Pronto, nos encontramos na Europa novamente, sedeo'que é freebettodas as equipeso'que é freebetF1. Várias tinham novidades nos seus carros depoiso'que é freebetse deslocarem pela América do Sul, para o GP Brasil, e Ásia, o do Pacífico, no Japão.

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• Capítulo 1: chega a eletrônica. E a Williams do brasileiro piora
• Capítulo 2: os desafioso'que é freebetpilotar a inigualável Williamso'que é freebet1994

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Na quinta-feira anterior ao GPo'que é freebetSan Marino, terceira etapa do Mundialo'que é freebet1994, vários jornalistas aguardavam a chegadao'que é freebetSenna ao autódromo Enzo e Dino Ferrari,o'que é freebetÍmola. Dentre eles, eu. Já passava das 15 horas, horário marcado para a coletiva, e nadao'que é freebetele aparecer na pista.

Estava numa cidade próxima, Ferrara, para o lançamentoo'que é freebetuma bicicleta com a marca Senna. Ela reunia, claro, o queo'que é freebetmais avançado existiao'que é freebettermoso'que é freebettecnologia. Senna procurava associar seu nome apenas a produtoso'que é freebetexcelência.

De repente, uma pequena multidão começou a se deslocar dentro do paddock, sinal característico da aproximação dos protagonistas do evento, como Senna. Com ele era sempre assim. Onde estivesse, no mundo todo, seu carisma,o'que é freebetformao'que é freebetinstalar-se no coração das pessoas o tornava íntimoo'que é freebetbrasileiros, japoneses, malaios, hondurenhos e australianos, dentre outros.

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Milhões o transportavam consigo onde estivessem. Na maioria das vezes Senna convivia bem com isso e certamente apreciava. Em outras, evitava o público e isso levou alguns torcedores a se decepcionarem.

Senna nem sempre conseguia se isolar dos desafios do fimo'que é freebetsemanao'que é freebetcompetição e falar com os fãs sem se afetar com a pressão que ele próprio, principalmente, colocava sobre si.

Para Senna, parecia que o real sentido da vida estava na competição, tal a importância absoluta que lhe dedicava. Isso quer dizer queo'que é freebetcertas ocasiões uma multidão que lhe pedia autógrafo não o sensibilizava. Estava pensandoo'que é freebeto que fazer para ser mais veloz. Presenciei cenas das duas naturezas,o'que é freebetatenção, carinho com a torcida e, também, simplesmente ignorá-la.

Voltando à quinta-feira da provao'que é freebetÍmola, depoiso'que é freebetfalar com jornalistaso'que é freebetlíngua inglesa e italiana, Senna comunicou a nós brasileiros queo'que é freebetseguida conversaria conosco. Esperamos alguns minutos e ele entrou no motorhome da Williams. Conversou rapidamente com Frank Williams e sentou-se para comer.

Estava numa das mesas da área coberta, ao lado do ônibus da equipe. Os milionários motorhomeso'que é freebethoje não existiam. As equipes se limitavam a seus ônibus e lonas estendidas, onde sob elas tudo acontecia.

Senna nos convidou para sentar também e, enquanto saboreava um pratoo'que é freebetmacarrão, com molho branco, bateu um papo conosco, não tinha os rigores formaiso'que é freebetuma entrevista. Não havia maiso'que é freebetquatro ou cinco jornalistas na nossa mesa. Tinha os cabelos longos, uma camisa xadrez. Brincamos, entre nós jornalistas, que aquela camisa se assemelhava às das duplas sertanejas. As autênticas.

Senna sempre foi muito discreto com suas roupas. Naquele dia fugira um pouco ao seu padrão.

Sempre com o olhar distante, como se algo o incomodasse profundamente, respondia às questões visivelmente com a cabeçao'que é freebetoutro lugar.

- O carro deve melhorar aqui, nós o estamos entendendo melhor, a pista não é das mais onduladas e terei um pouco maiso'que é freebetconforto.

A seu pedido, Adrian Newey e Patrick Head promoveram alterações no cockpit do modelo FW16. Senna batia com as mãos nas paredes internas do cockpit quando pilotava.

Mais para a frente veremos que esse fato acabou por ser determinante para o acidente que o matou apenas três dias depois. Segundo a perícia técnica.

A porção dianteira do cockpit era impensavelmente estreita. O regulamento da F1 na época não impunha as mesmas dimensões mínimaso'que é freebethoje, mais humanas. E Newey foi, como sempre, no limite. Ao virar o volante, Senna esbarrava com a parte superior da mão nas laterais internas do cockpit. Ao longoo'que é freebetquase duas horaso'que é freebetcorrida aquilo era um problema. Sua mão acabava ferida. Ele nos mostrou as marcas.

De novo conversei com Ivan Capelli, piloto do Leyton Houseo'que é freebet1990, também projetado por Newey. Contei a história nos capítulos anteriores, lembra? “Para entrar no carro eu tinhao'que é freebetficaro'que é freebetpé no banco, apoiar o pé esquerdo sobre o direito e somente depoiso'que é freebetsentar deslocar o pé esquerdo para ao'que é freebetposição normal. Não havia espaço para entrar com as pernas lado a lado.”

Os mesmos princípioso'que é freebetreduzir ao máximo a área frontal do carro, a fimo'que é freebetdiminuir o arrasto aerodinâmico, ou resistência ao ar, Newey aplicava também no FW16 da Williams. Todos os projetistas fazem isso, verdade, mas sem levar a coisa ao limite do insuportável para o piloto, como Newey sempre optava.

Primeiro havia a questão do duplo abandono nas duas primeiras etapas do Mundial, Interlagos e Aida, no Japão. Contra todas as previsões. E a consciênciao'que é freebetuma dura realidade: Schumacher e a Benetton eram adversários muito fortes eo'que é freebetWilliams, FW16, “um desastre”.

Não é tudo. Fora das pistas as coisas exigiam tambémo'que é freebetSenna muita dedicação, ajudando a compor o quadroo'que é freebetextrema apreensão que vivia. Ele estava investindo pesadoo'que é freebetalguns negócios e, naturalmente, isso o preocupava.

Assinara, pouco tempo antes, um contrato com o fabricante alemãoo'que é freebetautomóveis Audi para representar a marca no mercado brasileiro. Era coisao'que é freebetmilhões e milhõeso'que é freebetdólares e muita responsabilidade. Ao mesmo tempo adquirira a concessionária Ford Frei Canecao'que é freebetSão Paulo. Seu sócio, o Bira, estavao'que é freebetÍmola. Havia ainda muito o que acertar sobre essas transações.

Durante o almoçoo'que é freebetSenna no motorhome da Williams, já próximo das quatro horas da tarde, chegou Riccardo Patrese, que abandonara as pistas no fim da temporada anterior. A forma alegre, expansiva com que o italiano falava com Senna, ali do nosso lado, contrastava com a postura fria, distante do brasileiro, apesar do seu esforçoo'que é freebetdesejar expor a Patrese seu contentamentoo'que é freebetvê-lo.

O climao'que é freebettensão para Senna cresceu tanto depois do grave acidenteo'que é freebetRubens Barrichello, da Jordan, no dia seguinte, sexta-feira, e da morteo'que é freebetRoland Ratzenberger, da Simtek, no sábado, que o médico da F1, doutor Sid Watkins, chegou a conversar com o piloto, no sábado à noite, orientando-o a não disputar o GPo'que é freebetSan Marino.

- Ele me disse, o que é que eu vou alegar para a equipe, nessa situaçãoo'que é freebetque estamos, 20 pontos atráso'que é freebetSchumacher na classificação? Apenas que não estou bem? - respondeu Senna ao doutor Watkins, segundo o médico nos relatou.

Exploro o tema nos próximos capítulos.

O doutor Watkins era um homem notável. Neurocirurgião, criou depois da morteo'que é freebetSenna o FIA Institute para cuidar da segurança da F1, dentre outros interesses. E realizou uma obra gigantesca. É o tema do último capítulo. Recomendo a leitura. O doutor Watkins morreuo'que é freebet2012, aos 84 anos, mas deixou um legado extraordinário.

Senna estava no Hospital Maggiore,o'que é freebetBolonha, na sexta-feira à noite,o'que é freebetvisita ao Rubinho, quando eu lá cheguei para saber dele, embora já havíamos sido informadoso'que é freebetque não sofrera nadao'que é freebetmais sério. E fui também para ter mais notícias. Precisava redigir um texto. De Bolonha ao Autódromo Enzo e Dino Ferrari,o'que é freebetÍmola, são cercao'que é freebet50 quilômetros, apenas.

Anteso'que é freebeto campeonato começar Senna e Rubinho estiveram juntos passeando pelo Japão, foram a Disney, estreitaram o relacionamento.

Você verá no próximo capítulo a apreensão do doutor Watkins com relação a Senna, ao'que é freebetexpressão já abatida ao visitar Rubinho no hospital, e o choro sentido, no dia seguinte, ao saber da morteo'que é freebetRatzenberger. Tudo somado levava o piloto a um quadroo'que é freebetgrande estresse.

Para complicar, Senna demonstrou grande inconformismo com a reprimenda recebida dos comissários desportivos. O diretoro'que é freebetprova, o belga Roland Bruynseraede, reportou “indisciplina”o'que é freebetSenna ao se dirigir até a Curva Villeneuve, local do acidenteo'que é freebetRatzenberger, pouco tempo antes.