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Por Gabriel Fricke — Riobetesporte saJaneiro, RJ

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October 29, 2003
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Há 10 anos, Ketleyn Quadros eternizava seu nome no esporte brasileiro ao conquistar uma medalha nos Jogos Olímpicosbetesporte saPequim 2008. Um bronze com saborbetesporte saouro, já que era a primeira vez que uma mulher do Brasil subia ao pódio olímpicobetesporte saesportes individuais. Nessa década, muita coisa aconteceu. Mas o mais importante foi que a judoca conseguiu abrir caminho para as mulheresbetesporte saseu esporte, tradicionalmente masculino.

Depoisbetesporte saKetleyn, Sarah Menezes foi campeã olímpicabetesporte saLondres 2012. No mesmo ano, Mayra Aguiar levou um bronze. Na Rio 2016, foi a vezbetesporte saRafaela Silva subir ao topo do pódio. Mayra voltou a ficarbetesporte saterceiro lugar, agora na edição brasileira dos Jogos Olímpicos. E isso sem contar as conquistasbetesporte saMundiais.

- Às vezes me pego sem acreditar como passou 10 anos tão rápido, parece que foi ontem. Fico muito feliz. Sou muito grata por ter participadobetesporte sauma Olimpíada, conquistado a minha medalha e mudado a configuração do judô feminino. A gente teve mais oportunidades dentro da nossa modalidade. Agora, temos várias campeãs mundiais, medalhistas e campeãs olímpicas. Me sinto feliz por ter participado desse processo. Se for olhar quanto o judô cresceu, quanto mudou... Na Olimpíada do Rio, foi carro-chefe.

Ou seja, aquela medalha ajudou a pavimentar um caminho vitorioso no judô feminino. Mais experiente, aos 30 anos, a brasiliense conversou com o GloboEsporte.com no Dia Internacional da Mulher, abriu seu baúbetesporte samemórias e falou sobre machismo no esporte.

Bronzebetesporte saKetleyn ajudou a pavimentar caminho feminino. Rafaela Silva levou ouro na Rio 2016 — Foto: Danilo Verpa/NOPP

Ketleyn Quadros contou que, assim que entrou na seleção brasileira, acompanhava a luta das judocas mais velhas. Enquanto os homens viajavam para competições internacionais, as meninas, no máximo, ficavam no âmbito Pan-Americano. Segundo ela, as judocas "lutavam Olimpíadas sem nunca ter pego no quimono da adversária".

A brasiliense conta que, no sênior, viveu uma realidade melhor que as mulheres que a inspiraram, como Edinanci Silva, e se diz feliz por ter conseguido ajudar o judô feminino a evoluir.

- Não se acreditava no potencial feminino. No judô, no Brasil, temos costumebetesporte satreinar todo mundo junto, era o mesmo técnico para homens e mulheres. Hoje o feminino está entre as cinco maiores potências do mundo. Lutamos para ter condições iguais. O diferencial, às vezes, ébetesporte saquestãobetesporte sasalário. Isso ainda existe. Existe tanto no esporte quanto fora dele. Eu acho que o que sofre no detalhe a modalidade é isso, masbetesporte sacondiçõesbetesporte satreinamento,betesporte sacompetição, mudou muito, mas só mudou porque damos resultado - contou.

De fato, Jigoro Kano, fundador do judô, não pensou quebetesporte saobra poderia ser praticada por mulheres. Há registros, entretanto,betesporte saque o mestre Kano começou a ensinar a arte marcial para um grupobetesporte samulheres lideradas por Kayatani Suekobetesporte saforma não-oficial na Kodokoan, primeira escolabetesporte sajudô, criadabetesporte sa1882. Mas, oficialmente, só 40 anos depois foi criada a divisão feminina, chamadabetesporte saJoshiBu.

O primeiro Mundial para mulheres só aconteceubetesporte sa1980. A Olimpíadabetesporte saSeul,betesporte sa1988, teve o judôbetesporte saforma experimental e,betesporte sa1992, nos Jogosbetesporte saBarcelona, o judô feminino se tornou modalidade fixa. O masculino foi disputado pela primeira vezbetesporte saTóquio 1964.

A saga da mãe na China

Ketleyn contou quebetesporte samãe, Rosimeire, é talvez o grande nome por trás da medalhabetesporte saPequim 2008, tirandobetesporte saavó, Marilda, que a levava nos treinamentos e buscava no colégio. Cabeleireira, dona Rosi trabalhava intensamente para ajudar a filha. Mal conseguia ver seus torneios já que, no sábado, o movimento do salão era ainda maior.

Aos 17 anos, quando a judoca se mudou ao ladobetesporte saÉrika Miranda e foi morarbetesporte sauma repúblicabetesporte saBelo Horizonte para treinar, recebeu um apoio enorme. Mas a maior demonstraçãobetesporte saamor viria anos depois, na edição chinesa dos Jogos. Rosimeire prometeu à filha que iria ver suas lutas ao vivo.

- Quando ela falou que ia para Pequim, não acreditei. Disse que amaria, mas ela não tinha nem passaporte. Ela e minha madrinha arrumaram. Mobilizaram os mercadinhos pertobetesporte sacasa, mercearia, colégio, fizeram rifas... Um mês antes saímos para aclimatação no Japão. Ela disse que estava arrumando o dinheiro da passagem. Eu não tinha como me comunicar com ela. No primeiro dia, os voluntários chamaram a técnica e disseram que minha mãe estava lá fora. Quando eu saí, foi muita alegria, muita emoção. Eu vi que a determinação, essa garra, vontade que eu tenho, não foi à toa - comentou.

Ketleyn Quadros, do judô, com a avó Marilda e a mãe Rosimeire — Foto: Mayara Ananias/CBJ

A mãebetesporte saKetleyn ficou hospedadabetesporte saum hotel combetesporte samadrinha e saiu com uma plaquinhabetesporte sainglês escrito que queria assistir à filha e não tinha ingresso. Ela ficoubetesporte safrente à bilheteria até que um jornalista chinês se sensibilizou pela história e a ajudou a escrever o recadobetesporte sachinês, pois, naquela época, poucas pessoas falavam inglês por lá.

- Várias pessoas iam passando para falar que, se tivesse ingresso, vendiam para ela. Só sei que uma hora ela conseguiu comprar o ingresso. O jornalista acompanhou elasbetesporte satudo. Vi minha mãe no dia da Sarah (Menezes). Eu só lutaria no 3º dia. Minha mãe me tranquilizou. Fiquei muito felizbetesporte sater visto ela na competição. Lembro atébetesporte saum vestido que tinha comprado para elabetesporte sauma feirinha. Quando eu a vi com o vestido, com a faixa, me senti confiante. Foi um dia mágico, abençoado. Se você me perguntarbetesporte sadetalhes, nem lembro. Parece que foi um sonho.

Ketleyn Quadros, do judô, combetesporte saavó Marilda — Foto: Mayara Ananias/CBJ

Sorte para Maurren Maggi

No dia 11betesporte saagostobetesporte sa2008, Ketleyn Quadros se tornou a primeira mulher do Brasil a conquistar uma medalha olímpicabetesporte saesportes individuais com seu bronze. 11 dias depois,betesporte sa22betesporte saagosto, Maurren Maggi acabou levando um ouro no saltobetesporte sadistância. Mas o que nem todos sabem é que Ketleyn deu sorte para Maurren.

Tatiana Lebedeva Rússia pódio saltobetesporte sadistância Pequim 2008 Maurren Maggi — Foto: Stu Forster/Getty Images

Logo depoisbetesporte saconquistarbetesporte samedalha, cansada após fazer exame antidoping, dar inúmeras entrevistas, participarbetesporte sacoletiva e arrumar tudo, Ketleyn seguiu para o prédio onde estava hospedada a seleção brasileirabetesporte sajudô na Vila Olímpica. Maurren Maggi estava paradabetesporte safrente ao edifício onde estava hospedada. Ela parabenizou a judoca e pediu para ver a medalha. Deu sorte.

- Ela pegou, ficou super feliz. Dias depois, ela ganhou. Voltou com a delabetesporte sacampeã, mais que merecido. Fiquei muito feliz. A gente só se encontrou por lá. Depois que ela correu e ganhou a medalha dela, ela ficou por conta sóbetesporte saimprensa. Quase não pisei o pé na Vila mais. A gente não se viu mais. Foi um caso atípico, porque a gente não se conhecia, mas foi muito legal. Deu sorte para ela, foi muito legal.

Esperança por nova Olimpíada e carreira reinventada

Em Londres 2012, Ketleyn perdeu a vaga para Rafaela Silva, que acabou se tornando campeã olímpica na categoria -57kg na Rio 2016. Nos Jogos do Riobetesporte saJaneiro, viu Mariana Silva se classificar no finzinho da corrida olímpica. Ou seja, desde que foi bronzebetesporte saPequim 2008, a brasiliense não conseguiu disputar os Jogos, fato que ela espera mudar daqui a dois anos,betesporte saTóquio 2020.

Para isso, a atleta está "reinventando"betesporte sacarreira. Depoisbetesporte sa12 anosbetesporte saMinas Tênis Clube, ela fechou com a Sogipa. Deixou Belo Horizonte para seguir para Porto Alegrebetesporte saolhobetesporte sauma mudança total que, quem sabe, pode ser o que faltava. A propósito, não é só a nova participação nos Jogos Olímpicos que enche os olhosbetesporte saKetleyn.

Ketleyn Quadros no Mundialbetesporte saJudôbetesporte sa2017betesporte saBudapeste — Foto: Paulo Pinto / CBJ

A brasiliense sonha com uma medalha no Mundial que, esse ano, acontecebetesporte saBaku, no Azerbaijão. A Sogipa, segundo ela, chamou a atenção pois têm João Derly e Mayra Aguiar como bicampeões mundiais, e nomes da seleção brasileira, como Érika MIranda, Felipe Kitadai e Maria Portela.

- É uma referência para mim pensandobetesporte saciclo olímpico,betesporte sa2020. Chegou o momentobetesporte samudança. É um dos principais clubes na modalidade, temos o maior númerobetesporte saatletas na seleção. Apesarbetesporte sao judô ser um esporte individual, não conseguimos treinar sozinhos e é preciso ter companheiros que te tirem da zonabetesporte saconforto. Minha mudança foi para conquistar uma medalhabetesporte saMundial a curto prazo, ficar na seleção e, no futuro, chegar a mais uma Olimpíada. Estou me reinventando, a mudança não foi fácil, mas tenho certeza que é para melhor - comentou.

Ketleyn agora será colegabetesporte saclubebetesporte saMayra Aguiar, bicampeã olímpica — Foto: Paulo Pinto / CBJ

No currículo, Ketleyn foi ouro na Universíade Kazan (2013), ganhou os GPsbetesporte sa- Tashkent e Almaty (2013) e Cancun (2017), levou a prata no GSbetesporte saMoscou (2013) e ficou com o bronze no GPbetesporte saDusseldorf (2014) e no GSbetesporte saAbu Dhabi (2016) e três terceiros lugares no Pan-Americano (2008, 2013 e 2014).

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