O que é preciso para jogar futebol? Não basta apenas ousadia com a bola nos pés: é preciso inteligência, visãopoker profissionaljogo, condição física e saber como e quando posicionar o corpo da maneira certa, como Marquinhos deixou claro na vitória do São Paulo na Argentina, que levou o Tricolor para as quartas-de-final da Libertadores.
Apostapoker profissionalHernán Crespo, o atacantepoker profissionalapenas 18 anos foi titular pela primeira vez no São Paulo. E estreiou com estilo, sendo a principal arma ofensiva numa atuação dominante, do início ao fim, com a bola nos pés e na leiturapoker profissionaljogo,poker profissionalespecial na forma como posicionava o corpo para receber a bola.
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Você já parou para pensar como os jogadores se comunicampoker profissionalcampo? Não é pela conversa, já que o barulho da torcida, e até da bola quicando, abafa qualquer conversa. A comunicaçãopoker profissionalcampo é feita pelo olhar e pela posição do corpo. A forma como cada companheiro gesticula e coloca o corpopoker profissionaldiagonal, para frente ou para trás responde problemas do jogo, como quando voltar para marcar, quando avançar e quando tocar a bola.
O passe é a formapoker profissionalconectar um jogador ao outro no campo durante a fase ofensiva, o ataque. Na Espanha, o passe também é uma formapoker profissionalse defender, mantendo a bola sob controle do time. Em todos os casos é: para onde e para quem tocar a bola?
No lance do segundo gol, Marquinhos é o jogador mais avançado do time junto a Rigoni. O gesto clássicopoker profissionallevantar o braço pedindo a bola, tão típicopoker profissionalmeias e atacantes, é a formapoker profissionalcomunicar a Benitéz, que acaboupoker profissionalreceber e está girando o corpo, que o melhor espaço e lugar para colocar a bola é lá na frente, onde o braço está indicando.
Benitéz já sabe que terá que dar um passe para frente, e por isso, precisa terminarpoker profissionalgirar o corpo para a palma do pé estar flexionada para fazer força na bola. Também já sabe que deve tocar a Marquinhos. O problema agora é: onde? Em qual lugar esse passe deve ir para criar espaço na defesa do Racing?
É o que Marquinhos responde com o posicionamentopoker profissionalseu corpo. Ao flexionar a perna direita para trás, ele indica quepoker profissionalpassada será longa e irá alcançar um espaço mais à frente, que não está coberto pelos dois zagueiros do Racing. O faz com a cabeça virada para Benitéz, para que ele saiba exatamente o momentopoker profissionalsoltar a bola sem entrarpoker profissionalimpedimento.
O gesto corporal indica que Benitéz precisará colocar mais força na bola. Que o passe é no espaço, não no pé. É a diferença entre receber e ser desarmado e receber e correr livrepoker profissionaldireção ao gol.
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Vendo assim, parece fácil. Mas tudo o que você leu foi pensado, entendido e executadopoker profissionalmilésimospoker profissionalsegundo. É a "tomadapoker profissionaldecisão", que muito mais do que ousadia ou toque divino, é o que realmente mede o talentopoker profissionalum jogador.
O terceiro gol nasceu no mesmo contexto. Marquinhos coloca o corpopoker profissionaldiagonal, novamente com a perna flexionada para ter uma passada maiorpoker profissionalbola. Os dois zagueiros do Racing estão melhor posicionados, mas são mais lentos para disputar corrida com o atacante. Tudo isso com a cabeça virada para o companheiro, atento na bola.
Se Marquinhos só virasse o corpo, perderia o "timing" e poderia correr muito para frente, gerando um impedimento.
Nos três gols epoker profissionaltodo o jogo, o São Paulo foi melhor. Por muitos motivos: porque tem mais time, os salários são maiores, o técnico é melhor...e porque o Racing fez um jogo muito abaixo do que normalmente faz.
A principal falha da equipepoker profissionalAvellaneda foi a pressão na bola. Time morto, sabe? Quem perdia a bola não voltava para pressionar. E quem estava perto ficava parado. Com tanta lentidão, o Tricolor teve mais espaço para jogar. E com espaço, há mais tempo para pensarpoker profissionaltudo o que você leu acima. Tome como exemplo o primeiro gol. Três jogadores do Racing não pressionam, e outros três não fecham o ângulopoker profissionalpasse do Miranda.
Em todos os lances, o São Paulo teve relativo conforto com a bola nos pés para pensar melhor. Decidir melhor. Isso se chama contexto. Em outros jogos, como no Morumbi, o conforto não veio, e o time teve problemas para jogar.
Ou seria pensar?
Porque, no fim, futebol é um jogo que se joga com a cabeça. E como Marquinhos mostrou, com o corpo.