Adotada para os clássicossite jogo de apostaSão Paulo há quase seis anos, a medidasite jogo de apostatorcida única mostra que o poder público assumiusite jogo de apostaineficiênciasite jogo de apostagarantir a segurança dos jogossite jogo de apostafutebol. E, mesmo com apenas uma parcialidade nas arquibancadas, se mostra igualmente incapazsite jogo de apostaassegurar que uma partida entre rivais transcorra com alguma normalidade. São fracassos que geram outros fracassos, como geralmente acontece comas medidassite jogo de apostacaráter unicamente punitivo.

Em artigo publicado tempos atrás no site da revista Placar, o sociólogo Mauricio Murad, que há trinta anos pesquisa o tema da violência no futebol, traz dados que revelam a disparidade das ações que,site jogo de apostavezsite jogo de apostagarantir segurança, consistemsite jogo de apostapassos repetidos para sacrificar o caráter popular do futebol. Mesmo no universo das torcidas organizadas, com frequência protagonistassite jogo de apostadistúrbios, apenas 5% dos integrantes podem ser classificados como violentos. Punir com o fechamentosite jogo de apostaportões, por exemplo, é uma medida que responsabiliza o todo pelo comportamentosite jogo de apostauma parte. A imensa massa geralmente é sacrificada pela açãosite jogo de apostagrupos bastante específicos, que raras vezes respondem por seus atos. Em vezsite jogo de apostase identificar responsáveis, se faz desabar alguma desproporcional punição sobre torcidas inteiras.

A adoção da torcida única é apenas um vernizsite jogo de apostapropaganda na tentativasite jogo de apostadar alguma resposta midiática à sociedade sobre um problema que não é exclusivo do futebol. São raros os casossite jogo de apostaviolência nos estádiossite jogo de apostajogos com duas torcidas presentes e há muitos anos os maiores conflitos, com frequência resultandosite jogo de apostamortes, acontecem quilômetros distantes das praçassite jogo de apostaesportivas. Em 2019, conforme Murad, 96% dos confrontos entre grupos delinquentes aconteceu bem longe dos estádios.

Jamais houve no Brasil alguma iniciativa articuladasite jogo de apostaconscientização e prevenção da violência no ambiente futebolístico. Não há sequer preparação das forçassite jogo de apostasegurança para atuar com as grandes multidões dos estádios. E, quando as políticas públicas inexistem, por faltasite jogo de apostacapacidade ou mesmo opção, é mais fácil apertar o garrote -- ou descer o cassetete. A violência que acontece tendo o futebol como gatilho não está circunscrita ao mundo futebolístico -- é um viés da violência social.

Tampouco esse tiposite jogo de apostaevento é exclusividade do cenário brasileiro, afinalsite jogo de apostacontas não são raros os casossite jogo de apostadistúrbios e violência que acontecemsite jogo de apostapalcos esportivos mundo afora, mesmosite jogo de apostapaíses mais desenvolvidos do que o nosso -- basta lembrar o que aconteceu na final da Eurocopa, para citar apenas um exemplo. Aqui a conveniente saída encontrada é varrer o problema para debaixo do tapete do punitivismo, com medidas desproporcionais que criminalizam a festa na arquibancada e empurram torcidas inteiras para fora dos estádios.