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Por Camila Alves, Giovana Duarte e Murilo Tauro — São Paulo


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Lorena* conta que estava no ônibus, a caminhogoinbetuma partida do Santos, quando o técnico Kleiton Lima se levantou para usar o banheiro nos fundos do veículo.

– Na hora que saiu, ele se esfregougoinbetmim, no meu ombro, eu senti. Passou três, quatro bancos e olhou com aquele olhar maligno dele. Tipo: "Eu fiz e você vai fazer o quê?" – conta a jogadora, respirando fundo entre a voz embargada,goinbetanonimato durante entrevista exclusiva ao ge.

Ela compartilha um relato inédito sobre Kleiton Lima, técnico que deixou o Santosgoinbetsetembrogoinbet2023 após 19 denúnciasgoinbetassédio sexual e moral, relatadasgoinbetcartas anônimas pelas atletas. Sete meses depois, ele estágoinbetvolta ao futebol feminino alvinegro.

Kleiton nega as acusações. Já o Santos defende o treinador e invalidou as denúncias, alegando ter comprovado, por meiogoinbetinvestigação, a "inverdade" dos fatos. As jogadoras, porém, negam terem sido procuradas pelo clube e relatam sentimentosgoinbetdesamparo, indignação e medo pelo ocorrido.

– Se 19 cartas não valem nada com a palavragoinbetum homem, quem vai acreditargoinbetvocê? – questiona uma das ex-atletas do clube.

Procurado pela reportagem, o Santos informa que o que tinha para dizer foi dito na coletivagoinbetapresentação do treinador.

Kleiton Lima voltou a ser técnico do time feminino do Santos — Foto: Pedro Ernesto Guerra Azevedo/Santos FC

Horas antes, o Santos havia anunciado o desligamento do treinador – assim comogoinbetauxiliar, preparadora física, analistagoinbetdesempenho, preparadorgoinbetgoleiras, psicóloga, massagista e fisioterapeutas.

Naquele período, havia um descontentamento com o trabalho e a formagoinbettratamentogoinbetKleiton Limagoinbetrelação às atletas, com relatosgoinbetpressão psicológica, assédio moral e sexual, que vinham sendo reportadosgoinbetforma constante a membros do departamentogoinbetfutebol feminino, segundo contam as jogadoras.

Eram falas também com ameaças, comentários impróprios e sobre as vestimentas do treinador.

– Acho que ele devia se dar ao respeito e nos dar ao respeito e usar pelo menos uma roupa íntima – conta Letícia*, outra ex-atleta do Santos,goinbetnome preservado, ouvida pela reportagem.

Ana Thaís reprova condução da voltagoinbetKleiton Lima como técnico das Sereias da Vila: "Forma muito desrespeitosa"

– Ele comentava da relação sexual dele com a mulher para algumas meninas e elas vieram falar para a gente e percebemos o absurdo que era aquilo. O que a gente escutava é que ele tocavagoinbetalgumas partes das meninas, perna, bunda, que não era um toque respeitoso – completa.

Em março, um levantamento inédito publicado no ge revelou que entre 209 jogadoras ouvidas, nos clubes das três divisões do Brasileiro Feminino, 52,1% delas relatam terem sofrido algum tipogoinbetassédio no futebol, seja sexual ou moral.

No Santos, as jogadoras contam que foram orientadas a procurar a ouvidoria ao invés da Polícia e assim formalizaram as denúncias, portanto, no canal oficial do clube.

– As denúncias foram feitas antes do jogo contra o Corinthians. Passa domingo e todo mundo fica apreensivo, meninas tendo crisesgoinbetansiedade, a gente chega para treinar e quem está lá? O Kleiton. Ficamos olhando uma para a cara da outra. Ele fechou a roda para oração e sabe quando foi levado para falar com o diretor? Segunda à tarde depois do treino – conta Lorena*.

Kleiton deixou o comando da equipe, e a temporada encerrou com Bruno Silva efetivado como técnico do time feminino. O Santos caiu na semifinal do Brasileiro para o Corinthians, e 14 atletas deixaram o elenco ao fim do ano. Elas contam que não receberam qualquer retorno do clube sobre as denúncias.

goinbet Santos defende Kleiton. Ministério Público revela investigação aberta

Sete meses depois, Kleiton Lima estágoinbetvolta. Foi apresentado na última terça-feira como novo treinador, quando falou sobre as denúncias, respaldado pela diretoria do Santos.

A coordenadora do feminino, Thais Picarte, disse que os argumentos contra o técnico foram frágeis.

– Eu como gestora e mulher apurei a fundo com pessoas e atletas que saíram do clube. Nada foi provado, foram argumentos frágeis que trouxeram uma mancha ao Santos Futebol Clube – disse a dirigente.

O diretorgoinbetfutebol do clube, Alexandre Gallo, disse que a demora para o clube se posicionar aconteceu para que uma investigação pudesse ser realizada.

– Nosso compliance trabalhou bastante. Tivemos muito contato com a Polícia Civil, foram parceirosgoinbetapurar o máximo que ocorreu. Chegamos a um consenso que nada ocorreu como foi colocado nas cartas – disse o diretor.

Thaís Picarte, Kleiton Lima e Alexandre Gallo durante a apresentação do técnico do time feminino do Santos — Foto: Bruno Gutierrez

As atletas, contudo, dizem que não foram procuradas pelo Santos.

Dezgoinbet14 jogadoras que deixaram o clube desde a última temporada usaram as redes sociais para dizer que não foram procuradas ou ouvidasgoinbetqualquer processogoinbetinvestigação. Entre elas, Cristiane - que falougoinbetnota publicada porgoinbetassessoriagoinbetimprensa.

Procurada pela reportagem para esclarecergoinbetque forma participou da citada investigação, a Polícia Civil respondeugoinbetnota:

"A Polícia Civil informa que o caso citado foi investigado por meiogoinbetinquérito policial instaurado pelo 2º Distrito PolicialgoinbetSantos e encaminhado ao Poder Judiciáriogoinbetjaneiro deste ano, tendo retornado com um pedidogoinbetredistribuição do processo ao Juizado Especial Criminal (Jecrim)."

A investigação citada se refere à denúncia feita pelo técnico contra uma das jogadoras do clube.

Na coletivagoinbetapresentação, Kleiton Lima disse que solicitou, antesgoinbetentregar o cargo, que Gallo e a antiga diretoria investigassem o caso. Pediu aberturagoinbetum inquérito para investigar a autoria das cartas anônimas e alegou ter sido vítimagoinbetcalúnia e difamação.

– Eu quero deixargoinbetmaneira clara e transparente que eu não cometi assédio. Aquelas cartas levianas nunca me pertenceram. Saí do clube para esperar a apuração do Santos. Não há acusação formal contra mimgoinbetesfera judicial – disse o treinador.

Procurado pelo ge, o TribunalgoinbetJustiçagoinbetSão Paulo diz que "a princípio" não há casos no sistema registrados com Kleiton Lima como réu.

O Ministério PúblicogoinbetSão Paulo, porém, tambémgoinbetcontato com a reportagem, informa que há uma investigaçãogoinbetandamento no MPSP e que estágoinbetsegredogoinbetjustiça.

goinbet Por que não houve denúncia na Polícia?

Essa tem sido uma das perguntas ouvidas por parte das atletas ao longo dos últimos meses. Elas, contudo, contam que confiaram nas orientações do clube e no processogoinbetapuração da ouvidoria, mas terminaram sem respostas e com uma única reunião realizada.

– A única coisa que teve foi uma reunião coletiva, e parecia que eles estavam mais preocupadosgoinbetdar nomes às cartas,goinbetsaber: "Ah, foi você que escreveu aquela carta". Do que realmente proteger alguém – diz Letícia*.

Elas estão longegoinbetser exceção. São poucas as meninas e mulheres que conseguem transformar os episódiosgoinbetdenúncias, como reflexo do medo e insegurança sobre as consequência sobre as próprias carreiras.

No levantamento publicadogoinbetmarço, somente 14,7% das atletas entrevistadas relataram terem denunciado casos. Dos 113 casos citados, 17 sofreram consequências: dois retirados do cargo, seis demitidos, seis responderam processos e três foram presos.

– A gente não procurou fazer boletimgoinbetocorrência porque como se prova um assédio?

– Ele chegava sempre no momento que a menina estava sozinha, saindo ou chegando, então era difícil porque fica palavra contra palavra, e infelizmente a gente sabe que o peso da palavragoinbetum homem é muito maior do que o peso da nossa palavra – diz Letícia*.

goinbet "Todo mundo com medo"

Parte das atletas que escreveram as cartas anônimas ainda seguem no clube. Elas relatam medogoinbetencontrar com o treinador, do que vão sentir,goinbetcomo vão reagir egoinbetcomo serão tratadas por Kleiton. O número exatogoinbetjogadoras não será divulgado, para preservar a identidade dessas mulheres.

Entre as que deixaram o clube, há relatosgoinbetmedogoinbetsofrer gatilhos – que são situações que disparam traumas – quando cruzarem com o técnico ao longo dos campeonatos.

– Todo mundo com medo, né. Medogoinbetsofrer represália,goinbetser coagida,goinbetser excluída da equipe,goinbetnão ser respeitada como atleta – diz Letícia*.

Entrelaçadas pela dor e a preocupação umas com as outras, parte das jogadoras mantém contato com quem permaneceu. Tentam ser estrutura por quem ficou, mas vão além disso: expõem as denúncias na esperançagoinbetver mudançagoinbetnovas gerações.

– Nossa briga não é só contra o Santos, o Kleiton. Eles são pequenininhos dentrogoinbettudo isso. É a modalidade. É a sociedade. A nossa luta é para isso. Não vou engrandecer um cara como o Kleiton que é igual a muitos por aí. Ele é só mais um. Que fez o que fez e ainda saiu como vítima – finaliza Lorena*.

*Os nomes utilizados nesta reportagem são fictícios para preservar a identidadegoinbettodas as atletas ouvidas, assim como as que conversaram e pediram para não serem citadasgoinbetaspas, somentegoinbetcontextualização.

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