John Textor expõebonus cadastrovisãobonus cadastrofutebol e o que espera para os próximos anos do Botafogo
John Textor não é um homem do futebol, a considerar que a maior partebonus cadastrosua trajetória profissional passa por companhiasbonus cadastromídia e tecnologia. Ou melhor: ele não era um homem do futebol. Com o verbo no passado.
Hoje proprietáriobonus cadastrotrês clubes – Botafogo, Crystal Palace e Molenbeek –, o empresário americano assiste a 250 jogos por ano, estuda o esporte e tem noção clara do que pretende verbonus cadastrocampo nesses times.
De acordo com Textor, "the Botafogo way" (o estilo botafoguense,bonus cadastrotradução literal, menos charmosa do que a versãobonus cadastroinglês) passará por zagueiros habilidosos e com sangue frio, que saibam dominar a bola e distribuir jogadas, mesmo sob pressão. Velocidadebonus cadastrotodas as posições, sobretudo nas laterais. Deve haver prioridade pela posse da bola, mesmo quando pressionados por rivais quando o time estiver no ataque.
– Quero que fique claro daqui a três ou cinco anos que existe um estilo Botafogo. Quero que as pessoas nos vejam jogar da base até o profissional e reconheçam o que nós estamos tentando fazer.
As diretrizes foram explicadas pelo próprio empresário ao ge,bonus cadastroconversabonus cadastro40 minutos gravada no sábado. Ele estava ligeiramente incomodado com versões conflitantes que chegaram à opinião pública no decorrer da semana,bonus cadastrorelação a decisões que tomou no departamentobonus cadastrofutebol, entre demissões e trocasbonus cadastroprofissionais. E não foram poucas.
Enderson Moreira, técnico que conquistou a Série B no ano passado, foi demitido na sexta-feira. Na direção do futebol, André Mazzuco foi contratado para ocupar a funçãobonus cadastroEduardo Freeland, que porbonus cadastrovez volta a trabalhar com a base. Alessandro Brito chega para chefiar a análisebonus cadastromercado e desempenho, oriundo do Atlético-MG. Raphael Rezende, antes na Globo, integra a áreabonus cadastroscouting (olheiros).
Por que Enderson foi dispensado? O empresário demonstra gratidão ao técnico por ter levado o clubebonus cadastrovolta à primeira divisão, mas afirma que não conseguiu, depoisbonus cadastroassistir às partidas alvinegras na temporada passada e na atual, identificar um padrãobonus cadastrojogo para o Botafogo.
– Qual foi o nosso estilobonus cadastrojogo? As responsabilidades dos jogadores... Estava claro o que eles tentavam fazer? Qual era a identidade? Você pode falhar no que está tentando fazer, mas você pode ver o que está sendo tentado. E eu tive dificuldadebonus cadastrover o estilo Botafogo – explica Textor.
Entenda por que John Textor demitiu Enderson Moreira do Botafogo
A busca por uma comissão técnica que consiga implementar o estilo botafoguense estábonus cadastrocurso. O americano confirma que Luís Castro, técnico português que passou quase uma década nas categoriasbonus cadastrobase do Porto, é um dos profissionais com os quais há negociação.
Outros treinadores vêm sendo procurados. Houve duas conversas no Brasil e outras tantasbonus cadastroPortugal, onde Textor acredita que há melhores condições para buscar profissionais para a comissão técnica.
Não apenas pela língua, que não chega a ser o critério mais importante desse filtro, mas pelo fatobonus cadastroque o país se tornou uma "ponte", uma "parada intelectual", entre Brasil e Europa para jogadores brasileiros.
– Há uma conexão maior entre Portugal e Brasil. Um desejo, uma inclinação das pessoasbonus cadastroPortugalbonus cadastroolhar para o Brasil e tentar entender o jogo no Brasil, os jogadores do Brasil. Eu acho que essa é uma razão pela qual Portugal se tornou uma ponte tão eficiente entre o estilobonus cadastrojogo, a criatividade, a capacidade técnica dos jogadores do Brasil e a Europa. É quase um trampolim para os jogadores do Brasil – diz Textor.
Textor confirma contato com Luís Castro e conta qual perfil busca para a comissão técnica
As referênciasbonus cadastrofutebol estão por toda a Europa, mas há uma lembrançabonus cadastroparticular que Textor gostabonus cadastrocitar. Na vitória do Bayernbonus cadastroMunique sobre o Benfica, por 4 a 0, na fasebonus cadastrogrupos da Liga dos Campeões desta temporada, ele ficou encantado com o poder "desmoralizador" do estilobonus cadastrojogo alemão.
Quando ainda negociava para comprar parte do Benfica, conversa que não se concretizou, o empresário estava no Estádio da Luz,bonus cadastroLisboa, e gostoubonus cadastrocomo o Bayern reteve a bola até cansar os adversários. Das arquibancadas, ele percebeu que torcedores mudavambonus cadastrosentimento conforme o tempo passava, ao notar que a bola não era dominada pelo Benfica. Eles trocaram a noção "nós estamos nesse jogo" por "nós nunca estivemos nesse jogo".
– Sempre que o Benfica estava pronto para o desafio, com seus grandes atletas ebonus cadastroincrível ambição, o Bayernbonus cadastroMunique desmoralizava a pressão tocando a bola. E aí a pressão cansava, a pressão parava. E aí o Bayernbonus cadastroMunique só espera, espera, espera e te destrói.
A considerar que o discursobonus cadastroTextor está alinhado com práticasbonus cadastromercados mais maduros, uma pergunta é inevitável,bonus cadastrocerta forma até um clichê: seria o americano um fãbonus cadastroMoneyball?
Essa palavra – que virou títulobonus cadastrolivro e até filme protagonizado por Brad Pitt – remete a Billy Beane, executivo que revolucionou a gestão do Oakland Athletics na décadabonus cadastro1990. A inovação dele foi substituir o palpite pelo usobonus cadastrodados ao contratar jogadoresbonus cadastrobeisebol.
E a resposta é... não. Dados precisam ser levadosbonus cadastroconsideração para tomar decisões ligadas a futebol, segundo o empresário. Mas essa modalidade não deve ser administrada com uma visão puramente científica, e sim por meio da combinação entre "ciência e arte".
Sob algumas críticas por causa das opções que fez para o departamentobonus cadastrofutebol, Textor sabe que receberá cobranças da torcida – mais do que qualquer profissional que ele acababonus cadastrocontratar ou que ainda contratará.
– No fim do dia, eu sou a pessoa que fez a promessa aos fãsbonus cadastroque tentaria tudo o que for imaginável para vencer o Flamengo no campeonato. Eu sou a pessoa que será jogada fora se, depoisbonus cadastroalguns anos, nós não competirmos por títulos – diz o empresário ao ge.
Textor explica demissãobonus cadastroEnderson, busca por português e padrão que quer para o Botafogo