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A lesãopoker miraVini Jr, por exemplo, foi muscular. As dos colegas Courtois e Éder Militão, rompimentospoker miraligamento cruzado anterior do joelho. O recém-chegado Arda Güler nem conseguiu estrear pelo Real Madrid, após um problema no menisco do joelho direito.

No casopoker miraDe Bruyne, do Manchester City, o problema foi no tendão do músculo posterior da coxa. O meia Pedri, do Barcelona, teve recorrênciapoker miralesão na parte anterior da coxa direita. O meia-atacante Musiala, do Bayernpoker miraMunique, sofreu estiramento na coxa esquerda.

De acordo com levantamento no ge (confira o quadro ao final da matéria), os 15 principais clubes da Europa tinham, até esta quarta-feira, ao menos 42 jogadores no departamento médico por lesões sofridas desde o início da pré-temporada, na primeira semanapoker mirajulho.

A Uefa monitora, desde 2001, essas lesões no mais alto nível da Europa, através do projeto Estudopoker miraLesõespoker miraClubespoker miraElite (ECIS). Consultada pelo ge, a confederação não deu detalhes sobre 2023/24, mas repassou dados dos cinco anos anteriores.

O monitoramento é feito via convite aos 32 clubes que integram a fasepoker miragrupos da Champions League (que começa na semana que vem). Eles que passam os dados. Entre 2018/19 e 2021/22, a média tem sidopoker mira28 participantes. A expectativa é chegar a 30poker mira2023/24.

Nos últimos cinco anos, ocorreram 5.516 lesões. No gráfico abaixo há a quantidadepoker mirajogadores afetados (excetopoker mira2022/23, porque a Uefa ainda não terminou a identificação individual). Vale ressaltar quepoker mira2020/21 houve impacto da pandemiapoker miraCovid.

De acordo com a Uefa, a proporçãopoker miralesõespoker mirajulho e agosto, desde 2018, não sugere que esse período seja pior do que os outros da temporada regular. Porém, normalmente, esses meses são mais marcados por lesõespoker mira"uso excessivo", como problemas nos tendões. Casos mais agudos e traumáticos costumam ocorrer mais adiante.

Especialistas e diferentes vozes do futebol divergem sobre os fatores para o alto númeropoker miralesões neste iníciopoker miratemporada 2023/24. Há quem aponte para a mudançapoker miraexigência física entre o período das férias, passando pela curta pré-temporada e suas turnês pelo mundo, até o ritmo "para valer" quando o calendário oficial começa.

— Há alguma coisa. Os jogos, mais as viagens, mais a Copa do Mundopoker miradezembro, mais os jogospoker miraseleção, é muita coisa. É muito para os jogadores. É uma demanda inacreditável. Quando você vê os próximos 36 meses para esses jogadores, o melhor é não olhar. É incrível o que eles fazem — comentou o técnico Mikel Arteta,poker miraentrevista coletiva.

O Real Madrid, por exemplo, fechou 2022/23 contra o Athletic Bilbao, no dia 4poker mirajunho; se reapresentou no dia 10poker mirajulho; disputou o primeiro amistoso, contra o Milan, no dia 23 daquele mês; e estreou no Campeonato Espanhol no dia 12poker miraagosto, contra o mesmo Athletic.

* Em 2020/21, o início da temporada foi atrasado pela pandemiapoker miraCovid.

Por outro lado, dados do ECIS revelam a predominânciapoker miralesões na parte posterior da coxa, com distensão ou rupturapoker miratendões ou grandes músculos. Esse tipopoker miralesão só cresce, desde 2001.

— Nossos resultados podem ser comparados com outros cenários do futebolpoker miraelite. A proporção das lesões musculares aumentou ao longo dos anos, principalmente da posterior da coxa. Lesões musculares constituem hoje mais da metade das que levam à ausência no futebol profissional — comentou Markus Waldén, cirurgião ortopedista, professor da Universidadepoker miraLinköping, presidente da associaçãopoker miramedicina do futebol na Suécia e integrante do ECIS.

O grupo ligado à Uefa publicoupoker miradezembro passado um estudo específico sobre lesão na parte posterior da coxa, com informaçõespoker miraquase 4 mil jogadores,poker mira54 times,poker mira20 países diferentes, entre 2001/02 e 2021/22. Tal lesão representa hoje 24%poker miratodos os casos.

Entre as explicações para o aumento desse tipopoker miralesão está a exigência física do futebol atual. O jogador realiza mais açõespoker miraalta intensidade e também corre maiores distâncias.

Além disso, há mais viagens e mais jogos do que antigamente, principalmente para os integrantes do topo da "pirâmide da bola", que jogam nos maiores clubes e nas seleções.

Por outro lado, a medicina esportiva evoluiu. Atletas são monitorados nos mínimos detalhes, e os clubes conseguem implementar trabalhospoker miraprevenção. A diminuição da quantidadepoker miraoutros tipospoker miralesão,poker miraespecialpoker miraligamentos, corrobora isso. Mas persistem os problemaspoker miraligamento cruzado anterior do joelho, que levam a meses no DM.

A FIFPRO, o sindicato mundialpoker mirajogadores profissionais, acredita que a faltapoker miradescanso nas férias e a pré-temporada inadequada podem ser razões para o alto númeropoker miralesões na elite do futebol. Porém, não é possível estabelecer uma conclusão com os dados disponíveis.

Relatório deste ano da FIFPRO sobre cargapoker miratrabalho nas principais ligas mostra que o intervalo entre e dentro das temporadas vem diminuindo. Muitos atletas não se incomodampoker mirajogar tanto. Outros não percebem como o desgaste pode se acumular no longo prazo.

— Nosso último relatóriopoker miracargapoker miratrabalho mostra o intenso congestionamento dos jogadorespoker miraelite e aumento notávelpoker miracomparação à geração anterior. Um calendário congestionado que não oferece tempo garantido para descanso e recuperação pode causar desgaste mental e físico aos jogadores — comentou Vincent Gouttebarge, chefe da equipe médica da FIFPRO.

Quando completou 24 anos, Mbappé tinha jogado 26.952 minutos por clubes e seleção adulta. Na mesma idade, Henry tinha 18.026 minutos. Pedri chegou aos 20 anos com maispoker mira12 mil minutos por Barcelona e Espanha, 25% mais do que o Xavi. Vinicius Junior fez 23 anos com minutagem (18.876) três vezes maior do que Ronaldinho Gaúcho.

O presidente da Associação dos Jogadores Profissionais da Inglaterra e do Paíspoker miraGales (PFA), Maheta Molango, alerta para o possível impacto do aumento dos acréscimos nos jogos, como formapoker miracoibir as "ceras"poker miracampo e compensar substituições e lesões.

— Estamos sonâmbulospoker miradireção a um desastre. Está chegando a um estágiopoker miraque não se tratapoker miradizermos a eles para agirem. É que eles próprios querem agir. O aumento das lesões é consequência naturalpoker miraum calendário cada vez mais cheio, que não parece desacelerar. Jogadores sentem que são empurrados ao limite — comentou Molango.

A Liga dos Campeões terá novo formato a partir da próxima temporada (2024/25), e times que disputarem o playoff por vaga no mata-mata podem chegar a um totalpoker mira17 jogos caso avancem até a final. Além disso, a Fifa promoverápoker mira2025 o Mundialpoker miraClubes expandido. Segundo a FIFPRO, um atleta poderá ter aumentopoker miraaté 11% do númeropoker mirapartidas por temporada com essas mudanças.

Outro ponto com pouca investigação até agora é o estresse mental dos jogadores diante da atual qualidadepoker miradescanso. O Estudopoker miraLesõespoker miraClubespoker miraElite não tem dados sobre o tema. Segundo a FIFPRO, 43% dos jogadores consultados na última Copa do Mundo experimentaram aumento ou extrema fadiga mental.