Abre Aspas: Leila Pereira, presidente do Palmeiras
Leila Pereira resgatou memórias da infância ao representar o Palmeirassenhas de pokerreunião pela primeira vez. Era iníciosenhas de poker2022, pouco após a eleição, e a presidente do Verdão, criada como filha única entre três irmãos no interior do Riosenhas de pokerJaneiro, abriu as portas da Federação Paulista para uma sala tomada por homens.
– Eu me sentisenhas de pokercasa. Tanto que o presidente da Federação falou: "Leila, parece que você está aqui desde que nasceu" – contou a dirigente, abrindo um sorriso leve, durante entrevista ao quadro Abre Aspas do ge.
Calçando sapatos Chanel e um blazer rosa texturizado, a presidente – única mulher a dirigir um clube entre as três principais divisões do Brasil – domina os espaços que entra. Enquanto ajusta o caimento da roupa, ela confere a própria imagem na câmera, pergunta sobre o enquadramento e confessa, aos risos, que se arrumou para a entrevista que viria pela frente.
– Jamais imaginei que chegaria aonde cheguei, com essa visibilidade. Inclusive porque, por incrível que pareça, eu era extremamente tímida. Hoje, eu nem sei mais o que é isso, ser tímida.
Na Sala Mundial, da Academiasenhas de pokerFutebol, Leila Pereira conversou por 1h20 sobre a própria vida no futebol. Negou ter temperamento forte ("eu sei o que quero"), explicou mudançassenhas de pokerposicionamento e a defesa às mulheres na CBF. Comentou os atritos com John Textor, Júlio Casares e Rodolfo Landim e respondeu sobre planossenhas de pokersuas empresas para Barueri, os aviões e investimentos futuros no futebol.
Também se manifestou sobre possíveis conflitossenhas de pokerinteresses, a relação com torcidas organizadas, a (ausência de) participaçãosenhas de pokerseu marido no dia a dia do clube e até o que faz nos momentossenhas de pokerlazer.
Sonhando com a reeleição no Palmeiras ao fim desta temporada, Leila diz ter encontrado no futebol o seu lugar no mundo:
– Eu ouço toda hora. "O que ela está fazendo aí? Ela não entendesenhas de pokerfutebol". Você imagina se eu entendesse. Em dois anos e alguns mesessenhas de pokermandato, eu tenho sete títulos. Sete – reforça, mostrando o número com os dedos das mãos.
- Nome completo: Leila Mejdalani Pereira
- Nascimento: 11senhas de pokernovembrosenhas de poker1964,senhas de pokerCambuci (RJ)
- Profissão: cursou Jornalismo e Direito, e é dona da financeira Crefisa e do Centro Universitário das Américas (FAM);
- Títulos como presidente do Palmeiras: Recopa Sul-Americana (2022), Campeonato Paulista (2022, 2023 e 2024), Campeonato Brasileiro (2022 e 2023) e Supercopa do Brasil (2023).
Você acredita que a passagem pela seleção brasileira como chefesenhas de pokerdelegação e seus posicionamentos na CBF, como sobre os casossenhas de pokerRobinho e Daniel Alves, a fizeram furar a "bolha" do Palmeiras e até do futebol?
– Eu entendo que furei a bolha já tem tempo. Eu furei a bolha a partir do momento que fui eleita a primeira presidente mulher do Palmeiras,senhas de pokercento e tantos anos, foi uma coisa muito diferente. Um clube tido como machista,senhas de pokerorigem italiana, eu ser eleita não tendo nenhum parentesco com italiano, meu nome é Leila Pereira, eu sou uma carioca, eu falo Palmeiras (com ênfase no S). E as pessoas no Palmeiras entenderam que eu seria a melhor pessoa para administrar aquele clube gigante. Aí eu acho que comecei a furar essa bolha.
– Quando eu tive essa oportunidade, essa confiança dos associados do Palmeirassenhas de pokerpresidir esse clube gigante, pensei comigo: o meu objetivo primeiro, sempre, é trabalharsenhas de pokerprol do Palmeiras, fazer o Palmeiras cada vez mais vencedor. Mas eu posso, com essa visibilidade que o Palmeiras dá para qualquer dirigente, aproveitar o fatosenhas de pokereu ser a primeira mulher, preciso me posicionar não sósenhas de pokerrelação ao meu clube, massenhas de pokervários assuntos, como futebolsenhas de pokergeral, o posicionamento das mulheres no futebol.
– Eu vi essa oportunidade que não poderia deixar passarsenhas de pokerhipótese alguma. E é óbvio, com toda essa visibilidade que o Palmeiras me proporciona, com todos esses títulos conquistados, porque isso me dá uma visibilidade muito maior, positiva, eu aproveito para entrarsenhas de pokertemas extremamente relevantes, como foi esse meu posicionamento como chefesenhas de pokerdelegação da seleção brasileira. Aliás, também fui a primeira, não é? Na história da seleção brasileira masculina, eu fui a primeira chefesenhas de pokerdelegação.
Em qual momento percebeu a oportunidade ou necessidadesenhas de pokerfazer estes posicionamentos?
– Na minha vida eu nunca fiz planejamento, sabe? Sempre trabalhei muito, sempre fui uma pessoa muito obstinada naquilo que naquele momento seria importante para mim. Vamos retroceder um pouco na minha infânciasenhas de pokerCabo Frio, que é uma cidade no interior do estado do Rio, lindíssima, eu fui criada nessa cidade, e jamais imaginei que chegaria aonde cheguei, com essa visibilidade, inclusive porque, por incrível que pareça, era extremamente tímida. Hoje eu nem sei mais o que é isso, ser tímida.
– Nunca fiz grandes planejamentos, mas quando a vida me dá oportunidades, eu não perco. Eu sei o que eu quero, aonde quero ir, mas não a longo prazo. Acho que a vida você faz, são momentos. E a vida me colocou aqui nessa posição, como presidente desse clube gigante, que eu trabalhei muito por isso. Nada caiu do céu, não existe sorte, existe trabalho. Só eu sei o que passei para chegar aonde eu cheguei. Então, as oportunidades vão me abrindo portas que eu vislumbro. "Poxa vida, eu posso colaborar com esse tema, eu posso colaborar com o meu gênero como mulher".
Quando assumiu como presidente do Palmeiras, essa era uma causa que você pensava defender?
– Nunca na minha vida eu senti que deveria levantar qualquer bandeira feminista. Não! Calma, mas hoje eu levanto. Por quê? Eu sempre lutei tanto pelo que eu queria que, naquele dia a dia, você não consegue se dar contasenhas de pokerque está tendo muita dificuldade por ser mulher. Eu sempre lutei muito. Sousenhas de pokeruma famíliasenhas de pokerque sou a única filha mulher. Eu tenho dois irmãos, então sempre vivisenhas de pokermeio masculino. Para mim, aquilo era normal, até piadas bobas que a gente, quando é mais jovem, ouve e não dá muita importância. Acho que, até numa certa ignorância do passado, a gente achava que aquilo era normal, por ser mulher eu tenho que aguentar. Não. Não! A mulher não tem que aguentar.
– As coisas mudaram muito. A gente vai amadurecendo, percebendo que não têm que ser daquele jeito, têm que ser do jeito que nós quisermos. Eu não tinha essa visão, por incrível que pareça, até eu entrar para o futebol.
E como erasenhas de pokervisão sobre isso emsenhas de pokertrajetória como empresária?
– Sempre trabalhei muito com meu marido. Eu sou a principal executivasenhas de pokertodas as empresas dele, e por ser casada com o acionista majoritário nunca tive grande dificuldade, porque a vida sempre foi mais fácil para mim, por ter como base o meu marido. Mas estou onde eu estou nas empresas dele, não tenho dúvida nenhuma, por capacidade. Claro, se a mulher dele é capaz, ele confia no trabalho da mulher dele. Então, nunca tive muita dificuldade por ser mulher. Aí eu entro nesse ambiente do futebol, que é completamente diferente do que eu estava acostumada.
– Apesarsenhas de pokerser um ambiente muito machista, masculino, o mercado financeiro tem muitas mulheres fantásticas também. No futebol, não. Sou só eu, sozinha. E fui eleita para esse cargo. Aí eu comecei a ver as dificuldades que eu tenho, até com relação aos meus posicionamentos.
– Se é um homem que se posiciona dessa forma, ele é corajoso, ele é valente, ele luta pelo seu clube. A mulher, não. A mulher é escandalosa, é histérica. Eu falei: não, não é assim. Então, por isso que eu bato muito forte, às vezes,senhas de pokeralguns posicionamentos. A mulher precisa se mostrar muito mais forte por ser mulher. Mas, pelo que eu vejo, eu estou me saindo bem.
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Diante destes posicionamentos, hoje se vê como feminista?
– Não tenho dúvida alguma. Nenhuma. É um nível que eu chegueisenhas de pokerpopularidade, hoje me tornei uma pessoa muito conhecida, até por ser a única mulher presidentesenhas de pokerum clube na Série A e na Série B, que eu tenho a obrigaçãosenhas de pokerme posicionar, obrigaçãosenhas de pokerdefender mais oportunidade para as mulheres. Nós não queremos privilégio, nós queremos as mesmas oportunidades. É por isso que a gente luta.
– E nas minhas empresas eu nunca tive essa preocupação, para mim era muito comum você dar a mesma oportunidade para homens e mulheres. Mas quando eu vejo no futebol, isso não é comum. Eu vejo aqui no Palmeiras a quantidadesenhas de pokermulheres que trabalham no nosso clube. São 20%. É muito pouco, gente. Nas minhas empresas, são 75%. Isso é uma curiosidade que eu tinha depois que me tornei dirigentesenhas de pokerfutebol nesse mundo masculino. Falei: quantas mulheres têm no nosso gruposenhas de pokerempresas? 75% são mulheres. E são mulheressenhas de pokertodos os cargos,senhas de pokergestão,senhas de pokerdiretoria,senhas de pokergerência. Mas lá não é porque são mulheres, mas sim porque as oportunidades foram dadassenhas de pokerforma igualitária. Eu perguntei no Palmeiras, quantas mulheres nós temos aqui? Gente, 20%, é muito pouco.
– Eu falei: por favor, não dá. A presidente aqui é mulher, gente. É óbvio, eu sou uma mulher justa, nós temos homens fantásticos aqui no Palmeiras. Eu jamais vou tirar um rapaz que esteja trabalhando extremamente bem para colocar uma mulher porque é mulher. O que eu quero hoje, como presidente do Palmeiras, é que se dê oportunidades idênticas para homens e mulheres.
As mulheres foram proibidassenhas de pokerjogar futebol no Brasil até os anos 1980. Uma árbitra uma vez me contou que quando erra dizem que é porque ela não sabia a regra, a crítica é diferentesenhas de pokerquando é com um homem. O que foi mais difícil para você?
– Isso que essa árbitra falou, eu ouço toda hora. "O que ela está fazendo aí? Ela não entendesenhas de pokerfutebol". Você imagina se eu entendesse. Em dois anos e alguns mesessenhas de pokermandato, eu tenho sete títulos. Sete. Imagina se eu entendesse. Essa mentalidade tem que mudar. Essa é a dificuldade que as mulheres têm. "O lugarsenhas de pokermulher não é no futebol". É no futebol, sim. E eu comprovo isso.
– Eu não tenho dúvida nenhuma que hoje o Palmeiras, se não for o mais bem administrado... Como que eu digo mais bem administrado? Nós administramos profissionalmente, com transparência. Aqui no Palmeiras não tem nada obscuro, aqui é tudo transparente. Eu não admito, eu não permito. E é uma mulher que está administrando isso aqui. Eu não tenho dúvida que o Palmeiras é um dos clubes mais bem administrados da América do Sul. Não conheço a fundo os outros, mas eu imagino.
Leila falasenhas de pokerLandim, Casares e detona Textor: “Tinha que ser banido”
– Eu tive muita dificuldade. E às vezes eu ainda tenho essas críticas. Mas eu não ligo, porque sei o que eu estou fazendo aqui. Acho que o futebol precisasenhas de pokergestão e investimento, são duas coisas. Você faz um clubesenhas de pokerfutebol protagonista, vencedor,senhas de pokeruma forma permanente, com investimento. Sem dinheiro você não faz absolutamente nada. E gestão. Não adianta investimento com um presidente louco que joga fora tudo o que arrecada. Então eu tive e tenho essa dificuldade por ser mulher,senhas de pokerdizerem: "Ela não é do futebol." Eu não era do futebol, hoje eu sou do futebol.
Este preconceito diminuiu com as conquistassenhas de pokertítulos?
– Eu acho que diminuiu um pouco. Hoje é muito difícil você criticar o Palmeiras. Por quê? Porque o Palmeiras é vitorioso, é equilibrado financeiramente, é administrado profissionalmente. Eu reconheço demais os profissionais que trabalham conosco. Eu não tenho dúvida que esse sucesso do Palmeiras é pela tranquilidade que a presidente passa para os seus profissionais, para os seus atletas. Eles se sentem seguros aqui. Por isso é difícil criticar o Palmeiras hoje. Então, quando querem criticar, aí vem com essa conversa: "Ela não ésenhas de pokerfutebol, ela não entendesenhas de pokerfutebol". Não entendosenhas de pokerfutebol, mas conquisto títulos, estou sempre brigando lásenhas de pokercima, e nós vamos continuar assim.
– Acho que muitos clubes gostariamsenhas de pokerter uma mulher à frente, muitos torcedores gostariam, não é? Administrando da forma que nós administramos o Palmeiras. Hoje eu não tenho dúvida que o Palmeiras é um exemplosenhas de pokeradministração para o futebol do Brasil e da América do Sul.
Torcedores criticam dirigentes, mas no seu caso há ataques claramente machistas, como quando a chamamsenhas de poker“bruxa feia”. Isto a afetasenhas de pokerque forma?
– Você só se ofende quem não se conhece. Eu não me acho feia (risos). Eu me acho jeitosinha. Estou brincando. É tão ridículo, sabe? E ainda maissenhas de pokerquem vem. Eu presto muita atenção e gostosenhas de pokerouvir críticas, porque você só melhora quando tem uma visão global. Quando você ouve determinados posicionamentos que vão te fazer crescer, te fazer refletir.
– Você quer diminuir a pessoa chamando elasenhas de pokerfeia? Quer dizer que eu posso ser competente, mas se sou feia eu não sirvo? Isso não existe. Eu não ligo. Para você ser dirigentesenhas de pokerfutebol, você tem que ter um atributo: coragem. Isso é o que não me falta. Eu não tenho medosenhas de pokerabsolutamente nada, eu sei o que eu estou fazendo, eu sei aonde eu quero chegar, eu sei quem eu devo ouvir. Esse tiposenhas de pokercoisa eu deleto.
Com que frequência você usa as redes sociais?
– Eu tenho redes sociais, sou ativasenhas de pokerredes sociais, sempre publicando coisas relacionadas ao Palmeiras, nunca a minha vida pessoal. Eu gostosenhas de pokerver, vejo outras redes também, mas não vejo mais essas redes que não vão preencher a minha alma. Isso foi um conselho que me deram: "Leila, para. Isso não vai acrescentar absolutamente nada". Então, podem falar o que for, podem gritar o que for, entra por um ouvido, sai pelo outro. Mas eu tenho certeza absoluta que a maioria dos torcedores está muito orgulhosa com o trabalho do Palmeiras, com a administração do Palmeiras. E quando eu sair da presidência, vão sentir muita saudade da Leila Pereira.
Seus posicionamentos geram expectativassenhas de pokermudanças dentro do próprio Palmeiras, e conselheiros propuseram uma emenda no estatuto por maior participação das mulheres na política. Você vai levar este tema adiante?
– Não há dificuldade absolutamente nenhuma para mulher ser candidata ao Conselho no Palmeiras, nenhuma. É só ela ser uma sócia titular. Vota no Palmeiras quem é titular do título, como todos os clubes. O que a oposição pleiteia é que não só o titular vote, como também o dependente. Isso não é possível. Isso é simples: se a pessoa quer ser titular, ela paga uma pequena taxa, se torna titular e ela vai poder votar. O que essas pessoas pleiteiam é essa inclusão do dependente votar, mas quem tem que votar é o titular.
– Se o dependente quer se tornar titular, paga uma pequena taxa e se torna titular. Mas aí tem um grande problema, que quando você se transformasenhas de pokertitular a mensalidade fica um pouco mais cara. A mensalidade do Palmeiras não é tão exorbitante, não é cara. Mas essas pessoas querem continuar sendo dependentes, pagando aquela mensalidade menor, mas ter o direitosenhas de pokervotar. Aí não dá. Para ter o direito a votar, tem que ser titular. Se a mulher quer votar, ela se transformasenhas de pokertitular e vai ter os mesmos direitossenhas de pokerqualquer homem votar, ser votado, dependendo do tempo que é associado.
No Palmeiras, o diretorsenhas de pokerfutebol feminino Alberto Simão chegou a ser alvosenhas de pokerrelatossenhas de pokerassédio moral contra jogadoras. Na época, o clube defendeu o dirigente e ele segue no cargo ainda hoje. Você acha que algo poderia ter sido diferente na condução do caso?
– Não, esse caso foi uma denúnciasenhas de pokerex-atletas, acho que foram duas atletas, que saíram do Palmeiras chateadas, porque não queriam sair, e fizeram essa denúncia contra o Alberto Simão. Nós apuramos e era totalmente improcedente. Temos que tomar muito, mas muito cuidado para que isso não se torne um oportunismosenhas de pokerpessoas que saem magoadas, que gostariamsenhas de pokercontinuar trabalhando e não estão mais aqui.
– Não podemos ser injustos. Nós apuramos, sim. Eu, como mulher, tenho todo o interesse, que seja o mais transparente possível esse tiposenhas de pokerapuração dessas denúncias, mas não posso ser injusta. E, nesse caso, apuramos sim e foi totalmente improcedente. Tanto é que o Alberto continua trabalhando conosco.
Leila responde sobre ações contra assédio no time feminino do Palmeiras
E voltando àsenhas de pokerpassagem como chefasenhas de pokerdelegação na CBF,senhas de pokerque momento você entendeu que precisava se posicionar sobre Daniel Alves e Robinho?
– Como vocês sabem, eu estava como chefesenhas de pokerdelegação pela primeira vez, fui convidada e esse assunto surgiu e ninguém falava. Ninguém falava absolutamente nada. Eu não me posicionei espontaneamente, fui perguntada por um jornalista qual seria a minha posição, por isso eu me manifestei. Eu me manifestei até meio constrangida. Perguntaram para mim e ninguém tinha se manifestado. Aí eu falei aquilo, eu falei, juro,senhas de pokercoração. Eu não esperava que me perguntasse naquele momento, sabe? Inclusive o jornalista até falou: "Leila, podemos publicar?" Eu falei: "Claro que sim,senhas de pokeroff, não". Pode dizer que eu que falei, e que realmente é um absurdo.
– É um absurdo a legislação, porque as autoridades que autorizaram o pagamento da fiança, autorizaram aquele valor para ele (Daniel Alves) sair. Então, como que faz? Eu fiquei muito revoltada, e realmente é um tapa na carasenhas de pokercada umasenhas de pokernós. Enquanto não houver punição exemplar, essas aberrações vão continuar. Aquilo que falei do fundo do coração, eu não achei que fosse dar uma repercussão tão grande porque era óbvio o que eu estava falando.
– Uma pessoa já condenada e que está solta. Por quê? Pagou. Então, para estuprar, você paga. A mulher tem um preço para ser estuprada. Você paga e é solto, não acontece absolutamente nada. Aquilo é revoltante.
– A gente se torna até impotente. O que nós podemos fazer? Falar, falar, falar, denunciar. É isso que eu peço para as mulheres, porque a Leila sozinha não vai resolver o problema. Mas todas nós juntas podemos, sim, resolver. Como? Denunciando. Porque a coisa que o agressor, que o assediador mais odeia é o escândalo, eles gostamsenhas de pokeragir na penumbra, sabe? Então todas nós devemos denunciar. E aí as autoridades precisam tomar uma providência para colocar esses condenados realmente na cadeia, que eles paguem não financeiramente, paguem presos.
Presidente, pouquíssimos jogadores falaram publicamente sobre esse assunto. Por outro lado, há poucos dias, jogadorassenhas de pokervários fizeram um protesto contra a contratação do técnico Kleiton Lima pelo time feminino do Santos, após 19 denúncias contra ele. Por que praticamente só as mulheres se posicionam e não os homens ainda?
– Por que vocês não perguntam para os homens? Eu me manifestei porque um jornalista me perguntou. É muito importante também... A imprensa tem um papel fundamental. Nós, mulheres, temos vozes, mas quem repercute as nossas vozes é a imprensa.
A senhora vê, por exemplo, a possibilidadesenhas de pokerum protesto desse dos homens contra um colega que é condenado?
– Deveria ter, não tenho dúvida nenhuma. Eu recebi nas minhas manifestações a respeito desse problema do Daniel Alves e até do Robinho muitos elogiossenhas de pokermulheres, mas tambémsenhas de pokerhomens. Mas agora ele pegar o microfone e falar, eu não sei o porquê que eles são mais reprimidos, entende? Mas a mim, vários homens (falaram). Por quê? O homem tem filha, tem irmã, tem esposa, tem mãe, todo mundo tem uma mulher importante dentrosenhas de pokercasa, sabe?
– Então, eu acho que é uma questão até cultural. Que o homem é corporativista, mas não que ele ache, que aquela ação está correta do assediador. Mas ele precisasenhas de pokermais estímulos para que ele abra a boca e fale: “Gente, isso é um absurdo, isso não pode acontecer”. Tem que aprender com as mulheres. Aliás, os homens têm que aprender muitas coisas com as mulheres.
Depois desse seu posicionamento,senhas de pokerque forma o comportamento das pessoas mudou ao seu redor? O que você percebeu logo depois disso?
– Quando eu estava lá na Seleção e me manifestei, ninguém me falou absolutamente nada. Nada. É uma coisa estranha, sabe? Falavasenhas de pokeroff comigo: “Leila, parabéns. Leila, você é corajosa”. Eu falei: “Gente, corajosa porque eu falava a verdade?”. Tanto que as pessoas falam para mim: “Leila, você tem posições fortes”. Eu não tenho posição forte. Eu falo a verdade. Sabe o que acontece? É que no futebol é tão difícil você encontrar pessoas que falem o simples, a verdade.
Por que, presidente?
– Porque o ambiente do futebol não permite, eu não sei. Aliás, é por isso que vários clubes estão numa situação catastrófica. Por quê? Porque não se pensa na continuidade do trabalho, não se pensa que depoissenhas de pokermim vão ter outros dirigentes. Eu não quero resolver o meu problema aqui no Palmeiras. Eu quero que o Palmeiras continue protagonista, continue vencedor. E eu acho que dirigentes pensam naquele mandato. Eu quero resolver o meu, então se eu quebrar o clube, endividar o clube, mas conquistar algum título, é isso que me interessa. Acho que é essa a visão. Tem que mudar muita coisa, viu?
– Se você quer cometer qualquer irregularidade dentro do futebol, não acontece nada. Vocês conhecem algum dirigentesenhas de pokerfutebol preso? Eu não conheço. Por causasenhas de pokerdelitos no futebol? Não existe. Então, enquanto for essa festa, sabe, vai continuar assim.
– Quem sofre? É o torcedor, que se esforça para ir aos estádios, que investe comprando camisa, viaja para ver seu clube, e o dirigente não tem responsabilidade absolutamente nenhuma. Isso não acontece aqui no Palmeiras, porque se acontecesse eu não seria presidente do Palmeiras. Eu teria vergonhasenhas de pokerentrar aqui e cobrar alguma coisa do meu jogador, do meu atleta, com quatro, cinco mesessenhas de pokersalário atrasado, com um mêssenhas de pokersalário atrasado.
– Isso é uma vergonha. E é comum nos clubes. Aquele negócio: eu finjo que eu recebo, ele finge que me paga e fica essa bagunça. Os clubes se endividandosenhas de pokeruma forma absurda, continuam contratando, não pagam ninguém e disputando igualdadesenhas de pokercondição comigo, que pago os saláriossenhas de pokerdia, que não comprometo o Palmeiras fazendo contratações que eu não possa arcar com os custos. Isso é desigualdade, não pode. Essas são as questões. Enquanto nós não resolvermos essa bagunçasenhas de pokercompra, não paga, aí vai ser executadosenhas de pokermilhões, continuam não pagando e contratando. E ninguém faz absolutamente nada.
Você faz um diagnóstico da realidade do futebol brasileiro. Tem alguma ambição, algum desejosenhas de pokertrabalhar para mudar isso? Ou esse é um problema que não te compete, cada clube que cuide dasenhas de pokeralçada?
– Eu trabalho aqui dentro do Palmeiras. Por isso que eu digo, o Palmeiras é exemplosenhas de pokeradministração. Por que o Palmeiras é tão protagonista? Por que o Palmeiras é tão vitorioso? Por que as pessoas querem vir trabalhar no Palmeiras? Por que que sai um atleta lá da Europa para vir jogar no Brasil?
Mas eu digo trabalhar para melhorar o futebol brasileiro, além do Palmeiras. É uma ambição que a você tem? Seja na CBF, numa federação, liga...
– Não, a minha ambição é continuar trabalhando aqui, como vocês sabem, eu sou candidata à reeleição no final do ano. Se o associado continuar confiando no meu trabalho, eu gostariasenhas de pokerficar mais três anos. Eu gostariasenhas de pokerficar seis anos como presidente, e terminado esses seis anos, eu vou continuar nos bastidores, ajudando o meu grupo dentro do clube. Não é possível que outros clubes não queiram estar no nível que o Palmeiras está. Então, que o Palmeiras continue servindosenhas de pokermodelo.
– Quando você me pergunta se eu quero ter algum cargo na CBF, não. Eu acho que, por exemplo, fair play financeiro, que é isso que eu acho que resolveria esse problema desses clubes que se endividamsenhas de pokeruma forma irresponsável. É só com fair play financeiro. Isso eu acho que só com uma canetada da CBF, entendeu? Ou um projetosenhas de pokerlei, aprovado no Congresso, que obrigue a esse fair play financeiro. Se for depender dos clubes, isso não vai sair nunca.
Nunca pensousenhas de pokerser presidente da CBF?
– Não. Nunca. Eu gostosenhas de pokerclube. Eu gosto do dia-a-dia do clube. Eu gosto... Não, nunca. Nunca. Mas também, meu caro, eu nunca penseisenhas de pokerser presidente do Palmeiras (risos). Eu sou uma metamorfose ambulante, entendeu? Mas eu não penso nisso, não. Eu pensosenhas de pokercontinuar aqui administrando o Palmeiras e ajudando os meus parceiros aqui dentro numa próxima gestão.
Você fala que uma solução seria a CBF dar uma canetada, especificamente nesse assunto. Em outros temas, tem muita gente que defende que a criaçãosenhas de pokeruma Liga ajudaria. A senhora ainda acredita que é possível a Libra acontecer ou uma outra liga?
– Eu acredito sim, mas vou ser muito sincera, não a curto prazo. Porque nós tentamos muito, muito. E aí a nossa Liga se transformousenhas de pokerblocos comerciais. Eu faço parte da Libra, como vocês sabem, nós fechamos um acordosenhas de pokerdireitossenhas de pokertransmissão com a TV Globo e tem a outra, a Liga Forte União, que eu não sei com quem estão negociando, não tenho conhecimento.
– Então, a curto prazo, eu não acredito. Para não ficar aguardando os clubes se entenderem para formar essa tão sonhada Liga e para resolver a curto prazo, seria a CBF determinar que, se você não pagasenhas de pokerdia seus compromissos, você não pode sair contratando e endividando ainda mais o seu clube.
A gente viu a celebração do contratosenhas de pokertransmissões para o próximo ano. Você era a única mulher na foto e, curiosamente, estava ao lado do Casares, presidente do São Paulo. Como está essa relação depois do que aconteceu naquele Palmeiras x São Paulo?
– Eu conheço o Julio há muito tempo, antessenhas de pokerele ser presidente do São Paulo, antessenhas de pokereu ser presidente do Palmeiras, e sempre tive um ótimo relacionamento com ele. E com relação ao que ocorreu nesse episódio lá do Morumbi, eu fiquei muito chateada, achei que foi uma faltasenhas de pokerrespeito e, principalmente, nós lutamos tanto contra a violência no futebol, que nós, dirigentes, a gente não pode comentar esse tipo de... Aquilo foi uma violência que fizeram com o meu treinador, com os árbitros. Aquilo é inadmissível.
– Depois daquilo, nós conversamos, fomos à Federação Paulista e eu deixei aquilo para o passado. Mas nós ficamos bem chateadas, eu fiquei muito decepcionada. Porque eu acho que aquilo não é posturasenhas de pokerum dirigente. Ainda mais quando você está recebendo nasenhas de pokercasa, você tem que tratar bem os seus convidados. Então, nós ficamos muito decepcionados. Essa é a palavra. Mas vida que segue.
E o Textor? Ele estava engajado no começo da Libra com vocês, acabou saindo e agora há problemas, inclusive, na esfera judicial.
– Esse senhor tem falado do Palmeiras desde que nós conquistamos o título brasileiro. E ele continuou falando. Nós entramos com o processo na esfera civil e pedimos a instauraçãosenhas de pokerinquérito policial para apurar essas denúncias. Ele diz que tem provas, mas não apresenta provas absolutamente nenhuma. Esse é mais um caso que as autoridades brasileiras precisam tomar um posicionamento muito firme. O que o senhor está dizendo é que o Brasil não é um país sério, não é?
– Porque a partir do momento que ele colocasenhas de pokerxeque todo o campeonato, aliás, não foi só do ano passado, ele fala desde 2022 que o Palmeiras é beneficiado. Eu não sei onde que o Palmeiras é beneficiado. Ele fala sem provas nenhuma. Então aí ele está colocandosenhas de pokerxeque o campeonato brasileiro, está colocandosenhas de pokerxeque as autoridades do Brasil, que não tomam providência absolutamente nenhuma. Então eu espero uma punição exemplar.
– Ele tinha que ser banido do futebol brasileiro, porque ele não pode desrespeitar as autoridades e os clubes sem prova absolutamente nenhuma.
É possível ver um dia uma união dos clubes? Palmeiras e Corinthians sentando juntos e decidindo para os dois, ou Palmeiras e Flamengo? Por que isso ainda não acontece?
– Eu, como presidente do Palmeiras, sento com qualquer presidentesenhas de pokerclube. Nesse acordo que nós fizemossenhas de pokerdireitossenhas de pokertransmissão, o grupo da Libra sentou, e o Palmeiras abriu mãosenhas de pokerreceita, o Flamengo abriu mão. Então, houve conversa, sim, do nosso lado, do lado da Libra. E eu achei que foi muito produtivo, que esse é o caminho. Todo mundo desarmado, foi um ambiente muito produtivo. Eu tenho esperança, sim, mas não a curto prazo. Para montar uma liga eu precisosenhas de pokertodos os clubes, não uma parte aqui, outra parte ali, é inviável. Mas vamos trabalhando dia a dia, vamos evoluindo.
Nesse processo para viabilizar a Libra, houve um momento alisenhas de pokeratrito com o Landim. Como está essa relação hoje?
– Muito boa. Para que as pessoas evoluam, precisa ter atrito, porque é impossível pensar da mesma forma que o Flamengo, que o São Paulo, que o Corinthians, mas todos com bom senso e lutando pelo melhor para o futebol, para o espetáculo. Tem atritos, mas a gente resolve entre nós. Todos os atritos foram resolvidos. Nós fizemos semana passada um almoçosenhas de pokercelebração do nosso acordosenhas de pokertransmissão, e acho que ficou todo mundo muito feliz.
Ouvimos que seus pares estavam te chamandosenhas de pokerrainha até nesse evento da Libra. Como foi para ganhar a confiança dos outros dirigentes? No primeiro momento foi difícil ser a única mulher numa sala com 20, 30 homens?
– A primeira reunião que eu fiz como presidente do Palmeiras foi na Federação Paulista, com os presidentes dos clubes aquisenhas de pokerSão Paulo e eu, a única mulher. Eu me sentisenhas de pokercasa. Tanto que o presidente da federação falou: “Leila, parece que você está aqui desde que nasceu”. Eu me sentiasenhas de pokercasa, sabe? Eu não me senti diminuída por ser mulher. Eu acho que é também pelo meu temperamento. Não tenho um temperamento forte, eu sei o que eu quero. O meu enteado me chamasenhas de pokertia e fala: “Tia, você não é mulher, você é um homem”. Eu não sou um homem. Eu sou mulher.
– Quando você tem a personalidade forte, então você não é uma mulher, você é um homem. Por que ela não é uma mulher? Não, não, eu sou mulher e sei o que eu quero. Eu não vou deixar ninguém dizer aonde eu tenho que chegar, como eu tenho que me portar. Eu sou eu, fui eleita presidente do Palmeiras, independentementesenhas de pokerser homem ou mulher. Independentementesenhas de pokerser homem ou mulher, me escolheram como a pessoa mais gabaritada para estar ali. E eu vou me posicionar como tal, sabe? Então, é difícil eu me sentir mal no meiosenhas de pokerhomens.
Durante este processo na Libra, você teve posicionamentossenhas de pokeralguns momentos até críticos...
– Eu me sinto como fazendo partesenhas de pokertodo aquele processo, sabe? E lá na Libra, a mesma coisa, tanto que eu me posicioneisenhas de pokeruma forma muito forte, muito clara. Eu sou uma pessoa que eu detesto reunião muito longa. Eu não suporto. Chega num ponto que você nem sabe mais o que está fazendo ali. E não se decide absolutamente nada. E na Libra, eu me posicionava dessa forma.
– Falei, eu não vou ficar aqui duas, três horas, conversando, conversando, conversando, para não chegar a lugar nenhum. Não dá. Tanto é que na última reunião, que nós estávamos com propostas com relação aos direitossenhas de pokertransmissão, aí começaram a fazer aquelas apresentações imensas com o PowerPoint. Eu falei: "Gente, pode parar". Isso não é querer ser prepotente, é querer ser direta. É um respeito que eu tenho pelos outros. Eu não vou ficar três horas conversando, já sabendo o que quero. Você sabe o que você quer? Começasenhas de pokertrás para frente, começa no fim.
Como ésenhas de pokerpostura à frente do Palmeiras?
– Aqui no Palmeiras não é assim. Como aqui eu sou a presidente, quem determina as regras aqui sou eu. Porque o presidente do Palmeiras tem muito poder. Por um lado é bom e por um lado não é bom. Porque se tem uma pessoa que entra aqui, é correta, quer fazer o que é melhor para o Palmeiras, isso é ótimo, porque te dá liberdade. Mas se é uma pessoa mal-intencionada, é um perigo. Então, como eu estou aqui para ajudar o Palmeiras, para fazer o melhor para o Palmeiras, aqui eu não deixo, não tem nada obscuro aqui, nada. Se tiver, vai embora a pessoa.
– Eu costumo dizer que eu passei a minha vida inteira para construir uma credibilidade. O futebol não vai tirar essa minha credibilidade. Pelo contrário, eu vou ensinar para os clubessenhas de pokerfutebol como que se administra um clube.
Qual é a relação da senhora com as organizadas hoje? A senhora já foi parceira deles, hoje parece que essa relação não existe mais.
– Eu sou uma pessoa que sempre respeitei todo torcedor. Acho que todo torcedor tem que ser tratadosenhas de pokeruma forma respeitosa esenhas de pokeruma forma igualitária, sabe? Então, sempre os trateisenhas de pokeruma forma muito respeitosa. Como você disse, eu sempre colaborei. E o problema é que quando você parasenhas de pokercolaborar, existem as cobranças. E eu não vou ser refémsenhas de pokerpressão desmedida. Eu estou aqui para trabalhar pelo melhor para o Palmeiras e todo torcedor sabe disso.
– Com relação às organizadas, eu já dei várias entrevistas e não é produtivo nem para o Palmeiras e nem para torcida ficar me manifestando mais sobre essa parte da torcida do Palmeiras. Lembrando sempre que nós somos cercasenhas de poker20 milhõessenhas de pokertorcedores. Então eu represento todos os torcedores do Palmeiras, que tenho certeza absoluta que estão muito felizes com a nossa administração.
Há críticas fortes sobre supostos conflitossenhas de pokerinteresse seus com a Arena Barueri e asenhas de pokerempresasenhas de pokeraviação, a Placar. Seus críticos dizem que você aproveita o espaço como presidente do Palmeiras para divulgar seus negócios. Quais são seus planos para estas marcas após deixar a presidência do clube?
–Acho que todo clube gostariasenhas de pokerter uma presidente que tem a concessãosenhas de pokerum estádio e tem aeronaves que possa emprestar para o seu clube, porque com esse calendário louco do futebol brasileiro, essa logística é fundamental. Nós adquirimos a concessão por 35 anos sim, da Arena Barueri, mas a prioridade sempre do Palmeiras é jogar no Allianz Parque. Infelizmente, nós não podemos jogar sempre no Allianz Parque por causa da quantidadesenhas de pokershows que temossenhas de pokernosso estádio. Nós não temos a autonomiasenhas de pokerdizer: “Olha, não vai ter esse show, que o Palmeiras vai jogar”. Infelizmente, o contrato que fizeram não deu essa autonomia para o Palmeiras.
– Hoje, se o Palmeiras não pode jogar no Allianz Parque e se eu não tivesse a concessão da Arena Barueri, onde o Palmeiras iria jogar? Pacaembu estásenhas de pokerobra. O Palmeiras teria que sairsenhas de pokerSão Paulo para jogarsenhas de pokeroutra cidade. Olha a logística, olha o custo disso, não só financeiro, como físico dos meus atletas. Então, o Palmeiras jogasenhas de pokerBarueri, que quem cuida do gramado somos nós, as minhas empresas, não o Palmeiras. O Palmeiras não tem despesa absolutamente nenhuma com o gramado, com absolutamente nada. Não tem locação do estádio. Isso é um privilégio que o Palmeiras tem. E sempre a decisãosenhas de pokerjogarsenhas de pokerBarueri não é da presidente Leila Pereira, é do departamentosenhas de pokerfutebol. Eu pergunto sempre pra eles: “Onde que é melhor pro Palmeiras jogar?”. Não tem o Allianz Parque. “Leila, Barueri”. Então vamos jogarsenhas de pokerBarueri.
Leila rebate críticas sobre conflitos com Barueri e avião
E quando acabar seu mandato? Porque são 35 anossenhas de pokerconcessão na Arena Barueri.
– Depois que eu for, quando sair do Palmeiras, tenho a Arena Barueri. Se o Palmeiras quiser usar, estará à disposição. Se não quiser usar, não tem problema absolutamente nenhum. O meu negócio não é a Arena Barueri. Eu peguei a concessão da Arena Barueri para colaborar também com a Sociedade Esportiva Palmeiras, porque eu estou aqui para trabalhar pelo Palmeiras. Invertem as situações. Em vezsenhas de pokerfalarem "a Leila é a presidente, ela conseguiu a concessão para colaborar com o Palmeiras" dizem "ela está usando o nome do Palmeiras". Nós não precisamos usar o nome do Palmeiras para fazer jogossenhas de pokerBarueri, para fazer showssenhas de pokerBarueri.
E a Placar? Que inclusive tem mais uma aeronave nova que a senhora está adquirindo.
– A da Placar, criou aquela polêmica absurda… Hoje o Palmeiras paga uma fortuna nesses fretamentos. É um absurdo quanto se paga. E a gente não viaja no horário que a gente quer. A gente consegue no dia mais apropriado para o Palmeiras, mas não no horário. Às vezes no retorno, não dá para voltar no mesmo dia, como a gente gostaria. Com a minha aeronave, o Palmeiras, não paga absolutamente nada, nada. Viaja a hora que quer e volta quando quer. Veja: quando o Palmeiras freta pagando esse valor absurdo, que é caríssimo, está lá o nome, está lá a marca, o logo da empresa que freta aeronave. Mas ali, a empresa está fazendo propaganda com o nome do Palmeiras, e o Palmeiras está pagando. Por que ninguém reclama?
– Na minha empresa, que o Palmeiras não paga absolutamente nada, zero, dizem: “Não, ela está usando o Palmeiras para divulgar a empresa dela”. Eu não preciso do Palmeiras para divulgar minhas empresas. O que o Palmeiras precisa ésenhas de pokeruma aeronave para viajar a hora que quer e voltar a hora que quer. Mas eu não dou ouvidos a quem faz esse tiposenhas de pokercrítica, porque, na verdade, o que eu quero é fazer o melhor para o Palmeiras. E o Palmeiras vai continuar, sim, utilizando a aeronave da presidente, e vai continuar sim usando Barueri quando o departamentosenhas de pokerfutebol achar que ela é a melhor solução.
Você ou suas empresas poderiam no futuro investir no futebol fora do Palmeiras? Adquirindo naming rightssenhas de pokerestádios ou investindo diretamentesenhas de pokeruma comprasenhas de pokerSAF, até pela experiência que está adquirindo no futebol.
– Eu penso muito a curto prazo, penso neste ano. Eu gostariasenhas de pokerser reeleita, gostaria que o Palmeiras conquistasse o máximosenhas de pokertítulos possíveis. Eu estou no Palmeiras porque amo o Palmeiras. As pessoas falam que eu torço por outro clube, tudo conversa fiada. Se eu torcesse por outro clube, não estaria no Palmeiras. Eu estaria investindosenhas de pokeroutro clube, como fiz aqui no Palmeiras. Eu me transformeisenhas de pokerpatrocinadora do Palmeiras pelo amor que tenho ao meu clube. Tinha certeza absoluta que nós poderíamos colaborar, como colaboramos, não é?
– Eu não me vejosenhas de pokeroutro clube. Mas isso eu estou falando hoje. Porque, como eu disse, as coisas vão evoluindo, as coisas mudam na vida da gente.
– Mas não tenho dúvida que toda essa minha trajetória aqui no Palmeiras está na história. Tanto na minha história, como na história do futebol brasileiro, como na história do Palmeiras. Isso me deixa profundamente feliz e honrada.
Todo mundo conhece a Leila empresária e dirigente, mas o que a Leila faz quando precisa desligar?
– Eu sou uma pessoa muito feliz, sabe por quê? Porque eu só faço o que realmente eu gosto. Se eu estou no futebol, é porque amo estar aqui.
Assiste às mesas redondas quando estásenhas de pokercasa?
– Claro que assisto. E detalhe, fico chocada com determinadas coisas que falam. Põe palavras na minha boca, entendeu? Que eu não falei, sabe? Falam determinadas coisas que… Não é verdade. Dá vontadesenhas de pokerpegar o telefone e ligar. Eu gostosenhas de pokerfutebol. Olha, vou te falar uma coisa, na minha vida, eu descobri que aqui é o meu lugar. Isso é uma coisa muito filosófica e interessante. Que as pessoas, às vezes, passam a vida inteira sem saber qual é o meu lugar. Eu descobri meu lugar, por isso eu me sinto à vontade, conversando com vocês, eu me sinto à vontade na Federação Paulista, na CBF, porque aqui é o meu lugar.
Mas a senhora deve ter hobbies fora do Palmeiras...
– Eu gostosenhas de pokerfutebol. Não gostosenhas de pokeroutra coisa. Antigamente eu lia muito, até perdi um pouco meu hábito, precisaria até voltar. Mas o futebol não me deixa. Aí, quando vou ler, eu vou ler sobre futebol. Eu gosto muitosenhas de pokerviajar, viajo quando posso. É isso que faço. Eu gostava muitosenhas de pokerópera. Aliás, eu gostosenhas de pokerópera, mas você vai me perguntar: “Leila, qual foi a última vez que você foi a uma ópera?”. Foi antessenhas de pokereu ser presidente do Palmeiras.
– Eu vivo hoje full time. Inclusive eu falo até com meu marido. Porque sempre trabalhei muito com ele, não é? E eu sei também que esse período é muito especial na minha vida. Como presidente do Palmeiras. São três anos, se eu for reeleita, mais três. São seis anos. E depois acabou. Porque eu não vou voltar mais. Não volto mais para ser presidente do Palmeiras. Eu acho que esse é o momento e acabou. Então tenho que aproveitar até a última gota esses momentos, mas mais do que especiais que vivencio aqui, sabe?
– “Você vai falar para mim, Leila, ah, você gostasenhas de pokerviajar?”. Mas eu sempre viajei muito. “Ah, Leila, você gostasenhas de pokerver ópera?”. A minha vida inteira eu fiz isso. Eu adoro o Riosenhas de pokerJaneiro. “Você gostasenhas de pokerir à praia?”. Não é possível ir à praia… Não é possível. Aliás, o Palmeiras é meio traumatizado com esse negóciosenhas de pokerdirigente que foi à praia. (risos) Então, eu não vou. Isso dá azar. Mas são outras épocas, tá?
No shopping, às vezes, dá pra dar uma escapadinha, presidente?
– É impossível ir ao shopping. Quando você fica com muita visibilidade, não tem muita liberdade. Esse é um problemasenhas de pokerum dirigentesenhas de pokerfutebol. Tudo depende do resultado. Hoje eu posso ir ao shopping, mas tudo depende do resultado, senão você fica muito exposta, é meio complicado. O futebol te tira um pouco dasenhas de pokerliberdade. Mas como eu amo o que faço, não ligo para isso. Quando eu quero ter liberdade, viajo porque tenho apartamento no exterior.
– Quando,senhas de pokerDatas Fifa, eu viajo e posso andar tranquila. Mas tento vivenciar ao máximo esse momento mais do que especial que eu estou vivendo. Vocês viram eu cantar Emoções lá para os atletas (na Seleção)? Você vê que a presidente do Palmeiras tem mil e uma utilidades, eu canto também, sabe? (risos) Mas escolhi uma música muito representativa. Por tudo que eu estou vivendo, vivenciando no futebol, que é fantástico.
Como ésenhas de pokerrelação com torcedores hoje, inclusivesenhas de pokeroutros clubes?
– Os torcedores que amam o Palmeiras mesmo, veemsenhas de pokermim (um bom trabalho), e vou te falar mais, atésenhas de pokeroutros clubes. Eu tenho experiências fantásticas com torcedoressenhas de pokeroutros clubes. Eu nunca fui hostilizada por torcedorsenhas de pokeroutros clubes. Pelo contrário. Eles chegamsenhas de pokermim e falam: “Leila, você não quer vir pra cá?”. Não vou falar o nome dos clubes. “A gente precisasenhas de pokeruma pessoa como você”. Isso é muito bacana. O que que isso representa? O torcedor sabe, né? Da minha responsabilidade com o meu clube e o respeito que eu tenho com os outros torcedores, que é fundamental.
– Nós, como dirigentes, temos que ser os primeiros a exigir esse respeito. Não só o meu torcedor, mas eu tenho respeito com os outros torcedores. Porque futebol, gente, é entretenimento. Futebol é um evento familiar. Uma coisa que eu mais gostariasenhas de pokerver eram duas torcidas, entendeu? Com famílias, se divertindo, respeitando o adversário, sabe? Esse é o espetáculo. Se o Palmeiras é gigante, porque ele joga com um clube gigante também. É isso que eu queria, é que eu gostariasenhas de pokerlutar por isso.
Você falava muito desse momentosenhas de pokerter se encontrado no Palmeiras e me parece que essa relação com o clube foi passada pelo seu marido, José Roberto Lamacchia. Hoje ele é conselheiro do Palmeiras. O quanto a senhora se aconselha com o “Beto”?
– Zero. Meu marido, ele é péssimo conselheiro (risos). Meu marido é um torcedor. Às vezes eu preciso fazer algumas negociações aqui e ele grita: “Você não vai fazer”. Eu vou fazer. Quem manda lá sou eu. Eu sou a presidente. Então, ele como conselheiro, é péssimo. Porque é um torcedor, age com o coração. E eu estou aqui para agir racionalmente.
– Meu marido é conselheiro, ele é um grande palmeirense. Aliás, eu sou palmeirense por causa dele. Eu estou aqui, não tenho dúvida nenhuma que foi por influência dele. Mas ele não vem aqui, na Academiasenhas de pokerFutebol. Aqui só entram os profissionais. É da porta para fora. E, quando eu preciso, estou fazendo alguma negociação, que precisa ser sigilosa, eu não falo para ele, porque não confio (risos). Ele é um torcedor, sabe?
Leila Pereira brinca e diz que marido é “péssimo conselheiro”
Com quem a senhora se aconselha para tomar decisões no Palmeiras?
– Eu administro o Palmeirassenhas de pokeruma forma extremamente profissional, me aconselho única e exclusivamente com os nossos profissionais aquisenhas de pokerdentro da Academia. Eu respeito os torcedores, respeito meu marido como torcedor e ele sabe disso. E não tenho dúvida nenhuma que ele tem um profundo orgulho da mulher dele ser presidente desse clube gigante. Ele é uma pessoa muito inteligente e fala pra mim: “Leila, tudo na minha vida, tudo passa pela minha cabeça. Tudo, tudo passa pela minha cabeça”. Ele sempre fala isso para mim. Aí eu falo com ele: “Beto, você podia imaginar que eu seria a presidente do Palmeiras?”. Ele fala: “Não, isso nunca”. Você vê que eu sou uma mulher surpreendente, não é? (risos)
– Ele está muito feliz por tudo, por todo esforço que nós fizemos e continuamos fazendo para colaborar com o Palmeiras. Eu não tenho dúvida nenhuma que ele confia muito no meu trabalho. E ele está vendo o resultado, fica muito orgulhoso. Porque antes eu era conhecida como a esposa do José Roberto Lamacchia. Hoje ele é conhecido como o marido da Leila Pereira. É engraçado, quando ele está comigo, as pessoas chegam para tirar foto comigo, né, e empurram ele, ele fala: "Dá licença, dá licença". Sai, para tirar foto comigo, e ele fica super orgulhoso.