oq é betano O Cityoq é betanoGuardiola temoq é betanoChampions: numa fraçãooq é betanosegundo, o futebol nos ensinou uma lição

Foi o momentooq é betanoque a Interoq é betanoMilão, tratada como azarão, mas dentrooq é betanocampo um adversário que taticamente teve momentosoq é betanosuperioridade, flertava com a sobrevivência no jogo. E os italianos terão argumentos para dizer que mereciam algo mais da partida. Foi também o instanteoq é betanoque todo o estádio, qualquer ser humano que assistia ao jogo, sentiu a respiração travar, o coração parar. No entanto, muito mais do que um momento definidor do jogo, o que se via ali era o campo nos ensinando, uma vez mais, uma lição vital sobre a tendênciaoq é betanoanalisar personagensoq é betanoépoca, destes que mudam a história do futebol, apenas a partiroq é betanotaças.

Não é difícil perceber o quanto é fina a margem entre ganhar e perder uma finaloq é betano90 minutos, jogo único,oq é betanoespecial com sete anosoq é betanoum trabalhooq é betanoexcelência, planejado minuciosamente, jogadosoq é betanouma hora e meia. Todo o investimento, toda o rigoroso e complexo processooq é betanoconstruçãooq é betanoum timeoq é betanofutebol capazoq é betanoencantar semana após semana, tendooq é betanoreputação, ao menos sob o olhar resultadista, jogado numa cabeçada a cinco metros do gol.

É horaoq é betanoprovocar o raciocínio inverso ao que foi feito nas derrotasoq é betanoGuardiolaoq é betanofases agônicasoq é betanoChampions League. O catalão não se tornou um treinador melhor, capazoq é betanoganhar uma Champions sem Messi ou fora do Barcelona, porque Ederson evitou um gol que parecia certo, porque a bolaoq é betanoLukaku encontrou o seu corpo e não foi alguns centímetros para o lado. Assim como Guardiola não era um treinador “ruimoq é betanoChampions” porque Messi, Thomas Müller e Kevinoq é betanoBruyne perderam pênaltis, porque a bola tocou no braçooq é betanoLlorente e entrou, ou porque o Real Madrid, dominado na imensa maioria dos 180 minutos das semifinais do ano passado, encontrou os dois golsoq é betanoRodrygo nos acréscimos do Bernabéu.

Guardiola é o melhor treinador do mundo, o melhor deste século e um dos maiores da história do jogo não por ter vencidooq é betanoterceira Liga dos Campeões, competição que disputou 14 vezes e,oq é betanodez delas, esteve ao menos na semifinal. Mas porque seus times, na Espanha, na Alemanha e na Inglaterra, atraem a atenção do mundo inteiro. Porque,oq é betanobases semanais, passam a sensaçãooq é betanojogar o melhor futebol do planeta.

A final da Turquia não viu o City praticar o melhor futebol do mundo porque a Internazionale não permitiu, porque teve momentosoq é betanosuperioridade, e porque claramente a cobrança incessante pela taça que faltava ao projeto resultou num time tenso. Dificuldades táticas à parte, as individualidades tampouco rendiam.

Claro que a avaliação do jogo é condicionada pela expectativa um tanto irracionaloq é betanoque a Inter seria facilmente batida. O que contraria a lógicaoq é betanochoques assim. Até a pressão final dos italianos após o goloq é betanoRodri, as melhores chances haviam sido do City, embora o time não se aproximasse do que pode.

Inzaghi saioq é betanoIstambul com méritos grandes. A formaoq é betanopressionar a saídaoq é betanobola do City criava imensos problemas. Se os ingleses saíam pela esquerda, Barella pressionava Ake, enquanto Darmian deixava a linhaoq é betanocinco defensores para acompanhar De Bruyne. Çalhanoglu e Brozovic cuidavamoq é betanoGundogan e Rodri e o circuitooq é betanopasses do timeoq é betanoGuardiola ficava prejudicado.

Com bola, os italianos também geravam vantagens, especialmente com os alas. Dimarco, mesmo bem combatido por Darmian, recebia bolasoq é betanoprojeção. Dumfries se posicionava quase como ponta, arrastando a marcação, espaçando o City e facilitando a saídaoq é betanobola da Inter.

Guardiola teve suas cartadas. Entrou com Akanji, e não com Walker, para ter três defensores contra Lautaro e Dzeko. Mas Stones, na funçãooq é betanoquarto meio-campista, não era um segundo volante, mas um meia ofensivo junto a Gundogan e De Bruyne. Era quase um losango, com Rodri por trás deles.

Após 25 minutos difíceis, o City começou a achar as costasoq é betanoDarmian, que saía para marcar De Bruyne. Assim Haaland teve a melhor oportunidade da primeira parte. Aos poucos, o City acumulou mais posse e teve algooq é betanocontrole da bola, mas jamais dos nervos. Mas a perdaoq é betanoDe Bruyne, lesionado, renovava as incertezas sobre um time bem menos preciso do que o habitual.

Havia um ponto, no entanto, que mereceria atenção no primeiro tempo: Stones, soberbo no jogo a pontooq é betanoninguém lembrar que aquele era um zagueirooq é betanoorigem, por vezes abria como ponta direita, permitindo a Bernardo Silva atacar mais pelo centro. Por que isso é importante? Mais adiante saberíamos.

O início da segunda etapa trouxe uma Inter ainda capazoq é betanocriar muitos problemas com seu sistema defensivo. Mas, aos poucos, o jogo parecia mais aberto. Foden, Stones e Gundogan ganhavam com mais frequência as costas dos volantes italianos. O zagueiro, agora meia, fez grande jogada mas hesitouoq é betanofinalizar. Foden, num giro rápido, também se viuoq é betanofrente para Onana, mas falhou no chute.

Até que, aos 22 minutos, Stones virou novamente ponta, atraiu Dimarco e criou o espaço que Bernardo Silva atacou. Akanji, que conduzia a bola, lançou o português, e este encontrou Rodri. Um gol com a cara do City, num jogo que não tinha o enredo pretendido pelo time.

E esta é a grande diferença entre este Manchester City e os times das temporadas anteriores. Talvez porque as derrotas sejam um caminhooq é betanoamadurecimento. Em outros tempos, esta equipe se perdia quando não impunha ao jogo as suas regras, o seu manualoq é betanoinstruções. Em Istambul, perdeu Kevinoq é betanoBruyne, viu seu jogo travado pelo rival mas manteve-se na disputa, capazoq é betanosobreviver defendendo a área nos minutos finais. Ainda assim, não dá para dizer que o fez bem. Lukaku, tecnicamente mal nas definições, levava vantagem no jogo físico e a Inter teve chances mais do que suficientes para mudar o placar.

Não fez o goloq é betanoempate, e o City tem, enfim,oq é betanotaça europeia. Não jogou como o melhor time do mundo na decisão, mas o fez nos últimos quatro meses, ao menos. Encerra a Champions invicto, com 32 gols marcados e cinco sofridos.

Já se falou que ganhar Champions no Barcelona, seu clubeoq é betanotoda a vida, era fácil. Afinal, seu estilo não se adaptariaoq é betanooutro lugar. Quando bateu todos os recordes na Alemanha, o argumento era que dominar o país era obrigação, mas o Bayern jamais voltaria a jogar tão bem. Depois, a questão era quando ganharia a Champions sem Messi. Mais adiante, se o “futeboloq é betanoGuardiola” sobreviveria à Inglaterra, a "uma noite chuvosaoq é betanoStoke". Depois, o domínio da Premier League não bastava mais. Era preciso ganhar a Champions. Talvez agora se fale do dinheiro.