Por Leonardo Miranda

Jornalista, formadoaposta ganha patrocíniosanáliseaposta ganha patrocíniosdesempenho pela CBF e espe... ver mais

Como Neymar e Paquetá reviveram "bagunça organizada" no ataque da Seleção

Na vitória sobre o Peru, os dois formaram uma duplaaposta ganha patrocíniosmeias com muita mobilidade e grande atuação no primeiro tempo


O termo "bagunça organizada" ficou famosoaposta ganha patrocínios2013, quando o técnico Cuca cunhou o conceito para explicar o Atlético-MG que encantou na Libertadores. Ideia que Tite resgatou na semifinal da Copa América, com vitóriaaposta ganha patrocínios1 a 0 sobre o Peru,aposta ganha patrocíniosespecial num primeiro tempoaposta ganha patrocíniosempolgar como há muito não se via.

O Brasil jogou num 4-1-4-1 que podia ser lido como um 4-2-3-1 por causa do posicionamentoaposta ganha patrocíniosLucas Paquetá. Destaque na vitória sobre o Chile, o meia do Lyon jogou mais solto no meio-campo, mas sem a bola, muitas vezes se alinhava a Fred, que parece cada vez mais titular junto a Casemiro. Em outros momentos, ficava mais à frente.

Paquetá e Neymar comemoram gol - Brasil x Peru - Copa América 2021 — Foto: André Durão

A bagunça organizada começava quando a Seleção tinha a posseaposta ganha patrocíniosbola e iniciava as jogadasaposta ganha patrocíniosataque.

Na esquerda, Renan Lodi avançava até a linhaaposta ganha patrocíniosfundo e ficava na mesma linhaaposta ganha patrocíniosCebolinha, na direita. Richarlison ficava mais próximo dos zagueiros, dando profundidade. Essa estrutura básica era seguida quase que toda hora e permitia que Neymar circulasse por dentro junto a Paquetá. Veja na imagem.

Renan Lodi e Cebolinha davam amplitude, e centro era ocupado por vários jogadores — Foto: Reprodução

A "bagunça" começava e terminava nos dois, que não tinham região do campo fixa, como Lodi ou Cebolinha. Os dois podiam jogar na mesma faixa, entre as linhasaposta ganha patrocíniosjogo do Peru, para dar opção a Fred ou Casemiro no começo das jogadas. Ou podiam inverter com Richarlison. Ou podiam buscar, os dois, a bola lá na defesa.

Paquetá e Neymar centralizados quando a Seleção começava as jogadas — Foto: Reprodução

IMPORTANTE: Fred foi destaque por dar sustentação para essa "liberdade"aposta ganha patrocíniosNeymar. Ele ocupava o lado esquerdo para cobrir as subidasaposta ganha patrocíniosLodi e deixar Neymar mais confortável na tarefaaposta ganha patrocíniosocupar espaços vazios.

A liberdadeaposta ganha patrocíniosmovimentação que Ney e Paquetá tinham não deve ser interpretada como "jogo por intuição". Ou "pouca intervenção do técnico", "liberdade ao esquema tático" ou outros atrasos comuns na leitura do jogo no Brasil. Não é porque um jogador não tem uma faixa específicaaposta ganha patrocínioscampo, como Lodi, que não cumpre um papel tático.

aposta ganha patrocínios Bagunça organizada é também uma formaaposta ganha patrocíniosse posicionar no ataque, um ataque posicional.

O que muda é a referência, que passa a ser o que Tite chamou na transmissãoaposta ganha patrocínios"dono da bola". A movimentaçãoaposta ganha patrocíniosPaquetá e Neymar tinha como referência o jogador que tinha a bola nos pés. Eles podiam tanto se aproximar do portador da bola, como podiam se revezar entre quem se aproximava da bola e quem ultrapassava para receber na frente.

Aqui, Paquetá busca a bola na defesa, dos pésaposta ganha patrocíniosCasemiro. Quem ultrapassa para receber na frente é Casemiro. Ao invésaposta ganha patrocíniosse aproximar também, Neymar se coloca na mesma faixaaposta ganha patrocíniosRicharlison e dá profundidade ao jogo.

Paquetá busca a bola e Neymar se posiciona para receber na frente da linha da bola — Foto: Reprodução

Já aqui, é Neymar quem se aproxima e Paquetá que se coloca na mesma faixaaposta ganha patrocíniosRicharlison. Cebolinha é quem dá profundidade, e por isso, nem aparece no lance.

Neymar buscava a bola e Paquetá se colocava na entrelinha para receber — Foto: Reprodução

IMPORTANTE: Danilo foi criticado por não apoiar o ataque, masaposta ganha patrocíniosfunção não era essa. Com Cebolinha aberto, ele não precisava ir até a linhaaposta ganha patrocíniosfundo. Seu papel era dar suporte nas subidasaposta ganha patrocíniosCebolinha, do mesmo modo que Fred fazia na esquerda e Casemiro no ataque. O posicionamento dos três tinha como função cobrir a "bagunça" que Ney e Paquetá faziam.

Já aqui, Neymar se posiciona entre as linhas e Paquetá encosta, no mesmo setor. Cebolinha é o "dono da bola". Qual é a leitura a fazer? Com Richarlison distante, Paquetá faz uma ultrapassagem e recebe a bola nas costas da defesa, na melhor chance até o gol.

Paquetá e Neymar se posicionam entre as linhas com Cebolinha com a bola — Foto: Reprodução

A bagunça organizada dos dois destaques na vitória sobre o Peru, do mesmo modo que era com Ronaldinho, Bernard e Tardelli, é basicamente um revezamento constanteaposta ganha patrocíniosconceitos que o jogador executa: enquanto um dá apoio ao dono da bola (se aproxima num setor vazio), o outro dá profundidade (ultrapassa e fica lá na frente). Se Richarlison dá profundidade, então os dois dão apoio.

É diferente daquele 3-2-5 que o Palmeiras ou o Flamengo fazem com a bola, com cada jogador esperando mais a bola num espaço. Mas é organização tática do mesmo jeito. Apenas é menos estático, o que dá a sensaçãoaposta ganha patrocíniosque há mais liberdade. Não há. É jogo conceitual do mesmo jeito.

Tite - Brasil x Peru - Copa América 2021 — Foto: André Durão

Ao menos no primeiro tempo, o Brasil produziu as sensações que o torcedor sempre espera quando vê seu time jogar. Durou pouco, é verdade: o Peru cresceu no segundo tempo, impôs dificuldades e o Brasil fez outro jogo seguro na defesa, com uma linhaaposta ganha patrocíniosquatro defensores sempre ajustada. Será mesmo que é quedaaposta ganha patrocíniosdesempenho? Há algum problemaaposta ganha patrocíniossegurar o resultado?

A final da Copa América, seja lá qual for o resultado, é um lembreteaposta ganha patrocínioscomo é bom o trabalhoaposta ganha patrocíniosTite na Seleção. São apenas 4 derrotasaposta ganha patrocínios60 jogos e uma busca incessanteaposta ganha patrocíniosmudanças no time para aproveitar tendências, como foi na Copa do Mundo com o 2-3-5 no ataque, ou na Copa Américaaposta ganha patrocínios2019, com Daniel Alves como lateral construtor.

Agora, a tendência da vez é a "bagunça organizada" com Neymar e Lucas Paquetá. Já foi o Chile e o Peru. Próximo adversário: Argentina ou Colômbia.