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Por Rafael Lopes

Comentaristazebet helpautomobilismo do Grupo Globo

Voando Baixo — Riozebet helpJaneiro

Reprodução/Twitter

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Janeiro. Período sem corridas, mas não sem polêmicas. No fimzebet helpdezembro, alguns leitores e seguidores do Voando Baixo nas minhas redes sociais me questionaram sobre meu Top 10 históricozebet helppilotos na Fórmula 1. Bem, resolvi atualizar minha lista e publicá-la neste segundo domingozebet help2021 aqui no blog. Tivezebet helpreconsiderar algumas coisas, entretanto. Um dos meus critérios sempre foi esperar o piloto encerrar a carreira para posicioná-lo no meu ranking. Apenaszebet helpcasoszebet helppilotos fora da curva os coloco quando ainda estãozebet helpatividade. E avalio várias valências, como a concorrência nas pistas, o trabalho dentro da equipe e, claro, o talento puro. Outros critérios: considerei apenas pilotos campeões mundiais e, dentro desse corte, quem conquistou maiszebet helpum título para os dez primeiros.

zebet help Então, eis o Top 10 do blog Voando Baixo!

zebet help 1 - Lewis Hamilton (ING)

Lewis Hamilton comemora a vitória no GPzebet helpSão Paulozebet help2021 com a bandeira do Brasil no pódio — Foto: Peter Fox/Getty Images

zebet help Heptacampeão (2008, 14, 15, 17, 18, 19 e 20)

Não poderia ser outro piloto na primeira posição da lista. Lewis Hamilton, inclusive, já havia feito eu reconsiderar um dos critérios que eu sempre usei para fechar a minha lista dos melhores: o piloto já ter se aposentado da Fórmula 1. Só que foram tantos recordes batidos, tantas marcas alcançadas, tantas corridas inesquecíveis e, claro, os sete títulos mundiais, que não tinha como não incluí-lo na lista. Nos últimos anos, o inglês formou, junto com a Mercedeszebet helpToto Wolff, a parceria mais bem-sucedida da história da maior categoria do automobilismo mundial.

No entanto, não são apenas os recordes e as marcas absurdas que me fizeram colocar Hamilton na primeira posição. Afinal, como eu cansozebet helprepetir, nenhum esporte pode ser feito apenaszebet helpnúmeros. O lado emocional, o intangível, também precisa entrar nessa equação. E o heptacampeão tem resultados e desempenhoszebet helptodos os tipos: vitórias dominadoras, improváveis e até mesmozebet helpcondições adversaszebet helpequipamento. Quem não lembra da vitória debaixo d'águazebet helpSilverstone-2008? Ou da corrida dos três pneus na última volta na Inglaterra-2020? Ou ainda do absurdo fimzebet helpsemanazebet helpInterlagos-2021,zebet helpque ultrapassou todos os pilotos entre a classificação sprint e a corrida principal? Hamilton é gênio. E por isso está no topo da minha lista.

zebet help 2 - Ayrton Senna (BRA)

Ayrton Senna levanta o troféuzebet helpsua primeira vitória no GP do Brasil,zebet helpInterlagos, 1991 — Foto: Pascal Rondeau/ALLSPORT

zebet help Tricampeão (1988, 1990 e 1991)

Tenho que ser sincero. Em todas as vezes que penseizebet helpfazer uma lista como essa, Ayrton Senna sempre foi meu número 1. Mas não dá para ignorar o que Lewis Hamilton fez (e continua fazendo) nos últimos anos na Fórmula 1. É óbvio que nessa escolha entra um pouco do lado afetivo: ele era o principal pilotozebet helpquando comecei a acompanhar automobilismo, no fim dos anos 1980. Assisti ao vivo às corridas que ele participou como torcedor. Então tem sempre a questão emocional. E como já disse, não dá para separar nenhum esporte deste lado mais lúdico. Não são apenas números que entramzebet helpquestão nas avaliações.

Para mim, Ayrton Senna foi o principal expoente da erazebet helpouro da Fórmula 1: os anos 1980 e a primeira metade dos anos 1990. São dele as principais apresentações desta época. Quem não lembra, por exemplo, do GPzebet helpMônacozebet help1984? Ouzebet helpPortugal-1985? Japão-1988? Mônaco-1990? Brasil-1991? Donington Park-1993? Citei apenas algumas que vieram à cabeça mais rapidamente enquanto escrevo este texto. Senna foi o piloto mais espetacular da maior categoria do automobilismo e frequentemente lidera as eleições realizadas com pilotos. E vale lembrar que é o ídolo do número 1 da minha lista, o inglês Lewis Hamilton.

zebet help 3 - Juan Manuel Fangio (ARG)

Juan Manuel Fangio antes da corrida que o levaria ao pentacampeonato da F1, o GP da Alemanhazebet help1957 — Foto: Bernard Cahier/Getty Images

zebet help Pentacampeão (1951, 54, 55, 56 e 57)

"Respeite quem pôde chegar onde a gente chegou". Este verso da excepcional música "Moleque Atrevido", composta por Jorge Aragão, resume muito bem como vejo o passado da Fórmula 1. Não dá para falar do presente da maior categoria do automobilismo sem reverenciar o passado. E Juan Manuel Fangio é o principal expoente do início da categoria. Mais importante que isso:zebet helpuma épocazebet helpque os carros sequer tinham cintozebet helpsegurança e os capacetes eram feitoszebet helpcouro, conseguiu estabelecer um recorde que demorou 45 anos para ser igualado - e 46 para ser batido. Tudo isso já com maiszebet help40 anoszebet helpidade na ocasião - o argentino é até hoje o campeão mais velho da história, com 46 anos, um mês e 11 dias no pentacampeonato,zebet help1957.

Aliás, para todo mundo que gostazebet helpF1 e é mais novo, recomendo assistir a documentários sobre a vida do argentino, a corridas destes anos 1950 (existem algumas na internet) ou até mesmo a highlights (os famosos melhores momentos) delas. É outra época. Menos corridas, um risco absurdo a cada curva e muita coragem envolvida. Os pioneiros merecem muito respeito. Foram eles que pavimentaram o caminho para a Fórmula 1 ter o tamanho que tem hoje. E Fangio é o principal piloto dos anos 1950: é o único campeão por quatro construtores (Alfa Romeo, Maserati, Mercedes e Ferrari) e tem a maior médiazebet helpvitórias (47,06%: 24zebet help51 GPs). Tudo issozebet helpapenas nove temporadas. Simplesmente incrível.

zebet help 4 - Jim Clark (ESC)

Jim Clark comemora a vitória no GP da Inglaterrazebet help1963,zebet helpSilverstone — Foto: Blackman/Express/Hulton Archive/Getty Images

zebet help Bicampeão (1963 e 1965)

Assistir a vídeos da carreirazebet helpJim Clark é um colírio para os olhos. O escocês talvez tenha sido o piloto com o maior talento natural a ter corrido na Fórmula 1. E, infelizmente, foi um dos que perdeu a vida muito precocemente, no auge da carreira,zebet helpum acidente no trecho da floresta do antigo traçadozebet helpHockenheimzebet helpuma corridazebet helpFórmula 2 - era comum nesta época que os pilotos da F1 corressemzebet helpoutras categorias. Por outro lado, Clark foi o primeiro piloto da maior categoria do automobilismo mundial a vencer as 500 Milhaszebet helpIndianápolis,zebet help1965.

Na Fórmula 1, Jim Clark foi apenas piloto da Lotus. O escocês, aliás, sempre foi o cara ideal para tirar o máximo das máquinas inovadoras - mas pouco seguras - construídas pelo gênio Colin Chapman. Até mesmo a vitória na Indy 500 foi conquistada a bordozebet helpum dos carros da tradicional equipe inglesa. Tímido, detestava entrevistas e aparições públicas. Toda a conhecida autoconfiança do escocês estava emzebet helppilotagem, dentro dos cockpits, na pista. Clark foi bicampeão, mas a sensação apószebet helpmorte precoce, aos 32 anos, era que poderia ter ganhado muito mais. Virou uma lenda do automobilismo.

zebet help 5 - Alain Prost (FRA)

Alain Prost comemora a vitória no GP da Austráliazebet help1986 e o bicampeonato da Fórmula 1 — Foto: Roger Gould/Getty Images

zebet help Tetracampeão (1985, 1986, 1989 e 1993)

Alain Prost é um dos pilotos que mais admiro na história da Fórmula 1. É muito fácil exaltar quem tem um estilozebet helppilotagem mais exuberante, com muito arrojo. É visualmente bonito, agradável plasticamente. Não era o caso do "Professor", como o próprio apelido sugere. O francês é o piloto mais objetivo e calculista da história da maior categoria do automobilismo. O cara que melhor entendeu a dinâmicazebet helpuma temporada pensandozebet helpconquistar títulos. Não hesitavazebet helpabrir mãozebet helpuma vitória impossível para conquistar um resultado plausível que agregasse positivamente no campeonato. E ainda assim, terminou a carreira com o recordezebet helpvitórias até então: 51zebet help199 GPs.

Mas o francês está tão bem colocado na minha lista não só por esses motivos. O principal deles, a meu ver, é a rivalidade com Ayrton Senna, a maior da história da F1. Senna só foi Senna por causazebet helpProst. E vice-versa. A disputa ferrenha potencializou o talentozebet helpambos: o ódio mútuo naqueles anos fez com que eles se tornassem pilotos melhores. O brasileiro tevezebet helpdesenvolver algumas valências que estavam na pilotagem do rival. E o francês fez o mesmo: agregou toqueszebet helpagressividade a uma pilotagem já muito eficiente. Por coerência, se Senna está na segunda posição do meu ranking, é natural que Prost também estejazebet helpum posto elevado. Dois gênios do automobilismo.

zebet help 6 - Michael Schumacher (ALE)

Michael Schumacher comemora o heptacampeonato conquistado no GP da Bélgicazebet help2004 — Foto: Mark Thompson/Getty Images

zebet help Heptacampeão (1994, 95, 00, 01, 02, 03 e 04)

Sim, fora do meu top 5. E explico o porquê. Para mim, o heptacampeão foi o piloto na Fórmula 1 a ter melhor entendido a importânciazebet helpter uma equipe forte. Depois do bi na Benetton, o alemão, junto com o chefe Jean Todt, montou o dream team técnico na Ferrari, com nomes como os engenheiros Ross Brawn e Rory Byrne. Com isso, criou o ambiente ideal para cinco títulos seguidos e a quebra do jejumzebet help21 anos do time.

Então, Rafael, por que a sexta posição? Bem, Schumacher pegou uma grande entressafrazebet helptalentos na Fórmula 1. O grid na metade final dos anos 1990 e na primeira dos anos 2000 estava um degrau abaixo do anterior. Basta ver que o grande rival do alemão na categoria foi o finlandês Mika Hakkinen - bom, mas nada fora do comum. E o segundo ponto negativo foi o retornozebet help2010, quando teve desempenho muito abaixozebet helpsua primeira passagem. Além disso, foi amplamente superado pelo compatriota Nico Rosberg no duelo interno da Mercedes.

zebet help 7 - Niki Lauda (AUT)

Niki Lauda comemora o tricampeonato da Fórmula 1 com o segundo lugar no GPzebet helpPortugalzebet help1984 — Foto: Mike Powell/Allsport

zebet help Tricampeão (1975, 1977 e 1984)

O que falarzebet helpum piloto que entrou na Fórmula 1 pela porta dos fundos, comprandozebet helpvagazebet helpuma equipe com dinheiro próprio e sem o apoio da família? Um indíciozebet helppouco futuro? Não para Andreas Nikolaus Lauda, o Niki Lauda. Contra tudo e contra todos, mas com um talento absurdo, o austríaco construiu seu espaçozebet helpuma categoria muito equilibrada e recheadazebet helptalentos nos anos 1970. Encontrou a glória na Ferrari, com seu primeiro títulozebet help1975. Mas no ano seguinte sofreu um dos piores acidentes da história da categoria, no "Inferno Verde"zebet helpNürburgring, no Nordschleife. Chegou a receber a extrema-unção, mas voltou a correr após seis semanas e perder apenas 2 GPs.

Conquistou mais um título pela Ferrari,zebet help1977. Se aposentouzebet help1979 e voltou três anos depois,zebet help1982, pela McLaren. Dois anos depois, o terceiro título após uma ferrenha disputa com o companheiro Alain Prost. Uma façanha que nem mesmo o heptacampeão Michael Schumacher conseguiu. Lauda tinha um estilo equilibrado, que aliava a agressividade a uma postura calculista. Inteligente, não corria riscos desnecessários. Um dos maiores da história, sem dúvidas. Mais do que isso, um sobrevivente. O austríaco teve uma carreira brilhante na F1.

zebet help 8 - Jackie Stewart (ESC)

Jackie Stewart antes do GP da Françazebet help1972,zebet helpClermont-Ferrand,zebet help20ª vitória na Fórmula 1 — Foto: Bernard Cahier/Getty Images

zebet help Tricampeão (1969, 1971 e 1973)

O "Escocês Voador". Jackie Stewart foi um dos principais pilotos dos anos 1970. Foi o grande rival do brasileiro Emerson Fittipaldi, que abriu o caminho para o país na Fórmula 1. Na pista, tinha uma pilotagem que aliava técnica apurada e velocidade. Foi campeão pela francesa Matra: ele conquistou todas as nove vitórias da construtora e também o único título. Depois repetiu a dose pela inglesa Tyrrell: conquistou os únicos dois títulos da equipe fundada por Ken Tyrrell e ainda venceu mais 15 vezes, 65% dos triunfos do time na história da categoria.

Se dentro das pistas Stewart foi incontestável, fora delas ele teve um papel ainda mais importante. Com 99 GPs disputados, o escocês abandonou a carreira no dia do acidente fatal do companheiro François Cevertzebet helpWatkins Glen, no ano do tricampeonato. Ele foi o precursor na defesa da segurança nos autódromos,zebet helpuma épocazebet helpque a Fórmula 1 perdia,zebet helpmédia, um piloto por anozebet helpbatidas. Liderou pedidos por áreaszebet helpescape, melhores barreiraszebet helpcontenção e pela melhora da estrutura para emergências na categoria. Chegou a incentivar boicoteszebet helpcorridaszebet helpSpa-Francorchamps ezebet helpNürburgring, as pistas mais perigosas dos anos 1970. Por tudo isso, Stewart tem um papel importantíssimo na história da maior categoria do automobilismo.

zebet help 9 - Fernando Alonso (ESP)

Fernando Alonso comemora seu primeiro título na Fórmula 1,zebet help2005 — Foto: Clive Rose/Getty Images

zebet help Bicampeão (2005 e 2006)

O que falarzebet helpFernando Alonso? Sem dúvidas, um dos melhores pilotos que eu tive o prazerzebet helpver pilotar na Fórmula 1. O piloto mais rápido e técnicozebet helpsua geração. Sua ascensão, aliás, foi o fator primordial para a primeira aposentadoria do heptacampeão Michael Schumacher,zebet help2006. Até hoje, é o único espanhol a vencer corridas na maior categoria do automobilismo. Apesar disso tudo, conquistou apenas dois títulos e amargou três vice-campeonatos, todos para Sebastian Vettel (2010, 2012 e 2013). Talentosíssimo, mas com um temperamento muito forte, Alonso é o que podemos chamar da versãozebet help"O Médico e o Monstro" da F1.

Esse temperamento forte foi o responsável por Alonso não ter conquistado mais títulos na Fórmula 1. O espanhol fechou portas por onde passou - menos na Renault - e não conseguiu mais êxitos, mesmo correndo pelas tradicionais McLaren e Ferrari. Depois, ainda retornou à equipe inglesa,zebet helponde tinha saído brigado, como a grande esperança da Honda para desenvolver seu motor híbrido. Não deu certo: o espanhol acabou com a imagem da montadora japonesa depoiszebet helpuma sériezebet helpproblemas e reclamações. Saiu da F1zebet help2018, passou alguns anos se divertindo no Mundialzebet helpEndurance (WEC), a IndyCar e o Rally Dakar. Mas a Renault - hoje Alpine - fez o pedido e Alonso voltou à categoria para desenvolver o projeto da equipe. E o retorno veio com uma personalidade mais dócil e um trabalho mais coletivo. Apesar dos poréns, sigo com a opiniãozebet helpque o espanhol é um dos maiores da história.

zebet help 10 - Nelson Piquet (BRA)

Nelson Piquet bebe o champanhe da vitória do GP da Inglaterrazebet help1983, na temporada do bicampeonato — Foto: GP Library/Universal Images Group via Getty Images

zebet help Tricampeão (1981, 1983 e 1987)

Se Schumacher foi o piloto que melhor entendeu e evoluiu o conceitozebet helpequipe na Fórmula 1, Nelson Piquet foi quem melhor dominou a parte mecânica dos carros. Além disso, o brasileiro efetivou algumas novidades na maior categoria do automobilismo, como a normalização do uso dos cobertores elétricos para acelerar o aquecimento dos pneus e a efetivação do pit stop como elemento tático nas corridas, inclusive com reabastecimento. A famosa e laureada parceria com o engenheiro sul-africano Gordon Murray na Brabham elevou o brasileiro a outro patamar.

Outra façanha:zebet helpdois dos três títulos, a equipezebet helpPiquet não foi campeã entre os construtores, algo raro na história da F1. Além disso, ele ainda conquistou títulos com três marcaszebet helpmotores diferentes - Ford Cosworth, BMW e Honda - e ainda foi o primeiro campeão com um propulsor turbo na categoria, construído pela BMW e desenvolvido por ele,zebet help1983. O brasileiro também não era pilotozebet helplevar desaforo para casa, algo mostradozebet helpseu períodozebet helpWilliams, quando fez a vida do companheiro Nigel Mansell virar um inferno com uma sériezebet helpartimanhas internas. Em suma, por sobrar no entendimento da parte mecânica, Piquet foi um piloto único na história da Fórmula 1.

Perfil Rafael Lopes — Foto: Editoriazebet helpArte/GloboEsporte.com

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