicemia (evite consumir álcool tarde da noite, quando há maior riscoupbethipoglicemia ao dormir, seguido por longo períodoupbetjejum).
Opções não alcoólicas
Para quem deseja celebrar sem álcool e sem comprometer a saúde, existem diversas opçõesupbetbebidas não alcoólicas que são saborosas e nutritivas. Essas alternativas permitem participar das comemorações sem exagerosupbetaçúcar ou calorias, mantendo o foco na saúde e no bem-estar.
Confira as sugestões:
- Águas saborizadas naturais;
- Coqueteis sem álcool;
- Chás gelados sem açúcar;
- Água com gás adicionadaupbetsucoupbetfrutas - limão, por exemplo;
- Smoothiesupbetfrutas com proteína;
- Vinhos não alcoólicos ou espumantes sem álcool.
Dicas ao escolher bebidas não alcoólicas:
- Evite açúcarupbetexcesso: priorize versões naturais ou com adoçantes saudáveis;
- Prefira bebidas caseiras: isso permite maior controle sobre os ingredientes;
- Inclua funcionalidade: aproveite ingredientes como cúrcuma, gengibre e chás ricosupbetantioxidantes para aumentar os benefícios à saúde;
- Mantenha a hidratação: mesmoupbetcelebrações, não se esqueçaupbetconsumir água pura ao longo do dia.
Fontes:
Laura Assalim é médica integrativa do Instituto Nutrindo Ideais/SP, atuanteupbetNutrologia Esportiva. FormadaupbetMedicina pela Universidade São Francisco, tem pós-graduaçãoupbetNutrologia, Síndrome Metabólica e Nutrologia Esportiva pela Associação BrasileiraupbetNutrologia (Abran).
Francisco Tostes é médico especialistaupbetMedicina do Esporte e atuanteupbetEndocrinologia e sócio do Instituto Nutrindo Ideais. Tem pós-graduaçãoupbetClínica Médica e Endocrinologia, especializaçãoupbetMedicina do Esporte e mestradoupbetBioquímica.
Nathália Guimarães é nutricionista do Instituto Nutrindo Ideais e especialistaupbetnutrição clínica integrativa e funcional. Pós-graduadaupbetNutrição Clínica Funcional e Esportiva Funcional, tem formaçãoupbetPsiquiatria Nutricional e é palestrante e pesquisadora.