Por Leonardo Miranda

Jornalista, formadobet3kanálisebet3kdesempenho pela CBF e espe... ver mais

Guia tático da Copa do Mundo: Alemanha, Espanha, Costa Rica e Japão

Confira como jogam as seleções do Grupo E da Copa do Mundobet3k2022


A Copa do Mundo da FIFA™ 2022 não tem exatamente um grupo da morte, com três times sendo fortes candidatos a duas vagas. O mais próximobet3kalgo assim é o Grupo E, que tem os gigantes Espanha e Alemanha brigando pela classificação e dois “intrusos” que querem surpreender: Costa Rica e Japão.

Guia Tático do Grupo E na Copa do Mundo — Foto: Reprodução

Surpresa, aliás, é com a Costa Rica: num grupo com Uruguai, Itália e Inglaterra, a seleçãobet3kJorge Luiz Pinto se classificoubet3kprimeiro lugarbet3k2014 e foi até as quartas. Já o Japão nunca passou das oitavas. O desafiobet3kambas é tentar algo a mais contra os dois gigantes.

Vamos conferir como eles jogam:

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bet3k Alemanha:bet3kbuscabet3ktornar a possebet3kbola mais inteligente

O projeto que fez da Alemanha vencedora da Copa do Mundo e favorita a tudo o que disputou desde 2006 teve, enfim, a tão esperada trocabet3ktécnico: Hansi-Dietes Flick assumiu o comando após vencer a Liga dos Campeões com o Bayernbet3kMunique e deu continuidade ao projeto e à filosofiabet3kter um time propositivo, dominante e que empurra o adversário para o campo.

Por isso, seu desafio é tornar o 4-2-3-1bet3ksempre dos alemães mais inteligente com a bola. Surpreendeu a auênsiabet3kGoosens, fundamental na Europa, para a entrada da Raum na lateral direita do time, que ainda tem Kimmich como volante e um triobet3kmeias composto por Sané, Gnabry e Muller flutuando junto com Havertz no ataque.

Provável time da Alemanha para a Copa — Foto: Reprodução

Para entender o futebol alemão e suas mazelas e qualidades, é preciso entender duas coisas: com a posse, a Alemanha passa 70% do tempo num 3-2-5-, com Raum abrindo o campo junto a Gnabry e Klostermann fazendo a saídabet3ktrês. Segundo: os zagueiros vão até o campo do rival, porque a Alemanha empurra tanto seu adversário que chega a diminuir o campo para cercabet3k30 a 20 metros com a posse.

Mora aí o paradoxo: futebol é um jogobet3kespaços. Ao empurrar tanto o rival pela ideiabet3kmanter a possebet3kbola sob controle, a Alemanha acaba reduzindo o campo para seus talentos fazerem a diferença, e afasta a conexãobet3kKimmich com Gundogan. Ao mesmo tempo, é um time mortal quando joga a toques rápidos,bet3kprimeira, e essas tabelas quebram a defesa do rival.

O confronto contra a Espanha mostrará que o time defende com duas linhasbet3kquatro, com Muller na frente, e será possivelmente um duelo do pós-perda, porque a Alemanha tem uma pressão após perder a bola realmente rápida e intensa. Ainda assim, o desafiobet3kFlick é tornar a possebet3kbola mais inteligente ao abrir espaços e conseguir furar as retrancas no mais difícil grupo da Copa para não repetir o vexamebet3k2018.

bet3k Costa Rica: solidez defensiva e bons valores fazem time competitivo

Um bom desempenho numa Copa do Mundo™ pode revelar ou supervalorizar alguns jogadores. É o que aconteceu com Keylor Navas, excelente goleiro do PSG. E o que não aconteceu com Bryan Ruiz, que teve passagem desastrosa no Santos. Os dois estarão na Copa do Mundo.

O técnico colombiano Luiz Fernando Suárez usou diversos esquemas nas Eliminatórias, mas encontrou o time num 4-4-2 bem inglês, com dois atacantesbet3kárea: Contreras e Campbell. Torres e Bennette fazem o papel dos wingers, com uma defesa sólida que tem Navas como grande expoente.

Provável time da Costa Rica para a Copa do Mundo — Foto: Reprodução

Na fase ofensiva, a Costa Rica apostabet3kataques verticais e passes longos para a duplabet3kataque. É um time que finaliza bastante a gol (e por tentar muito, também erra muito) e gosta desse jogobet3klançamento e passes longos: os zagueiros saem jogando pelo chão, com a aproximaçãobet3kao menos um lateral e um volante. A ideia é ter linhasbet3kpasse, mas com a orientaçãobet3ksempre tocar para frente.

A experiência e qualidadebet3kNavas é um plus nesse sentido: ele é muito exigidobet3klançamentos e passes longos que colocam os wingers e atacantes na área. Outro movimento comum é a flutuaçãobet3kum winger por dentro para receber o passe do zagueiro e já conectar um dos atacantes.

Na defesa, o time forma duas linhasbet3kquatro bem claras. Geralmente, quem salta para pressionar é Tejeda, com Borges um pouco mais recuado. Por defender numa postura mais recuada, com um bloco mais baixo, a Costa Rica tende a deixar alguns espaços quando esse volante salta para marcar – o que pode ser muito explorado pelos atacantes da Alemanha.

bet3k Espanha: a renovação que promete e mantém o DNA

Quantos treinadores no mundo perderiam Sergio Ramos, Iniesta, David Silva e Diego Costabet3kum ciclo para o outro e manteriam o desempenho? Apenas Luís Enrique, subestimado técnico da Espanha que merece um reconhecimento melhor e busca, na Copa do Mundo, uma campanhabet3kdestaque para mostrar que é realmente um excelente treinador.

Ao ver o time da Espanha que irá para a Copa, surpreendem que esse seja uma equipe extremamente jovem, totalmente renovada. A grande referência é Busquets, embet3kprovável última Copa do Mundo. Ao lado dele, Pedri, a grande promessa do Barcelona que dita o ritmo do jogo com os laterais jogando bem avançados e Morata no comando do ataque.

Provável time da Espanha para a Copa do Mundo — Foto: Reprodução

O time ataca da mesma maneira espanholabet3ksempre: controle total da possebet3kbola, com Busquets iniciando a jogada perto dos três zagueiros (a saídabet3ktrês) e buscando sempre o passe para o jogador na frente que se colocabet3kdiagonal, num espaço livre. É a busca pelo homem livre, o DNA do Jogobet3kPosiçãobet3kCruyff do qual os espanhóis bebem na fonte desde Luís Aragonésbet3k2008.

Dessa vez, quem se projeta é mais agudo, como Dani Olmo, Morata e Ferrán Torres (que pode jogar centralizado também). Por isso, a Espanha se tornou um timebet3kmenos gestãobet3kposse e muito mais jogo agudo e direto, com Pedri sendo o pêndulo: ele vai e volta, pode ser o homem livre que Busquets busca encontrar ou o jogador que baixa e encontra essa movimentação.

O desafiobet3kLuís Enrique é tornar esse time competitivo, o que foi na Eurocopa e poderá ser num grupo complicado. Os comportamentos sem a bola são rápidos, buscando sempre a pressão na frentebet3kforma ordenada. Se não sofrer contra-ataques, é um time que tem tudo para chegar longe e mostrar que o futebol espanhol é mais do que o ciclobet3kXavi e Iniesta.

bet3k Japão:bet3ktime mais veterano, jogadas pelos lados rendem bons momentos

O Japão aconteceu no futebol? É difícilbet3kdizer sim ou não: os japoneses se classificam para a Copa desde 1998, possuem times consolidados, com alto poderbet3kcontratação – Iniesta joga lá. Ainda assim, falta uma grande campanha, ou um grande jogador, que marque a história.

A campanha nas Eliminatórias foi irregular, e o técnico Hajime Moriyasu teve que mudar o time e encontrar novos valores dentrobet3kum grupo veterano – a médiabet3kidade ébet3k30 anos. Yoshida, Kawashima, Gonda e Sakai são alguns dos veteranos – e, é claro, Nagatomo, que quem jogou PES, já escaloubet3kponta na Interbet3kMilão.

O time varia entre o 4-2-3-1 e o 4-3-3. No primeiro esquema, Minamino joga na esquerda, com Kamada pelo centro e Ito no lado. Com três atacantes, Tanaka entra para compor um triobet3kmeio-campistas. Ele é um dos jovens jogadores que pediram passagem na campanha.

Provável time do Japão para a Copa do Mundo — Foto: Reprodução

O forte da equipe está nos lados: Minamino joga no Liverpool e atua mais por dentro no Japão, compondo um forte lado com o apoiobet3kNagatomo e Morita aparecendo na base da jogada. Já Junya Ito fica mais aberto pelo lado, buscando o drible. Para criar essa assimetria, é comum o treinador posicionar Sakai mais recuado, buscando a bola.

O Japão é agressivo quando chega no ataque, mas também mostra paciência para construir e tocar a bolabet3ktrás. Normalmente, essa saída acontece com um losango formado por Gonda, os dois zagueiros e Endo. Eles tentam atrair a marcação e abrir espaço para que Minamino, Ito e Nagatomo tenham mais espaço para chegar no ataque.

Em fase defensiva, o Japão é extremamente agressivo ao perder a bola e tenta, a todo momento, recuperá-la. Quando não consegue, retorna para a defesa e marca num bloco médio. É nesse momento que podem surgir os espaços, porque se a pressão na frente for vencida, os japoneses ficam expostos com os dois zagueiros e Endo atrás.