Diabetes: festasupbetfimupbetano exigem cuidadosupbetdiabéticos

Consumo elevadoupbetbebida alcoólica, comum nesta época do ano, pode ser prejudicial à saúde, especialmenteupbetquem sofre com variaçõesupbetglicemia

Por Redação do EU Atleta — São Paulo


Quais alimentos que você nunca deveria comer

O consumo elevadoupbetálcool, comum nas festasupbetfimupbetano, pode impactar o diabetes negativamente. O álcool pode afetar a maneira como o corpo gerencia a glicose, promovendo flutuações nos níveisupbetaçúcar no sangue ainda mais acentuadas do que normalmente já ocorre com os diabéticos.

Bebida alcoólica pode ser prejudicial para diabéticos — Foto: iStock

upbet Por que o álcool é perigoso para diabetes

Inicialmente, o álcool eleva os níveisupbetglicose, especialmente quando são consumidas bebidas com alto teorupbetcarboidratos (cerveja e licores, por exemplo). Em seguida, ocorre uma queda acentuada, levando à hipoglicemia, o que é perigoso para a saúde.

O fígado, que tem papel importante na regulação dos níveisupbetglicose no sangue, prioriza a metabolização do álcool, já que a substância é tóxica ao organismo, e perde a eficiênciaupbetadministrar a glicemia.

Outra questão é que, junto do consumoupbetálcool, normalmente há aumento do apetite e escolhas alimentares inadequadas, podendo levar à ingestãoupbetalimentos ricosupbetcarboidratos e calorias, como petiscos e doces.

Uma preocupação a mais é que a bebida alcoólica pode interagir com medicamentos utilizados para tratar o diabetes, prejudicando a eficácia deles. O álcool potencializa os efeitosupbetmedicamentos para diabetes que aumentam a liberaçãoupbetinsulina ou melhorar a sensibilidade à insulina, o que pode levar a risco maiorupbethipoglicemia.

upbet Impacto no metabolismo

Os efeitos do álcoolupbetpacientes com diabetes provocam uma discussão complexa e polêmica, segundo o médico Francisco Tostes, especialistaupbetMedicina do Esporte, atuanteupbetEndocrinologia e mestreupbetBioquímica.

Estudos atestam que o consumo leve a moderadoupbetbebida alcoólica (1 dose, 10gupbetálcool, por dia para mulheres e 2 doses por dia para homens) não aumenta significativamente os níveisupbetglicose ou insulina no sangue, principalmente se ingerido junto com comida. Inclusive, parece reduzir o risco cardiovascular, inclusiveupbetmorte,upbetadultos com diabetes. A hipótese éupbetque o álcool aumente os níveis do hormônio adiponectina, elevando a sensibilidade à insulina.

Por outro lado, o consumoupbetálcool pode piorar a neuropatia diabética, uma complicação crônica da doença. No entanto, a complicação mais frequente causada pelo consumoupbetálcoolupbetindivíduos com diabetes é a hipoglicemia.

O problema é que, conforme ressalta a nutricionista Nathália Guimarães, enquanto quantidades moderadasupbetálcool podem causar o aumentoupbetaçúcar no sangue, o excessoupbetálcool pode realmente diminuir o nívelupbetaçúcar no sangue – algumas vezes fazendo com que caiaupbetníveis considerados perigosos.

— O álcool também interfere na ação dos antidiabéticos orais, não devendo ser consumido por pessoas que utilizam medicamentos à baseupbetglibenclamida, biguanidas ou sulfonilureias porque estes podem acarretarupbethipoglicemia grave, alémupbetelevar o riscoupbetacidose láctica e ocasionar taquicardia — alerta a especialista.

O fígado estabiliza os níveisupbetglicose armazenando carboidratos e liberando-os na corrente sanguínea entre as refeições e durante a noite. Ele é o centroupbetdesintoxicação do corpo, quebrando toxinas como o álcool para que os rins possam facilmente eliminá-las.

Entretanto, o fígado não é muito bomupbetrealizar muitas tarefas ao mesmo tempo. Com a ingestão do álcool, o órgão escolhe metabolizar o álcoolupbetvezupbetmanter a glicose no sangue, o que pode levar à hipoglicemia, principalmenteupbetpacientes diabéticos jáupbetusoupbetmedicamentos hipoglicemiantes.

O fígado geralmente faz essa escolha quando você bebe sem comer. Portanto, considere comer enquanto ingere bebidas alcoólicas. Principalmente alimentos ricosupbetproteínas, gorduras boas e carboidratos complexos ricosupbetfibras.

Como muitos dos sintomasupbethipoglicemia também são sintomasupbetembriaguez, pode ser difícil diferenciar os dois.

É importante estar atento a essa possibilidade eupbetsintomas que também podem ocorrer na hipoglicemia, como:

  • Fala arrastada;
  • Sonolência;
  • Confusão;
  • Dificuldades para andar.

upbet Diferenças entre diabetes tipo 1 e 2

O endocrinologista indica que o impacto do consumoupbetálcool pode variar entre pessoas com diabetes tipo 1 e tipo 2, principalmente devido às diferenças no manejo da doença e nas respostas metabólicasupbetcada tipoupbetdiabetes.

— Pacientes com diabetes tipo 1 precisam monitorar os níveisupbetglicose com mais atenção ao consumir álcool, já que o efeito do álcool na glicemia pode ser imprevisível, causando tanto hipoglicemia quanto hiperglicemia. Nesse sentido, o ajuste da doseupbetinsulina pode ser necessário para evitar episódiosupbethipoglicemia ao beber álcool. Jáupbetpacientes com diabetes tipo 2, o álcool pode contribuir para o aumentoupbetpeso, agravando a resistência à insulina.

upbet Bebidas alcoólicas menos prejudiciais

Segundo a médica integrativa Laura Assalim, entre vinhos, cervejas e destilados, as cervejas são as piores no quesito impacto na glicemia, pois, além da quantidadeupbetálcool, elas têm grandes quantidadesupbetcarboidratos na composição.

Os vinhos secos e os destilados puros são geralmente opções menos prejudiciais para pessoas com diabetes, especialmente quando consumidos com moderação e acompanhadosupbetalimentos.

— Para os destilados, temos que nos atentar com a bebida que será misturada, para fazer drinques, por exemplo. Devemos sempre optar por energéticos e refrigerantes sem açúcar para controlar a quantidade ingerida. O mais importante é manter o equilíbrio e estar atento ao impacto do álcool na glicemia e na saúde geral — comenta a especialista.

A Associação AmericanaupbetDiabetes (ADA) e outras instituiçõesupbetsaúde geralmente sugerem que pessoas com diabetes sigam os mesmos limitesupbetconsumo moderado recomendados para a populaçãoupbetgeral, desde que o diabetes esteja bem controlado.

Esses limites são:

  • Para mulheres: até 1 drinques por dia.
  • Para homens: até 2 drinques por dia.

Um drinque equivale a:

  • 150mlupbetvinho (1 taça pequena);
  • 350mlupbetcerveja (1 lata ou garrafa pequena);
  • 45mlupbetdestilado (como vodka, gin, rum, tequila, uísque).

Esses limites são considerados "seguros" para a maioria das pessoas com diabetes, mas com condições importantes. Caso o diabetes não esteja controlado, a recomendação é não consumir nenhuma doseupbetálcool.

upbet Alimentação e hidratação como aliadas

O álcool pode levar à desidratação, o que pode ser particularmente problemático para diabéticos. Por isso, o indicado é:

  • Nunca consuma álcoolupbetjejum: o álcool pode bloquear a capacidade do fígadoupbetliberar glicose, aumentando o riscoupbethipoglicemia, principalmenteupbetperíodosupbetjejum ou após exercícios físicos;
  • Acompanhe com alimentos: consuma álcool durante uma refeição equilibrada, ricaupbetproteínas, gorduras boas e carboidratos complexosupbetalto índice glicêmico, para evitar picos ou quedas bruscasupbetglicemia;
  • Hidrate-se: intercale bebidas alcoólicas com água para evitar desidratação, manter-se bem hidratado ajuda a eliminar o excessoupbetálcool e controla melhor os níveisupbetglicemia;
  • Fique atento ao horário: consuma álcoolupbetmomentos do diaupbetque é mais fácil monitorar a glicemia (evite consumir álcool tarde da noite, quando há maior riscoupbethipoglicemia ao dormir, seguido por longo períodoupbetjejum).

Opções não alcoólicas

Para quem deseja celebrar sem álcool e sem comprometer a saúde, existem diversas opçõesupbetbebidas não alcoólicas que são saborosas e nutritivas. Essas alternativas permitem participar das comemorações sem exagerosupbetaçúcar ou calorias, mantendo o foco na saúde e no bem-estar.

Confira as sugestões:

  • Águas saborizadas naturais;
  • Coqueteis sem álcool;
  • Chás gelados sem açúcar;
  • Água com gás adicionadaupbetsucoupbetfrutas - limão, por exemplo;
  • Smoothiesupbetfrutas com proteína;
  • Vinhos não alcoólicos ou espumantes sem álcool.

Dicas ao escolher bebidas não alcoólicas:

  • Evite açúcarupbetexcesso: priorize versões naturais ou com adoçantes saudáveis;
  • Prefira bebidas caseiras: isso permite maior controle sobre os ingredientes;
  • Inclua funcionalidade: aproveite ingredientes como cúrcuma, gengibre e chás ricosupbetantioxidantes para aumentar os benefícios à saúde;
  • Mantenha a hidratação: mesmoupbetcelebrações, não se esqueçaupbetconsumir água pura ao longo do dia.

Fontes:

Laura Assalim é médica integrativa do Instituto Nutrindo Ideais/SP, atuanteupbetNutrologia Esportiva. FormadaupbetMedicina pela Universidade São Francisco, tem pós-graduaçãoupbetNutrologia, Síndrome Metabólica e Nutrologia Esportiva pela Associação BrasileiraupbetNutrologia (Abran).

Francisco Tostes é médico especialistaupbetMedicina do Esporte e atuanteupbetEndocrinologia e sócio do Instituto Nutrindo Ideais. Tem pós-graduaçãoupbetClínica Médica e Endocrinologia, especializaçãoupbetMedicina do Esporte e mestradoupbetBioquímica.

Nathália Guimarães é nutricionista do Instituto Nutrindo Ideais e especialistaupbetnutrição clínica integrativa e funcional. Pós-graduadaupbetNutrição Clínica Funcional e Esportiva Funcional, tem formaçãoupbetPsiquiatria Nutricional e é palestrante e pesquisadora.