Normalmente uma época tranquila na Fórmula 1, a pausa para as fériasaposte on lineverão da categoria começou diferenteaposte on line2022. Tudo por causa do comboaposte on lineanúncios bombásticos ocorridos no fimaposte on linesemana do GP da Hungria. Primeiro, a inesperada aposentadoriaaposte on lineSebastian Vettel, que deixará o esporte no fim do ano. Depois, a contrataçãoaposte on lineFernando Alonso para ser o primeiro piloto da Aston Martin a partiraposte on line2023, pegando a Alpineaposte on linesurpresa. E, por último, o anúncio da equipe francesa da efetivação do reserva Oscar Piastri, negado menosaposte on lineduas horas depois pelo próprio australianoaposte on linenota oficial nas redes sociais,aposte on linecena inédita na F1.
- Efeito Binotto: Leclerc saiaposte on lineférias com perdaaposte on line159 pontos
- Ferrari tem derrota histórica; Red Bull vence na tática
- Fast Facts: Verstappen iguala maior recuperação da Red Bull
- De "descolada" a retrógrada:aposte on line17 anos, a guinada da Red Bull
- #NaPontadosDedos: assista aos programasaposte on line2022
Para entender o caso Piastri-Alpine, um breve resumo: a equipe francesa tinha o australiano sob dois contratos. Um deles era o da academiaaposte on linepilotos,aposte on lineadministraçãoaposte on linecarreira, que obrigava o time a conseguir uma vagaaposte on linetitular para 2023 - com prazo limite para isso no dia 31aposte on linejulho. O outro é o compromissoaposte on linereserva/pilotoaposte on linetestes, que obrigava a Alpine a colocar Piastri no carro sempre que um dos titulares estivesse impossibilitado. Foi neste segundo documento que o time apoiouaposte on linedecisãoaposte on lineanunciar o australiano para 2023. Algo que o piloto e Mark Webber, seu empresário, discordam. E resolveram brigar judicialmente.
Como disse, a aposentadoriaaposte on lineVettel mudou completamente o cenário. No inícioaposte on linejulho, a Alpine estava decidida a renovar o contratoaposte on lineAlonso por mais um ano. O espanhol queria no mínimo dois, mas estava inclinado a aceitar o acordo por faltaaposte on lineopções na F1. A equipe, poraposte on linevez, negociava com a Williams para encaixar Piastri como titularaposte on line2023. Insatisfeito com a situaçãoaposte on lineseu piloto, Webber abriu negociações com a McLaren, visando uma vagaaposte on linereserva no próximo ano eaposte on linetitularaposte on line2024, quando o contratoaposte on lineDaniel Ricciardo enfim expirasse. A saída do tetracampeão acabou sendo o gatilho para que tudo mudar rapidamente.
Precisandoaposte on lineum piloto com o perfilaposte on lineFernando Alonso, Lawrence Stroll, dono da Aston Martin, se acertou com o espanhol rapidamente na Hungria. E combinaramaposte on lineanunciar o compromisso apenas na segunda-feira, dia 1ºaposte on lineagosto, um dia após o deadline do contratoaposte on linePiastri. A intenção? Atrapalhar a vidaaposte on lineum desafetoaposte on linecomum: Otmar Szafnauer, ex-chefe da Aston e atual comandante da Alpine. Objetivo alcançado. Ele ficou sem Alonso e sem Piastriaposte on lineuma tacada só. E tudo isso complicou a vidaaposte on lineRicciardo na McLaren, que parecia estar tranquila. A confusão forçou a equipe inglesa a antecipar os planos e contar com Piastri como titular já no próximo ano. Acredita-se que o timeaposte on lineZak Brown pagará a multa contratual do australiano, que deverá ficar sem vaga. E ele pode acabar sendo a solução para a Alpineaposte on line2023.
Em suma: um festivalaposte on lineamadorismo da Alpine, que ficou sem o ídolo veterano e a revelação na qual investiu durante anosaposte on lineuma tacada só. Situação gerida desastrosamente. A esperança da equipe francesaaposte on linerelação a Piastri é a Comissãoaposte on lineReconhecimentoaposte on lineContratos (Contract Recognition Board) da Federação Internacionalaposte on lineAutomobilismo (FIA) impugnar o compromisso com a McLaren. Mas o órgão já deu sinaisaposte on lineque aprovará a mudança do jovem para o time inglês. Um desastre.
Quando vi toda essa confusão na última terça-feira, lembrei na horaaposte on lineum outro imbróglio, ocorrido há exatamente 18 anos. No dia 5aposte on lineagostoaposte on line2004, o então prodígio Jenson Button foi anunciado como piloto da Williams para 2005. Até aí, tudo tranquilo, não é? O problema é que ele tinha um contratoaposte on linevigor com a BAR, da qual já era titular. E o time alegou que o jovem inglês não poderia ter assinado um compromisso com outro na Fórmula 1. Iniciava-se aí uma enorme batalha jurídica.
Button era considerado o prodígio da vez na Fórmula 1. Iniciouaposte on linecarreiraaposte on line2000 pela Williams e, após um ano, foi para a Benetton, que virou Renaultaposte on line2002. A BAR contratou o inglêsaposte on line2003. No ano seguinte, a equipe melhorou seu desempenho e,aposte on linealguns momentos da temporada, só tinha um carro pior que o da Ferrari campeã com Michael Schumacher. Mas com a evolução da parceria com a BMW, a Williams voltou a ser atrativa. E Button assinou por com o time para substituir o colombiano Juan Pablo Montoya, que iria para a McLaren.
Começava aí a confusão. A BAR contestou o acordoaposte on lineButton com a Williams imediatamente. A alegação: havia uma opçãoaposte on linerenovação no contrato do inglês para a equipe, que não conseguiu exercê-la. Os empresários do piloto inglês, poraposte on linevez, usaram uma cláusulaaposte on linesaída vinculada ao acordo da BAR com a Honda. Se o time corresse riscoaposte on lineperder os motores japoneses, Button estaria livre. Segundo seus advogados, o novo compromisso entre BAR e Honda não seria definitivo.
Quem resolveu a questão foi a Comissãoaposte on lineReconhecimentoaposte on lineContratos (Contract Recognition Board) da FIA. Após inúmeras audiências, a decisão saiuaposte on line20aposte on lineoutubro: Button teveaposte on lineficar na BAR e pagar uma multaaposte on line£20 milhões à Williams a títuloaposte on lineressarcimento. O piloto rompeu com John Byfield, seu empresário e chamou o amigo Richard Goodard para gerenciaraposte on linecarreira. Ele ficouaposte on lineterceiro no campeonatoaposte on line2004 e no ano seguinte terminaria à frente da dupla da Williams, formada pelo australiano Mark Webber e pelo alemão Nick Heidfeld.
O resto da históriaaposte on lineButton todo mundo conhece: ele ficou na BAR/Honda até 2008, conseguiuaposte on lineprimeira vitória na Hungriaaposte on line2006 e acabaria se tornando o campeão mais improvável da história da Fórmula 1aposte on line2009, quando a montadora japonesa saiu da F1 e Ross Brawn salvou a estrutura batizando-aaposte on lineBrawn GP. Emaposte on lineúnica temporada na categoria, a equipe levou o títuloaposte on linepilotos e oaposte on lineconstrutores. O dirigente inglês venderia o time para a Mercedes, que voltou à Fórmula 1aposte on line2010, no fim daquele ano. E a marca alemã iniciou um domínio sem precedentesaposte on lineoito anos com a era híbrida,aposte on line2014.