A missãojogo da blazetransformarjogo da blazeversos uma históriajogo da blazeperseverança, lutas - no ringue e fora dele - e conquistas coube ao compositor Thiagojogo da blazeSouza,jogo da blazeCampinas (SP), autorjogo da blazedezenasjogo da blazesambas-enredo para escolasjogo da blazeSão Paulo e do Riojogo da blazeJaneiro e um dos criadores do grupo 'Os Marcheiros', famoso pela marchinha do "Japonês da Federal".

O resultado é um samba que narra a vidajogo da blazeMaguila, das conquistas no boxe e na vida pessoal, com a ideiajogo da blazeeternizá-lo - clique abaixo e escute (a letra completa está no fim da matéria):

- O samba tem esse propósitojogo da blazeeternizar um esportista, um ídolo que é muito identificado com o povo brasileiro. O Maguila é muito carismático, tem o carisma brasileiro,jogo da blazeum homem simples, que gostajogo da blazesamba, e que foi um herói - define Thiago.

O convite para a composição surgiu do biógrafojogo da blazeMaguila, Fernando Tucori, que conhecia Thiago e participoujogo da blazetodo o processo, além do músico Alex Mortão, tambémjogo da blazeCampinas, ejogo da blazeWanderley Monteiro, compositorjogo da blazediversos sambas da Portela.

Thiago conta que a primeira ideia era por uma marchinha, mas a históriajogo da blazeMaguila, passada com detalhes por Tucori, era muito rica para o estilo. A ideia então partiu para o samba, paixão do pugilista, e a inspiração para a composição, acreditem, passou por Bob Dylan.

- Lembrei do Dylan na hora, da música que ele fez para o Hurricane. É genial, ele foi muito preciso no que ele quis passar - destaca Thiago.

A canção citada por Thiago foi lançada por Bob Dylan no álbum "Desire" (1976) e narra a história do pugilista negro Rubin Carter, conhecido como "Hurricane", que foi presojogo da blaze1966 acusadojogo da blazeum crime que garantia não ter cometido.

Com a inspiraçãojogo da blazeDylan e a históriajogo da blazeMaguila "mastigada" por Tucori, que desde 2016 se dedica à biografia do pugilista, Thiago conta que escrever a letra foi rápido. Mas o processo foi bem diferente da concepçãojogo da blazeum samba enredo tradicional.

- Quando entendo o que as pessoas querem, escrevo meio rápido. No caso desse samba, é uma coisa que não acontece naturalmente,jogo da blazeter o enredo e depois o samba. Foi ao contrário.

- A gente se entendeu muito bem. Escrevi uma minibiografia do Maguila e uma rimas rimas que achava legal, e a gente foi falando dos símbolos para a letra, como os versos 'construir com as próprias mãos' e 'levantar uma nação'. O Maguila foi pedreiro na época do milagre econômicojogo da blazeSão Paulo e trabalhoujogo da blazetudo quanto é lugar - conta Tucori.

Enquanto com a letra Thiago teve a participaçãojogo da blazeTucori, Mortão e Wanderley Monteiro ajudaram o compositor com a melodia.

Thiago conta que apesar do cancelamento do carnaval 2021 por conta da pandemia, viu uma oportunidadejogo da blazeemplacar Maguila como enredojogo da blazeum desfile virtual, com desfiles programados para setembro.

Segundo o compositor, foi feito contato com a Ligajogo da blazeCarnaval Virtual e uma das escolas, a "Me Chama que eu Vou" se interessou pelo enredo. O nome da escola foi até para o refrão do samba.

- Em um ano sem carnaval, vai ficar na história. É um enredo virtual, mas é o que pudemos ter neste ano. Pudemos criar história como ele fazia, dentro das condições que o mundo permite - destaca.

Ter a história eternizadajogo da blazeum samba e contada na avenida, mesmo quejogo da blazeforma virtual, é apenas uma das ações para valorizar e enaltecer a carreira do pugilista para as futuras gerações.

Fernando Tucori está finalizando a biografiajogo da blazeMaguila, e espera publicá-lajogo da blazebreve. Por conta da pandemia, não sabe se será aindajogo da blaze2021, já que ele não imagina fazer um lançamento sem a presença do esportista.

Diagnosticado há alguns anos com encefalopatia traumática crônica (ETC), também conhecida como "demência pugilística", Maguila vivejogo da blazeuma clínicajogo da blazeItu (SP), onde é acompanhadojogo da blazeperto pela mulher, Irani, e pelo filho.

A doença, aliás, também está retratada no samba. Thiago define o problema no verso: "Guardou... no cinturão as cicatrizes".

Apesar da doença, Maguila segue comunicativo e carismático, mas deve manter o isolamentojogo da blazetemposjogo da blazepandemiajogo da blazeCovid-19. O lançamento da biografia ocorrerá somente quando o pugilista puder comparecer com segurança ao evento, e também para cair nos braços do povo, como diz Tucori, aos gritosjogo da blaze"Maguila, Maguila".

Thiago conta que escrever o samba sobre o Maguila envolveu muito a memória afetiva. Em uma época que não havia tanta ofertajogo da blazeeventos esportivos na televisão nem internet, Maguila atraía as atençõesjogo da blazeuma nação toda vez que subia aos ringues.

- Nossa, mexeu muito com esse universo afetivo. Meu avó adorava ver luta do Maguila, meu pai também. Remete a essa época que ficava acordado para ver as lutas - conta Thiago.

Letra do samba

"Menino...

feito outros tantos nasceu José

Cresceu Adilson e seguiu com fé

Buscando seu lugar no mundo

As mãos que construíam tantos lares

Atraíram os olhares

De quem reconheceu no ringue um vencedor

E a cada vez que o gongo

Despertava a emoção

Nas luvas ele erguia uma nação

Quando o amor verdadeiro

veio à tona

Sentiu a força da paixão por Irani

Seu coração beijou a lona

Sem contagem pra seguir

Guardou... no cinturão as cicatrizes

Sem esquecer suas raízes

E a humildade do grande campeão

Vidajogo da blazeluta, raça e vitória

Coroaram guerreiro

Para sempre na memória

De todo brasileiro

Obrigado, Maguila

Um abraço,jogo da blazenovo

“Me chama que eu vou”

Nos braços do povo

Um abraço, Maguila

Obrigado,jogo da blazenovo

“Me chama que eu vou”