Apesarbet7k dicaster sido condenador por racismo pelo Tribunalbet7k dicasJustiçabet7k dicasSão Paulo,bet7k dicasdezembro, o auxiliar não foi impedidobet7k dicasfrequentar arenas esportivas no Brasil, como prevê a lei.

+ Entenda o caso que levou à condenaçãobet7k dicasSebastian Vargas

Segundo o advogado Carlos Alberto Pires Mendes, que representa Vargas, o preparador físico desistiu da viagem para evitar que seu caso e uma eventual exposição atrapalhasse a preparação da seleção peruana, que está na penúltima posição das eliminatórias.

Vargas foi presobet7k dicasflagrante,bet7k dicasjulhobet7k dicas2023, ao imitar um macaco a torcedores do Corinthians que o provocaram no final do jogo contra o Universitário, do Peru, pela Copa Sul-Americana,bet7k dicasItaquera.

O preparador ficou 10 dias na cadeia até ser solto para responder ao crimebet7k dicasliberdade. Em dezembro, ele foi condenado a dois anosbet7k dicasprisão, pena convertida ao pagamentobet7k dicasdois salários-mínimos a uma entidade social. Vargas recorreu, mas teve os pedidos negados. O caso hoje está no STJ (Superior Tribunalbet7k dicasJustiça).

Na sentençabet7k dicasque condenou Vargas, o juiz Antonio Maria Patiño Zorz deixoubet7k dicasaplicar a proibiçãobet7k dicasir à estádios, prevista na legislação, por entender que se tratabet7k dicaslocalbet7k dicastrabalho do profissional.

O auxiliar, que é uruguaio e há anos trabalha com o técnico Jorge Fossati, deixou o Universitário para trabalhar com a seleção peruana nesta temporada, quando o treinador foi convidado para o cargo.

Brasil e Peru se enfrentam na terça, às 21h45, no estádio Mané Garrincha,bet7k dicasBrasília. A delegação do país vizinho chega ao Distrito Federal nesta segunda.

Logo após ser preso, aindabet7k dicasItaquera, Vargas negou ter imitado macaco. Disse que estava sendo provocado por torcedores e que apenas carregava cones, usados no aquecimentobet7k dicasatletas do Universitário, embaixo do braço.

Mas as imagens do ato, gravado por torcedores e pelas câmeras do estádio, tornaram essa versão insustentável. Durante o julgamento, ele deixoubet7k dicasnegar os gestosbet7k dicasmacaco. Justificou que não tinha a intençãobet7k dicasofender uma raça, masbet7k dicasdemonstrar que os que o provocavam eram “selvagens”.

A defesa incluiu na ação depoimentosbet7k dicascolegasbet7k dicasVargas. As declarações, por escrito, reforçaram a tese do ambiente hostil que teria sido enfrentado pela delegação do Universitário no estádio do Corinthians, com ofensas como “peruanos filhos da puta” ou “índiosbet7k dicasmerda”.

– O mais lamentável é que nessa cadeiabet7k dicasinsultos havia adultos e crianças – escreveu o diretor jurídico do clube, Franco Velazco.

– Em meu país, este último insulto (“índiosbet7k dicasmerda”) não é só agressivo, mas também um dos mais discriminatórios – afirmou atacante Andy Polo.

Fossati, que há 14 anos trabalha com Vargas e também é uruguaio, defendeu o preparador, hoje embet7k dicascomissão técnica no Peru:

– É uma pessoa muito humana, que sempre esteve ao lado da defesa dos direitos humanos e das pessoas mais vulneráveis.

Ao condenar Vargas, o juiz levoubet7k dicasconsideração o cenário provocativo, mas reforçou que ele não tirava a culpa do réu. E citou episódiosbet7k dicasracismo sofridos pelo atacante Vini Jr. na Espanha, que tinham acontecido na mesma época e gerado grande repercussão, para se justificar.

– (Vargas) possuía inequívoca ciência do significado e do alcance racista do gestobet7k dicasimitação do semovente macaco e da materializaçãobet7k dicascunho discriminatório e preconceituoso que o referido gesto exprime, resgatando estigmasbet7k dicasinferioridade,bet7k dicasmenosprezo ebet7k dicasafronta à igualdade no que se refere a cidadãos negros e pardos – escreveu Antonio Maria Patiño Zorz na sentença.

– Todavia, se o contextobet7k dicasque se deu a conduta do réu atenua ou mitiga a reprovabilidadebet7k dicassua atitude,bet7k dicasnada ele retira a tipicidade e a ilicitude da mesma, porquanto conforme já exaustivamente explanado alhures, a conduta do réu transpassa o crimebet7k dicasinjúria racial, caracterizando o delitobet7k dicasracismo – concluiu o juiz.

Os advogadosbet7k dicasVargas recorreram, sem sucesso, ao Tribunalbet7k dicasJustiçabet7k dicasSão Paulo e ao STJ (Superior Tribunalbet7k dicasJustiça).

Em parecer antes do julgamentobet7k dicassegunda instância,bet7k dicasmarço, o procurador Marcio Sergio Christino defendeu a manutenção da sentença, mas criticou a pena.

Tratou a condenação, o pagamentobet7k dicasdois salários-mínimos a uma entidade social, como “branda” e “fixadabet7k dicastermos que levam a praticamentebet7k dicasinutilidade”.

– Ao menos a condenação deixa patente que no lado sul da linha do Equador, na parte do mundo menos desenvolvida, a Justiça se faz com mais intensidade coerência do que nos gramados da Espanha e outros países europeus – escreveu ele,bet7k dicasreferência aos casos que envolveram Vini Jr. e que só mais tarde,bet7k dicasjunho, renderam punições aos torcedores racistas que atacaram o atleta brasileiro.

Um novo recurso foi apresentado ao STJ (Superior Tribunalbet7k dicasJustiça), negado na última quarta pelo Ministro Sebastião Reis Júnior.

Em 11bet7k dicasagostobet7k dicas2023, um mês após os episódiosbet7k dicasItaquera, Vargas foi suspenso pela Conmebol por 10 partidasbet7k dicascompetições organizadas pela entidade.

Ele, porém, foi listado pela organização como membro da comissão técnica do Peru nas três partidas que a equipe disputou na Copa América,bet7k dicasjunho.

Antes disso, a comissão técnicabet7k dicasJorge Fossati, da qual Vargas faz parte, disputou apenas jogos do Campeonato Peruano, entre a suspensão e o fimbet7k dicas2023. Já na seleção do Peru, foram mais quatro amistosos entre março e junho.