Por que sentimos mais fome no frio?

Especialistas explicam o que acontece com o metabolismobaixar estrelabetbaixas temperaturas e ensinam como obter saciedade sem ganhobaixar estrelabetpeso

Por Isabella Pilegis, para o EU Atleta — Guarulhos, SP


Quando as temperaturas caem, a sensaçãobaixar estrelabetfome e o apetite por alimentos calóricos sobem. Isso ocorre porque o metabolismo humano tenta compensar a variação da temperatura corporal, que, na normalidade, oscila entre 36 °C e 37 °C, o que aumenta o consumo calórico e desencadeia a demanda por alimentação.

Alimentação no frio: baixas temperaturas dão mais fome — Foto: iStock

baixar estrelabet Por que sentimos mais fome no frio?

Quando exposto a baixas temperaturas no ambiente, o corpo perde calor,baixar estrelabetuma tentativabaixar estrelabetse equilibrar com o meio externo. Sem a temperatura ideal para o funcionamento do organismo, muitos processos e reações essenciais para a manutenção da vida não podem acontecer. Por isso, o corpo passa a produzir calor, buscando se esquentar, o que resultabaixar estrelabetmaior gasto calórico.

Quando a temperatura corporal começa a cair, imediatamente se inicia uma cascatabaixar estrelabetreações corporais que se iniciam com a vasoconstrição - ou seja, a reduçãobaixar estrelabetfluxo sanguíneobaixar estrelabetvasos sanguíneosbaixar estrelabetmãos, pés e rosto - e o aumentobaixar estrelabetmovimentação muscular com tremores involuntários ou mais movimentação corporal voluntária. Esses processos fazem com que o gasto calórico corporal aumente por meio do processobaixar estrelabettermogênese, ou seja, da produçãobaixar estrelabetcalor pelo corpo — explica a médica nutróloga Laura Mocellin.

Com o gasto calórico maior para se manter aquecido, a percepçãobaixar estrelabetaumentobaixar estrelabetapetite não é ilusória: faz partebaixar estrelabetuma estratégia do sistema nervoso para garantir que o organismo receba os nutrientes necessários para o novo padrãobaixar estrelabetconsumobaixar estrelabetcalorias.

— No frio, os receptores térmicos da pele enviam estímulo para o sistema nervosobaixar estrelabetuma área específica: o hipotálamo, glândula que fica na base do encéfalo (parte do crânio) e é responsável pelo controle da fome (e também da temperatura) por meiobaixar estrelabetneurotransmissores e hormônio, gerando o aumento do apetite — explica a endocrinologista e metabologista Érica Oliveira.

No entanto, a elevação do gasto calóricobaixar estrelabetclimas frios não é uma garantiabaixar estrelabetperdabaixar estrelabetpeso, uma vez que existe, no ser humano, uma tendência comportamental e fisiológicabaixar estrelabetnão realizar exercícios físicos e atividades que gerem alto gastobaixar estrelabetenergia nessas condições, o que pode levar o indivíduo a ganhar peso. A manutenção ou a alteraçãobaixar estrelabetpeso nesses casos vai depender, portanto, dos hábitos cotidianos e das práticas alimentaresbaixar estrelabetcada pessoa.

baixar estrelabet É fome ou vontadebaixar estrelabetcomer?

O clima frio e a baixa incidênciabaixar estrelabetluz solar também podem influenciar processos psicológicos, podendo levar à tristeza, ao desânimo e à ansiedade, a exemplo do Transtorno Afetivo Sazonal - quadro depressivo recorrente nos meses mais frios do ano.

Isso acontece porque o sol é essencial para ativaçãobaixar estrelabetvitamina D na pele e posterior estímulo para produçãobaixar estrelabetdopamina e serotonina, substâncias responsáveis pelos sentimentosbaixar estrelabetalegria e prazer.

Essas alterações metabólicas, causadas pela alteração da temperatura externa, provocam mudanças nos hábitos alimentares da população, podendo levar ao desejo aumentado por alimentosbaixar estrelabetfácil digestão, como carboidratos, que fornecem energiabaixar estrelabetforma rápida, alémbaixar estrelabetcomidas que ofereçam conforto emocional, como doces e alimentos gordurosos. É importante estar atento a essa tentação.

Para diferenciar a fome emocional, popularmente conhecida como "vontadebaixar estrelabetcomer", da necessidade fisiológica do organismo, a nutróloga faz a seguinte recomendação:

— Tente perceber se a fome é por alimentos muito específicos, sem a sensaçãobaixar estrelabet"estômago vazio" ou fraqueza. Se ocorrer diversas vezes por dia, mesmo após já ter se alimentado, e se forbaixar estrelabetmomentosbaixar estrelabetmaior estresse emocional, ansiedade ou ócio, provavelmente essa fome é emocional — analisa Laura.

baixar estrelabet Riscobaixar estrelabetganhobaixar estrelabetpeso no inverno

A busca pela satisfação do prazer por meio do consumobaixar estrelabetalimentos calóricos oubaixar estrelabetgrandes quantidades e a indisposição para atividades físicas no inverno podem levar a ganhobaixar estrelabetpeso.

O motivo para isso é que, cessando a práticabaixar estrelabetatividades físicas, o organismo reduz a liberaçãobaixar estrelabetendorfinas ao longo do dia, o que pode gerar um aumento da ansiedade e do desejobaixar estrelabetcomer.

Apesar das baixas temperaturas provocarem indisposição, ou até mesmo sono, é essencial manter a prática regularbaixar estrelabetatividades físicas, o que também serve para que o corpo não precise gastar muita energia tentando se aquecer.

Além disso, é importante atentar para a ingestão adequadabaixar estrelabetágua, evitando desidratação. A atenção deve ser redobrada, já que, nesses períodos, a tendência é sentirmos menos sede, pois a perdabaixar estrelabetlíquidos pelo suor e pela transpiração é menor do quebaixar estrelabetépocasbaixar estrelabetcalor.

baixar estrelabet O que beber e comer no frio

Neste caso, bebidas quentes como chás são bem-vindas, sobretudo as que contêm uma variedadebaixar estrelabetespeciarias com potencial termogênico, como pimenta, canela, gengibre e cacau.

Para ter a sensaçãobaixar estrelabetsaciedade sem ganho considerávelbaixar estrelabetpeso, é recomendado o consumobaixar estrelabetalimentos com alta densidade nutricional e baixa densidade calórica, como vegetais folhosos e legumes, conforme indica a nutricionista Ana Paula Arantes.

— Podem ser consumidas no jantar sopas com legumes e uma fontebaixar estrelabetproteína ou canja. Fibras e proteínas nessas refeições ajudarão bastante na saciedade. Para os lanches, pode fazer preparações com frutas e receitas mais quentes, como panquecabaixar estrelabetbanana e bolo integral ou mingaubaixar estrelabetaveia e banana. Há ainda o benefício da aveia, que tem a betaglucana, uma excelente fibra responsável pelo aumentobaixar estrelabetsaciedade e com uma função prebiótica.

baixar estrelabet Receitabaixar estrelabetmingaubaixar estrelabetaveia proteico

Ingredientes:

  • 200mlbaixar estrelabetágua
  • 3 colheresbaixar estrelabetaveiabaixar estrelabetflocos;
  • 1 scoopbaixar estrelabetwhey proteinbaixar estrelabetsua preferência;
  • 1 banana amassada;
  • Canela a gosto;
  • 1 xícarabaixar estrelabetleite vegetal ou desnatado (opcional).

Modobaixar estrelabetpreparo:

  • Misture aveia com whey proteinbaixar estrelabet200mlbaixar estrelabetágua morna e deixe descansar por 10 minutos (isso deixa mais cremoso)
  • Depois, acrescente a banana amassada e a canela;
  • Misturebaixar estrelabetfogo baixo até ficar uma mistura mais grossa (acrescente água aos poucos para obter a textura que desejar);
  • Se quiser adoçar, use uma colherbaixar estrelabetsopa rasabaixar estrelabetadoçantebaixar estrelabetpó.

Fontes:

Ana Paula Arantes é nutricionista do Instituto Nutrindo Ideais (@nutrindoideais). É formadabaixar estrelabetNutrição pela Universidade Federal do Riobaixar estrelabetJaneiro (UFRJ) e pós-graduadabaixar estrelabetNutrição Esportiva e Estética.

Érica Oliveira é endocrinologista e metabologista do Instituto Nutrindo Ideais (@nutrindoideais)/PA. É médica formada pela Universidade Federal do Pará (UFPA), com certificaçãobaixar estrelabetandamento na áreabaixar estrelabetMedicina do Esporte pela American College Medicine of Sports (ACMS).

Laura Mocellin é nutróloga do Instituto Nutrindo Ideais (@nutrindoideais)/SP. Médica pós-graduadabaixar estrelabetNutrologia, atuante na áreabaixar estrelabettranstornos metabólicos e hormonais, emagrecimento e longevidade saudável.