Tudo começou quando Cristina, 76 anos, foi até a esquina das ruas Andalgalá e Caaguazu,como apostar com bonus no sportingbetLiniers (bairro do time do Vélez Sarsfield) e se juntou a um grupocomo apostar com bonus no sportingbetjovens que festejava. Saudada por um cântico simples e pegajosocomo apostar com bonus no sportingbet“abuela, lalalalala” (vagamente inspirado na melodiacomo apostar com bonus no sportingbet“Go West”, do grupo pop dos anos 1970 Village People) que se repete à exaustão, vovó Cristina foi adotada pela torcida argentina e virou símbolo da seleção finalista da Copa.

Escrevo sem saber quem enfrentará os argentinos na final. Talvez nossos vizinhos não venham a conquistar o tricampeonato. Mas há algo nesta seleção comandada pela duplacomo apostar com bonus no sportingbetLioneis, Messi e Scaloni, que não se discute: a conexão comcomo apostar com bonus no sportingbetgente.

Não existe fórmula para alcançar essa ligação. Equipes vencedoras não tiveram, e times que perderam, tinham. Não se explica numa planilha, nemcomo apostar com bonus no sportingbetconceitos enciclopédicoscomo apostar com bonus no sportingbetteoria futebolística. Simplesmente acontece.

Essa pureza (que não quer dizer ingenuidade, longe disso) dos festejos da “abuela” Cristina deve durar pouco. Já, já aparece algum empresário querendo transformá-lacomo apostar com bonus no sportingbetcelebridade digital controlada, como ocorre com muitos fenômenos das redes. Mas dá gosto ver os vídeos com a música grudenta, a “abuela”,como apostar com bonus no sportingbetbandeira, as pessoas e nada mais. Ainda é natural.

Naturalidade que se perde a cada Copa na relação do brasileiro com a Seleção. O comportamento gelado da torcida brasileira no Catar contrasta com a euforia dos argentinos, que parecem ter levado o Monumentalcomo apostar com bonus no sportingbetNuñez na bagagem. Eles levaram a alma dos torcedorescomo apostar com bonus no sportingbetcimento duro e identificaram na seleção este fio invisível que faz com que algumas equipes levem o caldo culturalcomo apostar com bonus no sportingbetseu povo para o campo.

Lembro-mecomo apostar com bonus no sportingbetum diacomo apostar com bonus no sportingbetBuenos Airescomo apostar com bonus no sportingbetque um motoristacomo apostar com bonus no sportingbettáxi me disse que “Messi não é argentino”. Faz alguns anos. Poucas pessoas conhecem mais futebol e adoram tanto falar do jogo como motoristascomo apostar com bonus no sportingbettáxi argentinos. Ele deve estar gritando “abuela, lalalalala” numa esquinacomo apostar com bonus no sportingbetLiniers.

Nesta Copa, Messi foi definitivamente batizado argentino, tendo como padrinho 47 milhõescomo apostar com bonus no sportingbetpatrícios.

A melhor provacomo apostar com bonus no sportingbetque a seleção vizinha conquistoucomo apostar com bonus no sportingbetgente está nos festejos após as partidas. Os jogadores sabem todas as músicas cantadas nas arquibancadas, pulam juntos e festejam no mesmo ritmo.

Há muito que não identifico isso nos times brasileiros. Talvez a última seleção que tenha capturado aquela magia que juntava famílias e amigos e provocava silêncios estrondososcomo apostar com bonus no sportingbetnossas metrópoles antes dos gritos coletivoscomo apostar com bonus no sportingbetgol tenha sido acomo apostar com bonus no sportingbet2002. De lá para cá, a naturalidade foi-se embora como um gol perdido. Tudo soa programado, combinado antes, gelado como um vídeocomo apostar com bonus no sportingbetrede social programado para “emocionar”. Houve uma individualizaçãocomo apostar com bonus no sportingbetobjetivos e comportamentos que parece ter rompido aquele fio invisível. Anda faltando ao futebol brasileiro uma dosecomo apostar com bonus no sportingbetCora Coralina, para sentir que “o que vale na vida não é o pontocomo apostar com bonus no sportingbetpartida e sim a caminhada”.

Emoção não se ensaia - se vive. Um vídeo viraliza quando é natural como o da “abuela Cristina”.

Repito: não precisa vencer para representar. Em 1982 havia empatia e perdemos. Pode ser que o combo Lionel – Messi e Scaloni – não vença. Mas a reconquista do povo argentino eles conseguiram.

Cristina era uma jovem adultacomo apostar com bonus no sportingbet40 anoscomo apostar com bonus no sportingbet1986, quando Maradona deu a última Copa à Argentina. O país vivia uma esperançacomo apostar com bonus no sportingbetpaz e democracia após saircomo apostar com bonus no sportingbetuma ditadura brutal que empurrara milharescomo apostar com bonus no sportingbetjovens para a morte na Guerra das Malvinas. Hoje, aos 76, carrega na alma as dorescomo apostar com bonus no sportingbetum país que, como o nosso, acumula problemas sem jamais perder a esperançacomo apostar com bonus no sportingbetdias melhores.

O futebol não alcançou este patamarcomo apostar com bonus no sportingbetpopularidade por acaso. De todos os esportes é,como apostar com bonus no sportingbetlonge, o que imita melhor a vida, por ser simples, direto, e transformar seres comuns, baixinhos, magreloscomo apostar com bonus no sportingbetseres míticos e poderosas com a bola nos pés. Nenhum jogo se comunica melhor com as pessoas.

Quem vai ao Google Maps e digita “abuela lalalalala” será direcionado à esquinacomo apostar com bonus no sportingbetAndalgalá e Caaguazu. É lá que batem,como apostar com bonus no sportingbetuníssono, os coraçõescomo apostar com bonus no sportingbetum time e seu povo.