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Por Fabiano Sperandio, Fabio Grijó e Raphaela Potter — Recife


Conheça a história7games app para abrir apk7games app para abrir apk em androidandroidJoão Maia, único fotógrafo com deficiência visual na cobertura das Paralimpíadas7games app para abrir apk7games app para abrir apk em androidandroidParis 2024

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Os primeiros Jogos Paralímpicos, a duas semanas7games app para abrir apk7games app para abrir apk em androidandroidcompletar 30 anos. E também a primeira medalha. Keyla Barros foi bronze nos 1.500m da classe T20, destinada a competidores com deficiência intelectual, na manhã desta sexta-feira,7games app para abrir apk em androidParis. Uma conquista que coroa o esforço da atleta piauiense, mas não é exatamente o ponto alto da carreira, ao menos na avaliação da própria corredora.

"Lá na frente, quero olhar para a minha trajetória e não para as minhas medalhas", disse Keyla, após subir ao pódio.

Keyla Barros conquistou a primeira medalha paralímpica da carreira — Foto: Wander Roberto/CPB

O real significado dessa medalha,7games app para abrir apk7games app para abrir apk em androidandroidacordo com a atleta, é o exemplo deixado para as gerações posteriores. A primeira mulher do Piauí a subir7games app para abrir apk em androidum pódio na história das Paralimpíadas quer, por meio da7games app para abrir apk7games app para abrir apk em androidandroidtrajetória, inspirar outras pessoas a insistirem e buscarem seus objetivos, sejam eles no esporte ou7games app para abrir apk em androidoutras áreas da vida.

- Minha meta é que outros me sigam, que eu seja um bom exemplo dentro e fora da pista. Alguém vai chegar um dia e falar: “por causa da Keyla, eu não desisti”. Muita gente fala que começou a correr por causa7games app para abrir apk7games app para abrir apk em androidandroidmim. O exemplo é o que fica, e não as medalhas. Elas são importantes para coroar o nosso esforço.

"Sentimento7games app para abrir apk7games app para abrir apk em androidandroidgratidão", declara Keyla Barros após levar o bronze nos 1500m do atletismo

Ao alcançar o seu objetivo esportivo, Keyla volta ao passado e às metas que traçou para a vida, ao sonho7games app para abrir apk7games app para abrir apk em androidandroidse tornar atleta para quebrar o ciclo dentro da própria família. O esporte, na casa dela, nunca apareceu como opção. Foi preciso ter muita força para mudar essa história.

- Desde criança, sempre quis ser atleta, para mudar a minha vida, a vida da minha mãe. O caminho que eu trilhei foi7games app para abrir apk7games app para abrir apk em androidandroidmuita dificuldade, teve mais momentos difíceis do que bons. Eu não queria seguir o mesmo caminho da minha mãe, da minha avó. Uma das coisas mais difíceis que eu fiz foi tentar quebrar isso. Sou a filha7games app para abrir apk7games app para abrir apk em androidandroidum trabalhador7games app para abrir apk7games app para abrir apk em androidandroidroça,7games app para abrir apk7games app para abrir apk em androidandroiduma mulher que quebrava coco, e hoje estou aqui, entre as melhores do mundo - afirmou Keyla, que correu a final dos 1.500m com uma foto da avó, dona Apolinária, conhecida como Moça.

Ao chegar ao topo, Keyla não esqueceu do que deu força a ela durante todo o processo. Das coisas boas, como a ajuda dos amigos que doaram pares7games app para abrir apk7games app para abrir apk em androidandroidtênis para ela treinar. E até das ruins, como os xingamentos que teve que ouvir e assimilar, sozinha, calada.

- No começo, ninguém acreditava7games app para abrir apk em androidmim. Eu ia treinar, e as pessoas me xingavam, falavam que eu era louca. E eu lá sozinha, naquele sol quente do Nordeste. Eu via todo mundo7games app para abrir apk em androiduma mão, e eu estava na contramão. Em setembro, fez um ano que eu venho lutando contra lesões. Não tenho treinado direito. Foi muito difícil. Para as pessoas, essa medalha é só um bronze. Para mim, é ouro. Não fiz base, não tive um processo para chegar aqui. Vim aos trancos e barrancos. Tive amigos que me ajudaram com pares7games app para abrir apk7games app para abrir apk em androidandroidtênis.

Keyla Barros, paratleta brasileira — Foto: Divulgação/Instagram

7games app para abrir apk em android Bronze é registrado por "fotógrafo diferenciado"

Enquanto Keyla brilhava nas pistas do Stade7games app para abrir apk7games app para abrir apk em androidandroidFrance, João Maia estava ali perto, esperando o momento certo para capturar a alegria da conterrânea. Também piauiense, ele é o único fotógrafo com deficiência visual a atuar na cobertura7games app para abrir apk7games app para abrir apk em androidandroidParis 2024 - a terceira edição7games app para abrir apk7games app para abrir apk em androidandroidParalimpíadas da carreira.

Nascido na cidade7games app para abrir apk7games app para abrir apk em androidandroidBom Jesus, Maia perdeu a visão já adulto, por causa7games app para abrir apk7games app para abrir apk em androidandroiduma doença degenerativa. Foi, então, apresentado ao esporte paralímpico, competindo7games app para abrir apk em androidmodalidades como lançamento7games app para abrir apk7games app para abrir apk em androidandroiddisco e7games app para abrir apk7games app para abrir apk em androidandroiddardo. Não se tornou um atleta7games app para abrir apk7games app para abrir apk em androidandroidalto rendimento, mas ganhou dinheiro para investir7games app para abrir apk em androiduma paixão antiga: a fotografia.

João Maia7games app para abrir apk em androidação nas Paralimpíadas7games app para abrir apk7games app para abrir apk em androidandroidParis — Foto: Reprodução

Em Paris, Maia é acompanhado pelo assistente, Breno, responsável por mostrar a direção para a qual o fotógrafo deve apontar a câmera. Mas os principais aliados7games app para abrir apk7games app para abrir apk em androidandroidJoão na busca pela foto perfeita são os outros sentidos do corpo, que se tornaram mais aguçados após o comprometimento da visão.

- As minhas percepções auditivas, táteis e olfativas me transformam7games app para abrir apk em androidum fotógrafo diferenciado. Quando o estádio grita, faz uma onda, bate palma, os meus sentidos ficam aguçados. Quando o atleta chega, abre os braços com a bandeira do Brasil e fala “João, me fotografa”, é emocionante. Ser um fotógrafo com deficiência7games app para abrir apk em androiduma edição7games app para abrir apk7games app para abrir apk em androidandroidParalimpíadas também é dizer para a sociedade: “lugar7games app para abrir apk7games app para abrir apk em androidandroidpessoa com deficiência é onde ela quiser, basta ter oportunidade” - contou Maia, antes7games app para abrir apk7games app para abrir apk em androidandroidcompletar:

- A diversidade, a inclusão e a pluralidade são as coisas que tornam o mundo melhor.

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