Antespoker bonusmais nada, e depoispoker bonusqualquer número, o Centenario se despediapoker bonusquem levou o espírito varzeano uruguaio, dos potreritos felizes, urgentes e dramáticos, para as mais chamativas vitrines do futebol -- um parpoker bonusdentes frontais e o mate debaixo do braço subjugaram meio mundo. Ele pode até negar, mas quando Maestro Tabarez, à beira do campo, soltava o brado orgulhoso y redentorpoker bonusUruguay nomá! era para Luis Suárez que ele olhava. Era, sobretudo, Luis Suárez que ele imaginava. Porque ninguém foi tão uruguaio dentropoker bonuscampo quanto Luisito. "O único que atravessou o campo para me xingar", disse Diego Lugano, dias atrás.

Depoispoker bonuster defendido Nacional, Liverpool e Barcelona (e no Brasil toda a inveja recai sobre os gremistas, que o viram operar como um furacão já no fim da linha, meio sem joelhos mais ainda centrifugando e saracoteando, vestindo a camisa do seu clube), na segunda-feira, quando anunciou que se aposentaria da seleção uruguaia, Luis Suárez disse que não trocaria a Copa Américapoker bonus2011 por nenhum outro título da carreira. Afinalpoker bonuscontas, o que seria uma Champions League para um camisa 9 nascidopoker bonusSalta, que hoje deve contar uns cem mil habitantes, criado sob o sol uruguayo que extravasa a bandeira e com hierba na mamadeira? (Salta, aliás,poker bonusque nasceu, inclusive no mesmo ano, Edinson Cavani,poker bonusalma gêmea nas demandas ofensivas com a camisa celeste; Eduardo Galeano escreveu até o que esqueceupoker bonusimaginar.)

Quando Suárez fez a defesa uruguaiapoker bonustodos os tempos contra Gana,poker bonus2010, a gente quase não lembra, mas imediatamente antes do lance que gerou o pênalti epoker bonusexpulsão, antespoker bonussaltar com uma desenvoltura que faria Yashin se amontoarpoker bonusvergonha como um rato, ele já havia salvado o gol com a perna esquerda. A Copa do Mundo convertidapoker bonuspotrero: o instinto era simplesmente salvar o gol, assim gritava cada músculo do corpo, e o próximo chute, se acontecesse, talvez fosse interceptado com a sétima costela. Quatro anos depois, na Copa do Mundo no Brasil, voltavapoker bonusrecuperação meteórica após lesão no joelho. E voltava para colocar a Inglaterra no bolso com dois gols redentores e, sobretudo, para mastigar a dura paletapoker bonusGiorgio Chiellini, que serviapoker bonussacrifício italianopoker bonussolo brasileiro -- estava no lugar errado, emperrando os sonhos imaginados entre o Chuí e o Maracanã.

Devido àquele incidente odontológico, talvez até mesmo bucomaxilofacial, Suárez recebeu uma punição pesadíssima. Sepoker bonus1994 Maradona disse que a FIFA lhe cortou as pernas, não está errado afirmar quepoker bonus2014 ela extraiu os caninospoker bonusLuisito. Defender as cores a qualquer custo é um crime que com frequência é imputado aos sul-americanos -- nosso pecado é amar e morder demais. E, percebam, estamos falandopoker bonusum dos maiores atacantespoker bonustodos os tempos, com um nível extremo dentropoker bonuscampo, e os holofotes que ressurgem na memória são eventos desvinculados da habilidadepoker bonussi. Eram reflexos do coração (epoker bonustodos os outros órgãos, menos glamourosos). E isso mostra o tamanhopoker bonusSuárez, no campo e já no imaginário: o jogador que todo torcedor idealmente carrega dentropoker bonussi. O homem para quem Maestro Tabarez gritava Uruguay nomá!.