Rapaz, eu não queria estar na pele do responsável pelas relações com a imprensa da Federação Internacionalhttps bet7k com casino liveAutomobilismo (FIA). Na gestãohttps bet7k com casino liveJean Todt, encerradahttps bet7k com casino livedezembrohttps bet7k com casino live2021, a função era tranquila. O francês raramente se envolviahttps bet7k com casino livepolêmicas e dava entrevistas sempre calculadas, com declarações extremamente políticas. A situação, contudo, mudou desde a eleição do emiradense Mohammed Ben Sulayem. O novo presidente da FIA tem se envolvidohttps bet7k com casino livepolêmicas desde que assumiu o cargo - a maioria delas, desnecessárias. Mas que indicam uma agenda extremamente conservadora,https bet7k com casino liverotahttps bet7k com casino livecolisão, por exemplo, com a gestão mais liberal adotada pela Liberty Media na F1, por exemplo.
A fala que abre este post foi extraídahttps bet7k com casino liveuma longa entrevistahttps bet7k com casino liveBen Sulayem ao site inglês Grandprix247. E que provocou uma enorme celeumahttps bet7k com casino livetodo o mundo do automobilismo, principalmente na Fórmula 1. Em uma cajadada só, o presidente da FIA atacou o inglês Lewis Hamilton e o alemão Sebastian Vettel, que se notabilizaram por defender fortemente causas legítimas ligadas aos direitos humanos, contra o racismo e a homofobia; e até mesmo Lando Norris, que já falou várias vezes sobre a importância da saúde mental. Chamou a postura dos três pilotoshttps bet7k com casino live"crenças pessoais". Em resumo: disse que a defesahttps bet7k com casino livecausas importantes no mundo atual não são bem-vindas no automobilismo comandado por ele. Realmente, às vezes o silêncio vale ouro mesmo.
A declaraçãohttps bet7k com casino liveMohammed Ben Sulayem tem um erro crasso: para tentar confirmar seu argumento, citou dois pilotos que sempre tiveram posições políticas bastante ativas fora das pistas. Niki Lauda sempre foi contestador e muito ativo na luta por mais segurança no esporte - e, defendendo seu ponto, quase morreu na pista no acidentehttps bet7k com casino liveNürburgringhttps bet7k com casino live1976. Inclusive, o saudoso piloto austríaco sempre foi um dos apoiadores da posturahttps bet7k com casino liveHamilton dentro e fora das pistas. Já Alain Prost era a antítesehttps bet7k com casino liveLauda, mas sempre foi muito ativo nas relações com os dirigentes. Inclusive, tinhahttps bet7k com casino liveJean-Marie Balestre, então presidente da FIA, umhttps bet7k com casino liveseus maiores aliados - quem não lembra da controversa decisão do campeonatohttps bet7k com casino live1989? Lauda, tricampeão, e Prost, tetra, estão longe do estereótipo do "piloto que só se preocupavahttps bet7k com casino livecorrer". Eram extremamente ativos politicamente.
E o absurdo maior: basicamente, Ben Sulayem fez um discurso reclamando dos pilotos "tentarem impor suas crenças sobre o esporte" justamente para impor suas próprias crenças sobre o esporte. Hipocrisia pouca é bobagem. A entrevista foi um absurdo tão grande e repercutiu tão mal que o presidente da FIA tevehttps bet7k com casino liveusar suas mídias sociais para tentar esclarecer a declaração. Em suma, tentar limpar a barra após os absurdos ditoshttps bet7k com casino liveMônaco. E para completar o recibo assinadohttps bet7k com casino livetrês vias do presidente da FIA, anunciou nesta sexta a nomeação da ucraniana Tanya Kutsenko como conselheirahttps bet7k com casino liveigualdade, diversidade e inclusão.
Como erahttps bet7k com casino livese esperar, as declaraçõeshttps bet7k com casino liveBen Sulayem foram um prato cheio para as críticashttps bet7k com casino liveHamilton e Vettel na coletiva desta sexta-feirahttps bet7k com casino liveBaku. Ambos reforçaram a importância do que fazem e responderam às falas do presidente da FIA com elegância, sem citar o dirigente. E Mercedes e Alpine anunciaram várias ações contra a homofobia no mês do orgulho: para simbolizar, vão correr com detalhes com o arco-írishttps bet7k com casino liveseus carros nas corridas marcadas pela Fórmula 1https bet7k com casino livejunho.
Como se a FIA não tivesse coisas mais importantes a resolver dentro das pistas. Na Fórmula 1, especificamente, temos problemas sérios na direçãohttps bet7k com casino liveprovas - que não foram sanados pelo revezamento entre Niels Wittich e Eduardo Freitas -, no julgamento dos incidentes pelos comissárioshttps bet7k com casino liveprovas e na transparência na formulação dos regulamentos. Em vezhttps bet7k com casino liveresolver essas questões, a FIAhttps bet7k com casino liveBen Sulayem está mais preocupada com as joias que os pilotos usam ou com as causas que eles defendem. Não se enganem. Tudo isso é partehttps bet7k com casino liveum projetohttps bet7k com casino liveafirmação cultural, tentando calar as vozeshttps bet7k com casino livequem se posiciona politica e socialmente no principal palco do automobilismo mundial: a F1. E só piora a situação da FIA: quanto mais se restringe, mais se fala sobre esses assuntos.
E por último: esse discursinhohttps bet7k com casino liveque política e esporte não se misturam, no qual Ben Sulayem diz acreditar (ou quer reforçar), é balela. Como sempre digo: viver é um ato político. Ignorar o lado político, por exemplo, é assumir uma posição política. Ehttps bet7k com casino livetemposhttps bet7k com casino liveque temos vários ídolos alienados com o que está acontecendo no mundo, ter campeões que se posicionem é um alento. Por mais Hamiltons e Vettels. Por menos Ben Sulayems. Para o bem do esporte. Do automobilismo. Da Fórmula 1.