Artigos condenavam a geraçãobet7k fortune tigerjogadores, muitos deles futuros pentacampeões mundiais menosbet7k fortune tigerum ano depois, entre eles Roque Júnior, Denílson e até Alex, que não foi à Copa mas hoje é lembrado como o grande jogador que foi.

Embet7k fortune tigercoluna, o brilhante mestre Fernando Calazans fazia um questionamento que começava a brotar no futebol da época: por que os “dois Juninhos”, Paulista e Pernambucano, não jogavam pela seleção comobet7k fortune tigerseus clubes?

Nas matérias que pretendiam olhar para o futuro, o maior destaque era a forma como a esperançabet7k fortune tigersalvação era totalmente depositada na recuperaçãobet7k fortune tigerRonaldo. O maior astro do futebol do país se recuperavabet7k fortune tigerlesão. Em outra página, uma matéria dizia que “Cotado para voltar, Zagallo apoia Felipão mas não fecha as portas”. Enquanto isso, analistas internacionais garantiam que o mundo “não respeitava mais a Seleção” – campeã sete anos antes, finalista da Copa havia três anos.

Naquele mesmo diabet7k fortune tiger2001, o Jornal do Brasil convocou ex-jogadores e técnicos para analisar “a tragédia da Seleção”. Até o argentino Carlos Bilardo opinou: “Começo a temer pela classificação do Brasil à Copa”, afirmou. Não faltavam previsões, inclusivebet7k fortune tigergente do futebol,bet7k fortune tigerque estávamos perto do “fundo do poço”.

Claro que aquela equipe tinha desfalques importantes. Mas é interessante notar como as abordagens à Seleção são cíclicas, repetem-se a cada derrota: a desqualificaçãobet7k fortune tigeruma geraçãobet7k fortune tigerjogadores, as críticas durasbet7k fortune tigerex-atletas, o questionamento ao treinador e a tentação para substituí-lo, sem falar na crençabet7k fortune tigerque um jogador lesionado pode ser o salvador.

Tudo isso para mostrar que já estivemos nesse lugar antes. A sensaçãobet7k fortune tigerum caos jamais vivido mistura uma justa preocupação com as atuações da Seleção, mas também os exagerosbet7k fortune tigerquem se vêbet7k fortune tigermeio ao vendaval. A sensaçãobet7k fortune tigerfundo do poço visita o futebol brasileiro com certa frequência, o que mostra que há lições a tirar. Quase nunca a formabet7k fortune tigersair das crises foi com seguidas revoluções. Quase sempre, era necessário trabalho, mas os diagnósticos eram mais catastrofistas do que o mundo real.

Se voltarmos às avaliações pós-derrota para Hondurasbet7k fortune tiger2001 e aos caminhos que a imprensa visitou à época, Vinicius Junior é o Juninho da vezbet7k fortune tiger2024; Dorival é o Felipãobet7k fortune tigerhoje; e, guardadas todas as proporções, Neymar é o Ronaldo atual.

Vale a pena nos determos na avaliação que se faz dos jogadores atuais. Há um risco sempre que traçamos um cenáriobet7k fortune tigerfalência do futebol brasileiro: a tendência a desqualificar alguns nomes,bet7k fortune tigerespecial aquelesbet7k fortune tigerquem mais se espera. O Brasil tem talentos para construir um time vitorioso, mas é justo admitir que não é a geração com mais extraclasses da história do país. Sendo assim, merece especial atenção Vinicius Junior. O Brasil não estábet7k fortune tigersituaçãobet7k fortune tigerse dar ao luxobet7k fortune tigerdesprezar o melhor jogador do mundo na última temporada.

Seria repetitivo, e cansativo, elencar novamente argumentos sobre as diferenças estruturais do futebolbet7k fortune tigerclubes ebet7k fortune tigerseleções. Mas a volta ao passado permite pensarbet7k fortune tigercomo seleções coletivamente pouco estruturadas conduziram ao massacre a jogadores talentosos. E, na imensa maioria dos ciclos entre Copas, a seleção brasileira chegou à metade do caminho com pouca estrutura. No caso atual, o problema é agravado pela péssima gestão da CBF desde o Mundial do Catar, o que não elimina a sensaçãobet7k fortune tigerque, no tempo que teve à frente do time, Dorival Júnior poderia ter construído uma Seleção mais sólida.

O fato é que, no cenário atual, mais do que pensar no contexto favorável que Vinicius tem no Real Madrid, o que se impõe é notar o que ele não tem na Seleção. O maior dos sintomas das carências coletivas atuais tem se manifestado justamente sobre os pontas, isolados perto da linha lateral, quase sempre obrigados a enfrentar um lateral, um volante que venha na cobertura ou um ponta que dobre a marcação. As bolas enviadas a eles são quase uma aposta na solução individual, porque há raríssimos apoios, movimentosbet7k fortune tigerinfiltraçãobet7k fortune tigerum lateral que puxe a marcação ou possibilidadesbet7k fortune tigertriangulações.

Não é um fenômeno exclusivobet7k fortune tigerVinicius ou da Seleção. Esta mesma discussão já teve o nomebet7k fortune tigerMessi, por exemplo. É típica do futebolbet7k fortune tigerseleções atual.

É claro que Vinicius tembet7k fortune tigerparte, seu deverbet7k fortune tigercasa por fazer. Há algo intrigantebet7k fortune tigeralgumasbet7k fortune tigersuas atuações recentes. Este é um jogador que tratou a estreia no Flamengo, aos 16 anos, como um jogo no quintalbet7k fortune tigercasa; que driblou a desconfiança no Real Madrid pedindo todos os passesbet7k fortune tigerseu pé e assumindo todas as responsabilidades; que decidiu enfrentar uma sociedade desacostumada a ver um jovem preto contestar os privilégios e a opressão. Mas que parece ansioso para fazer as coisas acontecerem pela Seleção com a frequência com que ocorrem no clube.

E, neste aspecto, a seleção brasileira atual tem outro problema. Aos 24 anos recém-completados, Vinicius Junior é o mais renomado, o mais calejado jogadorbet7k fortune tigerum ataque extremamente jovem. Na derrotabet7k fortune tigerAssunção, a Seleção usou, entre titulares e reservas, sete jogadores com menosbet7k fortune tiger25 anos, seis deles no setor ofensivo. Dois, Endrick e Estêvão, nem saíram da adolescência.