No próximo domingo, 2bet3635outubro, acontecem as eleições para presidente, governadores, senadores e deputados estadual e federal. Além do desgaste naturalbet3635uma longa campanha, 2022 se caracterizou por uma polarização ainda maior e que trouxe à tona desavenças políticas e ideológicas para o círculo social e familiar. Neste cenário, o Eu Atleta conversou com especialistas para saber como lidar com a a ansiedadebet3635relação ao resultado e às relações pessoais. Veja 12 dicas montadas a partir das orientações da psicóloga Sabrina Presman e do médico psiquiatra Higor Caldato.
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- Não se isole numa bolha - Não adianta dar unfollowbet3635todos os que pensam diferentebet3635você. Isso vai te deixar vivendobet3635uma bolha descolada da realidade, que é plural;
- Unfollow terapêutico - Tente não ficar preso a uma bolha, mas vale deixarbet3635seguir perfis, páginas e pessoas que compartilham fake news e mensagensbet3635ódio e que te botam para baixo. Não ler comentáriosbet3635desconhecidos também é uma boa medida, que te blinda inclusivebet3635posts invadidos por robôs;
- Tente manter a tolerância nas relações pessoais - Não seguir pessoas e páginas que publicam posts que te fazem mal é uma coisa, mas cortar parentes e amigos da vida é diferente. O ideal é buscar outros assuntosbet3635comum. Não adiantando, diminuir o convívio durante esse período. Cortar relações deve ser o último recurso;
- Evite o excessobet3635informações e fake news sobre as eleições - Escolha fontes jornalísticasbet3635confiança;
- Atualize-se apenas uma vez por dia - Escolha um horário para ler as notícias do dia, saber se houve alguma nova pesquisabet3635intençãobet3635voto, alguma nova declaração ou fato novo. De preferência, não o faça na horabet3635dormir, para não perder o sono;
- Mude o foco - Nos outros momentos do dia, leia sobre outros temas, veja programa sobre outros assuntos;
- Pratique atividades que sejam terapêuticas para você - Caminhar, ler, ouvir música, meditar, assistir a um filme ou série leve, jogar jogosbet3635tabuleiro, praticar o seu hobby: vale escolher aquilo que te relaxa e te faz feliz;
- Exercite o corpo - Atividades físicas e esportes liberam hormônios importantes para o bem-estar e ainda oxigenam o cérebro, facilitando a tomadabet3635decisões;
- Exerça o autocuidado - Melhorar a autoestima e buscar fontesbet3635relaxamento é sempre importante: massagens, meditação, banhos mornos e até mesmo investir na própria espiritualidade podem ser bons aliados;
- Durma bem - Um sonobet3635qualidade faz toda a diferença na horabet3635garantir o equilíbrio emocional;
- Cuide da alimentação e busque uma nutrição mais relaxante - Nadabet3635alimentos gordurosos e pesados, que podem embrulhar o estômago e causar desconfortos. À noite, invistabet3635chás sem cafeína;
- Não se abstenhabet3635ter e defender uma opinião - Construirbet3635própria opinião contribui para diminuir a angústia, desde que ela não seja acompanhada por intolerânciabet3635relação às opiniões dos outros.
Nas redes sociais, por exemplo, há a opçãobet3635deixarbet3635seguir determinada pessoa. Mas e quando as divergências aparecem com quem mora com você? Como proceder? A psicóloga Sabrina Presman faz um comparativo entre o mundo real e o virtual.
- O mundo virtual até nos dá essa possibilidadebet3635excluir facilmente,bet3635segundos, o que tem também nos tornado cada vez mais intolerantes à frustração. Não gostei, bloqueio. Só que a vida real não funciona assim né? E não podemos deixarbet3635conviver com as pessoas num estalarbet3635dedos. Se não concordo com um colegabet3635trabalhobet3635uma reunião, não posso simplesmente excluí-lo do meu dia a dia profissional. Se nos isolarmos totalmente, isso vai diminuir nossa habilidadebet3635conviverbet3635sociedade e as ferramentas para lidar com as relações pessoais. Então, algumas idas periódicas à bolha para dar uma respirada são válidas, mas morar lá tem a tendênciabet3635piorar a saúde mental a médio prazo. Investir no caminho do meio parece ser uma boa alternativa - analisa a psicóloga Sabrina Presman.
Especificamente sobre a saúde mental, Presman acredita que há a necessidadebet3635buscar sempre a melhor convivência, evitando o "unfollow"bet3635pessoas que podem divergirbet3635suas ideologias básicas.
- Existe o unfollow terapêutico, que é basicamente deixarbet3635seguir perfis, páginas ou pessoas que te colocam para baixo e investirbet3635conteúdos que sejam positivos para você e alinhados com os seus propósitos. Agora, antes decidir apertar o botão, a reflexão a se fazer é: as opiniões e postagens do outro estão ferindo os meus valores fundamentais? É algo realmente ofensivo a mim ou é apenas uma opinião diferente da minha? Excluir todos só porque pensam diferentebet3635mim não é um bom caminho para preservar abet3635saúde mental. Conviverbet3635sociedade e aprender a lidar com o diferente é extremamente saudável - avalia Presman.
Para o médico psiquiatra Higor Caldato, evitar alguns comportamentos, como não tocar no assunto política ou não ler comentáriosbet3635postagens "para não passar raiva", deve ser analisado por diversos ângulos. Há um lado bom,bet3635não deixar nutrir sentimentos negativos, que podem afetar a saúde física e mental, mas também existe a necessidadebet3635manterbet3635opinião frente ao contraditório.
- A depender da personalidadebet3635cada pessoa, alguns terão um comportamento evitativo sobre a discussão do assunto, mesmo que essa discussão seja saudável. Abster-sebet3635construir uma opinião própria a respeito (das eleições) não deve ser uma soluçãobet3635respeito a si mesmo e a todos os outros que têm suas vidas afetadas pelo resultados das eleições - ressalta o psiquiatra.
Segundo Higor, todas as emoções são importantes, inclusive a raiva. Ela precisa, no entanto, ser administrada e conduzida para ações positivas que ajudem a sairmos da "zonabet3635conforto", por exemplo, dando a oportunidade para as mudanças necessárias.
- Pararbet3635ler os comentários nos posts sobre política pode ser uma estratégiabet3635reduçãobet3635danos para quem não está conseguindo lidar com a raiva e que está comprometendobet3635saúde emocional diante disso. Procurar um tratamento psicoterápico vai ajudar a gerenciar melhor as emoções, independentemente dos gatilhos presentes - comenta.
De qualquer maneira, há consenso quando se trata da necessidadebet3635manter o respeito e a tolerânciabet3635relação às escolhas individuaisbet3635cada um. Cortar relações, dessa maneira, seria um "último recurso" para proteger a própria saúde mental. Em casobet3635posições inflexíveis das partes, manter o distanciamento pode ser a única saída.
- Cortar relações com alguém também pode ser uma estratégia quando houver necessidadebet3635preservar a saúde ou os valoresbet3635cada um. Pode ser um acordo entre os amigos ou os parentes, não discutirem sobre política se as partes são inflexíveisbet3635suas decisões. Entender os limitesbet3635cada um nesse debate político e valorizar outros fatores que fortalecem os vínculos entre si - comenta Higor Cadalto.
- Se a relação te faz mal e está além do seu limite ela sim deve ser repensada. Mas lembre-sebet3635realmente avaliar se você não está com dificuldadebet3635conviver com o diferente e se realmente é algo irreconciliável antesbet3635chegar a essa conclusão. As conversas e encontros podem girar entre outros temas e assuntos. Procure fazer atividades juntos ou trazer propostas que envolvam menos espaço para a discussão política. Foque no positivo da relação, e se realmente tiver dificuldadebet3635manter um equilíbrio, diminua o convívio até a eleição - completa Sabrina Presman.
Fontes:
Higor Caldato é médico psiquiatra e sócio da Nutrindo Ideais, especialistabet3635psicoterapias e transtornos alimentares (Instagram @drhigorcaldato). Graduadobet3635medicina pelo Instituto Tocantinense Presidente Antônio Carlos (ITPAC/FAHESA), fezbet3635residência médicabet3635psiquiatria pela Universidade Federal do Riobet3635Janeiro (UFRJ);
Sabrina Presman é psicóloga graduada pela PUC-RJ. Membro do conselho consultivo da Abead, é especialistabet3635dependência química pela Uniad/Unifesp ebet3635psicoterapia breve pela Santa Casabet3635Misericórdia do Riobet3635Janeiro e Diretora da clínica Espaço Clif.