Nascido para o Gre-Nal, Roger Machado conquistou muito mais do que uma vitória

Uns trinta anos atrás, a felicidadecurso apostas desportivasRoger Machado significava, diretamente ou por tabela, a tristeza dos colorados. Aquela trajetória construída no Grêmio sempre foi o maior empecilho para a chegada do técnico ao Inter --curso apostas desportivasalgum momento,curso apostas desportivasaceitação ficaria por um fio devido ao vínculo construído com o outro lado da força neste épico rio-grandense, meio Star Wars, meio O Tempo e o Vento, com Amigo Punkcurso apostas desportivastrilha sonora, que é a rivalidade Gre-Nal.

No sábado, o técnico porto-alegrensecurso apostas desportivas49 anos rompeu a última fronteiracurso apostas desportivasaprovação entre os colorados mais exigentes --curso apostas desportivasBagé a Saturno. Ao vencer o primeiro clássico pelo lado vermelho desse estado, a controvertida e distante Galáxiacurso apostas desportivasSão Pedro, vizinha da Cisplatina Láctea, mostrou duas coisas: a solidez do seu trabalho no comando do Inter e o fatocurso apostas desportivasque é um homem que nasceu para o Gre-Nal, o que deveria ser um título concedido pela assembleia gaúcha (ou pela ONU).

Outros obstáculos estavam no seu caminho: enfrentar um Gre-Nal como favorito, no Beira-Rio, defendendo nove jogoscurso apostas desportivasinvencibilidade. Era praticamente uma receita bastante detalhada para cozinhar a desgraça. Além disso, o Grêmio começou melhor do que o Inter, com Renato Portaluppi marotamente quebrando a saídacurso apostas desportivasbola colorada. O medo manda avançar, é o que sempre diz quem enfrentou situações cabulosas. E foram dez minutoscurso apostas desportivasque os colorados mais afoitos (e, obviamente, rancorosos das insones noites noventistas) se puseramcurso apostas desportivasorelhacurso apostas desportivaspé, com o "Eu sabia!" pronto para estalar detrás da língua. 

Mas depois daqueles dez minutos houve outros noventa. E neste outro vasto recorte do jogo o Inter teve um domínio praticamente absoluto. Não foi aquilo que a linguagem científica muitas vezes já definiu como "vareio", mas bem poderia ter acabadocurso apostas desportivasgoleada se não fosse a presençacurso apostas desportivasMarchesín, que provavelmente fezcurso apostas desportivasmelhor atuação desde que assumiu a meta tricolor.

A superioridade colorada teve influência diretacurso apostas desportivasRoger Machado. Primeiro porque a equipe conseguiu superar o bloqueio tricolor buscando os lados do campo, especialmente com Wesley, um dos melhores da partida, mas sobretudo pelas modificações na segunda etapa, com Fernando e Tabata praticamente anulando a investida gremista com Monsalve e Soteldo. O Inter estava solto e faceiro, como se o gramado fosse Pampa, a pontocurso apostas desportivasRafael Borré fazer as vezescurso apostas desportivasum certo Capitão Rodrigo colombiano -- no lugar da espada, o espíritocurso apostas desportivasRentería: uma mão segurando a perna para evocar o Saci, e assim poder terminarcurso apostas desportivasriscar a pernita do R.

Roger Machado conhece desde criança cada centímetro do ardiloso latifúndio que é a rivalidade Gre-Nal. Sabe que vencer um simples clássico pode pavimentar os caminhos, consolidar campanhas, trazercurso apostas desportivasvolta o horáriocurso apostas desportivasverão, preservar casamentos e até mesmo fundar dinastias. E, pelo que o jogo mostrou, trabalhou com tudo issocurso apostas desportivasmente, cuidandocurso apostas desportivascada pedaço habitado do campo. Sempre austerocurso apostas desportivasfrente às câmeras, na coletiva respondeu que o grupo "abraçoucurso apostas desportivaspropostacurso apostas desportivastrabalho". No fundo, ele sabe que foi muito mais do que isso: na noitecurso apostas desportivassábado, a felicidadecurso apostas desportivasRoger Machado finalmente encontrou a felicidadecurso apostas desportivastodos os colorados.