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Por Erica Hideshima e Júlia Dotto, Redação do ge — São Paulo


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Já se passaram maisapp aviator betanotrês meses que a bicampeã olímpica Fabiana Claudino deixou o timeapp aviator betanoOsasco e anunciou a ida para os Estados Unidos para atuarapp aviator betanouma nova liga, a League One Volleyball, a partirapp aviator betanosetembro. Mas, durante todo esse tempo, a central preferiu falar pouco sobre os novos rumosapp aviator betanosua carreira e o que aconteceu para, pela primeira vez, pedir para sairapp aviator betanoum clube. Em entrevista ao ge, ela se abriu sobre essas mudanças e as expectativas para esta temporada.

Fabi foi cuidadosa ao falar sobre o rompimento com o timeapp aviator betanoOsasco,app aviator betanonovembro do ano passado, quando alegou problemas pessoais.

- Uma coisa aconteceu sim, e eu não quero abrir, mas quantas vezes na minha carreira vocês viram eu pedir para sairapp aviator betanoum time? Nunca. Eu não ia sair "de feliz", eu não ia sair para ficarapp aviator betanocasa ou porque eu fechei contrato lá nos Estados Unidos. Falaram também que eu tinha saído porque não queria disputar posição com a Brionne, a Callie (as norte-americanas que também são centraisapp aviator betanoOsasco)... Mas, gente, eu disputei posição a minha vida inteira - explicou.

A atleta também fez questãoapp aviator betanodizer que a oportunidadeapp aviator betanojogar na League One veio depoisapp aviator betanosair do Osasco, mas que foi a chance perfeita para o momento daapp aviator betanocarreira.

- Eu juro pelo meu filho, não tinha contrato, não tinha nada quando saí (do Osasco). No campeonato lá, no time tem eu e uma ponteira dos Estados Unidos. A gente não tem técnico, não sei quem é levantadora, não tem líbero, o time ainda está sendo fechado. Eu sempre tive o sonhoapp aviator betanojogar nos Estados Unidos. Querendo ou não, estou mais no final da minha carreira. Ter a oportunidadeapp aviator betanoir para um campeonato lá, jogarapp aviator betanoalto nível e com as melhores, eu me sinto muito honrada e grata por ter essa chance. Quero fazer um projeto lá, as coisas vão andando uma com a outra.

Fabiana Claudino com o filho, Asaf, e o marido, Vinícius — Foto: Reprodução/Instagram

Por ter sido a primeira estrangeira confirmada para jogar na LOVB, Fabi admite que bate uma ansiedade para entrarapp aviator betanoquadra.

- Me dá frio na barrigaapp aviator betanosaber como serão as coisas. Nos Estados Unidos, as pessoas respiram esporte, elas dão valor. Mas eu não tenho dúvidasapp aviator betanoque vai ser muito legal porque eles pensamapp aviator betanofazer um projeto gigante, que envolve a criançada, e fazer o esporte crescer num todo - emendou.

Antesapp aviator betanopartir para Atlanta, onde fechou contrato por duas temporadas, Fabi está aproveitando o tempo para trabalhar, estudar e, principalmente, curtir a família.

- Minha vida anda um "mix"app aviator betanoum monteapp aviator betanocoisas. Sou bem acelerada, então agora é que eu estou um pouco mais tranquila porque tenho um tempo até meu próximo objetivo, meu próximo desafio. Estou aproveitando muito essa fase do Asaf, meu filho, que mês que vem completa três anos. Estou vendo ele crescer, posso brincar, estar junto, levar à escola, participarapp aviator betanoreuniãoapp aviator betanomães. Também estou bem mais próxima do meu esposo, que também tem uma vida corrida porque é músico. Agora a gente consegue ter um tempo para jantar, sair e viajar. Também estou estudando inglês porque isso vai ser fundamental para mim, e estou fazendo alguns cursos. Meu sonho era fazer psicologia, mas é presencial e por quatro a cinco anos. Estou fazendo um um cursoapp aviator betanogestão pessoal com ensino à distância - contou Fabi.

Além disso, a jogadora virou sóciaapp aviator betanoAna Flávia, que foi medalhaapp aviator betanobronze nas Olimpíadasapp aviator betanoAtlanta 96,app aviator betanouma agência que gerencia a carreiraapp aviator betanoatletas.

- A Ana Flávia é a minha empresária e, agora, minha sócia. Estamos olhando e cuidandoapp aviator betanoalguns atletas. Quero que a gente possa ajudar a construir a carreira desses atletas, estou sempre conversando com eles e os apoiando. Estou tentando me achar, entender o que eu quero. Penso mil coisas, mas é difícil!

Fabiana Claudinho com o filho Asaf — Foto: Reprodução/Instagram

Aos 39 anos e já cienteapp aviator betanoque o fim da carreira se aproxima, Fabiana quer usar a chanceapp aviator betanojogar nos Estados Unidos para se sentir "a pessoa mais realizada do mundo".

- Eu tenho um sonhoapp aviator betanofazer um projeto. Gostaria muito que fosse na cidade onde nasci e cresci, que éapp aviator betanoSanta Luzia (MG). É uma cidade carenteapp aviator betanoesporte. Se eu conseguir ajudar essa garotada, tirar crianças da rua, acho que vou ser pessoa mais feliz do mundo. Olhando para trás vejo que fui além do que imaginava. Eu pensavaapp aviator betanochegar onde cheguei e ser reconhecida no mundo inteiro, ser bicampeã olímpica. Hoje fico muito felizapp aviator betanoter meu filho do meu lado, conseguindo assistir à mamãe jogando vôlei. Mas meu foco hoje é estar bem fisicamente para jogar a LOVB. Estou fazendo treinos na areia e musculação, e logo mais vou começar a treinar na quadra - concluiu.

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