Noemi costuma passar as férias no Brasil,blaze jogo da blazeCuritiba eblaze jogo da blazeLondrina, onde tem parentes. Ela fala português (além do inglês, espanhol, alemão e hebraico). Em maio, ela foi uma das 26 atletas convocadas para treinos da seleção brasileira sub-15 e um amistoso contra o sub-20 do Ituano.

Absorvendo um poucoblaze jogo da blazecada uma das diferentes experiências no futebol, Noemi sonhablaze jogo da blazeser uma atleta profissional, jogar por um grande clube europeu, e vestir a camisa da seleção brasileira. O período sob o comando da técnica Simone Jatobá foi uma motivação a mais.

— O futebol brasileiro é o melhor. Dá para dançar com a bola, exercitar a criatividade - disse Noemi,blaze jogo da blazeentrevista exclusiva ao ge.

— A técnica e a comissão da seleção brasileira me receberam muito bem. Apesar da cidadania, eu sabia que seria como uma gringa lá. Fiquei com medoblaze jogo da blazecomo seria recebida, mas fiz muitas amigas. O treinamento era muito puxado, muito forte, mas muito bom. O que experienciei no Brasil foi um tipoblaze jogo da blazetreinamento que nunca tinha feito na minha vida - destaca Noemi.

Antes, Noemi tinha sido convocada pela primeira vez pela seleçãoblaze jogo da blazeIsraelblaze jogo da blaze2023. Ela estava fazendo um intercâmbio cultural no país, onde morou por oito meses no ano passado e jogava pelo Maccabi Petach-Tikva.

Na ocasião, Noemi estava com a seleção três dias antes do ataque do grupo extremista islâmico armado que bombardeou Israelblaze jogo da blaze7blaze jogo da blazeoutubroblaze jogo da blaze2023. A operação da Alemanha para retirar seus cidadãos do solo israelense permitiu que Noemi voltasse para casa.

— Já tinha ido para Israelblaze jogo da blazeférias e gostei muitoblaze jogo da blazelá. Quando soube da oportunidadeblaze jogo da blazeum intercâmbio, pensei: por que não? Eu estava estudando lá e todos os dias pegava o ônibus e ia para o treino. No começo foi muito estranho, até me acostumar com tudo. Não sabia a língua e tive que aprender hebraico. Mas as pessoas lá são muito legais. Eu acordava, comia, ia para a escola, fazia a minha tarefa e já ia para o futebol. Foi uma experiência muito boa - disse Noemi ao ge.

Pela seleção israelense, Noemi jogou nas categorias sub-15, sub-16 e sub-17 - motivoblaze jogo da blazeorgulho para uma famíliablaze jogo da blazejudeus. Entre as três convocações, ela também teve espaço na seleção alemã,blaze jogo da blazedezembroblaze jogo da blaze2023, quando foi chamada para uma semanablaze jogo da blazetreinamentos.

— Eu não estava esperando, fiqueiblaze jogo da blazechoque, mas fiquei muito feliz. Fui para Frankfurt, e estava nevando. Estava muito frio, só consigo lembrar disso. Tive que usar luva e tudo. Mas o treinamento foi muito bom, a comida estava muito boa e fui muito bem tratada naquela semana. Aí estava com a minha mãe, voltando, quando fui convocada novamente para a seleçãoblaze jogo da blazeIsrael - conta Noemi.

O futebol sempre fez parte da vida da Noemi, até porque o pai trabalha há 20 anos gerenciando a imagemblaze jogo da blazegrandes jogadoresblaze jogo da blazefutebol, mas o talento dela foi uma surpresa para a família. Acompanhando um treinoblaze jogo da blazefutsal do irmão, Daniel, cinco anos mais novo, Noemi se desafiou. Ao ge, o pai dela disse que desde que a garota tocou na bola, ele percebeu que a filha era diferente.

— Meu irmão começou a jogar futsal aqui na Flórida e eu passei a ver os treinos dele. Falei que queria tentar. Tentei sem sapato,blaze jogo da blazevestido, fui lá jogar futsal e gostei. Do futsal, fui para o campo, e comecei minha carreira - lembra a menina.

Noemi tinha oito anos quando saiu da Alemanha com os pais para morar na Flórida, nos Estados Unidos. Ela trocou o ballet e a ginástica pelas chuteiras, mas ficou no futsal por pouco tempo. Enquanto isso, o pequeno Daniel se descobriu no taekwondo.

— A Noemi ficou melhor que todo mundo no futsal e não tinha mais graça para ela ficar ali. Falei com o treinador que estava achando estranho, precisava puxar ela para algum lugar. Então treinei ela sozinho por uns três ou quatro meses. Preparei ela para que ela fosse para um time. Ensinei a passar, chutar... Driblar não precisou porque ela sempre soube. Desde o começo eu vi que a Noemi era diferente. No Boca United, ela fez trinta gols no primeiro ano, como atacante - conta o paiblaze jogo da blazeNoemi, Leonardo Scheinkman.

Nos Estados Unidos, os paisblaze jogo da blazeNoemi toparam arcar com os custos do futebol, mas administram o sonho da filha com equilíbrio e paciência.

— É muito caro jogar futebol nos Estados Unidos, porque os pais pagam tudo, os torneios, os custos. Em um torneio que não vale "nada", você chega a gastar 500, 600 dólares. Com cinco torneios por ano, você vai acabar gastando, com uma criançablaze jogo da blazedez anos, quase seis mil dólares para treinar e jogar, no sistema pay to play - exemplifica Leonardo.

— Ela fez 15 anosblaze jogo da blazemarço. Não vale a pena pular etapas. Vamos devagar, vamos fazer direito. O foco sempre é o estudo, estudo é o número um - garante o pai.

— Só Deus sabe - brincou Noemi na entrevista.

Noemi seguirá estudando e treinando na Flórida, à esperablaze jogo da blazemais oportunidades no futebol, sem pressa. Além da nacionalidade alemã e brasileira, ela também poderia ter a italiana, pela descendência da mãe.

— Esse é o talento dela, vamos ver até onde vai. O que aconteceu no último ano foi uma surpresa, e quando as coisas acontecem temos que estar preparados. Os anosblaze jogo da blazetreinamento prepararam a Noemi para que ela chegasse ao lugarblaze jogo da blazeque está agora. O mais difícil não é chegar, é se manter e continuar se preparando para algo maior. Como eu trabalho com futebol, eu sei os caminhos, e tenho os acessos. Pude dar para ela, até aqui, o melhor para que ela pudesse se desenvolver - finaliza o pai.

— Sigam seus sonhos. Trabalhem muito pelos seus sonhos - deixa Noemi como mensagem.

Como foi no começo, Noemi ainda se mistura com os meninos para bater bolablaze jogo da blazevezblaze jogo da blazequando.

— Me respeitam porque eu faço eles me respeitarem. Às vezes falam que eu sou só uma menina e que futebol feminino é mais fácil. Não me incomoda mais, já aceitei que é assim, tem gente que pensa diferente - responde a jovem, com tranquilidade.