Paulinho diz que saída salvou o Vasco, revela time do coração e se entrega ao Atlético-MG

Atacante reencontra São Januário pela primeira vez: "Fui praticamente obrigado a sair. Foi muito difícil". Ao Abre Aspas, camisa 10 falacasino online españaintolerância religiosa, alegria no Galo e posicionamento político

Por André Ribas, Laura Rezende, Maria Cláudia Bonutti e Pedro Spinelli — Belo Horizonte


Abre Aspas: Paulinho revê trajetória e fala do momento no Atlético-MG

Com guias do Candomblé no pescoço, conduzido por seus Orixás, Oxóssi e Yemanjá, Paulinho tem um "script" diferente do tradicional jogador do futebol: procura se inteirar do mundo, política e não tem medocasino online españase posicionar. O atacante do Atlético-MG retornou ao Brasil no ano passado depoiscasino online españaser vendido pelo Vasco ao Bayer Leverkusen ainda muito jovem. Passou por momentos difíceis na Alemanha, se apegou acasino online españafamília, raízes, religião e ferramentascasino online españacura.

"Meu pai costuma dizer que o samba cura."

Logo no primeiro ano do futebol brasileiro, foi artilheiro do Brasileirão com 20 gols marcadoscasino online españa2023. Agora, na vésperacasino online españaduas semifinais pelo Galo, o camisa 10 falou do reencontro com o prazercasino online españajogar futebol.

"Eu sou um cara muito feliz e realizado hoje no Galo,casino online españaestar vivendo esses momentos".

Convivendo com uma lesão no osso da canela da perna direita, o atacante vem jogando com dores. Não entracasino online españadetalhes sobre a lesão, o tratamento e a recuperação. Os jogos estão sendo selecionados a dedo para que Paulinho estejacasino online españacampo.

— Não posso falar muito o que é. Eu estou fazendocasino online españatudo para estar apto para os jogos, principalmente para os mais importantes, porque eu quero fazer parte desse momento e ajudarcasino online españaalguma forma o Galo a conquistar os objetivos que buscamos.

Paulinhocasino online españaentrevista ao Abre Aspas do ge — Foto: Reprodução/ ge

Sem fugircasino online españanenhuma pergunta ou tema, falou sobre a identificação que criou com o clube, a saída do Vasco, título com a seleção olímpica. O camisa 10 ainda comentou intolerância religiosa, visão política do Brasil e do mundo. Questionado como lida com a intolerância religiosa, declarou:

— Minha família e eu seguimos muito os nossos princípios, nossa ideologia, temos a nossa maneiracasino online españapensar na questão política. Não é querendo puxar para o fanatismo, é querendo visar mais o que o nosso país precisacasino online españaacordo com o nosso olhar - Paulinho sobre posicionamento político.

"É algo que não tem mais cabimento no mundocasino online españahoje, que eu tentocasino online españaalguma forma usar a minha voz para poder lutar e combater esse preconceito com base nas informações, na trocacasino online españaconhecimentos. A gente sabe que é difícil ainda, não só nas redes sociais, mas nos estádios também dá para escutar muitos gritos assim contra mim, até mesmo da torcida do Galo".

Paulinho comemora gol do Atlético-MG diante do Vasco — Foto: Pedro Souza / Atlético

casino online españa Reencontro com o Vasco

Paulinho subiu para o profissional do Vasco ainda com 16 anos. No dia seguinte que completou 18 anos, estava embarcando para a Alemanha para defender o Bayer Leverkusen. Ao relembrar a trajetória, o atacante diz que não estava preparado emocionalmente para sair do Vasco.

— Eu não estava pronto ainda pra sair. (...) Emocionalmente, eu não estava preparado, ainda mais para um país com uma cultura totalmente diferente do que é o nosso país — declarou o jogador.

"Na época, o Vasco precisava muito da minha venda. Se for parar para pensar, era uma das únicas salvações que tinha na época financeiramente para o clube, e eu fui praticamente obrigado a sair. Foi muito difícil".

Vasco x Ponte Preta São Januário Paulinho gol — Foto: André Durão/GloboEsporte.com

No jogocasino online españaida, na Arena MRV, Paulinho marcou o gol da vitória do Galocasino online españacima do Vasco. O time mineiro venceu por 2 a 1. Neste sábado, pela primeira vez, o camisa 10 vai voltar à São Januário, estádio do Vasco, time que o formou.

"Vai ser um jogo com um mistocasino online españaemoções quando eu pisarcasino online españaSão Januário, porque vai ser a primeira vez que eu vou pisar lá jogando contra o Vasco. Como eu falei, a gratidão é imensa pelo clube que me formou como atleta e como homem, mas, hoje, eu sei muito bem a camisa que eu estou vestindo, a camisa enorme que represento, que é a do Galo."

Abre Aspas: Paulinho diz esperar ambiente hostilcasino online españasemifinal da Copa do Brasil

casino online españa Ficha técnica

  • Nome completo: Paulo Henrique Sampaio Filho
  • Nascimento: 15casino online españajulhocasino online españa2000, no Riocasino online españaJaneiro, RJ
  • Carreira: Vasco, Bayer Leverkusen, Atlético-MG, seleção brasileiracasino online españabase, olímpica e seleção principal
  • Títulos: Sul-Americano sub-15 (2015), Sul-Americano sub-17 (2017), Campeonato Carioca sub-20 (2017), Torneiocasino online españaToulon (2019), Olímpiadas (2020), Campeonato Mineiro (2023 e 2024)

casino online españa Abre Aspas: Paulinho

ge: quem é o Paulinho?

— Eu sou um cara muito determinado. Um cara muito consciente do que realmente quer para vida, tanto pessoal, quanto pra carreira profissional. Muito sonhador, batalhador, guerreiro, família. Muito festeiro também, gosto muitocasino online españacurtir, pelo menos a minha juventude. Sou um cara muito feliz, realizado. Quero realizar muito mais, mas até aqui, até meus 24 anos, sou muito feliz e realizado por ser um jogadorcasino online españafutebol, estar fazendo tudo aquilo que eu imaginei, sonhei, tudo que eu botei como plano A da minha vida.

Como você se apresentaria?

— Nasci no ano 2000, no Riocasino online españaJaneiro. Fui nascido e criado na Vila da Penha, Zona Norte do Riocasino online españaJaneiro, jogando sempre muita bola, acompanhando meu pai no mundo do futebol, no mundo do esporte. Sempre tive uma família que me deu muito suporte, sempre comigocasino online españatodos os momentos, me guiando e me mostrando,casino online españatodos os momentos, todos os caminhos que eu poderia percorrer durante a minha vida, durante a minha carreira.

"Eu comecei muito novo no futebol, subi com 16 anos para o profissional. Tive que amadurecer rápido, porque no futebol, por mais que você chegue no profissional muito novo assim, você é obrigado a amadurecer rápido. Fui mais um desses jogadores, mas eu tive um suporte familiar muito importante, que não é comum todo jogadorcasino online españafutebol ter. Me sinto privilegiado por isso".

Paulinho com a família, irmãos, pai e mãe — Foto: Arquivo Pessoal

Lembranças da infância e do Riocasino online españaJaneiro?

— Primeiro a época que eu frequentava muito os estádios. Eu ia muito ao Maracanã. Quase todo finalcasino online españasemana eu estava no Maracanã com o meu pai, com o meu irmão, com os meus tios. Todo finalcasino online españasemana a gente também fazia um churrasco. Todo domingo meu pai ia jogar bola, a gente ia atrás dele, sempre jogávamos bola. Acho que são as melhores lembranças. Claro que, a partir ali, dos meus 11, 12 anos, eu não tive uma infânciacasino online españauma criança normal, porque começaram as responsabilidades. Tinha que estudar, treinava no campo, treinava futsal à noite.

— Eu não tinha muito tempo para curtir a vida pessoal, mas ao mesmo tempo, eu curtia aquela vida, aquela parte do futebol. A minha família também curtiu bastante junto comigo. Meu pai e a minha mãe sempre gostaram muitocasino online españaacompanhar. E foi isso, apesarcasino online españaperder por um lado, eu ganhei muito por outro. Como eu falei, tive que amadurecer muito rápido, e os meus pais também tinham a responsabilidadecasino online españatrabalhar, botar comida na mesa, ter as responsabilidades normaiscasino online españapai e mãe.

Como écasino online españarelação com seu irmão? É verdade que você quase foi registrado com o nomecasino online españaEdmundo?

— Meu irmão sempre foi meu fiel amigo, escudeiro, um cara que sempre esteve do meu lado. Eu tenho três irmãos, mas o Romário foi criado mesmo comigo. Apesarcasino online españaeu ter sido muito criado com a minha irmã também, ela cuidou da gente, desde muito nova. Com o meu irmão foi o que eu tive mais tempo, porque minha irmã casou cedo, teve filho muito cedo e teve que saircasino online españacasa. Meu irmão sempre foi meu companheiro ali,casino online españajogar bola,casino online españaacompanhar futebol,casino online españaassistir aos jogos,casino online españaconversar, e é até hoje. Hoje, a gente encontrou caminhos diferentes para trabalharmos juntos.

Paulinho com irmão, Romário, que é fotográfo — Foto: Divulgação/Arquivo Pessoal

— Com relação ao nome, meu pai sempre foi muito fã do Romário. Na época, o Romário era jogador do Flamengo. Independente disso, meu pai sempre foi muito fã dele, desde a época do Vasco, quando ele surgiu. Teve a ideiacasino online españacolocar o nome do meu irmãocasino online españaRomário, e a minha mãe ficou muito bolada com isso. E como o Edmundo era muito ídolo do Vasco, minha mãe sempre foi muito fã dele e torcedora fanática do Vasco. Ela queria botar meu nomecasino online españaEdmundo. Meu pai, como tricolor, não deixou e acabou botando o próprio nome dele. Então hoje, meu nome é Paulo Henrique Sampaio Filho, e o do meu pai é Paulo Henrique Sampaio. Foi mais um motivo para deixar minha mãe chateada, mas que, depois, teve que acostumar. Hoje são todos felizes com o meu nome.

Quem eram seus ídolos na infância? E as suas referências?

"Eu sempre fui Tricolor, sempre fui Fluminense. Da minha família só nós três éramos, a parte da família da minha mãe toda era Vascaína. Até meu irmão mais velho, que é o filho mais velho do meu pai, é Vascaíno. Meu pai sempre estimulou a gente a ir para o estádio, a acompanhar o futebol, desde muito novo. Para você ter noção, uma das primeiras vezes que eu fui no Maracanã foi quando o Edmundo foi jogar no Fluminense, e acabou fazendo, mais uma vez, duplacasino online españaataque com o Romário. O meu pai sempre lembra disso".

— Depois disso, íamoscasino online españaquase todos os jogos. Na Libertadores, todo mundo já sabe, já falei aqui, nacasino online españa2008, eu fuicasino online españaquase todos os jogos no Maracanã, estava na final. Foi quando literalmente meu sonhocasino online españaser jogadorcasino online españafutebol despertou, porque eu chegava no Maracanã e olhava aquela festa, todo aquele evento, aquela dimensão toda. Meus olhos brilhavam e eu me via como os jogadores ali, a torcida cantando o nome dos jogadores.

Abre Aspas: Paulinho relembra ida pra Alemanha e ressalta apoio familiar

Você falou sobre esse sonho que despertou indo ao Maracanã. Como foi pra você se tornar profissionalcasino online españaSão Januário, jogando pelo Vasco?

— Primeiro, quando eu fui pro Vasco, minha história começou bem antescasino online españaeu ir jogar lá. Como eu falei, minha família era toda vascaína, e o meu irmão, por mais que ele é Tricolor, a primeira festacasino online españaaniversário dele minha mãe fez toda do Vasco. Quando eu comecei, no arredor da Vila da Penha, quando eu e o meu irmão jogávamos bola, meu pai era muito conhecido na região. O pessoal falava muito pra ele: "Pô, seus filhos jogam bem". Não só eu, mas meu irmão também, ele também tentou ser jogador e sempre jogou muito bem. O diretor da base, da Seleção Brasileira, e diretor da base do Vasco, era o Humberto Rocha, que hoje é falecido. Ele foi professor do meu pai e cortava cabelo com ele na época. Falaram para ele que a gente jogava bem, que eu jogava bem, isso eu devia tercasino online españa7 para 8 anos. Ele falou pro meu pai me levar no Vasco pra fazer um treino no futsal. Eu fui, mas já era final do ano, e como já era final do ano, o time já estava todo formado, tinha muitos jogadores federados.

Paulinho quando criança — Foto: Arquivo Pessoal

— Os outros times pequenos precisavamcasino online españajogador. O Madureira ligou querendo pedir jogador, e como eu tinha ido muito bem nos treinos, o pessoal do Vasco falou "Oh, você vai lá pro Madureira, joga esse finalcasino online españaano e ano que vem você volta". Aí eu fui para o Madureira, fui muito bem, comecei a ser artilheirocasino online españatodos os campeonatos e não queria saircasino online españajeito nenhum do Madureira. O pessoal do Vasco queria muito, o pessoal do Fluminense, Flamengo, do próprio Botafogo queria muito e eu não queria sair, mas o time do Vasco, na minha categoria, era o melhor que tinha. Como o meu pai já via uma projeção muito boa na minha vida, com relação ao futebol, ele já começou a me incentivar e me estimular a pensar um pouco mais sério, um pouco mais com razão, por mais que eu fosse criança na época e tudo ali fosse um divertimento.

"Teve uma época que eu fui chamado para jogar no campo do Vasco. Eu jogava futsal no Madureira e campo no Vasco. Logo depois, eu fui praticamente obrigado a largar o futsal no Madureira e jogar futsal no Vasco. Então, já com 10 anos, ali começou essa minha história com o Vasco, essa minha conexão, e eu fiquei até meus 18 anos, onde eu fui muito feliz. Estudei lá, me formeicasino online españaSão Januário, não só como atleta, mas como homem também. Tenho muito orgulho disso, muita gratidão, o clube que me formou".

Como vai ser um confronto decisivo contra o Vasco pela Copa do Brasil, voltando a jogarcasino online españaSão Januário?

— Vai ser um mistocasino online españaemoções quando eu pisarcasino online españaSão Januário. Será a primeira vez que eu vou pisar lá jogando contra o Vasco. Como eu falei, a gratidão é imensa pelo clube que me formou como atleta e como homem, mas, hoje, eu sei muito bem a camisa que eu estou vestindo, a camisa enorme que eu represento. É um clube que eu tenho uma enorme gratidão. Em um momentos que eu mais precisei da minha vida, o Galo foi essencial, foi muito importante. As pessoas que estavam trabalhando aqui, diretamente, como o Rodrigo Caetano. Ele foi um cara essencial para eu poder recuperar meu prazercasino online españajogar meu futebol,casino online españafazer aquilo que eu mais amava,casino online españaeu ter a confiançacasino online españatodo o staff do Galo pra chegar nos jogos e só desfrutar, me divertir junto com os meus companheiros, buscar realmente um objetivo. Imagina você disputar um Campeonato Brasileiro, Libertadores, Copa do Brasil, ser campeão estadual. É o que todo jogador brasileiro sonha quando tá jogando aqui. Eu sou um cara muito feliz e realizado hoje no Galo.

Vasco Universidad Concepcion Paulinho — Foto: Agência Estado

No ano passado, você enfrentou o Vasco no Maracanã. Como foi para você ser xingado pela torcida do Vasco?

"Na época, eu fiquei um pouco chateado com os xingamentos, com as vaias no Maracanã, mas eu entendo completamente, sei que o torcedor é muito passional, principalmente no Brasil. É muito diferente do pessoalcasino online españafora, da Europa, eu tive a oportunidadecasino online españajogar lá e vi bemcasino online españaperto como é. No Brasil, o torcedor é muito passional e eu também já fui um torcedorcasino online españaarquibancada. Eu sei exatamente como é o sentimentocasino online españavocê ter sido feliz com um jogadorcasino online españauma época e,casino online españaum futuro recente, esse jogador está jogando contra. Eu entendo bem, mas, independente disso, meu carinho nunca vai mudar pelo torcedor vascaíno, pelo clube, por tudo aquilo que a gente criou como conexão".

O que você está esperando para este sábado?

— Eu estou esperando um clima bem hostil. Sei que vai ser um jogo muito difícil, com uma atmosfera que todo jogador quer jogar, mas eu vou estar defendendo as cores do Galo, a gente tem que passar para essa final para buscarmos esse tão sonhado título da Copa do Brasil.

Aos 43 min do 1º tempo - Gol do Atlético-MG! Paulinho cabeceia firme e vira o jogo

O que você lembra dacasino online españaconvivência com o Eurico Miranda? O que mais te marcou no seu período com ele? O que você aprendeu com ele?

— Eu tive a experiênciacasino online españatrabalhar na gestão do Eurico a partircasino online españa2014, quando ele voltou para o Vasco. Era um ambiente completamente diferente do que era antes. Eu cheguei na época da gestão do Roberto. A gestão do Eurico era muito diferente, porque era muito familiar o ambiente lá dentro. Foi uma experiência muito boa, a gestão do Eurico tinha sempre como missão passar para nós atletas a importânciacasino online españavocê saber a história do Vasco.

"Na escola já era muito assim, na base já era muito assim, aquele costumecasino online españasempre fazer o gritocasino online españaguerra do Casacacasino online españatodo jogo, no vestiário sempre cantar as músicas antescasino online españaentrar dentrocasino online españacampo, aquilo ali mexia com o jogador. Você pode pegar aí muitos jogadores que entram no Vasco e muitas vezes saem vascaínos, saem respeitando muito a história do clube. O Eurico é um cara que sempre estimulou muito isso, fazer com que os jogadores respeitassem muito a história e vestissem mesmo a camisacasino online españacorpo e alma pra poder representar o clube".

Dacasino online españaestreia no Vasco até a venda para a Alemanha, tudo foi muito rápido. Como foi acasino online españachegada na Alemanha, adaptação, o que que pesou nesse momento?

"Eu não estava pronto ainda para sair emocionalmente, como, futebol. Não posso me desvalorizar tanto assim também, porque muitos jogadores jovens saem com 18 anos, que é normal, e acabam se adaptandocasino online españaalguma forma lá fora. Mas, emocionalmente, eu não estava preparado ainda para sair, ainda mais para um país com uma cultura totalmente diferente do que é o nosso país. Na época, o Vasco precisava muito da minha venda. Se for parar pra pensar, era uma das únicas salvações que tinha na época. Eu fui praticamente obrigado a sair. Foi muito difícil, porque eu fiz aniversário, fiz 18 anos e logo no dia seguinte eu já estava viajando com a minha família. Então, foi um choque totalcasino online españarealidade. Os primeiros seis meses foram complicados. Depois, me adaptei tranquilamente.

Paulinho, atacante do Bayer Leverkusen — Foto: Reprodução

— Eu sabia muito bem o que eu queria, o que eu estava buscando. Foi difícil mesmo a minha convivência lá com a cultura alemã, no dia a dia, a forma que eles tratavam nós jogadores jovens,casino online españasempre querer usar a hierarquia, botar na frente do futebol dentrocasino online españacampo, algo que é muito diferente aqui do Brasil. No Brasil, é muito cobrado a produção, a performance, independente da idade ecasino online españaqual atleta for. Eu tive um poucocasino online españadificuldadecasino online españaconviver com isso. Eu sempre tive uma personalidade muito forte. Eu sempre quis seguir meu raciocínio e sei que isso dificultou um pouco a minha estadia lá. Mas eu sempre respeitei o pessoal do clube, o staff do clube, são pessoas muito educadas. Só que assim, a cultura mesmo com relação ao futebol não batia. Eu sofri bastante por causa disso. Logo na segunda temporada teve a pandemia, eu machuquei meu joelho, fiquei um ano parado e perdi um ano do meu contrato lá. O importante desse período, antes da minha lesão, foi que, independentecasino online españaeu não estar jogando muito lá, eu sempre estava na Seleção Olímpica, sempre era convocado e meus números eram muito bons lá. Eu era vice-artilheiro, o jogador que tinha mais assistência, estava semprecasino online españatitular, enfim, estava muito cotado para as Olímpiadas. Acabou que as Olimpíadas nem foram no anocasino online españa2020, por causa da pandemia, e isso me ajudou um pouco por causa da minha recuperação.

Paulinho com a mãe, Ana Tavares, o irmão Romário e a tia Flávia Oliveira no fundo — Foto: Arquivo Pessoal

— Eu fiquei um ano parado, voltei no meiocasino online españa2021, e já pronto para as Olímpiadas. Tive o acompanhamento dos médicos daqui, do treinador Jardine, ele era treinador da Seleção Olímpica na época e ele estava acompanhando bastante, porque queria muito contar comigo. O meu foco era só na recuperação para poder voltar e ter a oportunidadecasino online españajogar as Olimpíadas. Era uma vitrine muito grande, apesarcasino online españaeu não estar jogando no Bayer. Consegui ir bem nas Olimpíadas, fomos campeões, e voltei pro Bayer com uma moral diferente, mais maduro, com outra cabeça e recebendo muito mais oportunidades. Foi a temporadacasino online españaque eu mais joguei, 2021, 2022. Mas era quase o fim do meu contrato, acabou que, no final, teve uma briga contratual, onde eu não queria renovar, queria sair e voltar ao Brasil.

— Eu estava pronto para voltar ao Brasil, estava decidido já com a minha família, faltava ver só qual seria o clube. O Galo foi o time que mais esteve disposto a me repatriar e a contar com o meu futebol. Então, quando o Rodrigo Caetano foi atráscasino online españamim, eu não pensei duas vezes antescasino online españaaceitar a proposta que era muito boa. Acabou que a conexão foi muito boa, eu costumo dizer que tem uma questão muito espiritual nisso.

Como foi cuidar dacasino online españasaúde mental quando você estava na Alemanha?

— Eu fui com os meus pais e o meu irmão, que hoje mora aqui comigo também. Se eu não tivesse ido com eles, eu acredito que eu teria voltado há muito tempo, bem no começo mesmo. Porque logo na primeira temporada já tentei sair, quase que eu fui jogarcasino online españaPortugal. A gente estava passando por um momento muito difícil, por causa da cultura, e você tem que tentar achar soluções pra você estarcasino online españabem no dia a dia. Minha família me ajudou muito com isso. Logo depois eu tive a lesão, foi um momento mais difícil, onde a gente estava no meiocasino online españauma pandemia, eu fiquei um ano e meio sem voltar ao Brasil, sem ter férias, e isso foi muito difícil, mas eu tentei focar só na recuperação e isso me ajudou bastante.

— Sei que hoje o jogador tem o acompanhamento da psicologia, e foi algo que eu sofri lá na Alemanha, é algo que falta muito na Europa. Os jogadores que saem daqui, muitas vezes, não saem preparados emocionalmente, assim como eu. Acho que eles poderiam rever um pouco isso, porque ia ajudar bastante os jogadores jovens que saem muito cedo, não só aqui do Brasil, mascasino online españadiversos países da América ecasino online españaoutros continentes também pra Europa.

"Foi muito gratificante ter marcado os dois primeiros gols da Arena MRV", diz Paulinho

Como foi o primeiro contato do Atlético, o que pesoucasino online españafato nacasino online españaescolha e quais foram os outros clubes que te procuraram? Porque não eles, e sim o Galo naquele momento?

— Primeiro, a confiança do Rodrigo Caetano. Um cara que foi essencial na minha vinda para cá, que eu já conhecia o trabalho. O Palmeiras também queria muito na época e o diretor era o Anderson Barros, que me revelou no Vasco. Mas é como eu falei, foi algo espiritual, foi algo muito pensado no momento e eu vi que o Galo era o melhor clube para eu voltar. Muito pelas características também do time. Eu vi a possibilidade da minha entrada no time muito boa, com uma oportunidade muito boacasino online españadar certo. Na época, o Rodrigo Caetano fechou com o Coudet e ele foi um cara que foi essencial. Me ligou antescasino online españaeu vir pra cá, disse que contava comigo, que confiava no meu trabalho.

— Quando eu estava na Europa, ele era treinador do Celtacasino online españaVigo e ele pediu a minha contratação na época. Eu não sabia que ele era treinador, fiquei sabendo quando eu cheguei aqui, porque ele me falou e foi um cara muito importante, que me ajudou muito ano passado aqui no Galo. Foi o cara que me mudoucasino online españaposição, me mostrou que eu podia ser bomcasino online españauma outra posição.

O anocasino online españa2023 foi o melhor ano dacasino online españacarreira?

— Em questão pessoal e individual, foi. O ano que eu tive o melhor númerocasino online españagols,casino online españaassistências e tive minha convocação para a Seleção também. Só faltou mesmo os títulos coletivos, que esse ano, graças a Deus, a gente ainda tá nas disputas, estamoscasino online españatrês competições e muito vivos para conquistar os títulos da Libertadores e da Copa do Brasil. A gente sabe que é muito difícil, mas temos um elenco muito bom pra isso, um treinador muito bom pra isso, um trabalho muito sólido para chegar nessas finais. Eu acho que é a cereja do bolo que falta aqui pro Galo, não só pra mim, mas pros outros jogadores também. Você vê aí o Hulk, o cara com 38 anos, já ganhoucasino online españatudo na carreira, você consegue ver a sede, a fome delecasino online españaconquistar esse título grande.

Você sente um preconceito interno,casino online españajogadores, com acasino online españareligião?

— Aqui no Galo não. Na época do Vasco também não, porque eu estavacasino online españaevolução ainda dentro do Candomblé, não era algo que era muito exposto. Apesar do número ser muito maior para o lado dos cristãos, o pessoal me respeita bastante. Às vezes, conversamos sobre, trocamos conhecimento , não só religião, mas política, várias coisas. Sempre me respeitaram bastante, hoje é até mais difícil alguém cometer um preconceito tão explicito, cara a cara, porque a gente sabe a exposição que isso pode gerar. Muitos seguram, mas aqui dentro do Galo sempre me respeitaram bastante.

— A gente até conversa sobre, os jogadores querem conhecer mais, saber como é. Eles acabam vendo uma pessoa que expõecasino online españaforma muito natural, sem medo, e eles acabam querendo buscar um pouco maiscasino online españaconhecimento, entender um pouco mais sobre, porque tem tanto preconceito. Eu vejo como algo importante, principalmente hojecasino online españadia,casino online españaum mundo tão popularizado, globalizado, que todos os assuntos são muito falados.

As pessoas usam ainda as redes sociais para atacar alguém. Como você lida com isso, com suas redes sociais?

"Eu já sofri bastante, no começo era mais, aparecia mais para mim, porque minhas redes sociais eram mais abertas, hojecasino online españadia é mais limitada, porque eu também não quero ficar alimentando esse tipocasino online españaenergia. É muito mais vindo da parte deles, não me atinge, eu sei bem o que eu sigo, o que me faz bem. É algo que não tem mais cabimento no mundocasino online españahoje, que eu tentocasino online españaalguma forma usar a minha voz para poder lutar e combater esse preconceito com base nas informações, na tocacasino online españaconhecimentos. A gente sabe que é difícil ainda, não só nas redes sociais, mas nos estádios também dá para escutar muitos gritos assim contra mim, até mesmo da torcida do Galo".

Você acha que foi uma quebracasino online españaparadigma ver um jogador da seleção brasileira se posicionando tão abertamente?

— Eu vejo que foi uma quebracasino online españaparadigma pela repercussão que tomou. Eu não esperava a repercussão que tomou, porque para mim, particularmente, não conseguia ver o tantocasino online españapessoas que faziam parte do Candomblé, da Umbanda, e que não tinham coragemcasino online españase expor. Para mim foi um choque na época. Foi algo muito natural, porque dentrocasino online españacasa a gente convive com isso, a gente conversa sobre a nossa religião, é algo muito natural tudo que a gente fala sobre. Eu sabia que a convocação foicasino online españauma quinta feiracasino online españaOxóssi e o primeiro jogo foicasino online españauma quinta feiracasino online españaOxóssi.

— Eu já tinha feito no Mundial sub-17, antescasino online españair para a Alemanha. Eu queria fazer um gol contra eles (Alemanha), porque jogava lá e tudo que eu passava lá ia alimentando aquela coisacasino online españadar uma resposta. Eu queria muito marcar um gol e já estava na minha cabeça comemorar fazendo a flecha, mas não para dar a repercussão que deu. Era algo para mim mesmo, para a minha família. Acabou que o Villani fez aquela narração que deu uma repercussão enorme, que foi algo muito legal, foi muito importante também para mostrar realmente o que era a religião, a imagem que passava, que a gente queria transmitir. Foi algo muito bonito, foi muito legal ver tantas pessoas se sentirem representadas com o meu gesto naquele momento,casino online españauma competição que é mundialmente conhecida.  

Jogadorescasino online españafutebolcasino online españageral são criticados por não se posicionaremcasino online españaassuntoscasino online españainteresse público. As pessoas muitas vezes cobram os jogadores. Você concorda com isso? Você acha que o jogadorcasino online españafutebol vive meio quecasino online españauma bolha?

— O mundo do futebol vive dentrocasino online españauma bolha, mas eu não concordo com as cobranças, porque as pessoas conseguem ver, mas não conviveram com uma carreiracasino online españajogadorcasino online españafutebol. A maioria dos jogadores não tiveram como conciliar estudo com o esporte. A maioria não teve o suporte familiar que, por exemplo, eu tive. Eu falo que sou privilegiado, a maioria não teve esse suporte, muitos tiveram que viajar muito cedo, saircasino online españacasa e conseguir tudo sozinho. Você vê na base do Galo o tantocasino online españajogadores que sãocasino online españafora, do interior, do Nordeste, do Norte, do Sul, que tem que deixar a família para vir para cá. Não dá para cobrar muito desses jogadores terem uma consciência política muito aflorada. Eu sei que tem muitos jornalistas que cobram bastante esse tipocasino online españaposicionamento,casino online españamomentoscasino online españaeleições, ou quando acontece um crime que é muito popularizado, mas eu entendo também a insegurança dos jogadores. É meio complicado, mas eu consigo entender os dois lados, mas eu não concordo com a cobrança.

Abre Aspas: Paulinho falacasino online españarelação com o candomblé ecasino online españaposicionamento político

Nas eleições presidenciaiscasino online españa2022, você foi um dos poucos jogadores a declarar voto nas redes sociais. Independente do candidato, você se arrepende, fariacasino online españanovo?

— Não me arrependo, jamais. Minha família e eu seguimos muito os nossos princípios, nossa ideologia, temos a nossa maneiracasino online españapensar na questão política. Não é querendo puxar para o fanatismo, é querendo visar mais o que o nosso país precisa,casino online españaacordo com o nosso olhar. Hoje tenho o instituto que a gente tenta mexer com a educação do nosso país. Acreditamos que isso pode ajudar na educação das crianças, jovens e adolescentes que buscam ser alguém na vida.

Quanto o Vasco impactou nacasino online españavisão política e visãocasino online españamundo?

— Você pega a história do Vasco, que é uma históriacasino online españamuita luta,casino online españasempre combater todos os tiposcasino online españapreconceito que sempre existem no mundo. O Eurico construiu a escola do Vasco, se não me engano, foicasino online españa2004. Foi um cara que sempre viu a educação como algo importante para a carreira do atleta e ele sempre estimulou a sabermos muito da história do clube. Automaticamente, te põecasino online españacara para te conscientizar politicamente. Uma história absurdacasino online españaluta contra os preconceitos.

Você é um caracasino online españa24 anos e com uma consciência muito à frentecasino online españamuitos colegas e pessoas dacasino online españaidade. A ideia do Instituto partiucasino online españavocê? Como que foi o início?

{Notacasino online españaredação: o Instituto Paulinho é uma organização da sociedade civil, sem fins lucrativos, criado pelo atleta profissionalcasino online españafutebol Paulo Henrique Sampaio Filho, o Paulinho, ecasino online españafamília. O projeto trabalha com as professoras e professores das redes públicas, pretende-se identificar, promover e desenvolver competências que sejam úteis aos estudantes para uma melhor compreensão sobre o trabalho e para a transformação positiva da sociedade.}

— A minha mãe é formadacasino online españaletras, então sempre esteve muito ligada a educação. Sempre foi um sonho nosso devolver algo para o universo, para o futebol, para o esporte, para a educação. Surgiu quando estávamos na Alemanha. Foi quando a gente via o Brasilcasino online españafora, convivemos com uma cultura lá, a vimos era lácasino online españacomparação com a educação no Brasil. Isso despertou na gente impactarcasino online españaalguma forma. Foi quando apareceu o Vitor e o Camilo, que nos apresentaram o projeto do Instituto, casaram muito as ideias. Hoje está dando muito certo e estamos muito felizes e realizados, querendo muito mais, querendo acessar muito mais escolas públicascasino online españatodo o Brasil. Fizemos levantamento e vimos que, maiscasino online españa88% das escolas do Brasil, são públicas. Ou seja, quase toda a educação do nosso país vemcasino online españaensino público. Vimos como uma oportunidade imensa trabalhar diretamente com as escolas públicas. Estamos tentando ao máximo acessar as escolas para poder impactarcasino online españaalguma forma no futuro dos jovens, das crianças do nosso país.

Como é o trabalho do Instituto? Como vocês estão presentes nessas escolas? Como essas escolas são escolhidas?

— Primeirocasino online españatudo começa com a capacitação dos professores,casino online españaolhar o aluno para além do boletim. (“Você foi bom aluno, Paulinho?”) Depende, eu tinha boa educação, mas era muito bagunceiro, as vezes preguiçoso para estudar, o estímulo era diferente na minha época. A gente era muito avaliado só pelo boletim, então, a nota que a gente tirava, era como se a gente fosse aquilo dali. Se eu tirasse trêscasino online españaportuguês, eu era aquilo dalicasino online españaportuguês, é ruimcasino online españaportuguês, e não é assim. A gente tem outras competências, outras qualidades, e é isso que estamos tentando fazer com que os professores consigam analisar e aperfeiçoar essas qualidades dos alunos. Aquele aluno bagunceiro, que fala bastante, ele tem alguma qualidade, na comunicação, ou seja, quando você for apresentar um trabalho, dá para colocar ele, ele pode ser líder. O nosso trabalho começa na capacitação dos professores, mostrar que o trabalho deles tem muito valor. São eles que formam todos nós. Formaram vocês, me formaram, formam todos nós que trabalhamoscasino online españaalguma área da vida.

Como é o Gabriel Milito no dia a dia?

— Gabriel é muito intenso. Um cara muito pulso firme, determinado, sabe o que quer. Desde quando ele chegou, sempre traçou títulos como objetivo, não que os outros treinadores não traçavam, mas ele é um cara muito intenso, foi muito ganhador como jogador. Ele sabe o que a gente realmente precisa para chegar à glória. É um cara que estimula muito, não só os jogadores que estão jogando, mas também os que estãocasino online españafora. Essa energia é o que a gente mais precisava para chegar nas três competições e botar o nosso coração na ponta da chuteira para buscar os nossos objetivos, os nossos sonhos. É um cara que está nos ajudando bastante, não só na parte teórica e tática do futebol, mas também na parte mentalcasino online españacomo a gente encara o futebol.

Na Libertadores do ano passado, você teve um momentocasino online españadesabafo após a eliminação. Dessa vez, na classificação contra o Fluminense, você teve um momento seu dentrocasino online españacampo. Como você lida com tudo isso? Com as cobranças, a pressão. Parece que a Libertadores mexe com você.

— Eu sou um cara muito passionalcasino online españarelação ao futebol. Claro que eu consigo equilibrar bem a razão e a emoção. No futebol, se você não joga com paixão, se não joga com emoção, você não alcança a glória. O Milito tenta passar isso para a gente. Eu sempre fui esse jogador. Sempre tento expressar a minha emoção dentrocasino online españacampo da forma que eu sempre posso. Eu sou um cara que sempre me cobro bastante, independente das cobranças externas, o que mais implica comigo é a minha cobrança interna, porque eu quero muito vencer.

— Eu me tornei jogador porque eu sempre tive esse sonho, não me tornei jogador por causa dos outros, foi pelo meu sonho, pelo meu objetivo. Eu jogo para desfrutar, eu jogo para vencer, eu jogo para terminar uma partida e sair satisfeito, cientecasino online españaque entreguei tudo dentrocasino online españacampo. Quando um dia ou outro as coisas não vão bem, eu me cobro bastante. Sei que posso maneirar um pouco mais nisso. Às vezes, essa cobrança mexe com o nosso psicológicocasino online españadeterminados momentos dentro do jogo. Independente disso, eu nunca fui um jogadorcasino online españacorrer da responsabilidade, das oportunidades que aparecem.

No ano passado, a dupla entre você e Hulk funcionou muito. Neste ano, os números diminuíram. O que você acha que contribuiu para isso?

— No ano passado, o Hulk e eu jogávamos juntos na maior parte do tempo. De certa forma, o time era mais reativo. A gente podia marcar com oito jogadores, ou nove. Quando roubávamos a bola, tínhamos eu e Hulk ali na frente para fazermos a jogadacasino online españagol. A gente estava sempre muito perto e com a responsabilidadecasino online españaresolver as partidas. Esse ano, depois que o Felipão saiu, a estratégia do Milito é diferente, é uma estratégia maiscasino online españapropor o jogo. Ou seja, ele dá protagonismo para todos os outros jogadores aparecerem, não só nós ali na frente, como também os jogadorescasino online españatrás. Os próprios zagueiros hoje têm a responsabilidadecasino online españaconstruir. Você vê que,casino online españagrande parte do tempo, a bola está com os nossos zagueiros, porque hoje eles que constroem. Ano passado não, a gente jogava com o Felipãocasino online españaforma mais reativa. A gente era um time que marcava maiscasino online españalinha média baixa. Quando tínhamos a oportunidadecasino online españaatacar, a gente contra-atacava, quando não dava, a gente tentava construircasino online españaalguma forma.

— Eu e Hulk tínhamos responsabilidade maiorcasino online españaconstruir as situaçõescasino online españafinalização,casino online españaataque. Esse ano deu para distribuir um pouco mais. Você vê os números do Scarpa e os do Arana, que são jogadores que estão sendo essenciais para a gente na temporada. Esse ano tem sido assim. Apesar disso, acredito que os números estão bem divididos e estão dando certo para a gente.

Você marcou o primeiro gol da Arena MRV e comemorou falando que era a casa do Atlético. Você tem uma relação especial com a Arena. Agora o Hulk está ali é o novo artilheiro da Arena. Queriacasino online españaopinião sobre a relação que você tem com o estádio.

— Quando eu vim para o Galo, o Rodrigo Caetano me vendeu muito bem o projeto do clube, da SAF que estava para entrar, do próprio estádio ficando pronto. Ele falou que ia contar muito comigo para isso. É muito importante para um clube grande do Brasil, que não tem próprio estádio, ter acasino online españaprópria casa. É algo muito emocionante para os torcedores, imagino eu, você chamar aquele estádiocasino online españaminha casa. Eu queria fazer partecasino online españaalguma forma deste momento. Para mim foi muito maneiro, muito gratificante marcar os dois primeiros gols da Arena,casino online españaum dia tão especial e histórico para o clube. De alguma forma, eu já estou marcado na história do clube. É claro que eu quero muito mais, eu quero os títulos, mas é muito legal estar marcado dessa forma na história do Galo.

Paulinho ao marcar pelo Galo — Foto: Pedro Souza / Atlético

E o gramado?

— Infelizmente, a gente teve alguns problemas com o gramado, eu não tenho tanto conhecimento para falar disso, a gente só fala daquilo que provamos nos momentos dos jogos, que dificultava bastante o nosso jogo. O Bruno Muzzi já conversou com a gente e passou um feedback. Está sendo muito difícil para eles também passar por isso. Eles estão vendo ainda o que vão fazer. Se vai realmente botar o gramado sintético ano que vem. Acredito que eles vão pensar bem e decidir o que vai ser melhor para o Galo. Tem margem para melhor, sabemos que sim, mas melhorou bastante do que estava.

Por que você decidiu falar sobre a lesão na perna só depoiscasino online españater marcado? Como está sendo lidar com isso?

— No começo do ano, eu tive um choque no treinamento e passou. Eu tive o choque ali e a dor passou. Só que, conforme eu fui jogando, acabou que eu joguei muitos jogoscasino online españasequência, e isso acabou me prejudicando durante a temporada por causa do estresse. Está sendo bem difícil o dia a dia para treinar com os meus companheiros, para ter que selecionar quando tenho que treinar, quando tenho que fazer parte, até para estar apto e ter condiçãocasino online españajogar.

— Conversamos com a comissão técnica. Sei que temos que fazer esse controlecasino online españacarga, ainda mais nesse momento da temporada que estamoscasino online españatrês competições. Não posso falar muito o que é, mas realmente a gente tinha um medocasino online españaficar muito visado, porque o futebol hoje é muito viril, muito perigoso. Tudo pode acontecercasino online españauma partidacasino online españafutebol. Eu estou fazendocasino online españatudo para estar apto para os jogos, principalmente para os jogos mais importantes, porque eu quero fazer parte desse momento e ajudarcasino online españaalguma forma o Galo a conquistar esses objetivos.

Qual acasino online españaexpectativa para enfrentar o River do Gallardo?

— É uma semifinalcasino online españaLibertadores, sabemos da dificuldade que é você jogar essa fase. Vamos pegar mais um time tradicional, assim como nós somos. A gente está disposto a lutar, a batalhar aqui na Arena e na Argentina, vamos com tudo para poder buscar a classificação para a final. Vamos lutar muito para conquistar.

Você ainda sonhacasino online españajogar um Copa do Mundo? Você ainda tem o sonhocasino online españajogar na Europa?

— Eu já fui mais sonhador com relação a esses objetivos. Hoje eu costumo viver conforme a realidade. Hoje o meu principal objetivo é aqui no Galo, é primeiro conquistar esses títulos. Claro que a seleção brasileira sempre é um sonho, imagina você disputar uma Copa do Mundo representando o seu país, tendo a oportunidadecasino online españaficar marcado na história da Seleçãocasino online españaalguma forma. É algo que eu não fico pensando, eu sei que é pura consequência do que eu faço no clube. Meu foco é todo aqui, é estar bem estabilizado no clube, estar feliz, disputando as competições, fazendo gol, dando assistência, estar ganhandocasino online españaalguma forma com o clube. Claro que, sempre que aparecer a oportunidade, eu vou estar felizcasino online españavestir a camisa da seleção brasileira.

Paulinho na chegada ao Maracanã — Foto: Staff Images / CBF

Você foi criado por mulheres muito fortes. Tem acasino online españamãe,casino online españatia,casino online españairmã. O quanto isso impactou nas suas visões, nas suas relações e nacasino online españaformacasino online españaver o mundo?

— Fui criado por mulheres muito fortes. Não só eu, mas o histórico da minha família écasino online españamulheres muito guerreiras, batalhadoras,casino online españapersonalidade muito forte,casino online españamuita imposição. A minha mãe foi criada por uma mulher muito batalhadora, que é a minha bisavó, que já é falecida, a minha avó, mãe da minha mãe. São mulheres que representam muito na minha vida, que estão sempre do meu lado, estão sempre segurando a minha mão nos momentos mais difíceis, nos momentoscasino online españafelicidade. É para onde eu corro quando eu precisocasino online españaum papo,casino online españauma ideia, não só minha mãe, mas como minha irmã, minha tia também. Sempre que eu precisocasino online españauma ideia,casino online españaum papo mais elaborado eu vou sempre recorrer a minha tia, a minha mãe e a minha irmã também, a minha avó também está sempre presente na minha vida. São pessoas que representam muito na minha vida. Tenho uma enorme gratidão pela energia, pela conexão, por todo o suporte que sempre me deram.

Fora do futebol você gostacasino online españafalar sobre o que?

— Em casa, eu converso muito sobre política, sobre a vida, sobre a convivência do cotidiano. Eu gosto muitocasino online españacurtir a vida também. Eu gosto muito (pagode). Eu sempre fui muito estimulado, muito criado dentro desse ambiente da boemia, do samba, meu pai foi músico, ele tentou ser jogador, não conseguiu, foi músico, conseguiu, trabalhou por muitos anos e sempre estimulou muito a nós da família a estarmos nesses ambientescasino online españafutebol,casino online españapagode,casino online españasamba, da boemia.

Qual seu samba favorito?

— São tantos que eu não tenho um favorito. Um samba que tem uma letra muito bonita, que representa muito é a música do Almir Guineto, Conselho. É um samba que está muito vivo na minha vida pela letra. Meu pai costuma dizer que o samba cura.

"Deixecasino online españalado esse baixo astral
Erga a cabeça enfrente o mal
Que agindo assim será vital
para o seu coração
é quecasino online españacada experiência
Se aprende uma lição
Eu já sofri por amar assim"