Rebeca Andrade e outras atletasla liga 365 betsponta se unem pela saúde mental

Etiene Medeiros, Ana Marcela Cunha e Raíssa Rocha Machado contam que já tiveram que enfrentar pressão, estresse, ansiedade e depressão e buscam inspirar mulheres ao autocuidado e a buscar ajuda psicológica quando se sentirem sufocadas

Por Flávia Ribeiro — Riola liga 365 betsJaneiro


Um timela liga 365 betscinco atletas brasileirasla liga 365 betsponta chamou a atenção nas redes sociais ao longo deste mêsla liga 365 betssetembro com posts alertando para a importânciala liga 365 betsse cuidar da saúde mental. As medalhistasla liga 365 betsouro olímpicas Rebeca Andrade, da ginástica artística, e Ana Marcela Cunha, da maratona aquática, a nadadora campeã mundial Etiene Medeiros, a medalhistala liga 365 betsprata paralímpica no lançamentola liga 365 betsdardos Raíssa Rocha Machado e a triatleta pentacampeã do IronMan Fernanda Keller se uniram ao projeto Inspire, que busca, como o nome sugere, inspirar mulheres ao autocuidado e ao protagonismo. Com o Setembro Amarelo, mêsla liga 365 betsconscientização sobre a depressão e o suicídio, o foco do projeto se voltou para a saúde mental.

la liga 365 bets Rebeca Andrade

Para a ginasta Rebeca Andrade, ouro no salto e prata individual geral nas Olimpíadasla liga 365 betsTóquio 2020, essa está sendo uma oportunidadela liga 365 betsmostrarla liga 365 betsvoz,la liga 365 betsrepresentatividade ela liga 365 betsresponsabilidade social.

- Fazer partela liga 365 betsum movimento tão incrível me dá a oportunidadela liga 365 betsatingir a mais mulheres, e sei que juntas seremos mais fortes - diz Rebeca, que faz acompanhamento psicológico desde os 13 anos.

Rebeca Andrade no Panla liga 365 betsginástica — Foto: Ricardo Bufolin/CBG

Rebeca sofreu muito com lesões, e chegou a se questionar se valia a pena continuar na ginástica.

- Quando um atleta, que sempre foi considerado um super-herói ou uma máquina, mostra que também enfrenta momentos difíceis, mostra que todos somos iguais, seres humanos cheiosla liga 365 betssentimentos, e que às vezes é difícil lidar com eles... É acolhedor saber que não é só você que passa por isso. Muitas pessoas tentam vencer sozinhas por vergonha ou medo do julgamento. Temos que estar mais juntos, falar mais, nos encorajar. E faz muita diferença esse suporte. Nos momentos mais difíceis, eu tive essa redela liga 365 betsapoio, alémla liga 365 betscontar com a minha família - comenta.

la liga 365 bets Etiene Medeiros

Etiene Medeiros ouro 50m costas mundial natação budapeste — Foto: Satiro Sodré/SSPress/CBDA

Campeã mundial dos 50m costas, Etiene Medeiros não esconde que passou por momentos difíceis, e acredita que falar sobre o tema é uma formala liga 365 betsdiminuir o estigma.

- O projeto trata muito dessa questão. Ele fala do universo feminino, que caminhala liga 365 betsdiversas vertentes, inclusive a da saúde mental, que está muito enraizada no esporte. Existem gatilhos para burnout, ansiedade e depressão no alto rendimento - comenta a nadadora Etiene Medeiros, campeã mundial dos 50m costas, lembrando que nas Olimpíadasla liga 365 betsTóquio, no ano passado, a ginasta multicampeã Simone Biles chegou a desistirla liga 365 betsprovas por causa da saúde mental. - Uma grande estrela do esporte mundial teve que parar para que a gente pudesse também parar e falar do assunto.

Etiene tem conhecimentola liga 365 betscausa. Entre 2019 e 2020, a nadadora sofreu com síndromela liga 365 betsburnout, transtorno caracterizado por esgotamento, ansiedade e depressão e que é uma reação ao estresse causado pelo trabalho. A campeã mundial não se reconhecia mais nos treinos e competições, passou a sentir um aperto no peito, a conviver com pensamentos negativos e entrou num processola liga 365 betsiníciola liga 365 betsdepressão. Foi quando ela procurou ajuda.

- O esporte é transformador, mas é também muito intenso e exige muito. Busquei ajudala liga 365 betspsicólogo e da minha equipe, precisei voltar umas casinhas para me reconhecerla liga 365 betsnovo, primeiro como pessoa e depois como atleta. E como aconteceu comigo e com outros atletas, existe esse mesmo tipola liga 365 betspressãola liga 365 betsoutros trabalhos - avalia Etiene.

la liga 365 bets Raíssa Rocha Machado

Medalhistala liga 365 betsprata no lançamentola liga 365 betsdardo nas Paralimpíadasla liga 365 betsTóquio 2020, Raíssa Rocha Machado enfrentou uma depressão e chegou a pensarla liga 365 betssuicídio. Pouco depoisla liga 365 betsconquistarla liga 365 betsmedalha paralímpica, há pouco maisla liga 365 betsum ano, percebeu que precisavala liga 365 betsajuda.

- Eu tenho uma má formação congênita e sofri muito preconceito na infância. Mais com olhares do que com palavras, até. Tive que me blindar, ficar cascuda. Mas isso me limitou. Eu não saía, quando saía não ia sozinha ou já saía na defensiva. Chegou a um pontola liga 365 betsque eu ficavala liga 365 betscasa no escuro, não falava com ninguém. Hoje já saio e me permito sentimentos, me sinto partela liga 365 betsalgo. Saí do escuro - conta Raíssa. - Num certo momento, pensei: "ou eu morro, ou não morro e fico pior, ou procuro ajuda". Mas nem todo mundo consegue enxergar que há esse caminho. A maioria das pessoas ainda preconceito tem preconceito com buscar ajuda psicológica. Não percebe que buscar ajuda é tentar se entender, se conhecer.

Ela comenta que já fazia terapia desde os 15 anos, mas focada na atleta.

- Fazia terapia para o esporte, agora faço para a Raíssa. Estou passando por um processola liga 365 betsautoconhecimento. Antes via apenas meus defeitos, não via minhas qualidades. Agora consigo reconhecer os dois. E quero mostrar para outras mulheres que elas também podem pedir ajuda para que possam viver, e não se esconder.

Raissa Rocha Machado recebe a medalha no pódio — Foto: Rogerio Capela/CPB

la liga 365 bets Ana Marcela Cunha

A campeã mundial e olímpicala liga 365 betsmaratona aquática Ana Marcela Cunha lembra, num vídeo postado no Instagram, que foi uma doença física que abalou o seu lado emocional. Ana Marcela descobriu uma doença autoimune que afetava a produção das plaquetas sanguíneas. Em 2016, ela precisou passar por uma cirurgia para retirada do baço para ajudar a corrigir o problema. A partir daí, foi percebendo ainda mais que não sóla liga 365 betsesporte que se vive, que é necessário um equilíbrio.

- O esporte é massacrante, ele exige muito - diz Ana Marcela no post, no qual explica por que acha importante dividir suas experiências com outras mulheres: - Quando a gente compartilha as emoções, a gente ganha mais amor.

la liga 365 bets Saúde mental no esporte

Em 2021, quando a atleta multicampeã olímpica e mundial Simone Biles se retirou das disputasla liga 365 betsvários aparelhos nas Olimpíadasla liga 365 betsTóquio e falou abertamente sobre questões emocionais que a estavam abalando, o mundo se espantou. Na mesma competição, a tenista Naomi Osaka, então número 2 do mundo, foi precocemente eliminada e deu declarações no mesmo sentido. O médico Luis Fernando Correia, colunista do EU Atleta, escreveu naquele momento:

- As diferentes formasla liga 365 betssofrimento mental são quase sempre associadas à desqualificação, fraqueza e vulnerabilidade. Exatamente o contrário do que se esperala liga 365 betsum atleta olímpico. Por isso, também, relatos como osla liga 365 betsOsaka e Biles são fundamentais para acabar com os estigmas relacionados aos transtornos mentais.

Para as atletas envolvidas nessa campanha, falar e ouvir sobre o assunto é fundamental.

- É importante poder mostrar a nossa vulnerabilidade - diz Etiene. - No esporte, eu vejo uma consciência maior, mas ainda tem um caminho. Qualquer pauta precisala liga 365 betstempo.

- A cultura do esporte tem evoluído muito e eu tenho muito orgulhola liga 365 betsfazer partela liga 365 betsuma equipe que tem um trabalho humanizado. Somos tratados como pessoas. Parece simples, mas como eu disse, durante muito tempo fomos tratados como super-heróis ou como robôs. E não somos, temos problemas, temos sentimentos. Vejo que os acontecimentos dos últimos anos abriram as portas para um olhar mais profundo sobre a saúde física e mental dos atletas - conclui Rebeca.