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Por Daniel Santana — Recife


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Gols pró é um termo utilizado na área futebol para descrever uma ponta que está a ser colocada 🧾 {k0} jogo, numa posição privilegiada e geralmente num ponto da zona penal.

A origem do termo

Era o jogo da honra, do orgulho. Mais: da supremacia, ameaçada pela primeira vez depoiscinco anos. A verdade é que estávamos mal-acostumados: jogar com o Sport tinha deixadoser clássico até aquele 21julho 1968.

Os confrontos que nos trouxeram até aqui como os primeiros pentacampeõesPernambuco justificam essa soberba:dois desses títulos, ganhamos invictos - 64 e 67;65, viramos um jogo perdido por 3x1 para 5x318 minutos;66, ganhamos por humilhantes 5x1. O Sport ainda era o principal campeão estadual com 19 títulos. Mesmo assim, a gente olhavacima pra baixo.

Mas 1968 estava diferente. Era o ano do hexa. A gente vinhauma campanha histórica na Taça Brasil. Fomos os primeiros nordestinos a jogar a Taça Libertadores da América. A ambição agora era a sexta estrela e tínhamos um timaço, reconhecido internacionalmente.

Favoritismo total, que não vinha se concretizando dentrocampo. A verdade é que nos últimos quatro jogos contra o Sport, a gente perdeu três. O Sport tinha voltado a ser um adversário à altura. Nos dois jogos das finais anteriores a esse, uma vitória para cada. Era hora da partida decisiva, assunto1010 rodasboteco nos quatro diasespera entre o segundo e o terceiro jogo. Pelo regulamento, só havia uma vantagem: jogar nos Aflitos. Era o bastante.

A formação inicial da decisão do Hexa — Foto: Reprodução / Mural do Náutico

Voltemos a 21julho. Estádio lotado. Num espaço reservado para 17 mil, pelo menos 30 mil se amontoavam para ver o jogo do século. Havia alguns rubro-negros confiantes no fim da escrita - tinham sido vicetoda a campanha do penta. Mas a massa alvirrubra era soberana, e apenas gritos alvirrubros podiam ser ouvidos. Até que o jogo começou.

Jogo amarrado. Muitas faltas, poucas finalizações. Difícil saber quem estava mais nervoso: os jogadores ou os torcedores. Ivan, o dono do meiocampo até ali, invadiu a área adversária e estava pronto para o arremate quando ouviu um apito e parou. Pensou que a jogada estava impugnada, mas era um torcedor do Sport que estava atrás do gol com apito na boca. Jogadores revoltados, ânimos à flor da pele. Foi o primeirouma sérieeventos que colocariam a arbitragem no centro daquela decisão.

Zero a zero no placar, e o segundo tempo começou com a torcida tentando jogar junto. Mas era tensão demais. O Náutico era melhor, mas o gol não vinha. Fimjogo sem gols. Haveria prorrogação, o que era um problema. Ao contrário do Sport, o Náutico se dividia entre Pernambucano e Taça Brasil.

Jogadores exauridos, árbitro lesionado. Erilson Gouveia comandou os dois primeiros jogos e não aguentou o pique ainda no final da segunda etapa, com uma lesão na virilha. Armindo Tavares, um dos bandeirinha, foi pro apito. O sistemasom dos Aflitos chamava por algum outro árbitro federado que pudesse trabalhar como assistente. Não faltaram gaiatos - alguns que já tinham perturbado o andamento da partida - se oferecendo ao ofício. CalhouEnácio Gonçalves, bandeira da Federação Pernambucana, estar no local, pegarmaleta e, minutos depois trocar as arquibancadas pelo campo.

O episódioErilson teve repercussões diferentes entre os times. Para o Náutico, foi a quebragelo que o time precisava para jogar bola. E pouca gente no mundo jogava mais bola que aquele time. No Sport, a entradaum árbitro das arquibancadas deixou a equipe ainda mais nervosa.

Foi quando, aos dois minutos do segundo tempo da prorrogação, Valdeci, lateral-direito do Sport, perdeu a bola para Zequinha no meiocampo. Bola chegou a Lala e foi tocada para Ede, velocista que havia acabadoentrar. Cruzamento vindo da esquerda, na medida para Ramos mandar para as redes. O oitavo golRamos naquele campeonato, o mais inesquecível da história alvirrubra. De reservaluxo a homem do jogo. Ramos, que já havia marcado o gol da vitória na primeira partida da melhor3, estava definitivamente imortalizado.

Extasiados, poucos repararam a bola na trave mandada pelo Sport. O gol, a chance perdida, a trocaárbitros, a iminência do vice pela sexta vez seguida... o Sport perdia o jogo... a cabeça. Valdeci, o mesmo da falha, foi expulso por agressão. Na sequência, Zezinho seguiu o mesmo caminho, pelo mesmo motivo.

Rubro-negros furiosos com a arbitragem, alvirrubros eufóricos com a conquista. Os últimos minutos foramcelebração, reverência. Ninguém ali sabia, mas terminava não um campeonato, mas o reinadouma dinastia, formadacasa e forjada para a vitória. Foi a última grande vitória do melhor timePernambucotodos os tempos.

Réplica da camisa do hexa que celebra a conquista — Foto: EltonCastro

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