TIMES

Por Bruno Giufrida e Carol Andrade — São Paulo


“Falta o quê? Eu tenho saúde, minha família tem saúde. Eu tenho o que comer. Eu tenho tudo. Essas coisasesportes da sorteque vocês correm atrás, a gente não precisa.”

esportes da sorte de :Temos os melhores relatórios de previsão, você está convidado a participar

Entre eles, o Bayeren esportes da sorte Munich venceu 32 jogos (Total esportes da sorte golos 121, PPG 2.1), o

ia Dortmund venceu 15 👏 (total esportes da sorte gols 74, PG 1.3) e empatou 12. BayerN esportes da sorte Mnchen vs

(Mature 17+) / First-person Shooter. Multiplayer SPPortd: Get through WWII

worth it in

Mr. Hallow-Win

Consoles esportes da sorte {sp} games caros não são o único lugar para os jogos esportes da sorte tiro.

Mire esportes da sorte {k0} nossa coleção 🍐 esportes da sorte jogos gratuitos e disponíveis no seu computador. Jogue

É assim, com aparentemente muito pouco, que vivem as quase 600 pessoas no vilarejoesportes da sorteLukwambe, na Tanzânia. O local é diferenteesportes da sortepraticamente tudo que você já deve ter visto. Não há sinalesportes da sortetelevisão e muito pouco acesso à tecnologia. Quem vive lá sequer sabe o que é chocolate.

Não tem saneamento básico. Não tem energia elétrica. Não tem dinheiro. Os moradores locais estranham o usoesportes da sortemáscara – essa tão tradicional nas nossas vidas há um ano. Mas agora, há algumas semanas, Lukwambe tem mais alguns motivos para sorrir. Graças ao Santos e ao santista Clayton Silva.

Crianças africanas brincam com camisa do Santos — Foto: Arquivo pessoal

O torcedor do Peixe conheceu o vilarejoesportes da sorteLukwambeesportes da sorte2019, por meioesportes da sorteum programaesportes da sortetrabalho voluntário na África. À época, levou camisas com o símbolo do clube desenhado à mão para presentear as crianças. O presente, porém, teve um significado ainda maior: virou uniforme escolar.

– Eles não tinham uniforme reserva. Quando lavavam, ficavam sem uniforme – lembra Clayton.

O santista voltou ao Brasil com a missãoesportes da sortevisitar novamente o vilarejo o quanto antes. A pandemia do novo coronavírus atrapalhou os planos, mas Clayton conseguiu reencontrar Lukwambeesportes da sorte2021. É aí que a nossa história começa.

Crianças cercam Claytonesportes da sortevilarejo africano — Foto: Arquivo pessoal

A frase que abre esta reportagem foi dita por um moradoresportes da sorteLukwambe a Clayton há algumas semanas, ao ser questionado sobre a faltaesportes da sortecondições básicasesportes da sortesobrevivência no vilarejo. Mesmo diante da felicidade aparente, o santista, que viveesportes da sorteFlorianópolis, concluiu que as crianças e os adultos precisavamesportes da sortemais. Mais diversão, mais estrutura, mais tudo.

Com a ajuda do Santos, que doou uniformes, bolas e uma camisa autografada para ser leiloadaesportes da sorteuma vaquinha virtual, Clayton voltou a Lukwambe para ajudar os habitantes a construírem dois camposesportes da sortefutebol e duas salasesportes da sorteaula, arrumar uma ponte no caminho até a escola do vilarejo e contribuir com um projeto que levará água potável ao local.

– Eu prometi que faria dois camposesportes da sortefutebol. Falei que ia fazer um para a escolinha e um oficial para o vilarejo, para que todo mundo tivesse uma opçãoesportes da sortelazer no fimesportes da sortesemana. Eles me disseram que queriam aprender futebol. Eles amam futebol. E tem muita criança boaesportes da sortebola lá, mas eles não têm nada. Levei bola, levei coisas para aprenderem. Coisas básicas do futebol – conta Clayton.

– Eles tinham cinco turmasesportes da sortediferentes estágios e somente três salasesportes da sorteaulas. Então sempre ficavam dois professores e duas turmas ociosos. Eles tinham que revezar, ficavam pouco tempo na sala. Agora, como eu construí duas salas, todos os professores têm onde dar as aulas.

Salaesportes da sorteaula construída com ajudaesportes da sorteClayton — Foto: Arquivo pessoal

Campoesportes da sortefutebol construído com ajudaesportes da sortesantista na África — Foto: Arquivo pessoal

De volta a Lukwambe, Clayton encontrou novos santistas. O uniforme que havia deixadoesportes da sorte2019 continua sendo utilizado às quartas e sexta-feiras para as crianças irem à escola. O Santos virou o time oficial do vilarejo.

– Até hoje, está todo mundo com o uniforme lá. Eu trouxe mais algumas (camisas) também. É legal para caramba. É engraçado que todos falam Santos, Santos, Santos, mas eles nunca viram televisão.

Garotosesportes da sortevilarejo africano com bandeira e uniformes do Santos — Foto: Arquivo pessoal

Em Lukwambe, Clayton viveu como um local, sem água potável, sem vaso sanitário, sem energia elétrica e se alimentando do que todos se alimentam por lá: o tradicional arroz e feijão.

– Eles tomam banhoesportes da sortecaneca. O banheiro é um buraco. Eu comia o mesmo que eles, arroz e feijão todo dia. Nunca mudava a alimentação. Não tem acesso a nada gelado. Geralmente, eles plantam a própria comida. Os que não fazem isso usam bastante moto-táxi. É um dos poucos trabalhos que se tem lá. Ele leva para as pessoas o que elas pedem. Muito é no escambo. Os que trabalham vendem carvão. Eles vão para um lugar, cortam árvore, vendem carvão. O trabalho desses 15 dias geraesportes da sortetornoesportes da sorte20, 30 dólares – explica.

Criançasesportes da sortevilarejo africano mostram prato típico do local — Foto: Arquivo pessoal

Mães carregam filhos no colo e pouco se misturam com homensesportes da sortevilarejo africano — Foto: Aquivo pessoal

Apesaresportes da sorteter conseguido cumprir a promessaesportes da sortelevar diversão às crianças com os camposesportes da sortefutebol, Clayton sabia que o vilarejo precisavaesportes da sortemais, incluindo comida para os alunos e um caminho minimamente estruturado do vilarejo à escola.

Ponte para crianças irem para a escolaesportes da sortevilarejo na Tanzânia — Foto: Arquivo pessoal

Algumas crianças caminham cercaesportes da sorte10kmesportes da sortecasa até a escola. A maioria precisa atravessar um rio. A solução encontrada pelos adultos foi derrubar um troncoesportes da sorteárvore e transformá-loesportes da sorteponte. Mas Clayton comprovou: não era o suficiente.

– Eu não consegui chegar à metade. Travei. Colocamos como se fosse corrimão dos dois lados. Agora pode atravessar apoiando. Ficou tranquilo. Era um absurdo a outra ponte. E já tinha morrido uma criança lá no ano passado – conta.

Esse, porém, estava longeesportes da sorteser o único problema dos alunos. Eles ficavam na escola das 7h às 14h sem comer. Agora, têm refeição diária.

– Com 100 dólares, eles comem por um mês. A escola inteira come. Eu me responsabilizei pela alimentação deles para sempre. Os próprios alunos fazem a comida.

Agora, crianças têm refeições diáriasesportes da sorteescolaesportes da sortevilarejo africano — Foto: Arquivo pessoal

As regrasesportes da sortesobrevivência no vilarejo são muito simples. Os mais velhos cozinham e cuidam dos mais novos. Na escola, não tem quem cozinhe ou cuide da merenda. Os próprios alunos são os responsáveis pela alimentação.

Nas casas, a pobreza fica ainda mais evidente, segundo Clayton.

– Você olha e vê uma miséria absoluta. As casas são feitasesportes da sortebarro e estrume. As paredes são dessa forma. É um calor absurdo dentro dessas casas.

– Eles vivemesportes da sorteum jeito que eu sequer imaginava que existisse. Você muda a formaesportes da sortever a vida. Eles são felizes. Eles são bons. Você volta a acreditar na humanidade – diz Clayton.

Torcedor do Santos ganha presenteesportes da sortecriançasesportes da sortevilarejo africano — Foto: Arquivo pessoal

esportes da sorte Promessa é dívida

Antesesportes da sortevoltar a Lukwambe, Clayton fez uma promessa. Se conseguisse entregar os camposesportes da sortefutebol e as salasesportes da sorteaula, subiria ao topo do monte Kilimanjaro, o Pico Uhuru, local mais alto da África, com 5.895mesportes da sortealtitude. Ele encarou a aventura depoisesportes da sortese despedir do vilarejo.

Caminho até o topo do lugar mais alto da África — Foto: Arquivo pessoal

Durante quase uma semana, Clayton encarou uma variaçãoesportes da sortetemperaturaesportes da sorte30ºC positivos a 30ºC negativos, ventos fortes que o deixaram cegoesportes da sorteum olho por alguns dias...

– Era o tempo todo o vento me tirando o equilíbrio. Eu estava com três calças, quatro paresesportes da sortemeia. Só que nossas paradas não podiam passaresportes da sortedois minutos, porque a gente congelava. A gente dormia na barraca, com um cobertor liso. Eu dormia com roupa. Dormi com três calças no último dia – lembra.

– Fiquei cego por causa do vento. Meu olho direito só via vulto. No lado direito, eu não via nada. O vento era tão absurdoesportes da sorteforte que se tirasse a luva você não conseguia movimentar os dedos. Ele não dobrava,esportes da sortetão frio que era.

Torcedor do Santos leva bandeira ao lugar mais alto da África — Foto: Arquivo pessoal

Na bagagem, o santista levou ao topo da África uma bandeira do Santos e uma cartinha entregue pelos alunosesportes da sorteLukwambe como lembrança.

A metaesportes da sorteClayton, agora, é construir uma biblioteca para os alunosesportes da sorteLukwambe. O santista está realizando mais uma vaquinha virtual para levar aos alunos mais cultura. O perfil dele no Instagram é @claytontjs7, para quem quiser ajudar.

— Foto: Divulgação

Veja também

Mais do ge