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O Carioca Feminino Sub-20 iniciou25agosto com seis times na disputa, com jogosturno único e a classificação dos dois primeiros para a final. Americano, Botafogo, Flamengo, Fluminense, Heips e Serrano aceitaram o convite da FederaçãoFutebol do Estado do RioJaneiro. O Vasco não possui time na categoria no momento. Foram sete goleadas por nove ou mais gols15 jogos nesta edição da competição.

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O Serrano foi a maior vítima. O time perdeu por 20 a 0 para Flamengo e Fluminense e por 18 a 0 para o Botafogo. Foram 64 gols sofridos, sendo três na derrota por WO para o Heips e apenas um marcado no jogo que encerrouparticipação ao perder por 3 a 1 para o Americano.

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- Na nossa visão, dar essa vivência“jogos grandes” a atletas com pouca experiênciacompetições oficiais ésuma importância para o futebol feminino e, por que não, para a trajetóriavida dessas mulheres. Elas estão tendo visibilidadeum processo naturalaprendizado,que os resultados a curto prazo não são o foco. Infelizmente, não temos o mesmo suporteclubesmaior expressão, mas nem por isso deixamoscompetir. Reforçar os placares adversos mais inibe o que realmente promove a modalidade e deixatocar no principal ponto, que é a faltaincentivo por parte das federações epatrocíniosempresas, além do desenvolvimento ainda desnivelado da modalidade no país - afirmou Kleber Leite Filho, diretorfutebol do Serrano, que é filhoKleber Leite, ex-presidente do Flamengo (veja a nota completa do Serrano no fim da reportagem).

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Além da goleada sobre o Serrano, o Flamengo ainda aplicou 11 a 0 sobre o Heips e 10 a 0 sobre o Americano. O time venceu ainda o Fluminense por 3 a 2 e o Botafogo por 3 a 1. Em nota oficial, Vitor Zanelli, vice-presidentefutebol base, futebol feminino e futsal, comentou a situação da competição e como o clube pode ajudar.

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- Desde que montamos nossa primeira equipebase2019, já participamosdiversas competições estaduais e nacionais, conquistamos títulos como a primeira edição da Copinha Feminina Sub-20 ano passado e já tivemos mais20 atletas convocadas para diversas categorias da seleção brasileira. Algumas delas conquistando títulos. Mas entendemos que podemos mais, podemos ajudar no fomento e vamos trabalhar para valorizar cada vez mais o calendário do futebol femininobase. Precisamos que os calendários nacionais e regionais tenham maior relevância, apoio e incentivos - disse Zanelli (veja a nota completa do Flamengo no fim da reportagem).

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Adversário do Flamengo, o Fluminense demonstrou confiança na evolução das competições femininas no RioJaneiro. Gerentefutebol feminino do clube, Amanda Storck também fez suas considerações:

- É claro que queríamos que não tivesse um desnível tão grande, mas isso acontece com tempo, consolidação das categoriasbase femininas, com a manutenção dessas competições mesmo com esses placares elásticos, esse é o caminho do desenvolvimento. Eu espero e trabalhamos muito para chegarmos ao nível da Federação Paulista, que tem o campeonato mais nivelado do futebol feminino, mas ainda estamos no caminho (veja a nota completa do Fluminense no fim da reportagem).

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Presidente do Heips, OrlandoCastro destrinchou algumas dificuldades sofridas pelo clube para a formação e investimento nos times femininos. As jogadoras não recebem salário e precisam se deslocar para o centrotreinamentoGuaratiba. A preocupação do dirigente é encontrar formasmelhorar essa situação e uma delas é com um projetoincentivo fiscal já aprovado, mas que ainda não tem interessados.

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- A diferença muito grande entre um clube grande e ummenor expressão faz com que os próprios grandes, na minha opinião, não consigam desenvolver como poderiam. A gente precisa ter esse tipoincentivo. Nós temos projeto aprovado pela leiincentivo do governo federal, que permite que os patrocinadores abatam o dinheiro investido no clubeimpostosrenda, mas não conseguimos patrocinador. Essa mesma iniciativa o Flamengo tem, e os patrocinadores vão para ele, a Marinha do Brasil ajuda o Flamengo - comentou Orlando, lembrando que contra o Botafogo, por exemplo, o time precisou uma jogadoralinha (Kekel) no lugar da goleira Ranny, que não pode atuar (veja a nota completa do Heips no fim da reportagem).

A Federação explicou a formação da competição. Por nota oficial, a entidade informou que vive a expectativamaiores investimentos para 2025. No ano passado, o Carioca Sub-20 não foi realizado e,2022, contou com 14 participantes. Em 2023, aconteceu a primeira edição da Copa Rio Feminina Sub-20, com sete equipes participantes.

- A disparidade só vai ser reduzida com incentivo, mais competições, mais meninas e mulheres com a possibilidadetreinar e jogar. A equação é simples: quanto mais se pratica, mais jogadoras surgem e aprimoram as valências. É importante também incremento comercial sobre as competições, o que está no radar da entidade, inclusive com negociaçõesandamento para 2025, capazesdar suporte para que os clubes tenham capacidadeinvestir e serem constantes - dissenota oficial a entidade, que tem programado para o dia 5outubro o início do Carioca Feminino Adulto, com 11 times (veja a nota completa da Ferj no fim da reportagem).

A decisão do Carioca Feminino Sub-20 serádois jogos. Neste sábado, às 15h (de Brasília), o Fluminense recebe o Flamengo nas Laranjeiras. Dia 5outubro, na Gávea, novo encontro no mesmo horário. Não há vantagem. Se houver empate na soma dos resultados, o campeão será decidido nas cobrançaspênaltis.

Serrano

"O Serrano Football Club lidera iniciativas importantes referentes ao futebol feminino na Região Serrana, como a criação da equipefutsal campeã carioca2024.

Contudo, devido aos movimentos ainda recentesfomento à modalidadePetrópolis e adjacências, o clube se depara constantemente com dificuldadesrelação a patrocinadores e potenciais investidores que viabilizem um calendário robustocompetições oficiais.

Ademais, a obrigatoriedade por parte da Ferj para a criação do time femininocampo nos impõe investimentos sem contrapartidas por parte da entidade, o que é mais um fator a ser considerado no orçamento do clube, que honra integralmente com todos os compromissos firmadosdiversas modalidades.

Atualmente na divisão B1 do Carioca, o clube se planeja minuciosamente para dispormínima saúde financeira, algo complexo no cenário atual do futebol estadual,que agremiações tradicionais pedem inclusive licençacompetições oficiais - caso do Macaé, por exemplo.

Mesmo neste contexto adverso, o Serrano arca integralmente com a manutenção do plantel feminino erespectiva estrutura, no que tange à alimentação, hospedagem e afinsatletas e equipe técnica, alémtaxas e demais responsabilidades exigidas a cada partida disputada.

A montagem do elenco, inclusive, contou com o aproveitamentojogadoras oriundas do timefutsal, valorizando o belo trabalho realizado pelo Leão da Serra nas quadras, alématletas escolhidasseletivas realizadas no inícioagosto no Estádio Atílio Marotti,ação que abriu espaço para o surgimentonovos talentos para a modalidade.

- Na nossa visão, dar essa vivência“jogos grandes” a atletas com pouca experiênciacompetições oficiais ésuma importância para o futebol feminino e, por que não, para a trajetóriavida dessas mulheres. Elas estão tendo visibilidadeum processo naturalaprendizado,que os resultados a curto prazo não são o foco. Infelizmente, não temos o mesmo suporteclubesmaior expressão, mas nem por isso deixamoscompetir. Reforçar os placares adversos mais inibe do que realmente promove a modalidade, e deixatocar no principal ponto, que é a faltaincentivo por parte das federações epatrocíniosempresas, além do desenvolvimento ainda desnivelado da modalidade no país - afirma Kleber Leite Filho, diretorfutebol do Serrano.

A títuloesclarecimento, vale registrar que o W.O. contra a equipe do Heips9setembro ocorreu devido à mudança inesperada no dia da realização da partida, que seria originalmente no sábado (7/9). Mesmo diante da impossibilidade - por questões logísticas - das atletas do Serrano se fazerem presentes na segunda-feira, tanto a federação como o time mandante foram irredutíveis na alteração."

Ferj

"Todos os clubes profissionais filiados à FederaçãoFutebol do RioJaneiro foram convidados, atravésemail, a participarem da competição. No documento, constavam as informações fundamentais, como datas, prazos, obrigações, custos. Após confirmação dos interessados, houve debates com os clubes e, então, realizamos o Conselho Técnico do Campeonato Carioca Sub 20."

"A prática traz o desenvolvimento. A FederaçãoFutebol do RioJaneiro entende que a geraçãooportunidades, a aberturaportas, incentiva a modalidade e propicia o surgimentotalentos. Estamos buscando parceiros para, no curto espaçotempo, darmos passosaperfeiçoamento."

"Apesar da diferença técnica, acreditamos no equilíbriomédio prazotempo. Quanto mais jogadoras surgirem, a tendência é que se equilibrem as forças, assim como os clubes grandes podem se alimentar das atletas que despontem no futuro próximo. Especificamente sobre o Carioca Sub 20, já temos a informação do interesseum clube grandeuma atletaclube formador. Vale destacar também que há processos para organizar uma competição. No estágioanálise, que se realiza ao término, estarão à mesa os resultados, a organização, as atuações, as dificuldades, mas também os aspectos que, intangíveis, são positivos: o espírito esportivo, a geraçãotalentos. E teremos os feedbacks dos clubes."

"A disparidade só vai ser reduzida com incentivo, mais competições, mais meninas e mulheres com a possibilidadetreinar e jogar. A equação é simples: quanto mais se pratica, mais jogadoras surgem e aprimoram as valências. É importante também incremento comercial sobre as competições – o que está no radar da entidade, inclusive com negociaçõesandamento para 2025 -, capazesdar suporte para que os clubes tenham capacidadeinvestir e serem constantes."

"No processoorganização da competição, as informações são compartilhadas e, no Conselho Técnico, debatidas pelos clubes, alteradas, aprovadas e colocadasregulamento. Além disso, é sorteada a tabela. Todas as providências para evitar WO foram adotadas, inclusive com o próprio Serrano que, para a primeira rodada, foi auxiliado no processoinscriçãoatletas. As normativas da competição precisam ser seguidas, não cabendo decisões monocráticasbenefíciodeterminada associação para atendimentocondição específica. Reforçamos que as informações sobre a competição são comunicadas com antecedência."

Flamengo (Vitor Zanelli)

"Hoje o Flamengo já é um dos maiores investidores do país na modalidade. Nos últimos seis anos, transformamos a modalidade desde que assumimos a gestão, com investimentosestrutura, comissão técnica, atletas e parceriassucesso tanto na área comercial com patrocinadores, quanto na área social onde desenvolvemos e apoiamos projetos sociais para o fomento da modalidade. Conquistamos vários títulos no profissional e na base, mas sempre queremos mais. Temos o grande objetivoconquistar a Libertadores e vamos trabalhar muito para trazer esse título para o clube.

O Flamengo tem um lema: “Craque o Flamengo fazcasa”. Desde que montamos nossa primeira equipebase2019, já participamosdiversas competições estaduais e nacionais, conquistamos títulos como a primeira edição da Copinha Feminina Sub-20 ano passado e já tivemos mais20 atletas convocadas para diversas categorias da seleção brasileira. Algumas delas conquistando títulos pela seleção.

Mas entendemos que podemos mais, podemos ajudar no fomento e vamos trabalhar para valorizar cada vez mais o calendário do futebol femininobase. Precisamos que os calendários nacionais e regionais tenham maior relevância, apoio e incentivos.

É importante mencionar que, com a ajudanossos parceiros, apoiamos muitos projetos sociaisfutebol feminino, e tem sido um grande sucesso para o fomento da modalidade no clube, onde selecionamos inúmeros atletas para nossa base. Deste projeto já saíram atletas que foram convocadas e ganharam medalhasourocompetições com as seleções brasileiras sub-17 e sub-20.

Desde 2019, quando assumimos, buscamos trabalhar a imagem do futebol feminino do Flamengo e buscar as melhores formasaproximar cada vez mais a modalidade da nação rubro negra. Do nosso torcedor. Nenhum time no Brasil da modalidade teve uma evolução nos canaiscomunicação como o Flamengo.

Queremos sempre fazer mais e fazer diferente. E estamos trabalhando para isso."

Fluminense (Amanda Storck)

"Na verdade, essa competição já estava no calendário da Ferj. A federação promove campeonatos femininosbase há muito tempo, com mais regularidade desde 2018 com o sub-18, seguindo o padrão CBF, que a partir2022 virou o sub-20. Há mudançasum ano para o outro, como, por exemplo, o Fluminense22, que foi vice-campeão. A competição contava com 14 equipes, já no ano passado tivemos sete equipes no sub-20 (NR: na verdade, foi disputada a primeira edição da Copa Rio Feminina Sub-202023, mas não houve Carioca Feminino Sub-20). Esperamos que a cada ano mais equipes se interessemmanter essa categoria e participar da competição."

"É importante entender que, no RioJaneiro, o futebolbase feminino ainda estádesenvolvimento. Enquanto os grandes disputam outras competições, como o Brasileirão, treinam todos os dias, os outros têm mais dificuldade nesse sentido. A forma que o Fluminense pode ajudar nesse desenvolvimento é exatamente com o trabalho que já fazemos, que é participarbom nível da competição. Muitas atletas que abastecem os grandes clubes vêm dessas equipes menores que disputam a competição com a gente, então ajuda a revelar muitas jogadoras. É claro que queríamos que não tivesse um desnível tão grande, mas isso acontece com tempo, consolidação das categoriasbase femininas, com a manutenção dessas competições mesmo com esses placares elásticos, esse é o caminho do desenvolvimento. Eu espero e trabalhamos muito para chegarmos no nível da Federação Paulista, que tem o campeonato mais nivelado do futebol feminino, mas ainda estamos no caminho. E é importante frisar que a Ferj tem apoiado, investido e tem dado condiçõestermos esse campeonato e melhorado a cada ano."

"O elenco feminino sub-20 do Fluminense atualmente conta com cerca30 atletas, que treinam todos os dias pela manhã no CTVL, com todos os recursos da base masculina à disposição da categoria. Hoje, o sub-20 disputa três competições no ano, o Brasileirão, o Estadual e a Copinha Feminina, que estamos disputando pela segunda vez."

Heips (OrlandoCastro)

"Nós somos um centro esportivo sem fim lucrativo, um clube amador, e a gente tem camposfutebol que a gente aluga, e tem restaurante no local, tem lanchonete nos dias dos jogos que a gente aluga, a gente tem alguma receita, e basicamente o clube vive disso, sem lucro nenhum, e às vezes a gente põe do nosso também, quando é necessário, mas assim,relação ao sub-20 do futebol feminino, elas tiveram uma estrutura dentro da realidade bem razoável, e mais desse jeito, sobrevivendo com o dinheiro do clube mesmo, que é um clube amador."

"O nosso objetivo seria passar a dar uma ajudacusto para auxiliar no transporte e na alimentação mais isso só seria possível se conseguirmos patrocinadores. Estamosportas abertas para algum patrocinador que queira nos apoiar no desenvolvimento da base do futebol feminino no RJ. Porque já temos aprovado o Projeto do Governo Federal da lei do Incentivo ao esporte, só falta os patrocinadores."

"A diferença muito grande entre um clube grande e ummenor expressão faz com que os próprios grandes, na minha opinião, não consigam desenvolver como poderiam. A gente precisa ter esse tipoincentivo. Nós temos projeto aprovado pela leiincentivo do governo federal, que permite que os patrocinadores abatam o dinheiro investido no clubeimpostosrenda, mas não conseguimos nenhum patrocinador. Essa mesma iniciativa por exemplo o Flamengo tem, e os patrocinadores vão para ele, a Marinha do Brasil ajuda o Flamengo"