O mestreaposta para copajiu-jítsu Rickson Gracie,aposta para copa63 anos, revelou nesta quarta-feira (21/6) que tem Parkinson, e afirmou: "A minha motivação para a vida continua". Mas o que é essa doença? Segundo a médica neurocirurgiã Vanessa Milanese, a doençaaposta para copaParkinson é um distúrbioaposta para copamovimento que tem como principais características o tremor, a rigidez e a lentidão dos movimentos. O quadro pode se manifestar no paciente cercaaposta para copa20 anos antes do diagnóstico, tendo como os principais sintomas, nesse primeiro momento, a constipação e perdaaposta para copaolfato.
Geralmente atinge pessoas mais velhas, mas também pode afetar pessoas com menosaposta para copa50 anos. Como o ator americano Michael J. Fox, do filme De Volta para o Futuro, que convive com a doença desde antes dos 30 anos, e a jornalista e apresentadora Renata Capucci, queaposta para copa2022 revelou no podcast Isso é Fantástico que tem a enfermidade que afeta cercaaposta para copa200 mil brasileiros: "Eu tenho Parkinson, mas o Parkinson não me tem", afirma ela, que, aos 49 anos, faz parte dos cercaaposta para copa10% a 15% dos pacientes com a doença com menosaposta para copa50 anos, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS). No programa, Renata contou que recebeu o diagnostico há quatro anos, quando tinha 45 anos e apresentou o primeiro sintoma: mancar sem perceber.
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Alémaposta para copamedicamentos, o tratamento da doença engloba a prática regularaposta para copaexercício físico e acompanhamento nutricional. O EU Atleta explica a seguir mais sobre o Parkinson, seu diagnóstico, sintomas e tratamento.
O Parkinson é caracterizada por um distúrbio do sistema nervoso que afeta o movimento. A neurocirurgiã Vanessa Milanese explica que a causa doença está ligada à redução dos neurônios dopaminérgicos, que são produzidosaposta para copauma região mais profunda do cérebro (mesencéfalo) e mais escurecida chamadaaposta para copasubstância negra. Ao longo da vida, é comum ocorrer uma degeneração desses neurônios responsáveis por produzir dopamina. Porém, pacientes com Parkinson têm uma degeneração mais acelerada.
O diagnóstico da doençaaposta para copaParkinson é lento. Isso porque é preciso seguir alguns critérios internacionais para confirmar a doença. As investigações são feitas por partes: primeiro, o médico faz algumas avaliações clínicas e passa o medicamento específico da doença. Depois, é preciso observar durante três meses como o paciente reage ao remédio para seguir com investigações bioquímicas e sanguíneas para tentar confirmar o diagnóstico. Existem maisaposta para copavinte sintomas associados à doençaaposta para copaParkinson, e nem todos os pacientes desenvolverão todos eles, mas um conjunto que inclui alguns deles. Destacam-se:
- Tremor
- Rigidez nos movimentos
- Contrações musculares
- Lentidão dos movimentos (bradicinesia)
- Postura inclinada para frente
- Dificuldadeaposta para coparealizar movimentosaposta para copasequência
- Alteração do equilíbrio
- Ansiedade
- Alteração do humor
- Apatia
- Constipação
- Redução do olfato
- Incontinência urinária
- Ansiedade
- Apatia e depressão
- Perdaaposta para copamemória (amnésia)
- Demência (em casos mais avançados)
O tratamento é feito por meioaposta para copamedicamentos dopaminérgicos que vão ajudar na disponibilidadeaposta para copadopamina no organismo, já que o paciente tem essa degeneração dos neurônios. As medicações podem causar um tipoaposta para copaalteração chamada discinesias, movimentos típicosaposta para copadança, o que está relacionado ao aumentoaposta para copauso do levodopa, princípio ativoaposta para coparemédio que age aumentando a quantidadeaposta para copadopamina no corpo. Quando isso acontece, existem medicações que ajudam nisso.
E segundo Vanessa, o exercício físico foi o primeiro medicamento/tratamento que existiu para a doença. A literatura mostra que a prática regular ajuda na disponibilidade da dopamina (que ainda se tem no cérebro) e aumenta a produçãoaposta para copaendorfina, o que acaba melhorando a rigidez e sintomas gerais da doença. Além disso, existe uma fisioterapia neurológica com a estimulação transcraniana,aposta para copapostos específicos do cérebro, que otimiza a melhora dos sintomas motores (tremor, rigidez e lentidão) e dos ligados à ansiedade e à questão cognitiva. Como escreve Renata no post acima, "fazer exercícios físicos traz melhoria no equilíbrio, na resistência muscular e consequentementeaposta para copatodos os outros sintomas".
— O acompanhamento deve ser multidisciplinar (psicoterapia, fonoterapia, nutricionista e fisioterapia). Em alguns casos, a partiraposta para copacinco anos da doença, e quando o paciente teve uma boa resposta à levodopa no início, nós podemos ter a indicação da estimulação cerebral profunda e, assim, o indivíduo pode ter a melhora dos sintomas motores — comenta a médica.
Existe uma gama considerávelaposta para copapesquisas científicas apontando para os benefícios da prática regularaposta para copaexercícios físicosaposta para copapacientes com a doençaaposta para copaParkinson. Um estudo realizado por pesquisadores da Universidadeaposta para copaKyoto, no Japão, analisou os hábitosaposta para copaatividades físicasaposta para copa237 pacientes com Parkinson precoce por um período,aposta para copamédia,aposta para copacinco anos. O resultado mostrou que, a longo prazo, exercícios moderados a vigorosos regulares estão significativamente associados à deterioração mais lenta da estabilidade postural e da marcha, alémaposta para copauma melhor evolução clínica da doença.
Segundo o estudo, pacientes que realizavamaposta para copamédia quatro horas por semanaaposta para copaatividade físicaaposta para copaintensidade moderada, como caminhadas ou dança, apresentaram uma queda menor no equilíbrio e capacidadeaposta para copacaminhar quando foram reavaliados cinco anos depois. Já os indivíduos que registraram atividade abaixo da média, ou seja, menosaposta para copauma ou duas horas, uma ou duas vezes por semana, tiveram um crescimento na escalaaposta para copasintomas mais significante.
Além das funções motoras, o estudo avaliou o impacto do exercício físico na atividade cognitiva dos pacientes. Os praticantesaposta para copamaisaposta para copa15,5 horasaposta para copaatividade física por semana, incluindo exercícios físicos estruturados e atividades do dia a dia, apresentaram uma queda menor nos resultados do teste cognitivoaposta para copaum intervaloaposta para copaseis anos.
Os exercícios para pacientes com Parkinson são voltados para evitar, principalmente a progressão dos sintomas comuns do sistema motor. Uma característica da pessoa que apresenta o quadro é apresentar uma postura inclinada para frente. Nesse caso, é necessário trabalhar a musculatura posterior do tronco para o paciente voltar a manter uma postura mais ereta.
É possível também realizar atividades físicas que envolvam o controleaposta para copaequilíbrio. Um outro estudo indica que o treinamento supervisionado e adaptadoaposta para copaslackline reduz o riscoaposta para copaquedasaposta para copapessoas com doençaaposta para copaParkinson. A prática do exercício faz com que o paciente use articulações como joelho e quadril e deixe a articulação do tornozelo rígida, assim como pessoas que não apresentam o quadro fazemaposta para copasituaçõesaposta para copadesequilíbrio.
Segundo a neurocirurgiã, a alimentação também é muito importante na questão multidisciplinar do tratamento. Por isso, um nutricionista deve atuar junto aos outros profissionais. A prisãoaposta para copaventre ou constipação característica do quatro pode levar ao aumento da alfa-sinucleína (uma proteína da família das sinucleínas) no intestino e, consequentemente, levar ao aumento da substância no cérebro, o que pode estar relacionada ao desenvolvimento mais rápido da doença do Parkinson.
— Além da possibilidade da doença começar no cérebro e ir para o intestino, tem a teoria que a doença começa no intestino e depois aparece no cérebro. O que pode ser feitoaposta para coparelação ao melhoramento do intestino é fazer usoaposta para copaprobióticos. Além disso, aumentar o consumoaposta para copafibras para ajudar no quadro da constipação. É importante também manter uma dieta ricaaposta para copafrutas, verduras para otimizar a melhora dos sintomasaposta para copaconstipação e, dessa forma, melhorar a qualidadeaposta para copavidaaposta para copapacientes com a doençaaposta para copaParkinson — explica a neurocirurgiã.
Fonte:
Vanessa Milanese é graduadaaposta para copaMedicina pela Universidade Federal da Paraíba e intitulada especialistaaposta para copaNeurocirurgia pela Sociedade Brasileiraaposta para copaNeurocirurgia. Tem subespecialidadeaposta para copaNeurocirurgia Funcional e distúrbios do movimento pela Universidade da Flórida. É diretoraaposta para copacomunicação da Sociedade Brasileiraaposta para copaNeurocirurgia (SBN).