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Por Rafael Lopes

Comentaristavip sport betautomobilismo do Grupo Globo

Voando Baixo — Riovip sport betJaneiro

Dario Mitidieri/Getty Images

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O que vocês vão ler neste texto aqui no Voando Baixo não é a visãovip sport betum jornalista sobre os acontecimentos do dia 1ºvip sport betmaiovip sport bet1994. Não é a ideia. Na época, eu era uma criançavip sport bet10 anos, apaixonada por automobilismo desde muito cedo e que tinha Ayrton Senna como ídolo. Vou tentar transportá-los para aqueles dias na visãovip sport betum fã. Que, 30 anos depois, ainda lembra com detalhes daquela época. Daquele trágico fimvip sport betsemana.

Como explicar a morte para uma criançavip sport betapenas 10 anos? Como, sendo essa criança, entender a morte? Uma morte que aconteceu ao vivo,vip sport betuma manhãvip sport betdomingo, na sala da casa dela? E com um agravante: a mortevip sport betum ídolovip sport bettoda uma geração, que era a grande inspiração daquela criança? Vocês têm ideia do quão penoso era esse cenário para uma famíliavip sport betmeados dos anos 1990? Pois é, eu passei por tudo isso naquele 1ºvip sport betmaiovip sport bet1994. Um dia que poderia, tranquilamente, não ter amanhecido. Não ter acontecido daquela forma. Evitaria toda aquela tristeza. Mas, infelizmente, o mundo não funciona assim.

Só que, antesvip sport betfalar especificamente daquele fimvip sport betsemana, preciso dar contexto a este relato. Nascivip sport bet25vip sport betjaneirovip sport bet1984, coincidentemente no anovip sport betque Ayrton Senna estreou na Fórmula 1 com a Toleman,vip sport betuma família que gostava muitovip sport betesportes. Contudo, ao contrário da maioria das crianças no Brasil, meu primeiro contato não foi com a paixão nacional, o futebol. O automobilismo foi minha primeira paixão. Tudo porque minha mãe, que era fã do francês François Cevert no início dos anos 1970, começara a acompanhar a carreira do jovem Senna na F1. E lá fui eu, aos quatro anos, acordar nas manhãsvip sport betdomingo para assistir às corridas na TV. Desde então, nunca mais perdi uma.

A primeira temporada que eu acompanhei terminou com o primeiro títulovip sport betAyrton Senna na Fórmula 1,vip sport bet1988. No ano seguinte, fui pela primeira vez a um autódromo. Passei quase todo o mês anterior ao GP do Brasil, disputadovip sport bet26vip sport betmarçovip sport bet1989, indo ao saudoso autódromovip sport betJacarepaguá, no Riovip sport betJaneiro, acompanhar os famosos testesvip sport betpneus. Vi quase todos os pilotos que eu admiravavip sport betperto - Senna, inclusive. Na corrida, estava na arquibancada do fim da reta oposta,vip sport betfrente à Curva Sul. O então campeão se envolveuvip sport betum acidente logo na largada e terminou apenasvip sport bet11º, duas voltas atrás. A vitória foivip sport betNigel Mansell, da Ferrari, com Alain Prost, da McLaren, o grande rivalvip sport betSenna,vip sport betsegundo. E o brasileiro Maurício Gugelmin, da March, levantou as arquibancadas com seu primeiro pódio na categoria,vip sport betterceiro.

Ayrton Senna acelera a McLaren no fimvip sport betsemana do GP do Brasilvip sport bet1989,vip sport betJacarepaguá — Foto: Pascal Rondeau/Getty Images

A paixão pelo automobilismo me fez aprender a ler mais cedo que o normal. Meu saudoso avô foi o responsável por isso. Todos os dias, ele abria o cadernovip sport betesportes do jornal "O Globo" e, com enorme paciência, ajudava àquela criança a se atualizar sobre tudo,vip sport betespecial sobre Ayrton Senna e a Fórmula 1. Foi tão importante que ajudou, inclusive, na minha formação: pude pular uma série no colégio e, anos mais tarde, me formar mais cedo no 2º grau (atual Ensino Médio). Das leiturasvip sport betportuguês, pulei para asvip sport betinglês. As revistas inglesas me ajudaram a entender uma segunda língua e a me familiarizar com termos dos quais eu seria íntimo quando adulto, já no meu trabalho com automobilismo.

Indiretamente, todo o sucesso que consegui nestes 19 anosvip sport betcarreira, tem a participaçãovip sport betAyrton Senna. Cheguei a tentar corrervip sport betkart quando criança, mas os custos proibitivos e dolarizados para uma famíliavip sport betclasse médiavip sport betum país que viviavip sport betcrise econômica, frearam esse intuito. Fui por outro caminho - admirava Galvão Bueno e Reginaldo Leme (e, mais tarde, meu atual companheirovip sport betcomentários Luciano Burti - fato que me honra muito, diga-sevip sport betpassagem). Queria muito ser o Regi. Como escrevia e falava bem, resolvi ir para o jornalismo. Melhor escolha não houve - anos mais tarde, passei a trabalhar diretamente com os três - nas transmissõesvip sport betF1 na TV Globo. Além disso, fiquei amigo deles. E não é que aquele criança fãvip sport betautomobilismo realizou uma enorme partevip sport betseus sonhos? Confesso que, ainda hoje, é difícilvip sport betacreditar.

Ayrton Senna acelera na chuva durante seu show no GP da Europavip sport bet1993,vip sport betDonington Park — Foto: Norio Koike/Instituto Ayrton Senna

Contudo, não concretizei tudo o que sonhava. Até porque é impossível. O dia 1ºvip sport betmaiovip sport bet1994 me tirou a chancevip sport betcobrir Ayrton Senna profissionalmente. Acompanhei aquele fimvip sport betsemana apenas como um fã. Comecei a trabalhar 11 anos depois disso. Escrevi e produzi matérias com inúmeros ídolos do automobilismo: Emerson Fittipaldi, Nelson Piquet, Michael Schumacher, Lewis Hamilton, Niki Lauda, Sebastian Vettel, Fernando Alonso, Felipe Massa, Rubens Barrichello, Felipe Nasr... Contudo, faltou Senna. Por outro lado, algunsvip sport betmeus maiores êxitos no jornalismo foram com artigos envolvendo a família Senna. Guardo com muito carinho a matéria que me lançou no mercado e alavancou minha carreira, ainda pela revista A+ do diário Lance!: um perfilvip sport betBruno Senna, quando pouca gente ainda conhecia o sobrinho do tricampeão.

vip sport bet Uma criança e o dia 1ºvip sport betmaiovip sport bet1994

Ayrton Senna abre a sétima volta do GPvip sport betSan Marinovip sport bet1994, pouco antes do acidente — Foto: Paul-Henri Cahier/Getty Images

Escrevi tudo isso para dar contexto ao que vou contar agora. Lembrando, tinha 10 anosvip sport betidade no dia do acidente na curva Tamburello. Foi um fimvip sport betsemana que marcou minha vida - para o bem e para o mal. Perdi meu ídolovip sport betinfância. Por outro lado, ali tive certeza que era apaixonado por automobilismo. Ao contráriovip sport betvários brasileiros, não pareivip sport betver corridas por causa da tragédia. 15 dias depoisvip sport betImola, estava na frente da TV para ver o GPvip sport betMônaco. Tem coisas que não se explicam.

Até aquele fimvip sport betsemanavip sport bet1994, nunca tinha visto uma morte sequer na Fórmula 1. O mais perto disso foi o horrível acidente do irlandês Martin Donnelly, com uma Lotus,vip sport bet1990, no Circuitovip sport betJerezvip sport betla Frontera, na Espanha. Mesmo muito ferido, ele escapou com vida. E até voltou a pilotarvip sport betoutras categorias anos depois. Por isso, a imagem do austríaco Roland Ratzenberger recebendo massagem cardíaca após o forte acidente na curva Villeneuve me impressionou muito. Depois, outro baque: a confirmação da morte do piloto da Simtek. Era algo inédito para toda uma geraçãovip sport betfãsvip sport betF1. Como criança, demorei a processar tudo aquilo. E só iria entender na marra, no dia seguinte. Infelizmente.

Aos 2 anos,vip sport betum brinquedo que simulava a Lotus preta e douradavip sport betAyrton Senna — Foto: Arquivo pessoal

Lembro perfeitamentevip sport bettodo aquele dia 1ºvip sport betmaiovip sport bet1994. Estavavip sport betSaquarema, cidade da Região dos Lagos no Riovip sport betJaneiro, na casa que meus pais tinham. Acordei cedo, tomei café e, pouco antes das 9h, estava na frente da TV para assistir ao GPvip sport betSan Marino. Apreensivo, claro, mas torcendo para que tudo desse certo. Em vão. Logo na largada, um acidente entre JJ Lehto, que ficou parado na largada, e Pedro Lamy, feriu gravemente quatro torcedores. A sétima volta, contudo, seria uma pancada ainda mais forte. Na liderança da corrida, Ayrton Senna escapa na curva Tamburello e acerta o muro. A ficha demorou a cair. Notei a gravidade do acidente só quando a equipe médica chegou para tirar Senna do carro. O atendimento. O sangue no chão. A ambulância. O helicóptero médico. A remoção. O que pensar nessa hora? Como reagir?

Em 2008, visitei Donington Park e o monumentovip sport bethomenagem a Ayrton Senna e Juan Manuel Fangio — Foto: Arquivo pessoal

Fiquei meio anestesiado. Assisti à corrida até o fim. Fiquei ligado na TV para saber mais informações sobre o estadovip sport betsaúde dele. A cada boletim, a realidade dava uma pancada forte. Minha família saiu para almoçar. No carro, procurava alguma estaçãovip sport betrádio que informasse algo. Em vão. No restaurante, que tinha uma pousada anexa, havia uma televisão. Quando cheguei no local, ouvi a música da vinheta do plantão da Globo. De Bolonha, Roberto Cabrini dava a "notícia que ninguém gostariavip sport betdar": Ayrton Senna havia morrido pouco tempo antes.

A pancada derradeira naquela criançavip sport bet10 anos que ainda tentava processar tudo o que estava acontecendo. Sentei no sofávip sport betfrente àquela TV e fiquei olhando para o nada. Em seguida, desabei. Choreivip sport betsoluçar. Fato que se repetiu ao longo da tarde e dos dias seguintes, acompanhando toda a cobertura da morte, do velório e do funeral. Não queria ir para a escola. Não queria fazer mais nada. Poucas vezes chorei com alguma coisa ligada a qualquer esporte. Essa, sem dúvida, foi a mais marcante. A mais devastadora. A mais impactante. Ayrton Senna, meu ídolo, não estaria mais presente nas manhãsvip sport betdomingo. Nunca mais.

Em 2008, visitei Donington Park e vi a famosa McLaren MP4/8vip sport bet1993 — Foto: Arquivo pessoal

Como disse no início desta parte do texto, continuei a assistir às corridasvip sport betFórmula 1. Vi o augevip sport betMichael Schumacher, além das ascensõesvip sport betFernando Alonso, Lewis Hamilton, Sebastian Vettel e Max Verstappen. Mas minha relação com a categoria já era diferente. Passou a ser profissional, embora o fãvip sport betautomobilismo nunca tenha morrido dentrovip sport betmim. Como jornalista, pude estarvip sport betcircuitos marcantes da carreiravip sport betAyrton Senna, como Donington Park, Silverstone, Imola, Nürburgring e, claro, Interlagos. Pude notar o quão ele foi grande para o automobilismo. Até hoje é lembrado pelos fãs. Muita gente que sequer o viu correr.

Legado. E se eu estou aqui hoje, trabalhando com o esporte pelo qual sempre fui apaixonado, é muito por causa do que Ayrton Senna fez emvip sport betlaureada carreira. Ele causou um impacto duradouro na vidavip sport betmuita gente. Dá para ver isso na quantidadevip sport betpessoas que fizeram questãovip sport betir às ruasvip sport betSão Paulo se despedir dele nos dias do velório e do enterrovip sport bet1994. E do quanto ele é lembrado até hoje. Do quanto emociona falar - ou escrever - sobre seus feitos dentro das pistas. Só quem viveu aquela época pode mensurar este impacto. Confiem, foi enorme.

Em 2019, com a famosa McLaren MP4/4 no Autódromo José Carlos Pace,vip sport betInterlagos — Foto: Arquivo pessoal

Ano passado, finalmente eu consegui prestar uma homenagem ao visitar o túmulo dele no cemitério. Enfim, o fã se reencontrou com o ídolo. Contei um pouco dessa experiência aqui mesmo no Voando Baixo,vip sport betum texto extremamente sincero (leia aqui). Despertou emoções que há muito estavam adormecidas. Não sei se vocês acreditam nessas coisas, mas senti uma energia muito forte. Inexplicável mesmo.

Em 1989, com o famoso boné azulvip sport betAyrton Senna no extinto Kartódromovip sport betJacarepaguá — Foto: Arquivo pessoal

Enfim, neste dia que marca os 30 anos sem a presençavip sport betAyrton Senna por aqui, só tenho uma coisa mais a dizer para encerrar este texto.

Obrigado, Ayrton. Muito obrigado.

Em 2014, cobri uma homenagem nos 20 anos da mortevip sport betAyrton Sennavip sport betImola — Foto: Arquivo Pessoal

Perfil Rafael Lopes — Foto: Editoriavip sport betArte/GloboEsporte.com

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