Desabafobig juan slotRicharlison alerta para saúde mentalbig juan slotatletas negros

Nesta semana, o camisa 9 da seleção brasileira externou estar atravessando problemas forabig juan slotcampo e a necessidadebig juan slotacompanhamento psicológico

Por Matheus Andrade — Riobig juan slotJaneiro


O desabafo do atacante Richarlison após a vitória da seleção brasileira por 1 a 0 sobre o Peru, na última terça-feira, reacendeu um importante debate no mundo do esporte: a relação entre saúde mental e os atletas profissionais. E se tratandobig juan slotum jogadorbig juan slotfutebol negro, essa condição se intensifica ainda mais.

Titular na última Copa do Mundo do Catar,big juan slotnovembro passado, o atletabig juan slot26 anos revelou ter vivido problemas forabig juan slotcampo recentemente e afirmou que vai buscar ajuda psicológica ao voltar à Inglaterra para defender o Tottenham.

Anteriormente a esse desabafo, o jogador foi visto chorando no bancobig juan slotreservas da Seleção, após ser substituído no segundo tempo da goleada por 5 a 1 sobre a Bolívia, na última sexta. O atacante não deu detalhes do que acontece embig juan slotvida particular; no entanto, explicou um pouco do que tem passado.

– Aquele momento triste não foi nem por ter jogado mal, ao meu ver não fiz uma má partidabig juan slotBelém, foi mais um desabafo pelas coisas que vinham acontecendo forabig juan slotcampo, que fugiram do controle não da minha parte, masbig juan slotpessoas que estavam pertobig juan slotmim. Vou voltar para a Inglaterra, buscar ajuda psicológica,big juan slotum psicólogo, para trabalhar a mente. É isso, voltar mais forte – declarou.

"Vou procurar um psicólogo", diz Richarlison após Peru 0 x 1 Brasil

Nascido na cidadebig juan slotNova Venécia, localizada no interior do estado do Espírito Santo, Richarlison expôs a realidadebig juan slotmuitos atletas profissionais. Estes aspectos silenciosos e invisíveis, existentes antes mesmo do iníciobig juan slotsuas carreiras, impactambig juan slotações comportamentosbig juan slotatletas, embig juan slotmaioria negros, oriundosbig juan slotrealidades mais pobres, como explica a psicóloga Larissa Carlos.

- Falando da experiência que tenho há quase cinco anos no futebolbig juan slotbase, a maioria dos atletas pretos são oriundos da periferia. Muitos têm o esporte como a forma mais rápidabig juan slotascender profissionalmente e tirar a família da comunidade. Para além da cobrança que o próprio esporte impõe, com a ânsiabig juan slotmudar a realidade social dos seus, muitos exageram no nívelbig juan slotauto cobrança, o que pode acarretarbig juan slotoscilações na performance - avaliou a profissional, que trabalha com as categoriasbig juan slotbase do Vasco.

Recentemente, Richarlison rompeu com o empresário Renato Velasco, que o acompanhava desde o início da carreira. O centroavante também atravessou uma fase muito ruim no Tottenham após retornar da Copa no Catar.

Richarlisonbig juan slotação pelo Tottenham diante do Manchester United. — Foto: Reuters

big juan slot Por que isso acontece?

A psicóloga reforça que a pressão exercida sob estes atletas vai além dos seu desempenho esportivo; questões familiares, étnicas, econômicas ebig juan slotcor são muitas vezes ignoradas nas críticas a um jogador.

- Muitos ainda hoje veem o atleta como um super herói, mas na verdade ele é um ser humano como outro qualquer, que tem suas fraquezas, problemas e limitações. A preparação física, técnico, tática e mental compõe o alto rendimento e com isso, para além das questõesbig juan slotfora da prática esportiva, a psicologia no esporte auxilia na potencialização das habilidades psicológicas que são importantes para um bom desempenho esportivo - completou.

Richarlison comemora gol que seria anuladobig juan slotPeru x Brasil — Foto: Paolo Aguilar/EFE

Na primeira divisão do futebol nacional, por exemplo, apenas metade dos clubes disponibilizam atendimento psicológico. Em um levantamento feito pelo portal "Trivela", foi evidenciado que apenas 11 clubes do Campeonato Brasileiro têm psicólogos que acompanham o time profissional: Atlético-MG, Bahia, Botafogo, Coritiba, Fluminense, Fortaleza, Palmeiras, Red Bull Bragantino, Santos, São Paulo e Vasco - que estende o atendimento para as divisõesbig juan slotbase.

Em um esporte como o futebol, o senso comum gera a ideia que o “jogador ideal” é aquele que consegue ignorar o limitebig juan slottodos os seus recursos - tanto físicos quanto emocionais. Essa é uma construção destrutiva, pois esse tipobig juan slotpensamento não enxerga o atleta como indivíduo e ignora suas individualidades, particularidades, vivências, e origens.