Pandemiapokerstars proCovid-19, crise política e econômica, múltiplas funções e sobrecargapokerstars prodemandas são alguns dos motivos descritos por especialistas para explicar o aumentopokerstars procasospokerstars propessoas com depressão. O cenário mundial pós advento da pandemia gera uma sériepokerstars proconsequências para a saúde mental que ainda precisarão ser muito estudadas e investigadas por especialistas. Resultados da Pesquisa Vigitel 2021, realizada pelo Ministério da Saúde e publicada no fimpokerstars proabril, apontam que o númeropokerstars probrasileiros com depressão (11,3%) já é maior que o númeropokerstars proportadorespokerstars prodiabetes (9,1%). O estudo revela ainda que esse número já ultrapassa o estimado pela Organização Mundial da Saúde (5,3% da população brasileira).
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De acordo com o médico endocrinologista Rodrigo Mendes, os transtornos depressivos apresentam múltiplas causas, como genéticos, ambientais, psicossociais, alteração dos níveispokerstars proneurotransmissores, desregulação neuroendócrina, bem como o usopokerstars proalguns medicamentos, abusopokerstars prodrogas recreativas ou abstinência das mesmas. A psicóloga Cecilia Guimarães reforça que é difícil apontar apenas uma causa.
– A saúde é conceituada pela OMS não apenas como ausênciapokerstars prodoenças e sim como um estadopokerstars procompleto bem-estar biopsicossocial. A pandemia do covid-19, por exemplo, assolou o mundo inteiro, mas cada um estavapokerstars proum barco diferente, embora estivesse na mesma maré. O excessopokerstars promortespokerstars proentes queridos, o desemprego, a faltapokerstars properspectiva, a visão pessimistapokerstars profuturo, a incerteza, a vivênciapokerstars prouma vida que não tem significado para alémpokerstars prosobrevivência, excessopokerstars proestresse laboral e familiar, a faltapokerstars proinformação epokerstars prorecursos para minimizar e tratar os episódios depressivos, quepokerstars proleve podem se tornar moderado e grave, cronificando os casos – acrescenta a psicóloga.
Causas:
A depressão deve ser avaliada por um médico e ou psicólogo. Baseadapokerstars procaracterísticas clínicas e no diagnóstico diferencial entre depressão e transtornopokerstars proansiedade, a depressão pode ser, por exemplo:
- Associada a afecções clínicas, como, por exemplo, o diabete;
- Como sintomapokerstars prodoenças físicas que podem mascarar a depressão, tais como doenças cardiovasculares, câncer e depressões secundárias devido à hospitalização ou tratamentos prolongados;
- Como efeito colateralpokerstars promedicações e outros tratamentos especializados, como, por exemplo, radioterapia;
- Como transtorno psiquiátrico, como, por exemplo, o transtorno bipolar.
– Os episódiospokerstars prodepressão alteram o humor vital que interfere na vida cotidiana, levando a um quadro disfuncional que acarreta prejuízos na saúde e na vida afetiva, familiar, cognitiva e laboral do indivíduo. Os episódios depressivos podem serpokerstars pronível leve, moderado ou grave. Em todos os casos podem apresentar sintomas, como, por exemplo, humor deprimido, perdapokerstars prointeresse e prazer, energia reduzida levando ao aumentopokerstars profadiga, visões desoladas e pessimistas sobre o futuro, ideiaspokerstars proculpa e inutilidade, ideias e atos autolesivos ou suicídio, sono perturbado e apetite diminuído – explica Cecília.
Pesquisas indicam ainda que a taxapokerstars prodepressão nas mulheres é 30% mais elevada do que nos homens. Cecília explica que o transtornopokerstars prohumor pode aparecer quatro semanas após o parto, no puerpério, na chamada depressão pós-parto. Além disso, há outras causas, como questões sociais que estigmatizam e inferiorizam as mulheres, desde salários mais baixos, quando comparados aos homens que ocupam o mesmo cargo; acúmulopokerstars propapéis sociais (mãe, esposa, donapokerstars procasa, profissional); até assédio moral e sexual no ambiente laboral e familiar.
– É importante cultivar relacionamentos saudáveis, ter redepokerstars proapoio, uma vida significativa, qualidadepokerstars provida, práticapokerstars proexercício físico, alimentação saudável e dormir bem. Tudo isso pode ajudar na prevenção – acrescenta.
O endocrinologista e professor da Unigranrio Rodrigo Mendes ressalta que o tratamento da depressão deve ser multidisciplinar, com acompanhamento psicoterápico e farmacológico, como estratégias convencionais para se obter o controle dos sintomas depressivos.
– A combinaçãopokerstars proambas terapias fornece uma resposta mais rápida e sustentada, devendo, no entanto, ser individualizada. Terapias interativas que envolvem meditação, tratamento das emoções e a prática regularpokerstars proatividade física contribuem positivamente com o tratamento da depressão – completa.
De que forma podemos prevenir?
- Alimentação baseada principalmentepokerstars proalimentos naturais (grãos integrais, vegetais, frutas, azeite…), evitando uma dieta hipercalórica, ricapokerstars profrituras e gorduras saturadas;
- Dormir bem. O sono é extremamente importante para saúde física e mental e apokerstars proirregularidade pode contribuir com transtornos depressivos;
- Praticar atividade física regularmente;
- Reservar momentos para fazer o que lhe dá prazer e buscar atividades que tragam bem-estar e tranquilidade;
- Cultivar bons relacionamentos e estar pertopokerstars propessoas que ajudem a manter uma boa redepokerstars proapoio.
Na depressão
O organismo libera dois hormônios essenciais durante o exercício, que ajudam no tratamento da depressão: a endorfina e a dopamina. Rodrigo destaca que ambos têm interferência positiva sobre o humor e as emoções. Outro efeito comum atribuído ao exercício físico é a produçãopokerstars proserotonina, um neurotransmissorpokerstars progrande importância, que tem a capacidadepokerstars proauxiliar a regulação do humor. Com isso, a atividade física regular:
- Aumenta a sensaçãopokerstars probem-estar físico;
- Aumenta a sensaçãopokerstars probem-estar mental e emocional;
- Reduz os sintomaspokerstars proestresse;
- Libera dopamina e serotonina, que contribuem para a redução dos sintomaspokerstars prodepressão;
- Melhora a autoestima e auxilia no controle do estresse;
- Promove sociabilização.
Na diabetes
O exercício físico melhora a sensibilidadepokerstars proação da insulina, auxilia apokerstars procaptação pelos tecidos e consequentemente melhora o controle da glicose no sangue. Além disso, tem o potencialpokerstars protrazer benefícios para o controle do excessopokerstars propeso corporal, da pressão arterial e saúde cardiovascular, sendo muito importante no controle do diabetes e no combate a algumaspokerstars prosuas complicações.
Vantagens dos exercícios físicos:
- Melhora do controle glicêmico;
- Prevençãopokerstars prodoenças cardiovasculares;
- Reduçãopokerstars propressão arterial;
- Melhora do perfil lipídico (níveispokerstars procolesterol);
- Ajuda no controlepokerstars propeso.
Estudos clínicos demonstram que portadorespokerstars prodiabetes têm um risco maiorpokerstars prodepressão. Quando o paciente não consegue obter o controle glicêmico, ou quando enfrenta as complicações do diabetes, ele “se convence”pokerstars proque perdeu o controle sobre a doença. Rodrigo afirma que este pensamento é frequente na prática clínica, mas ressalta que é importante mostrar ao paciente saídas possíveis para que ele se cuide, aprenda e evolua com apokerstars prodoença, obtendo melhores resultados.
– Primeiro, é importante entender os porquês da não obtenção do controle glicêmico e o contexto das complicações agudas e crônicas do diabetes. Ainda que elas existam e mesmo que o diabetes seja uma doença crônica e progressiva, intervenções bem direcionadas e sustentadaspokerstars promudançaspokerstars proestilopokerstars provida,pokerstars procombinação a um esquema terapêutico bem ajustado, sob supervisão multidisciplinar, são capazespokerstars propromover novos e bons resultados do controle glicêmico, podendo melhorar a qualidadepokerstars provida do paciente - ensina o médico.
Segundo o especialista, pessoas que são diagnosticadas com uma doença crônica, como o diabetes, apresentam três vezes mais chancepokerstars proserem diagnosticadas com depressão quando comparadas com pessoas que não sofrempokerstars pronenhum problemapokerstars prosaúde crônico. Estima-se que pelo menos um terço das pessoas com diabetes sofrempokerstars protranstornos depressivos. Por outro lado, pessoas com transtornos depressivos também têm um risco aumentadopokerstars prodesenvolver diabetes.
– Mudanças neuroquímicas induzidas pelo diabetes podem contribuir para o desenvolvimento da depressão. Além disso, a rotina intensapokerstars procuidados exigidos no tratamento do diabetes, envolvendo alimentação, medicamentos, manejo das complicações da doença junto a monitorização glicêmica quando necessário, podem influenciar no estabelecimento do quadro depressivo – explica.
O diabetes também é uma síndromepokerstars promúltiplas causas, decorrente da faltapokerstars proinsulina e/ou da incapacidade da insulinapokerstars proexercer adequadamente seus efeitos, caracterizando-se por aumento dos níveispokerstars proglicose no sangue cronicamente. Pode ser classificadopokerstars proacordo com apokerstars procausa, compreendendo o diabetes tipo 1 (DM1), o diabetes tipo 2 (DM2), o diabetes gestacional (DMG) e outros tipos.
O endocrinologista lembra que, independente do tipopokerstars prodiabetes, a base do tratamento deve ser focadapokerstars proum estilopokerstars provida saudável, atravéspokerstars prouma alimentação equilibrada, atividade física regular e combate ao excessopokerstars propeso.
Fontes:
Rodrigo Mendes é especialistapokerstars proEndocrinologia e Metabologia, e professorpokerstars proEndocrinologia da Unigranrio Barra.
Cecilia Guimarães Lopez é doutorandapokerstars proPsicologia Social na Universidade Estadual do Riopokerstars proJaneiro – UERJ. Mestrepokerstars procomunicação acessível no Politécnicopokerstars proLeiria- Portugal / Diversidade e Inclusão -UFF; pós-graduadapokerstars proEducação Híbrida, Metodologias ativas e Gestão da aprendizagem, pela Uni-américa. Master Coach pela SLAC - SP e Professorapokerstars proPsicologia e Medicina na UNIGRANRIO. @ceciliamiranbn.