danilo pereira apostador Surfista luta para manter projeto social após ter carro destruído pela torcida do Peñarol

- Nunca vi isso acontecer no Recreio. Morador nunca viu isso aí, foi uma coisa assustadora. Me ligaram dizendo que o bicho estava pegando aqui, que já estavam queimando as motos. Uma amiga me ligou dizendo que estavam colocando fogo no meu carro. Vim imediatamente já imaginando o pior, mas graças a Deus, cheguei aqui e meu carro estava intacto. Eles tentaram, mas não conseguiram. O pessoal e os policiais que estavam presentes, impediram. Eles queriam destruir o carro, mas só quebraram os vidros - relata Hiena.

Guarda-vidas aposentado do Corpodanilo pereira apostadorBombeiros do Rio, Marcelo tem 55 anos e, há cercadanilo pereira apostadortrês décadas, ensina surfedanilo pereira apostadorgraça para pessoasdanilo pereira apostadorbaixa renda. Pelo seu projeto - chamado Recreio Open Escoladanilo pereira apostadorSurf - passaram meninos e meninasdanilo pereira apostadorsituaçãodanilo pereira apostadorrua e vulnerabilidade social como Marcos Felipe Viana da Conceição.

Conhecido como Papagaio, Marcos costumava dormir nas imediações da Praça Tim Maia, quando foi aborado por Hiena, que o convidou para aprender a surfar. Hoje, o jovemdanilo pereira apostador17 anos trabalha no projeto, dá aulas particularesdanilo pereira apostadorsurfe na Praia do Recreio dos Bandeirantes e ainda compete.

- Antigamente eu vendia bala, aí eu parei aqui, troquei uma ideia com ele e ele disse: "Aparece aí. Gosteidanilo pereira apostadortu". Aí me deu uma roupadanilo pereira apostadorborracha. Eu nunca tinha surfado na vida. Agora sou competidor e no momento estou correndo atrásdanilo pereira apostadorpatrocínio, que é difícil - destaca Papagaio.

Além do surfe, Papagaio também ganhou abrigo. Moradordanilo pereira apostadorcomunidade do Terreirão, nas imediações da Praia do Recreio, Hiena dá moradia para um totaldanilo pereira apostadorseis beneficiados pelo projeto. No local, eles têm acesso a todas refeições, a maioria delas doadas por colaboradores do Recreio Open Escoladanilo pereira apostadorSurf.

- Eu dou graças a Deus que tenho um relacionamento muito bom aqui assim devido ao surfe. É um pessoal que me ajuda, são empresários. Tenho alimentação, tenho dentista e todo um trabalhodanilo pereira apostadormanutenção da saúde deles. Se as famílias estão com dificuldade, às vezes rola uma cesta básica, um móvel, geladeira, ou fogão que a mãe está precisando. Tenho os meus colaboradores e eles sempre me ajudam - reforça Hiena.

Hiena usava o carro para transportar material, equipamentos e refeições para o projeto. Por conta dos vidros destruídos, ele tevedanilo pereira apostadorparardanilo pereira apostadorcircular por um tempo até conserta-los.

Sem saber quantas pessoas já passaram pelo Recreio Open, Hiena guarda as pranchas num casebre à beira da Praia do Recreio. Além dos alunos do projeto social, ele também dá aulas particularesdanilo pereira apostadorsurfe. Pelo Recreio Open Escoladanilo pereira apostadorSurf passaram jovens que viraram surfistas profissionais como Pedro Neves, campeão carioca e atualmente no WQS.

- Eu conheci o Marcelo, o famoso Hiena, aqui na praia, há maisdanilo pereira apostador20 anos. Aprendi a surfar aqui com ele. Graças ao que aprendi aqui, consegui viajar pra vários lugares do mundo, como Havaí, China, Europa e Austrália. Todas viagens competindo na divisãodanilo pereira apostadoracesso do Circuito Mundial - revelou.

Há também quem surfe no projeto mesmo não sendo surfista profissional. É o casodanilo pereira apostadorMarcos Santosdanilo pereira apostadorLima, que atualmente trabalha como motoristadanilo pereira apostadoraplicativo e caldeireiro. Depoisdanilo pereira apostadoraprender a surfar há dois anos, ele adquiriu o hábitodanilo pereira apostadorir ao pointdanilo pereira apostadorHiena pegar onda e ajuda-lo com o que for preciso.

- A gente meio que forma uma família e não sai daqui da praia. Quando tenho um tempinho, diadanilo pereira apostadorsemana ou finaisdanilo pereira apostadorsemana, venho aqui dar uma surfada e encontrar o pessoal. É uma coisa que me relaxa e transforma o meu dia - comenta Marcos.

Feliz com o reconhecimento, Hiena espera continuar o seu trabalho esportivo e social até quando encontrar forças para entrar no mar.