Usar máscara durante o exercício não prejudica a saúde ou o desempenho

Desde o início da pandemia, surgiram dúvidas quanto ao uso1xbet 32máscaras para prática1xbet 32exercícios físicos. Os protocolos da OMS, para conter a disseminação1xbet 32Covid-19, exigiam, entre outras coisas, cuidados como higienização das mãos e uso1xbet 32máscaras. Com o controle do vírus e a flexibilização das atividades físicas, principalmente ao ar livre, as máscara tornaram-se utensílios necessários na hora1xbet 32fazer atividade externa. Mas, para além do desconforto, será que ela prejudica a saúde ou atrapalha o desempenho? A resposta1xbet 32Fabrício Braga, diretor médico do Laboratório1xbet 32Performance Humana da Casa1xbet 32Saúde São José, é não, não atrapalha e não prejudica. É também o que diversos estudos da área comprovam: um israelense,1xbet 32setembro; um canadense,1xbet 32outubro e um americano,1xbet 32novembro1xbet 322020. Como explica Braga, todos apontam na mesma direção, independente do tipo1xbet 32máscara que se use: o benefício1xbet 32se proteger contra a Covid-19 é muito maior do que qualquer desconforto, e não há malefícios graves.

– Óbvio que as máscaras mais restritivas, como a N95, promovem um efeito maior do que as1xbet 32algodão, mas não são máscaras recomendada para a prática1xbet 32exercícios físicos. Os estudos indicam que há um pequeno aumento na quantidade1xbet 32CO2 respirado, mas não há queda1xbet 32oxigenação do sangue, e não há qualquer outro efeito que pode levantar a suspeita1xbet 32que isso pode fazer mal para a saúde – explica o médico.

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• O estudo israelense:

O primeiro estudo, israelense, teve como objetivo "avaliar os efeitos fisiológicos do uso1xbet 32máscaras cirúrgicas e respiradores N95 durante exercícios extenuantes1xbet 32curta duração". Cada voluntário saudável realizou um teste1xbet 32esforço máximo sem máscara, com máscara cirúrgica e com respirador N95. Tempo1xbet 32exaustão e parâmetros fisiológicos foram comparados.

"A frequência cardíaca, frequência respiratória, pressão arterial, saturação1xbet 32oxigênio e tempo até a exaustão não diferiram significativamente. O exercício com máscara N95 foi associado a um aumento significativo nos níveis1xbet 32dióxido1xbet 32carbono expirado (EtCO2). As diferenças eram mais proeminentes à medida que a carga aumentava. Em conclusão,1xbet 32indivíduos saudáveis, atividade física aeróbica moderada/extenuante1xbet 32curto prazo com máscara é viável, segura e está associada apenas a pequenas alterações nos parâmetros fisiológicos, particularmente um leve aumento1xbet 32EtCO2. Indivíduos que sofrem1xbet 32doenças pulmonares devem passar por uma avaliação cuidadosa antes1xbet 32tentar atividade física com qualquer máscara", concluiu o estudo.

• O estudo canadense:

No segundo estudo, canadense, os testes também avaliaram a saturação arterial1xbet 32oxigênio (oximetria1xbet 32pulso) e o índice1xbet 32oxigenação tecidual no vasto lateral. "O uso1xbet 32máscaras faciais não afetou o desempenho. Quando expresso1xbet 32relação ao desempenho máximo do exercício, nenhuma diferença foi evidente entre usar ou não uma máscara para saturação arterial1xbet 32oxigênio, índice1xbet 32oxigenação dos tecidos, avaliação do esforço percebido ou frequência cardíaca1xbet 32qualquer momento durante os testes1xbet 32esforço. O uso1xbet 32máscara facial durante exercícios vigorosos não teve efeito prejudicial perceptível na oxigenação sanguínea ou muscular e no desempenho do exercício1xbet 32participantes jovens e saudáveis", concluiu.

• O estudo americano:

No terceiro estudo, americano, que acabou1xbet 32ser publicado, os pesquisadores revisaram a literatura sobre os efeitos1xbet 32várias máscaras faciais e respiradores no sistema respiratório durante a atividade física usando dados1xbet 32vários modelos: coberturas faciais1xbet 32pano e máscaras cirúrgicas, respiradores N95, respiradores industriais e cargas respiratórias1xbet 32alta resistência ou1xbet 32alto espaço morto aplicadas. "No geral, os dados disponíveis sugerem que, embora a dispneia possa aumentar e alterar o esforço percebido com a atividade, os efeitos nos gases sanguíneos e outros parâmetros fisiológicos impostos pelas máscaras faciais durante a atividade física são pequenos, muitas vezes pequenos demais para serem detectados, mesmo durante períodos muito intensos1xbet 32exercício", relatou.

– O mais importante, com relação à segurança, é que afirma-se que as máscaras são extremamente seguras na prática1xbet 32exercícios. Se, por ventura, eu estou tendo desconforto com ela, escolho uma máscara mais confortável para a prática. Os estudos apontam para uma mesma direção: a máscara altera um pouco a dinâmica da respiração, fazendo com que eu precise respirar devagar, por exemplo, o que pode ajudar no conforto. Não existia nada no começo da pandemia, e agora temos bastante estudos indicando isso – explica Braga.

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Segundo o especialista,1xbet 32estudos antigos, pediatras já haviam recomendado o uso1xbet 32máscara para crianças com asma praticarem exercício físico, como forma1xbet 32controlar a respiração. Em um trabalho do Laboratório1xbet 32Performance Humana (LPH) da Casa1xbet 32Saúde São José, os pesquisadores monitoraram ainda a temperatura dentro da máscara. De acordo com Braga, existe um aumento1xbet 32temperatura, chamado microclima, dentro da máscara.

– Mas assim como outros parâmetros fisiológicos, isso apenas contribui para um desconforto, que é facilmente resolvido diminuindo a intensidade. Então serve basicamente como um elemento que instabiliza a fisiologia, para poder gerar adaptação. É importante se adaptar, porque ela é extremamente segura – reforça.

Cardiologista e diretor médico do LPH, Fabrício Braga coordenou um estudo com voluntários e realizou um teste cardiopulmonar em uma bicicleta, com e sem máscara, para analisar o real impacto do acessório. De acordo com o médico, a principal conclusão foi que o uso da máscara durante o exercício não faz mal à saúde, apesar do desconforto.  

– O aumento da resistência nas vias aéreas gerada pela máscara faz com que a frequência respiratória caia, pois há necessidade de um ciclo respiratório mais longo. Essa queda na frequência respiratória acaba gerando a necessidade de um tempo inspiratório maior. Verificamos também que houve um aumento do consumo1xbet 32oxigênio, da frequência cardíaca e da percepção subjetiva1xbet 32esforço devido ao aumento do trabalho da musculatura respiratória – completa.  

Segundo Braga, o desconforto causado pela máscara parece estar ligado a três fatores: 

1. Alteração do ciclo respiratório, que, se comprometer o volume1xbet 32ar respirado e o tempo expiratório, pode promover uma pequena retenção1xbet 32CO2 em exercícios de altas intensidades; 
2. Aumento da temperatura no interior da máscara; 
3. Aumento do estresse metabólico por provável aumento do trabalho respiratório. 

A partir desses resultados, o cardiologista dá algumas sugestões para melhorar a tolerância à máscara durante o exercício, como:

• Reduzir a intensidade dos exercícios e respirar mais devagar, porém sem comprometer o tempo1xbet 32que se coloca o ar para fora;
• Buscar modelos que reduzam esse desconforto causado, principalmente pelo aumento da temperatura e da umidade no acessório;
• Uso uma máscara1xbet 32três camadas, na qual a divisão do meio seja filtrante, podendo ser1xbet 32TNT ou outro material leve e comprovadamente eficaz na retenção1xbet 32partículas;
• As camadas externa e interna devem ser de tecido hidrofóbico que permita boa passagem1xbet 32ar e troca1xbet 32calor, com objetivo de reduzir a umidificação da camada do meio (filtro).