Alimentação pode causar dor22 betpartes do corpo? Veja exemplos

Dieta é capaz22 betinfluenciar a ocorrência22 betdor na cabeça, na barriga, na articulação, entre outras

Por Redação EU Atleta — São Paulo


Dores22 betpartes específicas do corpo, como cabeça, barriga, articulações, costas, entre outras, podem estar relacionadas com a alimentação. Sim, o que você come pode estar causando a dor que sente.

Dor22 betcabeça pode ter relação com a alimentação, segundo especialistas — Foto: iStock

Os mecanismos pelos quais os alimentos causam essas dores podem variar, mas, muitas vezes, envolvem inflamação, sensibilização dos nervos, alterações hormonais e deficiências nutricionais — explica a médica Mariana Aquino, especialista22 bettratamento clínico e intervencionista da dor crônica.

— Alimentos ricos22 betgorduras saturadas, açúcares refinados, aditivos alimentares, alimentos processados e ingredientes irritantes podem desencadear ou agravar a inflamação no corpo, aumentando assim a sensibilidade à dor e contribuindo para o desenvolvimento ou agravamento22 betvárias condições dolorosas — alerta a especialista.

— Optar por uma dieta equilibrada, rica22 betfrutas, vegetais, grãos integrais e fontes saudáveis22 betproteína, pode ajudar a reduzir a inflamação e promover o bem-estar geral. Manter um diário alimentar pode ajudar a identificar padrões entre a ingestão22 betcertos alimentos e o início ou agravamento da dor.

Um exemplo22 betdor sobre a qual a alimentação costuma ter bastante influência e surpreende pelo motivo, conforme a médica intervencionista22 betdor Amelie Falconi, é a das articulações. O senso comum relaciona essas dores ao sobrepeso decorrente da má alimentação que sobrecarrega as articulações. No entanto, a especialista esclarece que as dores nos joelhos, nos pés ou no quadril ocorrem22 betrazão da inflamação do organismo causada pela alimentação22 betbaixa qualidade.

Essa inflamação ocorre quando as células do sistema imunológico respondem a agressões ao organismo, entre as quais o estresse oxidativo induzido pela dieta.

— Essa inflamação aguda aumenta a dor. O mesmo ocorre quando há inflamação crônica derivada22 betestilos22 betvida como tabagismo, falta22 betatividade física, ingestão22 betálcool e má alimentação. Esta, por22 betvez, resulta22 bethipersensibilidade crônica, dor crônica e diversas outras doenças crônicas.

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Confira como a dor22 betcada parte do corpo pode estar relacionada à alimentação:

  • Dores22 betcabeça: certos alimentos podem desencadear enxaquecas ou dores22 betcabeça tensionais22 betalgumas pessoas. Os gatilhos alimentares comuns incluem alimentos processados, queijos envelhecidos, chocolate, bebidas alcoólicas, cafeína22 betexcesso e adoçantes artificiais. Além disso, o jejum prolongado e a desidratação também podem desencadear dores22 betcabeça22 betalgumas pessoas.
  • Dores abdominais (barriga): certos alimentos podem desencadear desconforto abdominal, inchaço e dor22 betpessoas com sensibilidades alimentares, como intolerância ao glúten, intolerância à lactose ou síndrome do intestino irritável (SII). Alimentos como trigo e laticínios, alimentos picantes, alimentos ricos22 betgordura e bebidas carbonatadas podem ser gatilhos para dores abdominais.
  • Dores nas articulações: a inflamação desencadeada por uma dieta rica22 betgorduras saturadas, carboidratos refinados e alimentos processados pode contribuir para dores nas articulações22 betpessoas com artrite ou outras condições inflamatórias. Certos alimentos, como carnes vermelhas, mariscos e bebidas alcoólicas, podem aumentar os níveis22 betácido úrico no sangue, desencadeando ataques22 betgota22 betalgumas pessoas;
  • Fibromialgia: embora a fibromialgia seja uma condição complexa e multifacetada, alguns pacientes relatam que certos alimentos podem desencadear ou piorar os sintomas. Esses alimentos podem incluir aqueles ricos22 betaditivos, cafeína, açúcares refinados e alimentos processados. Além disso, sensibilidades alimentares individuais podem desempenhar papel na manifestação dos sintomas da fibromialgia22 betalgumas pessoas.
  • Dores musculares: alimentos ricos22 betgorduras saturadas e carboidratos refinados podem contribuir para a inflamação sistêmica no corpo, aumentando a sensibilidade muscular e contribuindo para dores musculares. Além disso, a deficiência22 betcertos nutrientes, como magnésio e potássio, pode levar a cãibras musculares e desconforto;
  • Dores nas costas: uma dieta pobre22 betnutrientes essenciais, especialmente cálcio e vitamina D, pode enfraquecer os ossos e os músculos das costas, aumentando o risco22 betdor nas costas e até mesmo22 betcondições como osteoporose e osteoartrite. Além disso, o excesso22 betpeso devido a uma dieta rica22 betcalorias vazias pode sobrecarregar a coluna vertebral, contribuindo para dores nas costas;
  • Doenças inflamatórias intestinais (DII): pacientes com doenças inflamatórias intestinais, como doença22 betCrohn e colite ulcerativa, podem experimentar dores abdominais e sintomas digestivos graves22 betresposta a certos alimentos. Alimentos ricos22 betfibras insolúveis, como grãos integrais e alimentos que fermentam facilmente, como laticínios e produtos ricos22 betgordura, podem desencadear inflamação e piorar os sintomas22 betpacientes com DII;
  • Dor neuropática: embora a relação entre a alimentação e a dor neuropática seja menos direta do que22 betoutras condições, alguns alimentos podem influenciar a saúde nervosa e a sensibilidade à dor. Por exemplo, deficiências22 betcertas vitaminas, como B12, podem prejudicar a função nervosa e aumentar a sensibilidade à dor neuropática22 betalgumas pessoas.

Fontes:

Amelie Falconi é médica intervencionista22 betdor. Formada22 betMedicina, tem especializações22 betMedicina da Dor e Anestesiologia, fellowship22 betIntervenção22 betDor, pós-graduação22 betMedicina Intervencionista da Dor Guiada por Ultrassonografia e Anestesia Regional. Dá aulas na pós-graduação22 betMedicina Intervencionista da Dor do Hospital Albert Einstein.

Mariana Aquino (@mariana_aquino) é médica especialista22 bettratamento clínico e intervencionista da dor crônica e anestesiologista. Graduada22 betMedicina, tem residência e especialização22 betAnestesiologia, fellowship22 betMedicina Intervencionista da Dor e pós-graduação22 betDor e Medicina Regenerativa.

Dan Linetzky Waitzberg é médico nutrólogo e professor associado no Departamento22 betGastroenterologia da Faculdade22 betMedicina da Universidade22 betSão Paulo (FMUSP). Formado22 betMedicina, possui Mestrado, Doutorado e Livre-Docência pela USP nas áreas22 betCirurgia e Nutrição.