Da carta à pintura, o que molda os sonhos e a força mentalbanca aposta esportivaBia Haddad

A história que Beatriz Haddad Maia escreve no tênis tem pinceladas do berço familiar e cores novas apresentadas pelo técnico

Por Marcel Merguizo — São Paulo


Hoje sentei no sofábanca aposta esportivacasa para assistir à Roland Garros, como fazia na adolescência, vendo um brasileiro ganhar e avançar às semifinais. Há, claro, grandes diferenças duas décadas depois. As principais respondem no artigo feminino. Agora quem pisa na terra sagrada da capital francesa é uma mulher, uma brasileira, Beatriz Haddad Maia. E sebanca aposta esportivaParis Bia tem a companhiabanca aposta esportivamãe, amigas e uma enorme torcida,banca aposta esportivaSão Paulo contei com a parceria da minha filha nesta manhã.

Bia Haddad vence 7ª do mundo e está na semifinalbanca aposta esportivaRoland Garros

Aos 5 anos, Júlia preferiu desenhar nos momentos decisivos do jogo, claramente para não ficar nervosa diante da TV. Enquanto isso, a tensão tomava conta da sala. Após 20 páginas feitas para darbanca aposta esportivapresente aos amigos da escola, Juju me perguntou: "O que desenho agora, pai?". Tão rápido quanto a devolução da Bia nos últimos pontos do terceiro set contra Ons Jabeur, respondi: "Desenha a bolinhabanca aposta esportivatênis que você ganhou da Bia, filha". De bate-pronto: "Mas eles não conhecem a Bia".

Vão conhecer, filha. Como conheci Gustavo Kuerten e Fernando Meligeni quando lutaram naqueles junhosbanca aposta esportiva1997, 1999, 2000, 2001... Porque Bia Haddad está escrevendo uma história linda tal qual Guga desenhou um coração naquela saibro. E entre papel e tintas, lembreibanca aposta esportivaduas das últimas vezes que estive com a melhor tenista brasileira da história depoisbanca aposta esportivaMaria Esther Bueno.

Bolinhabanca aposta esportivaRoland Garros com autógrafobanca aposta esportivaBia Haddad — Foto: Marcel Merguizo

Primeiro, as palavras. Em 2017, Bia então com 21 anos nos recebeu e contou que havia escrito uma carta para ela mesma, dez anos antes. Entre curiosidadesbanca aposta esportivauma meninabanca aposta esportiva11 anos, ela se perguntava se ainda continuava jogando tênis. A resposta, obviamente, era que sim. Mas a Biabanca aposta esportiva21 anos então perguntou para a Bia do futuro: "Você ainda quer ser a número 1 do mundo?".

Nesta semana, ainda sem saber o que vai acontecer no capítulo finalbanca aposta esportivaRoland Garros 2023, é possível afirmar que o nomebanca aposta esportivaBeatriz Haddad Maia vai aparecer pela primeira vez na lista das 10 melhores do mundo no ranking da WTA. Então, Bia do futuro, na metade do caminho, antesbanca aposta esportivacompletar 10 anos da pergunta, já é possível saber que você ainda sonha, sim, com o topo.

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Depois, os desenhos. No mais recente encontro com Bia, neste ano, ela contou que estava pintando por sugestão do seu técnico, Rafael Paciaroni. Os quadros a ajudariam a se concentrar, a focar maisbanca aposta esportivaalgo sem ligação com o esporte, quando não estivesse nas quadras. Deu certo. Tanto Bia está cada vez melhor com os pincéis quanto no momentobanca aposta esportivaque empunha a raquete.

Essa sintonia, recente, com Rafa tornou Bia mais forte mentalmente. E não é só pelas orientações à beira da quadra ou porque ele libera a atletabanca aposta esportiva17 anos para comer hamburguer, beber cerveja e ir a um showbanca aposta esportivarock depoisbanca aposta esportivauma semana vitoriosa. A menina que já foi apelidadabanca aposta esportiva"Cavala" por Larri Passos,banca aposta esportivareferência à força que tinha nos golpes dez anos atrás (aliás, mesmo apelido que o treinador dava a seu pupilo Guga nos treinos, ao chamá-lobanca aposta esportiva"Cavalo"), agora tembanca aposta esportivaum treinador que se dedica a treinar a força que ela precisava para chegar ainda mais longe, a força mental.

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Bia é forte. Forte como as mulheres que ela sempre exalta nas entrevistas. As mulheres brasileiras, as mulheres sul-americanas, ela reforça. As mulheres que a inspiraram, como a mãe, a tia, a madrinha, a avó. Coincidência, aliás, que nessas duas entrevistas acima a avó Miminha estava presente. Como está diariamente na quadrabanca aposta esportivatênis, aos 89 anos. Um exemplo que Bia carrega onde vai, forte como a tinta num quadro, definitivo como palavras num papel.

A bolinha do início da história? Foi autografa por Bia Haddad, um presente para a Júlia. E, adivinhe, a amarelinha ébanca aposta esportivaRoland Garros.

Blog Olímpico Marcel Merguizo — Foto: Reprodução