Bíceps femoral: entenda a lesãoarbety confiavelVini Jr, Arrascaeta e Luiz Araújo

Jogadores do Flamengo devem ficar fora dos dois jogos da final da Copa do Brasil, contra o São Paulo, nos dias 17 e 24arbety confiavelsetembro: médico ortopedista e do esporte, Adriano Leonardi explica por que a recuperação é tão demorada

Por EU Atleta — Rioarbety confiavelJaneiro

O meia Arrascaeta e o atacante Luiz Araújo, do Flamengo, sofreram um mesmo tipoarbety confiavellesão no bíceps femoral da perna esquerda e devem ficar fora dos dois jogos da final da Copa do Brasil, contra o São Paulo, marcados para 17 e 24arbety confiavelsetembro. O problema é o mesmo que tirou Vinicius Junior da próxima data Fifa com a seleção brasileira. Mas que lesão é essa e por que o tempoarbety confiavelrecuperação é tão longo? O médico ortopedista do esporte Adriano Leonardi explica que os dois atletas tiveram lesão onde o músculo gruda no tendão do bíceps femoral, um local chamadoarbety confiaveljunção miotendínea, que fica na região do posterior da coxa. E o principal fator, especialmentearbety confiavelatleta, é o desequilíbrio muscular.

Arrascaeta e Luiz Araújo passaram por exames que apontaram lesões e os dois estão fora das finais da Copa do Brasil

arbety confiavel Causas e sintomas mais comuns

Os sintomas mais comuns são dor, perdaarbety confiavelforça imediata, inchaço local e hematoma.

Já entre as causas, temos:

  • Idade - É mais comumarbety confiavelatletas a partir dos 35 anos. Não é o casoarbety confiavelArrascaeta e Luiz Araújo, respectivamente com 29 e 27 anos.
  • Remédios - Há a possibilidadearbety confiavelremédio para colesterol alto causar enfraquecimento dessa junção miotendínea e provocar uma ruptura.
  • Desequilíbrio muscular - É o principal fator, principalmentearbety confiavelatletas.

Músculos da região posterior da coxa, incluindo o bíceps femoral — Foto: Istock Getty Images

- Quando o atleta está chutando uma bola, por exemplo, o músculo da coxa, que se chama quadríceps, faz uma contração violenta. Quem modula e segura o movimento é a musculatura posterior. Então, se ele não tiver um equilíbrio muscular bom, pode ser mais predisposto a lesões. A gente tem diversas formasarbety confiavelsentir esse equilíbrio, e o principal é teste do cinético: coloca-se a pessoa numa cadeira própria, na qual ela chuta, empurra pra frente, traz pra trás - explica Adriano.

O médico avalia que é necessária uma relação ideal entre musculatura anterior e posterior: geralmente, para atletas, a musculatura anterior tem que ser até 55% mais forte que a posterior. Se houver alteraçãoarbety confiavelíndice para mais ou pra menos, há um desequilíbrioarbety confiavelagonista-antagonista, e isso leva a lesão muscular.

arbety confiavel Por que o tratamento demora tanto?

Arrascaeta, do Flamengo, com dores no músculo posterior da coxa esquerda — Foto: Fred Gomes/ge

Segundo o departamento médico do Flamengo, Arrascaeta e Luiz Araújo foram diagnosticados com lesõesarbety confiavelgrau 2 para 3 e a recuperação seráarbety confiavelquatro a seis semanas.

Há diversos grausarbety confiavellesão muscular:

  • Grau 1 - Estiramento - Três semanasarbety confiavelafastamento do esporte,arbety confiavelmédia;
  • Grau 2 - Ruptura incompleta - Seis semanasarbety confiavelafastamento do esporte,arbety confiavelmédia;
  • Grau 3 - Ruptura completa - Três meses ou 90 diasarbety confiavelafastamento do esporte,arbety confiavelmédia.

Luiz Araújo, do Flamengo, com dores na coxa esquerda — Foto: Fred Gomes/ge

- O tratamento sempre envolve fisioterapia. Em alguns casosarbety confiavellesão completa, há a necessidadearbety confiavelcirurgia para você abrir e costurar esse músculo que está machucado. E aí demora tanto, como estão falando, por dois fatores: o primeiro é individual, já que a cicatrização da lesão muscular é feita por fibrose, formaçãoarbety confiavelcicatriz dentro do músculo, é isso é muito particular, já que algumas pessoas cicatrizam mais rapidamente que outras. E o outro fator muito importante é que essa é uma região hipovascular, que recebe um pouco menosarbety confiavelsangue. Então é uma região que demora um pouquinho mais para consolidar mesmo, para cicatrizar a lesão. E isso explica por que esses atletas ficam tanto tempo afastados - ensina Adriano.

Há todo um protocoloarbety confiavelfisioterapia, inicialmente, seja o atleta operado ou não. O atleta sem dor já começa o protocoloarbety confiaveltransição para o esporte, quando pode voltar para o campo, chutar a bola. Mas se volta a sentir dor, volta para a fisioterapia, no que é chamadoarbety confiaveltransição mista.

Fonte:
Adriano Leonardi (dr.adrianoleonardi) é médico do esporte e ortopedista especialistaarbety confiaveltraumatologia do esporte e cirurgia do joelho. Membro da Sociedade Paulistaarbety confiavelMedicina Desportiva e colunista do EU Atleta.