A liga mais rica do mundo está enfrentando uma imensa ondacrazy time online casinoprotestos realizada por torcedorescrazy time online casinodiversos clubes contra o que vem sendo chamadocrazy time online casino“exploração da lealdade” (#StopExploitingLoyalty). A queixa generalizada é sobre o aumento do custo para ser um torcedorcrazy time online casinoestádio na Premier League.
A atual temporada da liga inglesa registrou um aumentocrazy time online casino7% no valor do “season ticket”, o tradicional pacotecrazy time online casinoingressos para toda a temporada - considerando os reajustes praticados pelos 20 clubes da elite. Na maioria dos casos, a modalidade mais barata do “season ticket” para um adulto fica entre £500 e £600 por ano.
Acontece que hoje os “season tickets” já não são ofertadoscrazy time online casinomuitos estádios. Nos clubescrazy time online casinoelite, filascrazy time online casinoesperacrazy time online casinomaiscrazy time online casino20 mil torcedores se formam na expectativa da aberturacrazy time online casinonovas vagas (ou da mortecrazy time online casinoalgum antigo detentor do plano…).
Se aproveitando dessa demanda, muitos clubes lançaram nos últimos anos uma nova modalidadecrazy time online casinoadesão anual, os chamados “memberships”. Trata-secrazy time online casinoum modelo mais parecido com o tipocrazy time online casino“sócio-torcedor” brasileiro, onde a filiação mensal ou anual garante prioridade e (leves) descontos na aquisiçãocrazy time online casinoingressos para cada partida.
Ingressos esses que estão ainda mais caros e restritivos. Com políticas rígidascrazy time online casinosetorização, preços flutuantes e aproveitando a alta procuracrazy time online casinoum público “turista” disposto a pagar fortunas por um ingresso (o único na vida), anda cada vez mais difícil para um torcedor inglês manter alguma frequência no estádio do seu clubecrazy time online casinocoração - especialmente os mais jovens. Como a faixa teoricamente mais acessívelcrazy time online casinoingressos (de ao menos £50) se esgota rapidamente, resta ao torcedor encarar valores abusivos na faixa das £90.
Em novembro passado, diretores da Premier League receberam a Football Supporters Association (FSA) - a organização nacional que reúne coletivoscrazy time online casinotorcedorescrazy time online casinocentenascrazy time online casinoclubes - para discutir, dentre outras questões, os preços das entradas.
A reunião foi o resultado dos muitos protestos realizados a partircrazy time online casinooutubro, quando a campanha #StopExploitingLoyalty foi lançada. Há algum tempo, torcedores demandam da liga uma regulamentação mais clara sobre os limitescrazy time online casinovalores a serem cobrados dos "torcedores leais", aqueles que possuem base local e frequentam (ou tentam) a maioria dos jogos ao longo do ano.
Recentemente, a FSA conquistou a imposiçãocrazy time online casinoum teto para os visitantes, no valorcrazy time online casino£30, que vem sendo cumprido à risca. Mas ainda há grande insatisfação quanto à faltacrazy time online casinoparâmetros para definiçãocrazy time online casinovalores justos para os "matchgoers" (os "que vão para jogo",crazy time online casinotradução improvisada).
Na reuniãocrazy time online casinoquestão, a liga apontou que cercacrazy time online casino75% do público da competição é formado pelos season tickets, advogando a favor das políticascrazy time online casinorestrição a essa antiga modalidade. Também argumentou que, apesar do encarecimento recente, o "custo-jogo"crazy time online casinoum detentorcrazy time online casinoseason ticket -crazy time online casino£32crazy time online casino2017/18, para atuais £38 - teve crescimento abaixo da inflação.
Entretanto, a mesma Premier League alegou que tem dificuldadescrazy time online casinocalcular o encarecimento dos ingressos avulsos, seja pela grande variedadecrazy time online casinopreços decorrente das muitas modalidadescrazy time online casino“membership” nos diferentes estádios, seja pela baixa colaboração dos clubescrazy time online casinooferecer dados precisos sobre a ocupação dos variados setores dos estádios.
Na virada do ano e no embalo da campanha #StopExploitingLoyalt, a FSA lançou uma longa e dura nota questionando os números apresentados pela Premier League, alémcrazy time online casinopontuar outras formascrazy time online casinoexploração. Uma delas é a o descumprimento (ou burla) da Regra R8 da Premier League, que define que descontos devem ser dados nos ingressos para idosos, crianças e jovens adultos.
Por ter o mesmo texto vagocrazy time online casino25 anos atrás, essa norma não estabelece padrões claros, o que tem feito muitos clubes reduzirem a carga destinada a esse público ou mesmo deixadocrazy time online casinocomercializar ingressos com os devidos descontos. Em muitos casos registrados pela FSA, crianças estão pagando o mesmo valorcrazy time online casinoingresso que adultos - o que nitidamente gera um desestímulo à ida ao estádiocrazy time online casinofamília.
A FSA questionou, na mesma nota, a razão para a Premier League nunca mais ter atualizado o seu estudo demográfico do público dos estádios ingleses. Na temporada 2012/13, última vez que o assunto foi abordado, identificou-se que a idade média eracrazy time online casino41 anos.
Não apenas as crianças já estavam deixandocrazy time online casinoser levadas ao estádio naquele contexto, como os jovens adultos se viam incapacitadoscrazy time online casinoarcar com os custoscrazy time online casinotorcer. Dez anos depois daquela pesquisa, sem apresentar grandes detalhes, a Premier League lançou uma nota apontando que 43% do público dos estádios tinha entre 18 e 34 anos - algo largamente contestado, seja pelo recorte utilizado, seja pela discrepância com os dados anteriores, que não apresentou mudanças consideráveis na políticacrazy time online casinopreços.
Esse é um ponto sensível na discussão sobre o futuro do futebol inglês. Afetada pelo absoluto sucesso global da Premier League - única grande liga europeia a conseguir aumentar o valor dos seus direitoscrazy time online casinotransmissão na última temporada -, a sociedade inglesa como um todo vem questionando o que será dos seus estádios, um elemento cultural e histórico central na vida urbana local.
Embora os estádios sigam lotados - e não se saiba exatamente por quem -, há o forte temorcrazy time online casinoque as futuras gerações não estarão mais conectadas a essa secular cultura do torcer. Essas mudanças já são visíveis e sensíveis, uma vez que os estádios ingleses são alvoscrazy time online casinoconstantes piadascrazy time online casinotorcedores visitantescrazy time online casinooutros países pela faltacrazy time online casino"atmosfera" nos jogos.
Mais do que uma questãocrazy time online casinoclasse, como ocorre no Brasil, a imposiçãocrazy time online casinoum alto custo para o "torcedor leal" na Inglaterra também tem gerado uma fissura geracional. Ainda que seja difícilcrazy time online casinomensurar esse problema - afinal, como se levanta dadoscrazy time online casinoquem não vai mais ao estádio? - a percepçãocrazy time online casinoque as torcidas inglesas estão se esvaziandocrazy time online casino"localidade" é cada vez mais profunda e generalizada.
E fica a outra parte da pergunta: até quando o futebol no estádio vai ser um grande atrativo para turistas estrangeiros, especialmente quando eles estiverem esvaziadoscrazy time online casinovez das "comunidades originais" dos clubes? É o desafio da liga mais rica e cobiçada do planeta. Ao menos os torcedores estão buscando reverter esse problema.