Óculos tridimensionais e um controle remoto são suficientes para levar qualquer pessoa a uma imersãovaidebet localizaçãoum campovaidebet localizaçãofutebolvaidebet localizaçãotamanho real, com arquibancadas lotadas, e fazê-la se sentir como um verdadeiro jogador profissional.

A experiência contada desta maneira pode parecer vindavaidebet localizaçãoum simples jogovaidebet localizaçãovideogame, mas vai além da diversão e tem se tornado grande aliadavaidebet localizaçãoatletasvaidebet localizaçãoalto nível, com resultados expressivos, chamando cada vez mais atenção dos clubes no Brasil.

A realidade virtual vem ganhando espaço nos treinamentos, com o principal objetivovaidebet localizaçãoaperfeiçoar a capacidade cognitiva dos atletas. O ge visitou uma academia que oferece esse tipovaidebet localizaçãoserviço para atletas profissionaisvaidebet localizaçãoSão Paulo e vivenciou detalhes da tecnologia.

A semelhança com a realidade impressiona.

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– Sabemos que o corpo a gente melhora fazendo exercícios, com atividades preventivas. O cérebro também tem uma demanda cognitiva muito grande, então há vários estudos que mostram que esse trabalho cognitivo (com a realidade virtual) tem eficácia durante uma partida – afirmou Vinicius Nevado, treinador e gestor da Consagres Performance, empresa especializada nesse serviço.

– O que diferencia um jogador comumvaidebet localizaçãoum alto nível? Além do ótimo condicionamento físico e o domvaidebet localizaçãotomar decisão ou drible, é o quanto melhor ele monitora uma partida, o quanto ele consegue tomar essa decisãovaidebet localizaçãomarcação – acrescentou.

O sistema não é grande novidade no mercado, mas ainda não está consolidado no futebol brasileiro. Em 2022, por exemplo, o Flamengo deu um passo importante para essa expansão e implementou um equipamentovaidebet localizaçãoseu centrovaidebet localizaçãotreinamento na buscavaidebet localizaçãoauxiliar na recuperaçãovaidebet localizaçãoatletas prestes a retornaremvaidebet localizaçãolesão. Em 2021, o Grêmio fechou uma parceria para as categoriasvaidebet localizaçãobase.

Com poucos clubes adeptos a essa tecnologia até o momento, jogadores têm procurado o serviço por conta própria – querem aprimorar movimentos que avaliam não estarem adequados. No finalvaidebet localizaçãofevereiro, Gabriel Menino, do Palmeiras, publicouvaidebet localizaçãosuas redes sociais um desses treinos.

Os companheirosvaidebet localizaçãotime Endrick e Luis Guilherme seguiram os passos do meia e também iniciaram o trabalho.

– Os óculos trabalham várias capacidades cognitivas, o primeiro é a atenção. Você sempre está atento ao que está acontecendo. O primeiro passo é você estar olhando o jogo inteiro. Outro nível é o controlevaidebet localizaçãocompulsividade. Às vezes eu tenho o companheiro ali, ele está livre, mas a gente vê que o zagueiro está chegando nele. Então tem que ter um controle para tomar outra decisão. Dentro desse jogovaidebet localizaçãorealidade virtual, a gente começa a trabalhar várias partes cognitivas dos atletas: atenção, o controlevaidebet localizaçãoimpulsividade, a visão periféricavaidebet localizaçãolado esquerdo e direito – afirmou Nevado.

– Tem um atleta que trabalhamos aqui que é ponta e a gente notava que nos jogos ele recebia a bola e ficavavaidebet localizaçãocostas para o campovaidebet localizaçãoataque. A gente começou a ver que ele perdia muito tempo monitorando para o lado direito, aí fizemos um ajuste: "Cara, vamos abrir esse corpo, vamos ficar abertos para o campo?". O tempo se tornou menor para tomar uma decisão, dá até para ele receber a bola e irvaidebet localizaçãoprogressão. É um ajuste, um detalhe que faz a diferença – acrescentou.

Na Europa, Ederson, do Manchester City, e Tchouaméni, do Real Madrid, também já apareceram utilizando os óculos.

Para o goleiro, esse tipovaidebet localizaçãotreinamento se tornou vital depoisvaidebet localizaçãoele notar um desafio gerado pelo estilovaidebet localizaçãojogo do City e da seleção brasileira. Por atuarvaidebet localizaçãoequipes dominantes, que passam a maior parte do tempo atacando, o goleiro fica muito tempo sem tocar na bola e corre o riscovaidebet localizaçãoacabar se desligando do jogo, o que pode custar carovaidebet localizaçãoum contra-ataque.

– É difícil alcançar esse patamarvaidebet localizaçãoficar 90 minutos concentrado. Eu acrescentei um trabalho cognitivo que me ajuda a concentrar. Vem me ajudando muito – disse o goleiro.

Para Tchouaméni, a ajuda foi além. No fimvaidebet localização2023, o volante precisou ser improvisado como zagueiro. Sem qualquer intimidade com a função, ele recorreu aos óculos tridimensionais e publicou na rede social que a boa partida na zaga tinha sido possível graças à noção adquirida com a tecnologia.

Em campo, o treinamento virtual parece ter dado resultado: o Real Madrid goleou o Osasuna por 4 a 0, e o técnico Carlo Ancelotti elogiou a atuação do francês na defesa.

A realidade virtual é um complemento daquilo que o jogador faz no dia a dia no centrovaidebet localizaçãotreinamento. Com os óculos no rosto e um controle na mão, o atleta entravaidebet localizaçãoum cenário realista e enxerga todos os movimentos possíveisvaidebet localizaçãouma partidavaidebet localizaçãofutebol. Todas as informações são jogadas para um tablet, e é possível ver replays e analisar quais eram as melhores decisões a serem tomadas.

– O jogo évaidebet localizaçãocimavaidebet localizaçãojogadas e padrõesvaidebet localizaçãomovimentos que acontecem na Liga Inglesa, onde a possevaidebet localizaçãobola é muito importante, as jogadas são rápidas. No finalvaidebet localizaçãocada partida ele mostra um relatório da porcentagemvaidebet localizaçãoquantas decisões certas você tomou. Ele escaneia o tempo que demora para dar um passe. A partir disso a gente consegue transferir para o jogo ou para o treino – comentou Vinicius Nevado.

Os ganhos técnicosvaidebet localizaçãoalguns jogadores têm feito clubes no futebol brasileiro procurarem empresas que trabalham com esse tipovaidebet localizaçãotecnologia para implementarvaidebet localizaçãoseus centrosvaidebet localizaçãotreinamento ainda neste ano.

A reportagem apurou que o Palmeiras é uma dessas equipes que avalia positivamente a inserção dos óculosvaidebet localizaçãorealidade virtual no seu dia a dia.

O Verdão informa que já realizou alguns testes com os óculos tridimensionais, mas entende que ainda não há eficácia comprovada para o aparelho e, por conta disso, não levou adiante a implementaçãovaidebet localizaçãoseus treinos. O clube segue atento à tecnologia.

A reportagem do ge fez um experimento com os óculosvaidebet localizaçãorealidade virtual, e o que mais chamou atenção foi a riquezavaidebet localizaçãodetalhes e como o jogo simula com exatidão os movimentos dentrovaidebet localizaçãocampo (veja no vídeo no início da reportagem).

O repórter Eduardo Rodrigues fez simulações como goleiro, meio-campista e atacante, e conseguiu vivenciar exatamente o que se passavaidebet localizaçãouma partida, principalmente no que diz respeito a velocidade, marcação dos adversários e visão periférica.

Como goleiro, a principal função é treinar a velocidadevaidebet localizaçãoreação ao receber um passe e ser marcado pelos adversários. O posicionamento para receber a bola dentro da grande área também foi fundamental no trabalho.

Como meia, os estímulos são para saber quem está ao seu lado e percebervaidebet localizaçãouma fraçãovaidebet localizaçãosegundos quem é seu companheiro e quem é seu adversário para ter precisão na jogada. De acordo com estudos, um jogador profissional toma decisõesvaidebet localização1,3 segundo.

Já como atacante, o posicionamento foi o que mais impressionou a reportagem. O jogo auxilia um centroavante, por exemplo, a ocupar o seu espaço e estar sempre nas melhores condições para receber uma bola e finalizar.