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O ano é 2024. Marcelinho é Marcelo Teixeira Filho, que como o nome indica é herdeiro do presidente santista, e segue firme ao ladoblaze jogo da bombinhaJorge no "Baleião" alvinegro.

Homemblaze jogo da bombinhatrajetória política consolidada, aos 28 anos, e o mais jovem conselheiro do Santos na história, eleito aos 18, carrega consigo a mesma paixão pelo Peixe, mas, agora, também com a responsabilidadeblaze jogo da bombinhaser um dirigenteblaze jogo da bombinhaformação.

Mesmo sem cargo definido, ele acompanha os passos do pai e participablaze jogo da bombinhadecisões no dia a dia do clube, como contratações, notas oficias e outras escolhas importantes. Tudo passa por seu crivo. Estáblaze jogo da bombinhaseu terceiro mandato no Conselho e poderá ser, no futuro, um candidato à presidência.

— A Valéria, minha esposa, brinca que eu sou o presidente sênior, e ele o presidente júnior — disse Marcelo Teixeira, ao ge.

Valéria, bem... Ela teveblaze jogo da bombinhase conformarblaze jogo da bombinha"perder" o marido e o filho para o Santos, pelo menos, pelos próximos três anos. Tempo que pode se estender bastante. Teixeira pai tem direito à reeleição sem nem sequer precisar mexer no estatuto e ainda pode eleger o filho por mais dois mandatos, se, é claro, for esse o desejo da família e, depois, do sócio, ao votar.

Seriam 12 anos da segunda e terceira geraçõesblaze jogo da bombinhaTeixeiras no Peixe. O primeiro foi Milton, avôblaze jogo da bombinhaMarcelinho, presidenteblaze jogo da bombinha1983 a 1987.

— Presidir o Santos é uma construção. Se você perguntar a qualquer torcedor, a maioria tende a dizer que, sim, gostariablaze jogo da bombinhaser presidente. Outros que não, preferem estar só torcendo. Hoje, eu tento não pensar no que virá no futuro. Quero fazer o melhor agora. Se for, lá para frente, do interesse do grupo, do nosso movimento, da mesma forma que foi com o meu pai, vamos entender e avaliar. Não tenho essa ambição, ego e necessidade pelo cargo. Eu sempre estarei pelo Santos, seja quem for o presidente. Se um dia for eu, será o maior orgulho da minha vida, tenho certeza — disse Marcelinho, ao ge,blaze jogo da bombinhaentrevista emblaze jogo da bombinhasala na Universidade Santa Cecília, da qual é diretor-geral.

— Eu acho que o Santos está no nosso sangue, é do nosso DNA. Eu não acompanhei a trajetória do meu avô com meu pai, essa transiçãoblaze jogo da bombinhapoder, e não estou aqui por isso. É uma vontadeblaze jogo da bombinhaestar presente. Nunca fui forçado, estou porque quero. É a essência da nossa família.

Marcelinho tem lembrançablaze jogo da bombinhaacompanhar o pai desde sempreblaze jogo da bombinhaseus trabalhos, fosse na política, fosse no clube ou na universidade da família. Trabalha, oficialmente, desde os 14 anos nos negócios dos Teixeira, que hoje, além da Universidade Santa Cecília, envolve a televisão da Universidade e uma construtora, com ao menos duas obrasblaze jogo da bombinhagrande porteblaze jogo da bombinhaandamento na Baixada Santista.

No Santos, esteve presente desde pequeno, justamente quando conheceu Jorge.

— Marcelinho eu vejo desde pequeno, viajava comigo no banco da frente, perto do motorista. Eu dizia para ele ir para trás, na estrada era perigoso, eu segurava... Tinha cintoblaze jogo da bombinhasegurança, mas, mesmo assim, às vezes ele dormia, o ônibus balançava. Eu tenho o maior carinho por ele, pela família Teixeira. Hoje é homem feito, humilde, pessoa bacana — contou Jorge, que trabalha no clube desde a épocablaze jogo da bombinhaMilton, o avô.

Marcelinho viveu e vive o Alvinegro como nenhum outro. Seu pai e atual presidente do clube, teve seu primeiro mandato entre 1991 e 1993. Depois, o atual mandatário sentou-se novamente na cadeira mais importante do Peixeblaze jogo da bombinha2000 a 2009.

— Na educação que damos aos filhos nada é exigido deles, é tudo espontâneo e natural. Eu não peço para ele, não falo para ele recomendando que tome esta ou aquela decisão. Fica a critério dele, ele que tem tido essa vontadeblaze jogo da bombinhaparticipar,blaze jogo da bombinhase envolver. Acho que é muito semelhante ao que aconteceu comigo. Meu pai também nunca fez nada determinando que eu fizesse isso ou aquilo. Se for feito assim, as coisas acabam não acontecendo, não é algo natural que você mesmo consiga fazer — complementou Marcelo Teixeira.

Viver o Santos concedeu a Marcelinho privilégios sonhados por qualquer garoto: acompanhou e esteveblaze jogo da bombinhatodos os jogos do inesquecível título brasileiroblaze jogo da bombinha2002 e viveublaze jogo da bombinhaperto o dia a dia dos jogadoresblaze jogo da bombinhauma época que o clube contava com Neymar surgindo para o futebol. Almoçava, jantava e até dormia no CT Rei Pelé para estar presente.

Era também o ladrãoblaze jogo da bombinhabolas.

— Eu levava, mas depois devolvia (risos).

A realidade do jovem dirigente era outra naquela época. Tanto que,blaze jogo da bombinha2009, enquanto o pai definia nos bastidores a demissãoblaze jogo da bombinhaVagner Mancini, que seria sucedido por Vanderlei Luxemburgo, Marcelinho era amarrado a uma das traves do CT Rei Pelé por Neymar, Madson e outros jogadores por perder no bobinho. A preocupação era como escapar dos castigos da "turma da bagunça".

— Os mais pentelhos eram Neymar e Madson... Eu fui a Mangaratiba, e a primeira coisa que o Neymar falou quando entramos foi a históriablaze jogo da bombinhame amarrar na trave. Uma vez, meu pai estava numa reunião difícil sobre trocablaze jogo da bombinhatreinador, fechado no CT. Eu estava jogando bola com eles, sempre era o bobinho, levava peteleco... Eles me prenderam sozinho na trave. Não conseguia tirar. Foram chamar meu pai: "Marcelinho está preso na trave"... Meu pai foi avisado e mandou irem ver. No outro dia, questionou o jogadores, que eu estava roxo, com frio... E aí no dia seguinte, como meu pai soube, eles fizeram pior, me prenderam na sauna.. E esse era o ambiente que eu amava estar. Sofrimento puro (risos). Se não é por amor ao Santos, não sei o que é.

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Quem convive com Marcelinho no dia a dia do CT entende que é ele o cara da gestão que "suja os sapatos". Está diariamente ao lado dos jogadores, viaja para todas as partidas e faz a interlocução com o pai, que tem sala na Vila Belmiro. Conduziu uma reforma no local para devolver a salablaze jogo da bombinhaconvívio aos atletas e melhorar as condições dos quartos.

— O que eu posso falar da gestão é que tem pessoas próximas o tempo todo. Marcelo e Marcelinho sempre presentes, escutando, entendendo o que estamos pensando, o que é necessário. Eles têm seriedade para recolocar o Santos no seu devido lugar — disse o técnico Fábio Carille.

Marcelinho também se cercablaze jogo da bombinhapessoas influentes. Tem ao seu lado amigos leais do tempoblaze jogo da bombinhaque eram amarrados na trave, como os hoje advogados Octavio Rolim e Guilherme Barbosa e outros nomes como o assessor da presidência e ex-deputado federal Júnior Bozella.

Na gestão também está o tio, Milton Teixeira Filho. Todos não remunerados.

Formadoblaze jogo da bombinhadireito, Marcelinho tem uma trajetória política já consolidada. Remarcou, por exemplo, a entrevista com o ge de um dia para o outro para atender ao pedido do ex-prefeito Gilberto Kassabblaze jogo da bombinhaum almoçoblaze jogo da bombinhanegóciosblaze jogo da bombinhaSão Paulo.

Foi a boa relação com Kassab que o levou a presidir o Partido Social Democrático (PSD)blaze jogo da bombinhaSantos, cargo que ocupa há oito anos. Ele também é diretor na Associação Comercial da cidade.

— Sempre gosteiblaze jogo da bombinhaestar envolvido na política. O país precisablaze jogo da bombinhapessoas que se interessemblaze jogo da bombinhafazer o bem e não fiquem apenas atrás da TV reclamando dos políticos. Se a gente tem algo para fazer, é tentar se envolver para mudar a situação quando precisa. Sempre me envolvi, porque acho que é uma formablaze jogo da bombinhatransformar a vida das pessoas que não tiveram as mesmas oportunidades.

Se a família era "contra" o retornoblaze jogo da bombinhaMarcelo Teixeira à presidência por motivos óbviosblaze jogo da bombinhaaumento significativoblaze jogo da bombinhaausências e problemas no dia a dia, Marcelinho foi o maior entusiasta. Antes mesmoblaze jogo da bombinhao pai topar oficializar a campanha, marcou uma reunião surpresa com o marqueteiro, na universidade, para definir os rumos da coordenação. E, é claro, arrastou o pai junto.

— Se você perguntar se a nossa família queria isso, sinceramente, não. Mas eu tenho um amor inexplicável pelo Santos. A essência do clube estáblaze jogo da bombinhanosso DNA. Temos projetos importantes fora do clube, mas os negócios são da família e tivemos uma boa escola para tocá-los mesmo na ausênciablaze jogo da bombinhameu pai. Tento me dividir. Estava angustiado com o momento que Santos passou. Não podia cair na mãoblaze jogo da bombinhaquem não conhece o clube como meu pai. Tinha medo. Não sei se dava para piorar, mas sei que precisavablaze jogo da bombinhaalguém como ele para fazer essa reformulação. Convenci, convenci a família e fomos aclamados — desabafou.

Marcelo foi eleito com 53% dos votos dianteblaze jogo da bombinhaoutros quatro adversários.

Marcelinho sabe que os rumos traçados para a reconstrução do Santos serão definitivos para o sucesso político da terceira geração dos Teixeira. Enquanto isso, Marcelo Teixeira não faz questãoblaze jogo da bombinhaesconder a torcida.

— Vejo muitas qualidades. Essa geração é bem diferente. Ele é uma pessoa muito preparada naquiloblaze jogo da bombinhaque se propõe a assumir. Não quero antecipar nada do futuro dele no Santos. Se acontecer, acontecerá. Não faço previsão para ele assumir isso ou aquilo. Como santista e sabedor da qualidade dele, a forma como ele aglutina pessoas, como faz as coisas. Se você me pergunta se é uma vontade minha, eu digo que sim.

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