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Jogadores que tiveram parentes mortos, estádios bombardeados e campeonato parado: o futebol da Palestina paga um preço alto na guerragreenbet comGaza. Em meio a tudo isso, a seleção que representa a nação chegou a Doha, no Catar, para disputar, pela terceira vez emgreenbet comhistória, a Copa da Ásia.
Fontes de referência
Seleção da Palestina chega ao Catar para disputa da Copa da Ásia
A duas semanas da estreia, a equipe treinada pelo tunisiano Makram Daboub não está preocupada com futebol. A rotinagreenbet comtreinamentos é dividida com o noticiário intenso do conflitogreenbet comGaza, impulsionado após a invasão do Hamasgreenbet comIsrael.
– Todos acompanham as notícias antes e depois dos treinos, no ônibus para o hotel há um sentimento constantegreenbet comansiedade e pensamentos sobre suas famílias – diz o treinador,greenbet comentrevista à agência AFP.
"Tivemos problemas físicos, técnicos e táticos devido à suspensão do campeonato e à faltagreenbet comcompetição, sem falar do aspecto mental", completa Daboub.
Os campeonatos da Cisjordânia e da Faixagreenbet comGaza estão suspensos desde 7greenbet comoutubro, quando o ataque do Hamasgreenbet comsolo israelense causou 1.140 mortes, segundo números publicados pelas autoridadesgreenbet comIsrael.
Palestina,greenbet comamistoso com seleção olímpica da Argélia, na preparação para a Copa da Ásia — Foto: Divulgação/PFA
Em retaliação, o exército israelense tem bombardeado a Faixagreenbet comGaza, onde morreram quase 22 mil pessoas, a maioria mulheres, crianças e adolescentes, segundo o último balanço do Ministério da Saúde do governo do Hamas. Os jogadores sofrem a cada dia que a guerra avança.
– Muitos jogadores estão sofrendo, posso citar entre eles Mahmud Wadi e Muhamad Saleh. São profissionais no Egito, mas as suas famílias estãogreenbet comGaza e suas casas foram destruídas. Algunsgreenbet comseus familiares morreram e outros tiveram que fugir para o sul da Faixagreenbet comGaza. Eles vivemgreenbet comcondições difíceis – garante o ex-jogador tunisiano e técnico da Palestina.
Makram Dabub confiagreenbet comuma inédita classificação para o mata-mata. A Palestina está no Grupo C, ao ladogreenbet comIrã, Emirados Árabes e Hong Kong. A estreia é no dia 14, contra os iranianos. A seleção acredita que o torneio pode ser uma oportunidade para dar mais visibilidade à dor da nação.
– Hastear a bandeira palestinagreenbet comfóruns internacionais ougreenbet comcompetições continentais é uma afirmação da identidade palestina e do fatogreenbet comque no solo da Palestina existe um povo que merece liberdade e uma vida melhor – afirma o treinador da seleção.
Seleção da Palestina, na chegada ao Catar, onde Copa da Ásia será disputada — Foto: Divulgação/PFA
Nas redes sociais, a PFA (Federação Palestinagreenbet comFutebol) denuncia abusos do exércitogreenbet comIsrael e diz que ao menos 85 esportistas palestinos, entre elas 55 do futebol, foram mortas no conflito.
– Até agora, maisgreenbet commil pessoas foram assassinadas entre membros das organizações da juventude, do esporte e do escotismo – a lamenta à AFP o presidente da federação, Jibril Rajoub, que também é patrono do Comitê Olímpico Palestino.
A entidade denuncia o uso do mais importante estádio da Faixagreenbet comGaza, Yarmouk, como uma prisão clandestina por Israel.
– A ocupação israelense tem como alvo instalações esportivas e sedes das federações. Vimos imagens horríveis durante a invasão do estádio Yarmouk, na Faixagreenbet comGaza, que foi transformado num centrogreenbet comdetenção,greenbet comabusos e interrogatórios do nosso povo, uma violação flagrante da Carta Olímpica", acrescenta este membro histórico do Fatah, o partido do presidente da Autoridade Palestiniana, Mahmud Abbas.
Jibril Rajoub se refere às imagensgreenbet comum fotógrafo israelense que mostram palestinos, incluindo crianças, despidos no campo do estádiogreenbet comGaza. Segundo os militares israelenses, eles eram suspeitosgreenbet comenvolvimentogreenbet com"atividades terroristas".
– Este estádio, com 9 mil lugares, é um dos mais antigos da Palestina, pois foi construídogreenbet com1938 e foi equipado para atender às exigências internacionais, e o estabelecimento não escapa ao que os territórios palestinos vêm sofrendo – afirma Rajoub.
A Federação Palestinagreenbet comFutebol anunciou que enviou uma carta ao Comitê Olímpico Internacional (COI) e à Federação Internacionalgreenbet comFutebol (Fifa) para "confirmar a destruição da infraestrutura" e exigir "uma investigação internacional urgente sobre os crimesgreenbet comocupação contra os atletas na Palestina".
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