F1: Veja carros campeõesiubetAdrian Newey, projetista que deixará a RBR

Projetistaiubet65 anos teve participação diretaiubettodos os sete campeonatos mundiaisiubetpilotos da equipe, que deixa após quase 19 anos

Por Suelen Oliveira* — RioiubetJaneiro


Um dos casamentos mais longevos e vitoriosos da história da Fórmula 1 já tem data para terminar. Na semana passada, a RBR confirmou o desligamentoiubetAdrian Newey da equipe a partir do inícioiubet2025. Até lá, o britânico vai concentrar seus esforços no desenvolvimento do RB17, primeiro hipercarro esportivo da marca.

Adrian Newey levanta o troféuiubetequipe vencedora do GP do Canadáiubet2023 — Foto: Clive Mason/Getty Images

Newey chegou a Milton Keynes no segundo ano da equipe na F1,iubet2006, já consagrado na esteiraiubetcampanhas vitoriosas na Williams e McLaren nos anosiubet1990. O apelidoiubetmago da aerodinâmica foi ratificado depois dele assinar os projetos que deram o tetracampeonato a Sebastian Vettel (2010, 2011, 2012 e 2013) e a atual sequênciaiubettítulosiubetMax Verstappen (2021, 2022 e 2023).

Ao todo, são sete campeonatosiubetpilotos e seisiubetconstrutores emplacados pelo britânico apenas na RBR. Confira a seguir alguns detalhes e curiosidades dos carros campeões desenhados pelo engenheiro na equipe austríaca:

iubet RB6 (2010)

O RB6 foi o sucessor do RB5, que terminou a temporada anterior como o carro mais rápido, embora o título tenha ficado nas mãos da equipe estreante Brawn e do britânico Jenson Button. Para melhorar o funcionamento do difusor duplo, o comprimento do carro na parte traseira foi maximizado.

Com a adiçãoiubetuma caixaiubetcâmbio bastante estreita, a mudança melhorou o desempenho aerodinâmico na porção traseira do monoposto. Além disso, o RB6 contava com o rake - diferençaiubetangulação entre as extremidades do carro, com a traseira mais altaiubetrelação à frente, o que gera mais pressão aerodinâmica, a força responsável por mantê-lo ao chão.

Sebastian Vettel acelera modelo RB6 para chegar ao primeiro título mundial na F1 — Foto: Getty Images

Com o RB6, Sebastian Vettel conquistou o primeiroiubetseus quatro títulos empurrado pelo motor Renault V8 aspirado. Curiosamente, ele liderou o campeonato apenas na última corrida,iubetAbu Dhabi.

O título foi selado com o azariubetseu principal adversário, Fernando Alonso, da Ferrari: o espanhol ficou preso praticamente a prova toda atrás do russo Vitaly Petrov, da Renault - longeiubetser um protagonista na disputa. O campeonatoiubetconstrutores da RBR veio na corrida anterior,iubetInterlagos.

Campanhaiubet19 corridas: 9 vitórias, 15 poles e 6 voltas mais rápidas
Sebastian Vettel - 1º lugar com 256 pontos
RBR - 1º lugar com 498 pontos

iubet RB7 (2011)

Sem dúvidas, o RB7 foi o carro mais dominante daiubetépoca, com um desempenho quase perfeito nas classificações. Para 2011, o difusor duplo foi proibido, então Newey apostouiubetbuscar mais downforce por meio do difusor soprado.

Essa temporada também ficou marcada pela introdução do DRS, dispositivo que auxilia nas ultrapassagens com a abertura da asa traseira dos veículos - e o retorno do KERS, que recupera a energia gerada nas frenagens para aumentar a entregaiubetpotência.

Sebastian vettel guia RBR RB7 no GP do Brasiliubet2011 — Foto: Getty Images

Foi nesse ano, inclusive, que a Pirelli se tornou a fornecedora únicaiubetpneus da categoria. De forma impressionante, Vettel terminou no pódioiubettodas as corridas que completou (18), exceto naiubetprova caseira, na Alemanha, quando cruzou a linhaiubetchegada no 4º lugar. Ele foi bicampeão com sobras.

Campanhaiubet19 corridas: 12 vitórias, 18 poles e 10 voltas mais rápidas
Sebastian Vettel - 1º lugar com 392 pontos
RBR - 1º lugar com 650 pontos

iubet RB8 (2012)

Os regulamentosiubet2012 foram modificados, o que obrigou Newey a introduzir um novo sistemaiubetescapamento, direcionando o fluxoiubetar da base dos sidepods (saídasiubetlar laterais do carro) para a frente do difusor. Diferentemente do domínio visto na temporada anterior, o RB8 enfrentou uma concorrência mais forte, com seis vencedores diferentes nas primeiras seis etapas do calendário.

Sebastian Vettel pilotando o RB8iubetJerez — Foto: Getty Images

Em uma temporada bastante equilibrada, a equipe austríaca venceu apenas três das 13 primeiras provas disputadas. Foi a partir da corridaiubetSingapura que Vettel emendou uma sequênciaiubetquatro vitórias para embalar a disputa pelo título. O tricampeonato veio na dramática corrida do Brasil ao superar, mais uma vez, Alonso.

Campanhaiubet20 corridas: 7 vitórias, 7 poles e 7 voltas mais rápidas
Sebastian Vettel - 1º lugar com 281 pontos
RBR - 1º lugar com 460 pontos

iubet RB9 (2013)

Na despedida do ronco dos motores V8 aspirados da categoria, Vettel colocou seu nomeiubetvez na história ao faturar seu tetracampeonato. De forma tranquila, o alemão selou o título com três etapasiubetantecedência, registrando nove triunfos seguidos apenas na segunda parte da temporada.

Um dos raros momentosiubettensão vividos pelo piloto foi no GP da Malásia, quando desobedeceu as ordens da equipe e ultrapassou o companheiro, Mark Webber, para venceriubetSepang. O episódio ficou conhecido como "Multi 21".

Daniel Ricciardo pilota pela primeira vez a RB9 — Foto: Getty Images

Como principal diferença estética, saiuiubetcena o controverso bico com degrau, enquanto mudanças técnicas foram promovidas na asa dianteira para suportar o limiteiubetflexibilidade a 10mm.

No suspiro final antes da drástica mudançaiubetregulamento dos motores programada para 2014, o RB9 seguiu a linha dos modelos anteriores priorizando, sobretudo, a excelência aerodinâmica por meio da geraçãoiubetdownforce – marca registradaiubetNewey.

Campanhaiubet19 corridas: 13 vitórias, 11 poles e 12 voltas mais rápidas
Sebastian Vettel - 1º lugar com 397 pontos
RBR - 1º lugar com 639 pontos

iubet RB16B (2021)

A Mercedes estabeleceu um domínio impressionante na era dos motores híbridos a partiriubet2014, mas a RBR nunca deixouiubetser protagonista da F1;iubet2021, a austríaca voltou a ser campeã, com Max Verstappen,iubetuma das temporadas mais emocionantes da históriaiubetdisputa contra Lewis Hamilton.

Em uma campanhaiubetgala, Verstappen sagrou-se campeão na última volta da corrida final,iubetAbu Dhabi, após decisão controversa da direçãoiubetprova. Porém, no campeonatoiubetconstrutores, a escuderia austríaca bateu na trave e ficou com o vice-campeonato.

RB16B — Foto: Thomas Butler / Red Bull Content Pool

Como o próprio nome já sugere, o RB16B foi apenas uma evolução natural do seu antecessor, o RB16. Isso porque a F1 havia determinado,iubet2020, o congelamento dos carros devido à pandemia do coronavírus.

Com conceitos já bastante maduros pertoiubetuma nova mudançaiubetregulamento, Newey apostouiubetmudanças sutis no assoalho e no difusor. Impulsionada pelos motores V6 híbridos da Honda, a RBR teve ótima confiabilidade e velocidadeiubetreta, com Verstappen registrando apenas três abandonos: dois por acidentes e um por furo no pneu.

Campanhaiubet22 corridas: 11 vitórias, 10 poles e 8 voltas mais rápidas
Max Verstappen - 1º lugar com 395,5 pontos
RBR - 2º lugar com 585,5 pontos

iubet RB18 (2022)

Em 2022, a F1 reintroduziu o efeito solo nos carros, cujo objetivo é fazer a carga aerodinâmica ser geradaiubetmaior parte pelo assoalho ao invés das asas traseira e dianteira, e amenizar a turbulência do ar lançada para trás para facilitar as ultrapassagens.

Newey, que estreou na F1 ainda como estagiárioiubet1980, quando vigorava o efeito solo no regulamento da época, é um profundo conhecedor do conceito que se tornou uma das chaves do atual sucesso da RBR - tanto que a equipe foi uma das que melhor soube lidar com o porpoising e com o bouncing, que são os quiques gerados pela proximidade com o solo.

Max Verstappen guia RB18, carro da RBR, na pré-temporada da F1 2022iubetBarcelona — Foto: Eric Alonso/Getty Images

Outras mudanças significativas foram nos pneus, que passaramiubet13 para 18 polegadas e a opção por usar o sistemaiubetsuspensão pull-rod na dianteira e push-rod na traseira. O tradicional refinamentoiubetNewey foi visto também nas asas mais limpas, além dos sidepods elegantes e funcionais no direcionamento do ar.

O único grande problema do bólido era o excessoiubetpeso, o queiubetparte explica o desempenho não tão brilhante nas classificações;iubetritmoiubetcorrida, porém, a concorrência era ineficaz. Com isso, Verstappen não teve dificuldades nem mesmo para vencer largando do 14º lugar na Bélgica.

O bicampeonato veio pouco depois, no Japão. Curiosamente, o país também foi onde o holandês disputou seu primeiro treino livre na F1 com a STR (atual RB), aindaiubet2014, com apenas 17 anos.

Campanhaiubet22 corridas: 17 vitórias, 8 poles e 8 voltas mais rápidas
Max Verstappen - 1º lugar com 454 pontos
RBR - 1º lugar com 759 pontos

iubet RB19 (2023)

E o que era bom conseguiu ficar ainda melhor: o RB19 já é considerado por muitos como o melhor carro da história da Fórmula 1. Com o tricampeonatoiubetVerstappen e o primeiro vice-campeonatoiubetSergio Pérez, a RBR só não esteve no primeiro lugar do pódioiubetSingapura.

Uma das características marcantes do bólido do ano passado era, mais uma vez, produzir uma quantidadeiubetdownforce significativa sem perder tanto tempo nas retas com o arrasto aerodinâmico, muitoiubetfunçãoiubetum DRS poderosíssimo.

Max Verstappen guia o RB19, carro da RBR na F1 2023, no segundo treino para o GP da Arábia Saudita — Foto: GIUSEPPE CACACE/AFP via Getty Images

Numa combinação irresistível entre uma máquina projetada para vencer e um Verstappen no seu absoluto auge, o holandês conquistou 19 vitórias e quebrou seu próprio recordeiubet15 triunfos estabelecido na temporada anterior. Com cinco corridasiubetantecedência, o piloto colocou no bolso o tricampeonato e segue escrevendo seu nome na história.

Campanhaiubet22 corridas: 21 vitórias, 14 poles e 11 voltas mais rápidas
Max Verstappen: 1º lugar com 575 pontos
RBR - 1º lugar com 860 pontos

Max Verstappen,iubetexclusiva ao ge, opina sobre mudanças no regulamento da F1

Apesar do sucesso recente consolidado com o domínio da RBR e o título mundial, Max Verstappen admite que prefere as máquinas do passado. Em entrevista exclusiva ao ge, ele revelou não gostar muito dos carros atuais da Fórmula 1.

- Eu realmente ainda prefiro a liberdade dos antigos carros. Eles eram mais ágeis, mas talvez tenha a ver com o peso do carro. Ainda estamos fazendo os carros muito pesados e acho que isso é uma coisa negativa.

A F1 retornaiubet19iubetmaio com o GP da Emilia-Romagna, válido como a sétima etapa da temporada 2024. Veja o calendário completo.

*Estagiária sob supervisãoiubetBruna Rodrigues e Rafael Bizarelo.