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O Conselho Federalcef quinaMedicina proibiu a prescriçãocef quinaesteroides androgênicos anabolizantes para fins estéticos,cef quinaganhocef quinamassa muscular ecef quinamelhoracef quinadesempenho esportivo,cef quinamedida publicada no Diário Oficial desta terça-feira, 11cef quinaabril. Mas os medicamentos ainda são indicados e permitidoscef quinaalguns casos, desde que com prescrição e acompanhamento médicos. Com ajuda do médico endocrinologista e do esporte Guilherme Renke, vamos entender abaixo por que houve a proibição e para quais casos ainda há permissão, alémcef quinaver uma listacef quinaproblemascef quinasaúde e doenças que o uso indiscriminadocef quinaesteroides pode causar.
Os esteroides androgênicos anabolizantes são substâncias derivadas do hormônio testosterona e outros medicamentos que se unem a receptorescef quinatestosterona, os SARMS, moduladores seletivos do receptorcef quinaandrogênio. Eles já eram proibidos pela Anvisa, mas seu uso permanece ocorrendo, com venda dentrocef quinaalgumas academias ecef quinasites. Nos últimos anos, houve um aumentocef quinaprescriçõescef quinaesteroides por médicos ecef quinavendacef quinacursos sobre o tema, o que acendeu o sinalcef quinaalerta no Conselho Federalcef quinaMedicina.
São muito usados para ganhocef quinamassa muscular por atletascef quinafisiculturismo ecef quinaoutras modalidades que exigem força, como levantamentocef quinapeso, lutas e provascef quinaatletismo como lançamentocef quinapeso e arremessocef quinamartelo, disco e dardo; e explosão muscular como provascef quinavelocidade (100m ou 200m rasos, por exemplo). São,cef quinatodos os casos, considerados doping, punidos com suspensão e até mesmo exclusão do esporte.
O médico endocrinologista Guilherme Renke explica que o uso indiscriminado dessas substâncias oferece vários riscos, entre eles:
- Aumento da pressão arterial, levando a um estadocef quinahipertensão;
- Formaçãocef quinaplacas (ateromas) nas artérias;
- Aumento do colesterol;
- Maior risco cardíaco,cef quinaconsequência das situações acima. Especialmentecef quinadesenvolvimentocef quinadoença arterial coronariana;
- Riscocef quinafalência renalcef quinaconsequência do aumento da pressão arterial e da retençãocef quinasódio;
- Sobrecarga no fígado, causando hepatite medicamentosa, especialmente nos casoscef quinaanabolizantes orais, que são metabolizados pelo fígado;
- Alteraçãocef quinacomportamento, com possibilidadecef quinaa pessoa ficar mais agressiva e agitada;
- Riscocef quinainfertilidade;
- Possibilidadecef quinaaumento da quedacef quinacabelo e da calvície;
- Acne;
- Voz grossa;
- Em casocef quinaatletas profissionais, doping.
Guilherme Renke comenta que embora essa medida seja importante para coibir o mau uso, ela pode ter o efeito indesejadocef quinaafastar quem realmente precisacef quinatratamento com esteroides androgênicos anabolizantes. As substâncias seguem permitidas, dentrocef quinaquadros clínicos específicos respaldados por sintomas e exames laboratoriais, para:
- Mulheres com transtorno sexual hipoativo (que gera quedacef quinalibido), incluindo as que estão na menopausa e não conseguiram resolver o problema com outros tiposcef quinareposição hormonal;
- Homens com hipogonadismo, condiçãocef quinaque a redução dos níveiscef quinatestosterona é acompanhadacef quinasintomas que vãocef quinaalteraçõescef quinahumor a aumento da circunferência abdominal, passando também pela perdacef quinalibido;
- Pessoascef quinaqualquer idade com osteoporose grave;
- Pessoascef quinaqualquer idade com sarcopenia grave.
- A gente precisacef quinaacolhimento tanto para essas pessoas que precisam da terapia hormonal com testosterona quanto para aquelas que usam os esteroidescef quinaforma errada e precisamcef quinatratamento para pararcef quinausar. Porque não se pode pararcef quinaforma abrupta, há protocolos médicos. É preciso avaliar os danos que o uso dos esteroides causou na saúde da pessoa e começar um protocolocef quinamedicamentos para restabelecimento do eixo hormonal dessa pessoa, para que ela possa retirar a testosterona aos poucos e para seu organismo voltar a produzi-la sozinho - esclarece Renke.
Dois casos famososcef quinadoping por esteroides anabolizantes no Brasil são os das atletas Maurren Maggi e Rebeca Gusmão. Atleta do saltocef quinadistância, Maurren foi pega no antidopingcef quina2003, com a substância clostebol. Ela alegou que o anabolizante veio do uso da pomada Novaderm, um creme cicatrizante usado após uma depilação. Suspensa por dois anos do esporte, perdeu os Jogoscef quinaAtenas,cef quina2004, mas voltou triunfalmentecef quina2006 e conquistou a medalhacef quinaouro no saltocef quinadistância nas Olimpíadascef quinaPequim 2008, com a marcacef quina7,04m.
A nadadora Rebeca Gusmão, no entanto, foi banida do esporte após testar positivo para a substância testosteronacef quinaexames realizadoscef quina2007, durante os jogos Pan-Americanos do Riocef quinaJaneiro. Perdeu as quatro medalhas que havia ganho na competição e todos os seus recordes sul-americanos.
Fonte:
Guilherme Renke é médico endocrinologista e médico do esporte. Colunista do EU Atleta e sócio fundador da Nutrindo Ideais, é membro da Sociedade Brasileiracef quinaEndocrinologia e Metabologia (SBEM), pós -graduadocef quinaCardiologia pelo Instituto Nacionalcef quinaCardiologia do Riocef quinaJaneiro. É pesquisador aprovado pela Fundaçãocef quinaAmparo à Pesquisa do Estado do Riocef quinaJaneiro - FAPERJ.
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