É curioso como podemos ser tão parecidos e tão diferentes ao mesmo tempo. Num domingo qualquer, no caso 13slots cassinooutubro, um pequeno batalhãoslots cassinopessoas acorda cedo para dar seu melhor no centroslots cassinoSão Paulo. Bem longe dali, um pelotão ainda maior larga para buscar a melhor performance possível na Maratonaslots cassinoChicago.
Eu era um dos 5792 que madrugou para correr os 15k da New Balance com largada e chegada no Estádio do Pacaembu. Eu também fui um dos que terminaram a corrida e logo depois ficaram vidrados na frente da TV vendo uma queniana fazer história na corrida. Ruth Chepngetich, 30 anos, cometeu a ousadiaslots cassinotentar ser a primeira mulher a completar uma maratonaslots cassinomenosslots cassino2h10min. Pois ela conseguiu, pulverizou o recorde mundial, inacreditáveis 2h09min57.
Vi o mesmo sorriso tímidoslots cassinoRuth no Pacaembu ao encontrar Marilson dos Santos no Pacaembu. Não se tratavaslots cassinosua performance, nem aslots cassinosua mulher Juliana, segunda colocada nos 7,5k da New Balance. O sorriso ali tinha outra razão, Miguelzinho. Era a primeira vez que Marílson corria uma prova ao lado do filho. "Tentei segurar o moleque, mas ele disparou feito louco quando viu a chegada...", contou o bicampeão da Maratonaslots cassinoNova York.
A queixa alegada mal disfarçava o orgulho dos pais. Miguelzinho, aos 13 anos, já estava correndo abaixoslots cassino5 minutos por km. Ju, campeã pan-americana nos 10 000 m, e Marílson fazem o possível para não botar pressão no filho, o incentivam a praticar todos os esportesslots cassinomaneira lúdica. Só que eu vi a mecânicaslots cassinocorrida do moleque, o DNA é danado, vai ser difícil segurar Miguelzinho por muito tempo... Vi outros sorrisos pelo Pacaembu. Muitos amigos, caso do companheiroslots cassinooutras provas Edu Elias satisfeito com a 1h14min no percurso acidentado dos 15k que pegava Minhocão e circulava pelo centro da cidade antesslots cassinovoltar ao Pacaembu. Aliás, prova bem organizada, com farta hidratação, passando pelo centro históricoslots cassinoSão Paulo, ótimo programa.
Cruzei com amigos jornalistas como o maratonista gaúcho Diori Vasconcelos, com o juiz corredor Guilherme Madeira, com treinadores, com leitores dos meus livros, um bocadoslots cassinogente. Em comum, entre todos, a alegria. Alegria por estar simplesmente acordando cedo, cuidando da saúde. Alegria por estar performando bem, se divertindo encontrando amigos. Já estava quase indo embora quando Adauto Domingues me chamou. Fazia anos que a gente não se via, ótimo encontrar do nada nossos heróis do esporte. Também campeão pan-americano e treinadorslots cassinoMarílson, Adauto precisava sair correndo para comentar a Maratonaslots cassinoChicago pela ESPN. Só deu temposlots cassinoeu perguntar se ele achava que podia dar recordeslots cassinoChicago. Adauto disse que achava bem difícil pela turma que iria largar. Minha pergunta sobre o feminino ficou só na vontade.
O próprio Adauto responderia depois na transmissão. Não, não era um recorde provável, parecia até impossível depois que Ruth colouslots cassinodois pacers e imprimiu um ritmo que poucos atletas homens profissionais conseguem sustentar. Para se ter ideia, não tivemos representante brasileiro na Maratona Olímpicaslots cassinoParis porque nenhum homem alcançou o índice de... 2h10min. Ruth conseguiu, arrancando emoçõesslots cassinoquem não é queniano,slots cassinoquem não a conhece.
Quem acorda cedo para treinar, quem treina forte para melhorar suas marcas pessoais, quem tem frio na barriga numa largada qualquerslots cassinoprova temendo se será capazslots cassinosustentar o ritmo sabe o que Ruth sente. A corrida tem esse poderslots cassinonos aproximarslots cassinoídolos como Marílson, Ju, Adauto e Ruth. Não somos iguais, mas nos sentimos como se fôssemos. A corrida aproxima o Pacaembuslots cassinoChicago, nos faz torcer pelos Migueizinhos que ainda nem conhecemos.