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Por Camila Alves, Carla Wings, Juan Torres, Marcelo Cabral, Nathália Dielú, Renato Ramos e Terni Castro — Recife


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Larissa Vitória, também conhecida como Lari Gol, viralizou nas redes sociais ao publicar um desabafo sobre o bullying sofrido por escolher ser atleta. O discurso firme, mesmo com 10 anosgreen bets ioidade, transformou a meninagreen bets io"fenômeno". Comoveu Corinthians, Cristiane, Andressa Alves e, até mesmo, Marta, além da técnica da seleção brasileira, Pia Sundhage. Referências que se viram na história da jogadora mirim.

Porque no futebol, principalmente no Brasil, o caminhogreen bets iomeninas e mulheres sempre precisou ser assim: na luta.

Natural do Vasco da Gama, bairro na Zona Norte do Recife, Larissa viu o discursogreen bets ioincentivo preencher os dias nas últimas semanas. Transformaram as lágrimasgreen bets iochoro, quando reclusa no quarto da mãe,green bets ioum sorriso tímido, como ela costuma ser. Uma história que culminou no reconhecimento da própria ídola, Marta, eleita melhor do mundo por seis vezes.

"Quero te desejar muita força e que você siga com muita determinação na busca pelo seu sonho. Seja você agreen bets iomaior fontegreen bets ioinspiração. E sempre tenha a coragemgreen bets ioenfrentar o não e os obstáculos que surgirem pela frente."

Marta não foi a única na seleção brasileira a dedicar palavrasgreen bets ioestímulo para a atleta mirim. A históriagreen bets ioLarissa também passou por Cristiane, Andressa Alves e Andressinha, que se viram no relatogreen bets iopreconceito. Porque mesmo a elite do futebol feminino sabe que precisou enfrentar caminho semelhante para se tornar referência.

Há um ano recém-completo no cargogreen bets iotécnica da seleção brasileira, a sueca Pia Sundhage arriscou no português para deixar uma mensagem. Ela foi a primeira estrangeira e a segunda mulher, depoisgreen bets ioEmily Lima,green bets io2017, a assumir o comando do time nacional.

"Eu não falo português muito bem, entendo um pouco. Mas eu entendo futebol. Eu amo futebol, como você. Sou mulher e treinadora. Você consegue fazer isso. Só faça. Vá ao campogreen bets iofutebol junto com seus amigos e se divirta. Ganhe jogos, perca jogos. E faça amigos."

Larissa Vitória, a Lari Gol, no campinho do bairro do Vasco da Gama — Foto: Marcelo Cabral / TV Globo

Larissa se apaixonou pelo futebol ainda nas arquibancadas do estádio, ao lado do avô. Aos cinco anos, encontrou na tia, ex-jogadora, inspiração. E na mãe, Patrícia, o apoio para seguirgreen bets iobusca do sonhogreen bets ioser atleta. Realidade rara para as meninas que escolhem este caminho. Agora, Lari vive maior parte dos dias no campinhogreen bets iobarro que tem na frentegreen bets iocasa e nos treinos na escolinha da professora Fabya Santos, com outras 14 atletas dos 10 aos 15 anos.

O suporte, apontado como determinante para Cristiane, atualmente no Santos, também foi a força necessária para a zagueira Zizi, do Bahia, que chegou a disputar a Copa do Mundogreen bets io2011 com a Canarinho.

"Você é uma menina guerreira. Continue assim, batalhadora, não se importando com o que as pessoas vão dizer. Foque no seu sonho. Foi assim que eu fiz e consegui, com meus pais sempre me apoiando, me dando força, e não me importava o que diziam para mim. Consegui ir para a seleção, jogar fora do país e hoje estou vestindo esse manto, que é para poucos."

Agora, a meninagreen bets ioapenas 10 anos mantém ainda mais vivo o sonho. Sob a determinação do discursogreen bets iodesabafo, Larissa tornou-se inspiração. Até mesmo para atletas profissionais. E tem no clube do coração, o Santa Cruz, e nas referências do futebol o incentivo para seguirgreen bets iofrente.

- Na minha época, pelo menos, a gente não tinha muitas referências do futebol feminino para seguir. Minha ídola era a Sissi, mas não tinha muita mídia, era bem difícil. Hoje essas meninas têm. A gente precisagreen bets iomeninas como ela, que lutem pela modalidade. Quando ela postou o vídeo, passou um filme na minha cabeça. Parecia que eu era elagreen bets iotanta gente me xingar, insultar e falar as coisas que falavam quando eu jogava também com os meninos - reforçou a atacante Cacau, do Corinthians.

Lari Gol e o campinhogreen bets ioque joga no bairro do Vasco da Gama — Foto: Marcelo Cabral / TV Globo

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