Ex-presidente do Bahia se inspira no City e monta rede multiclubes no Brasil

Guilherme Bellintani é dono da SAF do Londrina e está à frentepartners bullsbetoutros três clubes no Brasil. Ao ge, ele diz que mira negóciospartners bullsbetPortugal e Uruguai e fala sobre Fair Play financeiro

Por Rodrigo Saviani — Londrina


Ex-presidente do Bahia e dono da SAF do Londrina cria rede multiclubes inspirado no City

Com inspiração no Grupo City, o ex-presidente do Bahia e atualmente dono da SAF do Londrina, o empresário Guilherme Bellintani tem apostado no modelopartners bullsbetrede multiclubes dentro do Brasil. O formato repete o que é feito por vários grupos fora do país, mas com foco mais nacional.

Além do time paranaense, a Squadra Sports,partners bullsbetBellintani, está à frente atualmente do Ypiranga-BA, do Linense-SP e do VF4-PB. A empresa mira ainda clubespartners bullsbetPortugal e do Uruguai para fechar a plataforma.

Em entrevista ao ge, Guilherme Belliintani detalhou que essa ideia surgiu no períodopartners bullsbetque conduziu a negociação da venda da SAF do Bahia para o City Football Group (CFG),partners bullsbetpropriedade do emiradopartners bullsbetAbu Dhabi. O CFG já engloba maispartners bullsbetuma dezenapartners bullsbetclubespartners bullsbetquatro continente distintos.

– Fiquei um ano trabalhando com o City ali, compreendendo o que é o COM [multi-club ownership], uma plataformapartners bullsbetclubespartners bullsbetpropriedadepartners bullsbetum mesmo grupo. Vi como é a lógicapartners bullsbetfuncionamento, o dia a dia da gestão, a estratégiapartners bullsbetalocaçãopartners bullsbetjogador,partners bullsbetaquisiçãopartners bullsbetjogador jovem, depois você o joga num time um pouco maispartners bullsbetvitrine para projetá-lo, como é a lógicapartners bullsbetparticipação nas competições, como você contrata um jogador não apenas para aquele clube específico, mas para a plataforma inteira – detalhou Bellintani.

– E eu me perguntava muito: por que o Brasil não criou o seu próprio multiclubes ainda? Criamos a Squadra, logo depois da minha saída do Bahia, e comecei a operar esse projeto – completou.

partners bullsbet Rede multiclubes da Squadra Sports

  • Londrina: 90% da SAF - investimento previstopartners bullsbetR$ 100 milhõespartners bullsbetseis anos
  • Ypiranga-BA: gestão do departamentopartners bullsbetfutebol por 10 anos
  • Linense-SP: 85% do clube, que é S.A; investimentopartners bullsbetR$ 27 milhõespartners bullsbetseis anos, aporte pode chegar a R$ 48 milhões se chegar à elite do Paulistão
  • VF4-PB: 50% do clube paraibano, que é do ex-lateral Victor Ferraz

Guilherme Bellintani, dono da SAF do Londrina — Foto: Rodrigo Saviani/ge

Na entrevista ao ge, Bellintani abordou também outros assuntos, como o aumentopartners bullsbetSAFs no Brasil e a necessidadepartners bullsbetse aplicar um Fair Play financeiro que faça os clubes cumprirem as obrigações financeiras.

– O Fair Play financeiro, antes disso, é dizer: meu amigo, se você contrata aquele número 10, que lhe custa R$ 1 milhão, você tem que pagar, porque se você não pagar, você vai perder um ponto na competição – opinou.

partners bullsbet Confira os assuntos da entrevista:

partners bullsbet SAFs no futebol brasileiro

Ex-presidente do Bahia, Guilherme Bellintani avalia as SAFs no futebol brasileiro

Bellintani opina que os clubes não são “obrigados” a se transformarempartners bullsbetSAF, dentro do cenário atual. Ele aponta que,partners bullsbetalguns casos, esse modelo não é necessário, como para o Flamengo e o Palmeiras, por exemplo.

– Não existe uma única fórmulapartners bullsbetdar certo ao futebol. Tem clubes que não precisam fazer SAF, que não querem, pela culturapartners bullsbetgestão da associação, por exemplo. O Flamengo não precisa fazer uma SAF, o Palmeiras não precisa fazer. Clubes que são muito poderosos do pontopartners bullsbetvista econômico e estão organizados da porta para dentro – disse.

– Tem clubes que são poderosos no pontopartners bullsbetvista econômico, mas estão desorganizados da porta para dentro. Esse clube tem duas alternativas: ou faz uma SAF para se organizar, pagar dívidas... Ele fatura R$ 1 bilhão por ano, mas ele gasta R$ 1,2 bi, R$ 1,3 bi. Às vezes ele precisapartners bullsbetuma SAF para pagar dívida e para organizar. Ou às vezes é capaz, como o Palmeiras fez desde 2014,partners bullsbetvirar o jogo do próprio projeto associativo. É outra alternativa – prosseguiu.

– Por outro lado, tem clubespartners bullsbetdois tipos ainda: os que estão inviabilizados economicamente, por mais que sejam grandes, mas o tamanho da dívida já inviabiliza. É muito difícil fazer uma mudança sem injeção fortepartners bullsbetcapital externo. Então a SAF é uma saída. Foi um exemplo do Vasco, com a 777, na origem, ou do próprio Atlético-MG, que tinha o endividamento alto.

– E tem clubes que não estão necessariamente com o endividamento alto, mas veem na SAF um modelo mais sólidopartners bullsbetmédio e longo prazo, com injeçãopartners bullsbetrecurso, mas também com injeçãopartners bullsbettecnologia,partners bullsbetgestão estável no médio e longo prazo. Isso faz com que os clubes consigam se planejar mais – completou.

partners bullsbet O exemplo do Bahia

Presidente do Bahia, Bellintani fala sobre a proposta do Grupo City pela primeira vez

Guilherme Bellintani foi presidente do Bahiapartners bullsbetdois mandatos, entre 2018 e 2023, sendo reeleito com 86% dos votos. Neste período, o time foi campeão da Copa do Nordestepartners bullsbet2021 e tetracampeão Baiano. No Brasileirão, amargou o rebaixamento para a Série Bpartners bullsbet2021, mas conseguiu o acesso na temporada seguinte.

Além disso, ele inaugurou,partners bullsbet2020, o novo centropartners bullsbettreinamentos do clube e encabeçou a venda da SAF para o Grupo City,partners bullsbetmaiopartners bullsbet2023.

– O Bahia tinha uma dívida, mas não era uma dívida absurdapartners bullsbettermospartners bullsbettamanho. Mas a gente entendia que um bom caminho para elevar o nível técnico do clube era trazer parceiros. Conseguimos trazer lá o Grupo City, o Manchester City, todos os seus clubes do mundo inteiro. E hoje o Bahia passou por uma transformação grande – contou.

– Quando a Lei da SAF foi aprovada,partners bullsbetagostopartners bullsbet2021, logo depois eu comecei a procurar parceiros para oferecer à torcida uma avaliação sobre SAF. E o primeiro da lista era o Grupo City por razões óbvias, o grupo que é o mais bem sucedido no mundopartners bullsbettermospartners bullsbetgestãopartners bullsbetfutebol. E a gente bateu na porta do City, mostramos o nosso projeto, mostramos o clube e essa conversa evoluiu muito. Ao longopartners bullsbetum ano, um ano e pouco, a gente conseguiu fechar todo o projeto – continuou.

Eu me orgulho muito disso, acho que o futebol brasileiro ganha com a chegada do Grupo City, e eu acho que o tempo vai mostrar que esse tipopartners bullsbetprojeto, não apenas esse do Bahia com o City, mas esse tipopartners bullsbetprojeto, que é cuidadoso, que é responsável, que cumpre as regras, que não quer fazer no oba-obapartners bullsbetdar resposta imediata, dizendo que vai assinar um chequepartners bullsbetmilhões para o próximo ano para contratar jogadorespartners bullsbetqualquer jeito, que vai com cuidado, esse projeto vai ser vencedor do futebol brasileiro, com certeza – completou.

partners bullsbet O Londrina e o início da plataforma multiclubes

Redação Sportv debate rede multi-clube norte-americana que perdeu três clubespartners bullsbetdois meses

Após deixar o Bahia, Guilherme Bellintani começou a trabalhar com a própria empresa, a Squadra Sports, e o primeiro grande passo foi a compra da SAF do Londrina. As negociações avançarampartners bullsbetdezembro do ano passado, quando o LEC tinha acabadopartners bullsbetrescindir com a SM Sports, gestora do clube entre 2011 e 2023.

Uma proposta vinculante foi aprovada, a Squadra começou a fazer um trabalhopartners bullsbetparceira, inicialmente, até que a vendapartners bullsbet90% da SAF do Londrina fosse concluída.

Após assumir o Londrina, Bellintani e a Squadra Sports chegaram a um acordo para administrar o departamentopartners bullsbetfutebol do Ypiranga-BA, clubepartners bullsbetIrmã Dulce e terceiro maior campeão baiano, que está fora da elite estadual há 25 anos.

Em agosto, o empresário acertou a comprapartners bullsbet85% do Linense-SP, que é um clube-empresapartners bullsbetcapital fechado. A negociação prevê o investimentopartners bullsbetR$ 27 milhões no clubepartners bullsbetseis anos. Caso a equipe conquiste o acesso à elite estadual (atualmente disputa a Série A2, equivalente à segunda divisão), o aporte pode chegar a R$ 48 milhões.

– Fechamos a participação agora no clubepartners bullsbetempresa do Linense, lápartners bullsbetLins,partners bullsbetSão Paulo, que é um projeto que vai ser irmãopartners bullsbetLondrina. Primeiro que é bem próximo, a gente está aqui a cercapartners bullsbet300 kmpartners bullsbetLins, então já vai ter muita afinidade, vai ter muita complementariedade – detalhou.

Por fim, Bellintani adquiriu 50% do VF4-PB, que pertence ao ex-lateral Victor Ferraz, que jogou por Santos, Grêmio e outros clubes.

– Acabamospartners bullsbetfechar agora um clube na Paraíba, também um clubepartners bullsbetbase, que é o VF4, um clube junto com Victor Ferraz, que é o ex-lateral, jogou no Grêmio, jogou no Santos e formou o VF4, que é um projeto belíssimo na Paraíba, é inclusive multicampeãopartners bullsbetbase da Paraíba, é o clubepartners bullsbetbase mais relevante no estado da Paraíba, e nós adquirimos ali 50% daquele projeto e integramos isso agora na plataforma – explicou.

– Além disso, estamos olhando clubepartners bullsbetPortugal também, com muita cautela, cuidado, planejamento, olhando muito a questão financeira para não dar um passo exagerado. E,partners bullsbetalguma hora, também um clube do Uruguai. Esse é o nosso objetivo. a gente vai ter,partners bullsbetfato, o primeiro multiclubes brasileiro, que é o maior exportadorpartners bullsbetatletas do mundo. A gente acredita que a Squadra pode ser uma grande também formadora e exportadorapartners bullsbetatletas, estando construindo essa plataforma dentro do Brasil – reforçou.

partners bullsbet Multiclubespartners bullsbetuma mesma competição?

Recentemente, o Órgãopartners bullsbetControle Financeiro dos Clubes da UEFA (UEFA Club Financial Control Body - CFCB) optou por autorizar mais uma vez que clubes pertencentes a um mesmo grupo econômico disputem simultaneamente competições continentais.

No dia 5partners bullsbetjulho o CFCB publicou uma nota justificando a autorizaçãopartners bullsbetdois casospartners bullsbetuma mesma rede – “Manchester City e Girona FC” e “Manchester United e OGC Nice”. Originalmente, a regulação da UEFA prevê que o clube com a pior colocação no ranking deve ser excluído das competições europeias. Com a nova formapartners bullsbettratar o assunto, a UEFA evita a exclusão e ao mesmo tempo não desestimula a expansão das redes multiclubes.

E como ficaria no Brasil? Bellintani foi questionado sobre o que poderia acontecer caso o Londrina e outro time da plataforma da Squadra cheguem à mesma competição nacional, por exemplo. Ele pontuou que possui diferentes interesses para cada um dos clubes.

– Primeiro que o Ypiranga-BA e o VF4 são clubespartners bullsbetbase. Não está no nosso propósito fazer clubes que tenham aspiraçõespartners bullsbettime profissional. Eventualmente o Ypiranga pode lá jogar a Segunda Divisão do Campeonato Baiano com o time sub-20. Se subir para jogar a primeira divisão, ótimo. É uma pretensão que a gente tem, o Ypiranga tem uma torcida relevante, quer um pouco isso. Mas hoje o projeto não é fazer um time profissional para chegar no topo do futebol nacional. É começar pela base e fazer uma coisapartners bullsbetmédio e longo prazo – explicou.

– Já o Londrina e o Linense também não jogam a mesma competição. Estão distantespartners bullsbetjogar. O Linense está na Série A2 do Paulista. Então semprepartners bullsbetobediência à lei, a norma toda, à Lei Geral do Esporte, à Lei da SAF.

– Se algum dia os times estiverem na mesma competição, a gente vai observar qual é o regulamento da CBF para esses casos, vai cumprir o regulamento, é o nosso objetivo. Mas sem deixarpartners bullsbetser ousado, ousado, audacioso – garantiu.

Bellintani citou ainda que o principal foco estápartners bullsbetfazer uma rotaçãopartners bullsbetjogadores entre os times, aproveitando os nomes que surgirem principalmente nas categoriaspartners bullsbetbase, com o Londrina sendo a referência, como se fosse o “Manchester City” do grupo.

– Em termospartners bullsbetformaçãopartners bullsbetatleta, tem muito atleta que está lápartners bullsbetSão Paulo, vai estar na base do Linense, e quando se destacar vem aqui jogarpartners bullsbetLondrina, ou algum atleta aquipartners bullsbetLondrina que quer jogar numa primeira divisão do Campeonato Paulista, se o Linense estiver lá, vamos jogar para lá também.

– A nossa ideia é que cada clube individualmente, isoladamente, ele fica mais frágil, quando ele se junta numa plataforma dessa, cada um individualmente se fortalece muito. E, no caso do Londrina, com a satisfaçãopartners bullsbetser o clube central desse projeto, pelo fatopartners bullsbetter a história que tem, a tradição que tem, e estar nas competiçõespartners bullsbetmais alto nível.

partners bullsbet Fair Play financeiro no Brasil

Guilherme Bellintani, dono da SAF do Londrina, fala sobre Fair Play financeiro no Brasil

Bellintani também foi questionado sobre o que pensapartners bullsbetrelação a implementação do Fair Play financeiro no futebol brasileiro. O assunto foi debatido pela Comissão Nacionalpartners bullsbetClubespartners bullsbetsetembro, para que medidas sejam tomadas a partirpartners bullsbet2025.

O tema surgiu pelos movimentos da janelapartners bullsbettransferências e pela manutenção da competitividade. Também por clubes que estão devendo e não estão pagando. Outro tema foi a questão dos times que fazem partespartners bullsbetgrupos com donos, devido às transferências que feriram o fair play financeiro na Europa.

– As pessoas estão falando muito do Fair Play financeiro a partir da chegada das SAFs com o intuitopartners bullsbetcontrolar o investimento externo. Mas tem uma coisa que antecede a isso, que também faz parte do Fair Play financeiro, que é a responsabilidade na gestão dos seus pagamentos. É dizer, “meu amigo, se você contrata aquele número 10, que lhe custa R$ 1 milhão, você tem que pagar, porque se você não pagar, você vai perder um ponto na competição” – disse.

– Tem que atuar lógico no controle da injeçãopartners bullsbetrecursos externos? Óbvio que sim. Senão o campeonato fica com a disputapartners bullsbetbilionários para ver quem pode mais. Mas antes disso, a gente tem que falar o seguinte: espera aí, quem é que está comprando tanto jogador, pegando folhaspartners bullsbetfutebol tão altas, colocando dentro do seu orçamento e não tá conseguindo honrar? Esse é um problema também do fair play financeiro. O Fair Play financeiro, ele não é uma regra simples, ele é um sistema. Ele tem que prever determinadas, variadas circunstâncias para vários casos diferentes – finalizou.

partners bullsbet Foco principal no Londrina

Dono da SAF do Londrina faz balanço do ano, projeta 2025 e quer manter Claudinei

Bellintani tem concentrado principalmentepartners bullsbetestruturar o Londrina. No primeiro ano da SAF (ou como ele prefere dizer, o "ano zero", o Tubarão brigou pelo acesso à Série B até a última rodada, mas acabou perdendo a vaga.

Por outro lado, investimentos estão sendo feitos, como o retorno do LEC ao estádio VGD e a comprapartners bullsbetum terreno para a construção do centropartners bullsbettreinamentos do clube, com obras previstas para começar no primeiro trimestrepartners bullsbet2025. Outro ponto está na reaproximação com o torcedor, algo que ficou distantepartners bullsbetanos anteriores, mas apresentou uma melhora inicial nesta temporada, com a melhor médiapartners bullsbetpúblico pagantepartners bullsbetoito anos.

– Com Londrina a gente está no começopartners bullsbetuma relação, uma relação que precisa ser construída aos poucos, sem coisas muito exageradas, sem nada que... As coisas vão ao seu tempo, eu vou buscar conectar o Londrina mais com a cidade, a cidade e eu me conectando aos poucos com a cidade, entrando devagar, pedindo licença – pontuou.

Só pelo pontopartners bullsbetvista econômico, a gente quer construir um projeto relevante. A gente quer construir um projeto no futebol quepartners bullsbettermospartners bullsbetempreendimento econômico, como investimento, seja algo que daqui a alguns anos as pessoas olhem e falam assim, aquele cara que começou lápartners bullsbet2024 a fazer o primeiro multiclubes brasileiro, a construir um negócio bem interessante - encerrou.