Por Rafael Lopes

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Hamilton x Verstappen: um revival das disputas entre Senna e Mansell

No GP da Hungria, heptacampeão toureou o holandês durante 35 das 70 voltas e foi ao pódio

Voando Baixo — Riobrabet logoJaneiro


É fato que a temporada 2024 da Fórmula 1 melhorou muito com o fim do domínio absoluto da RBR ebrabet logoMax Verstappen. Já são sete vencedores diferentesbrabet logo13 corridas - maior número desde 2013, quando oito pilotos subiram ao alto do pódio nos 20 GPs daquele campeonato. Além disso, as quatro equipes grandes já triunfaram - dos oito pilotos, apenas Sergio Pérez ainda não conseguiubrabet logovitória. É nesse cenáriobrabet logoequilíbrio que personagens que estavam sumidos ressurgiram com força. E colocando os antigos protagonistas, mesmo que ainda tenham vantagem na tabela, como coadjuvantes.

NA PONTA DOS DEDOS: Rafael Lopes, Luciano Burti e Átila Abreu falam dos GPs da Hungria e Bélgica

O Hungaroring foi palco, no último domingo,brabet logouma masterclassbrabet logodefesabrabet logoposição. Ministrada por ninguém menos que o heptacampeão Lewis Hamilton. Isso mesmo, aquele que muita gente dizia que estava velho, acabado e desmotivado por estar saindo da Mercedes no fimbrabet logo2024. Vimos o real inglêsbrabet logoduas corridas seguidas: na grande vitóriabrabet logocasa, no GP da Inglaterra,brabet logoSilverstone, e agora no GP da Hungria. O 200º pódiobrabet logoHamilton veio com uma atuação exuberante, toureando com maestria o velho rival Verstappen, que tinha pneus melhores e a asa móvel (DRS) disponível para as tentativasbrabet logoultrapassagem.

Ayrton Senna segura Nigel Mansell no inesquecível GPbrabet logoMônacobrabet logo1992 — Foto: Paul-Henri Cahier/Getty Images

Meninos e meninas, eu vi. Assistindo a essa disputa no Hungaroring, lembrei dos áureos temposbrabet logoque Ayrton Senna e Nigel Mansell se digladiavam nas pistas da Fórmula 1, principalmente no início dos anos 1990. A dinâmica da batalha foi bem parecida, inclusive. Na época, o brasileiro tinha um carro inferior, no fim da fase do domínio da McLaren. E o Leão inglês pilotava a famosa Williamsbrabet logooutro planeta, carros recheadosbrabet logotecnologia avançada - controlebrabet logotração, suspensão ativa, freios ABS. Mesmo assim, não era raro ver Senna se manter à frente do rival mesmo com equipamento inferior, contando apenas com o braço e usando a seu favor a tradicional afobaçãobrabet logoMansell.

A mais clássica delas, claro, foi a do GPbrabet logoMônacobrabet logo1992, quando Mansell, com quase 30 segundosbrabet logovantagem, teve um pneu furado, entrou nos boxes e voltou atrásbrabet logoSenna. Mesmo com pneus novos e uma Williams muito melhor que a McLaren MP4/7 do rival, o inglês não conseguiu a ultrapassagem. Mestre das ruas do principado, o brasileiro colocou seu carro no meio da pista e bloqueou todas as tentativas do Leão. E a quinta vitóriabrabet logoMonte Carlo veio com uma margembrabet logoapenas 215 milésimos,brabet logouma atuação épica do já tricampeão da F1.

Ayrton Senna segura Nigel Mansell no inesquecível GPbrabet logoMônacobrabet logo1992 — Foto: Pascal Rondeau/Allsport/Getty Images

No último domingo assisti a um revival desses duelos. Durante 35 voltasbrabet logodois stints durante o GP da Hungria, Lewis Hamilton segurou Max Verstappen impediu a ultrapassagem do rival, e assegurou seu 200º pódio na Fórmula 1. O heptacampeão deu uma masterclassbrabet logodefesabrabet logoposição. E tudo dentro dos limites do regulamento. Tal qual Senna, Hamilton posicionou seu carro no meio da pista, para não deixar espaço para o holandês, que tinha pneus bem mais novos e a possibilidadebrabet logoacionar a asa móvel (DRS) para concretizar a manobra. O inglês induziu o rival a pelo menos dois enormes erros durante a corrida e assegurou a terceira posição, atrás apenas dos pilotos da McLaren.

Verstappen, porbrabet logovez, foi toureado com maestria por Hamilton. O holandês me fez lembrarbrabet logovários momentos a afobação clássicabrabet logoNigel Mansell. O Leão era um piloto extremamente talentoso, mas muito desastrado e sem paciência. Senna era um magobrabet logoprovocar a irritação do inglês dentro da pista. Sem ter mais o carro dominantebrabet logooutrora, Verstappen entrou nesse modo afobado. Não fossem suas duas tentativas desastradasbrabet logoultrapassar Hamilton, ele poderia ter brigado pela vitória. Mas preferiu brigar com Gianpiero Lambiase, seu engenheiro, pelo rádio, e desobedecer vários pedidos da RBR para quebrabet logoestratégia funcionasse. Nada deu certo para Verstappen e a paciência acabou.

Max Verstappen perseguindo Lewis Hamilton durante o GP da Hungria, no Hungaroring — Foto: James Sutton/F1 via Getty Images

A quedabrabet logodesempenho da RBR está expondo novamente a imaturidadebrabet logoVerstappen. Os inúmeros xingamentos pelo rádio na Hungria mostram isso. O holandês parecia ter dado um passo adiante no períodobrabet logoextrema dominância da equipe austríaca. Ledo engano. O potencialbrabet logoerros segue presente no holandês. Max tem a faca e o queijo na mão para ganhar o tetra neste ano. Mas se continuar a errar nesse nível, poderá ter dificuldades nas corridas finais do campeonato. A conferir.

Max Verstappen com carabrabet logopoucos amigos nas entrevistas após o GP da Hungria — Foto: Beata Zawrzel/NurPhoto via Getty Images
Perfil Rafael Lopes — Foto: Editoriabrabet logoArte/GloboEsporte.com